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Sucessões

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Sucessões

- Motis a causa
- Legitima = lei
- Testamentária = testamento

1) Espécies
1.1) Legitima- é aquela que ocorre em virtude da lei. São
chamados a suceder aqueles que a lei indica como sendo os
herdeiros.

Os herdeiros legitimo:

I –aos descendentes,em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se


casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da
separação obrigatória de bens; ou se, no regime da comunhão parcial, o
autor da herança não houver deixado bens particulares;

II – aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

III – ao cônjuge sobrevivente;

IV – aos colaterais.

Obs: Apenas irá ocorrer o inciso II caso o I não se concretize, e assim por
diante.

Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas


no momento da abertura da sucessão.

Ou seja, serão legitimados a suceder todos aqueles que já forem nascidos


ou concebidos no momento da abertura da sucessão (morte), ficando
resguardado o direito do nascituro se nascer com vida.
1.2) Testamentária- é realizada por meio de testamento. O falecido
deixa um testamento de como o seu patrimônio deverá ser
dividido.

Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a


suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde
que vivas estas ao abrir-se a sucessão;
II - as pessoas jurídicas;

Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:

I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou


companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos;

II - as testemunhas do testamento;

III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver
separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;

IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem


se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento.

Obs: pode ser tanto legítima quanto testamentária, ou seja as duas ao


mesmo tempo.

2) Espécies de herdeiros
2.1) Necessários: descendentes, ascendentes, cônjuge (o falecido é
obrigado a deixar 50% de seu patrimônio para os herdeiros
necessários independente de sua vontade, pois a mesma é mitigada.

2.2) Facultativos: colaterais, companheiros

3) Universal (legitima ou testamentária): depende do disposto do


quinhão.
É um conjunto de bens, uma universalidade, caracterizada por ser
todo o patrimônio de uma pessoa ou uma fração desse patrimônio.
Isso vai depender se eu sou um dos herdeiros ou o único herdeiro.
Ex:Digamos que meu pai morreu, sendo três sucessores, eu, minha
irmã e meu irmão. Ora, vai ser 1/3 para mim, 1/3 para minha irmã, 1/3
para meu irmão.
Veja que estou recebendo uma sucessão a título universal, porque
estou recebendo uma fração de um patrimônio, ou seja, 1/3. E por
que uma fração? Porque tem mais herdeiros junto comigo.
Agora, se meu pai morreu, o único sucessor dele sou eu, vou herdar
todo o patrimônio dele sozinho. Sucessão a título universal, porque eu
estou recebendo todo o patrimônio.
Então, sucessão a título universal ocorre quando alguém recebe todo
patrimônio do morto ou uma fração do patrimônio tendo mais de um
sucessor.

Singular (testamento): individualização. É quando recebe na sucessão


um bem ou direito específico.
Ex: eu estou prestes a morrer e faço um testamento deixando a minha
casa para você. O resto vai ser dividido entre os meus filhos
normalmente. Mas eu quero separar essa casa para você. Isso é uma
sucessão a título singular.
Veja que você não recebeu 1/3 do patrimônio, ou 1/4 ou 1/5, você
recebeu um bem específico.
A sucessão a título singular é como se fosse uma doação para depois
da morte. Deixo este apartamento para fulano e o resto será dividido
de acordo com a lei para os meus filhos. Pronto. Deixei para você um
bem, você é um sucessor a título singular.

Obs: o quinhão de cada herdeiro só é designado a partir da partilha de


bens, que realizada no Inventário.

Obs: os herdeiros não devem pagar as dívidas do falecido, as mesmas


devem ser quitadas com os bens deixados pelo mesmo.
4) Por cabeça = por direito próprio. A sucessão por cabeça é quando os
herdeiros são do mesmo grau de parentesco e recebem uma quota
igual na herança.
Por estirpe= por representação. É quando os herdeiros têm graus de
parentesco diferentes e a herança é dividida entre grupos de
descendentes, geralmente a linha reta descendente, mas
excepcionalmente pode ser dividida na linha transversal.
É importante destacar que na sucessão por estirpe, os herdeiros do
grau mais próximo têm preferência na herança em relação aos
herdeiros de graus mais distantes. Conforme fundamenta o Art. 1.835,
na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros
descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não
no mesmo grau.
Ex: Rute, viúva, mãe de quatro filhos, um deles pré-morto, e avó de três
netos, descendentes do filho pré-morto, faleceu sem deixar testamento
conhecido. Nessa hipótese, há sucessão por estirpe e a herança é
dividida em quatro partes iguais, sendo uma dessas partes dividida
entre os três netos. Logo, os filhos de Rute herdam por cabeça, e os
netos herdam por estirpe.

Obs: solteiro = Des > Asc > Colaterais.

Obs: indigno não pode receber/administrar/ se beneficiar dos bens de seu


filho (o indigno é considerado pré-morto).

PAI

A B C (morto)

- - -

A1 A2 B1 C1 C2

A, B = por direito próprio

C1 e C2 = por representação
Obs: lembrar do caso de João (morto), a mãe morreu, só ficou o pai e os avós
maternos, como avos não herdam por representação, apenas o pai herdou seus
bens.

- avó e avô só herdam por direito próprio.


- descendente herda por direito próprio e por representação.
- ascendente direito próprio.
- cônjuge por direito próprio.

5) Abertura da Sucessão = morte


- Herdeiros e sucessões
Condomínio/indivisível
- Aceitação: dois tipos
Aceitação Expressa- se dá por escrito, não pode ser verbal. A lei não
faz específica o tipo de forma escrita: pode ser uma declaração em
instrumento particular, em escritura pública ou em uma petição
subscrita pelo advogado com poderes de mandato específico para
renunciar direitos.
A aceitação tácita- se dá em um único caso, a prática de atos próprios
da qualidade de herdeiro (art. 1.805, CC). Agir como herdeiro é uma
aceitação tácita. O art. 476 do Código Civil italiano tem definição
perfeitamente aplicável ao sistema brasileiro: “A aceitação é tácita
quando o chamado à herança pratica um ato que pressupõe,
necessariamente, a sua vontade de aceitar e que não teria o direito de
fazer senão na qualidade de herdeiro”. Trata-se de hipótese bem
aberta, capaz de abranger diversas situações em que se pode inferir
inequivocamente a aceitação da herança a depender do caso
concreto. Os principais exemplos são: o ajuizamento da ação de
inventário ou de arrolamento, a formulação de pedido de habilitação no
inventário, a concordância com a avaliação dos bens integrantes da
herança e a cessão de direito hereditário.
Obs: § 1º do art. 1.805 “Não exprimem aceitação de herança os atos
oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou
os de administração e guarda provisória”.
Igualmente o § 2º do art. 1.805 do CC é textual em afirmar que a cessão
gratuita, pura e simples da herança4 para todos os demais coerdeiros
não implica aceitação tácita, pois, nesse caso, o herdeiro está, na
verdade, usando outras palavras para expressar uma renúncia
abdicativa. Se eu digo “cedo todos meus os direitos hereditários para
os demais coerdeiros”, isso é o mesmo que “renuncio aos meus
direitos hereditários”. Afinal de contas, aí o quinhão renunciado vai para
todos os demais herdeiros.
- Renúncia: por escritura pública ou termo

MORTE
1- Abertura do inventario no prazo de 60 dias, após isso é gerado uma
multa ao Estado;
2- Nomeação de inventariante pelo termo;
3- Primeiras declarações, no prazo de 20 dias, a mesma deve conter:
nome do falecido, cônjuge/companheiro, herdeiros, bens, direitos e
dívidas.
4- Citação dos herdeiros/Estado;
5- Avaliação de todos os bens expostos nas primeiras declarações;
6- Manifestação das partes e do Estado;
7- Últimas declarações;
8- Dívidas- certidões negativas;
9- Pagamento de impostos;
10- Partilha: esboço de partilha/partidor;
11- Sentença;
12- Expedido para cada herdeiro o formal de partilha;
13- Levar o documento ao cartório para ser transferido para cada
herdeiro.
Aceitação e Renúncia da herança – art.1804 e seguintes
Aceitação é incompatível com a renúncia
❖ Espécies:
Aceitação – expressa (art.1805)
- tácita (art.1805)
- presumida (art.1807)
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita;
quando tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.

§ 1 o Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os


meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.

§ 2 o Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos
demais co-herdeiros.

Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá,
vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta
dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita.

❖ Renúncia – expressa (termo/ escritura) (art.1806)


Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público
ou termo judicial.

❖ Revogação da Renúncia: art.1813

Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança,


poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.

§ 1 o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao


conhecimento do fato.

§ 2 o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente,


que será devolvido aos demais herdeiros.

❖ Aceitação/ Renúncia concomitante: art.1808 e 1809

Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a
termo.

§ 1° O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança;


ou, aceitando-a, repudiá-los.

§ 2° O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob


títulos sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita
e aos que renuncia.
Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de
aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma
condição suspensiva, ainda não verificada.

Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação,


desde que concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a
primeira.

❖ Destinação do quinhão renunciado (art.1811 e 1812)

Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém,
ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe
renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por
cabeça.

Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.

Vocação hereditária
1) Herdeiros/ Classes de Parentesco
a) Descendentes- pode concorrer cônjuge/ companheiro
b) Ascendentes- se não tem descendentes, vão ser os ascendentes +
cônjuge/companheiro.
c) Cônjuge/ Companheiro- se não tiver descendentes e ascendentes, o
cônjuge herda tudo.
d) Colaterais- até o 4° grau

2) Concorrência Sucessória
- Regime de Bens
a) Comunhão Universal- meação (somente vai ser meeiro, não vai ser
herdeiro)
b) Comunhão Parcial de Bens- meeiro dos comuns e herdeiro dos
particulares
c) Separação de Bens (Pactuada/ Obrigatória art.1523)
Na pactuada vai ser herdeiro de tudo. Na obrigatória vai ser nem
herdeiro nem meeiro.
e) Participação final nos aquestos

Existe o direito real de habitação que é vitalício.


Se ela for ascendente de todos os descendente de que concorre a herança terá
direito a um quarto no mínimo, via dividir por cabeça para os outros mas para ela
vai ficar 25% de qualquer jeito (um quarto). Somente terá impacto se tiver mais
de 5. Exemplo se forem 3 filhos da um terço, mas se tiver 5 filhos, não vai ser um
quinto, vai ser um quarto (25%) para o cônjuge e o resto dos herdeiros vai dividir
o resto do que sobrou.

• Onde tem meação, não tem herança. Onde não é meeiro, vai ser herdeiro.
• Na separação obrigatória é exceção, onde vai ser nem meeiro nem
herdeiro.
• Essa regra é se haver descendentes, se houver somente ascendentes vai
ser herdeiro e meeiro.

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso


Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente (pode ser
companheiro), salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou
no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da
comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.

Ainda sobre vocação hereditária

Art. 1829, ss

Descendentes

Ascendentes

Cônjuge/ Companheiro – comunhão parcial de bens


Bens comuns= adquiridos durante o casamento ou união estável.
50% meação (cônjuge que sobrou) não tem cobrança de imposto nesse.
50% inventário (descendentes).

Bens Particulares= bens de antes, herança a qualquer tempo, doação a qualquer


tempo, bens sub-rogados.
100% vai ser pro inventário que vai dividir entre o cônjuge e os descendentes
Se o cônjuge for ascendente vai receber no mínimo ¼ (25%)
Obs: O direito real de habitação é somente em bens inventariados.

Na sucessão com os ascendentes. Os cônjuge e ascendente serão concorrentes.


Vai ser 50% dos bens comuns e 100% dos particulares que será igualmente
repartido.

Obs: Não existe direito de representação em linha ascendente, somente em linha


descendente.
Quem não tem descendente, ascendente e cônjuge pode deixar para quem
quiser, mas se testar para ninguém, vai ser para os parentes colaterais.

2° grau- irmão
3° grau- tio/ sobrinho (havendo sobrinho e tio, o sobrinho prevalece)
4° grau- primo/ tio-avô

Ordem de prevalência
Irmão
Sobrinho
Tio
Primo/ Tio-avô

Obs: Se João morrer e deixar dois irmãos, o Pedro e Jacó. Se Jacó morrer os
filhos de Jacó irão representar e Pedro irá receber sua parte. Se os filhos dos
filhos de Jacó morrerem (ou seja, os netos de Jacó), não irão receber. Na lei diz
que representará os filhos do irmão, somente.
Irmãos germanos (bilateral)- são do mesmo pai e mãe (irão receber o dobro do
unilateral). Se for sobrinho bilateral é o mesmo raciocínio.
Irmãos unilateral – são apenas de um pai ou mãe.

João e Maria casados sob regime da comunhão parcial de bens adquiriram


durante a união uma casa urbana, construíram uma loja num terreno que João
herdou de uma tia. Maria recebeu doação de seu pai um imóvel rural com
cláusula de incomunicabilidade. Ainda durante a união a mãe de Maria faleceu
deixando 2 apartamentos para sua filha única. João e Maria residiam numa casa
pertencente a Roberto, filho mais velho do casal. Em 11/08/24 Maria faleceu às
11h e no final da tarde faleceu Roberto e Catarina (segunda filha do casal) com
acidente automobilístico.
Obs: Catarina e Roberto solteiros, faleceram em comoriência. Catarina sem bens.
R: João 1/3 do imóvel rural + 1/3 2 apartamentos.
Roberto ¼ casa + ¼ loja + 1/3 rural + 1/3 2 apartamentos
Catarina ¼ casa + ¼ loja + 1/3 rural + 1/3 2 apartamentos
Agora como Catarina e Roberto também morreram, João vai ficar com tudo
inclusive com a casa que era de Roberto.

Direito real de habitação é sobre os bens inventariados.

João e Maria são casados sob o regime legal de bens, possuem 4 filhos (A,B,C,D)
e diversos bens João herdou uma casa dos pais, vendeu para outrem e com
produto adquiriu um apartamento em Itaperuna. Maria adquiriu durante a união
3 lojas, 2 terrenos e 1 apartamento. A filha “A” casou com CAIO, este que herdou
um prédio no Rio de Janeiro dos pais “A” possui 2 filhas, Maria Clara e Nina. “A”
faleceu em julho/2024 e João em 01/08/24.
R: João e Maria tem em comum 3 lojas, 2 terrenos e 1 apartamento. ½ vai ser
dos filhos. Particular de João 1 apartamento, vai ser ¼ de Maria e ¾ dos filhos
(Maria Clara e Nina). Caio 1 prédio particular.

Excluídos da Sucessão

Deserdação a pessoa tem que estar viva para fazer, quem deserda é dono da
herança. Se um filho tenta matar o pai, mas não consegue, o pai pode deserdar.
Dono do patrimônio que tem que deserdar. Tem que pontar em testamento, após
deve ser feita uma ação e apresentar provas.
Indignidade- alguns dos herdeiros do autor da herança buscaram a exclusão, por
um ato que a pessoa cometeu. Feito por seus sucessores. Deve ser feita uma
ação e apresentar provas. O indigno é considerado pré-morto.
Rol taxativo? Não
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:

I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou


tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente;

II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou


incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;

III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da


herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de


indignidade, será declarada por sentença.

§ 1 o O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em


quatro anos, contados da abertura da sucessão. (Redação dada pela Lei nº
13.532, de 2017)

§ 2 o Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público tem legitimidade


para demandar a exclusão do herdeiro ou legatário. (Incluído pela Lei nº 13.532,
de 2017)

Pai
Filho A Filho B Filho C
N1 N2 N3 N4 N5 N6

Se A mata o pai, os legitimado serão Filho B, Filho C, N1 e N2 (N1 e N2 são filhos


de A), assim poderão exercer direito de representação e receber a herança do
avô.

Indignidade
• Hipóteses: art. 1814
• Exclusão do herdeiro: declarada por sentença
• Prazo decadencial: art-1815, § 1°
• Legitimidade: art. 1815, § 2° e herdeiros interessados
• Reabilitação do indigno: art. 1818
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança
será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em
testamento, ou em outro ato autêntico.
Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em
testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da
indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária.

Pode ter indignidade de parente colateral.

• Destinação da herança: direito de representação; demais herdeiros


• Consequências para o indigno: arts. 1816 e 1817.
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro
excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.

Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à


administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à
sucessão eventual desses bens.

Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros


de boa-fé, e os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes
da sentença de exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o
direito de demandar-lhe perdas e danos.

Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e


rendimentos que dos bens da herança houver percebido, mas tem direito a ser
indenizado das despesas com a conservação deles.

Se deixa o legado em 2010 para o filho e em 2015 o filho pratica ato indigno. O
filho vai ficar sem legado.
Se em 2010 o filho praticou o ato indigno e em 2015 o pai deixou o legado, o filho
irá receber o legado mas não irá receber a herança testamentária.
Se em 2010 pai deixou o legado e em 2015 o filho praticou o ato indigno e o pai
perdoou, o filho irá receber o legado e a herança testamentária.
Se em 2010 pai deixou o legado e em 2015 o filho praticou o ato indigno e o pai
perdoou, mas em 2016 o filho praticou outro ato indigno, então o filho não irá
receber nada, pois o pai perdoou somente do ato de indignidade praticado em
2015.

A filha da Suzane recebeu uma herança dos avós, pois a Suzane não recebeu,
visto que é indigna. Quando a filha da Suzane morrer, a Suzane poderá receber
a herança do filho, mas não a parte do patrimônio da indignidade.

Deserdação
• Hipóteses: arts. 1961 ao 1963
Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento,
nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.

Art. 1.862. São testamentos ordinários:

I - o público;

II - o cerrado;

III - o particular.

Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou


correspectivo.

• Exclusão do herdeiro: prova da causa apontada


• Prazo decadencial: art.1965, parágrafo único
• Legitimidade: art. 1965 caput
• Destinação da herança: sucessão legítima; substituto.
Art. 1.965. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação,
incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador.

Parágrafo único. O direito de provar a causa da deserdação extingue-se no prazo


de quatro anos, a contar da data da abertura do testamento.

Legitimados a Suceder – art.1798 e ss


• Nascidos
• Nascituros
• Prole eventual
• Pessoa jurídica

Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no


momento da abertura da sucessão.

Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:

I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde


que vivas estas ao abrir-se a sucessão;

II - as pessoas jurídicas;

III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a
forma de fundação.

Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da herança serão


confiados, após a liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo juiz.

§ 1 o Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela caberá à pessoa


cujo filho o testador esperava ter por herdeiro, e, sucessivamente, às pessoas
indicadas no art. 1.775.
§ 2 o Os poderes, deveres e responsabilidades do curador, assim nomeado,
regem-se pelas disposições concernentes à curatela dos incapazes, no que
couber.

§ 3 o Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe-á deferida a sucessão, com


os frutos e rendimentos relativos à deixa, a partir da morte do testador.

§ 4 o Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o
herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do
testador, caberão aos herdeiros legítimos.

Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:


• Quem redigiu ou aprovou o testamento (e seus parentes): arts.1801 ao 1803;
• Testemunhas do testamento;
• Concubino;
• Interpostas pessoas.
Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:

I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou


companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos;

II - as testemunhas do testamento;

III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver
separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;

IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se


fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento.

Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não


legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso,
ou feitas mediante interposta pessoa.

Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os


descendentes, os irmãos e o cônjuge ou companheiro do não legitimado a
suceder.

Art. 1.803. É lícita a deixa ao filho do concubino, quando também o for do testador.

Cessão de direitos hereditários


• Forma: art. 1793
• Direito de preferência: art. 1794
• Quinhão hereditário- quem sede, sede quinhão hereditário não bem
individualizado.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o
co-herdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública.
§ 1 o Os direitos, conferidos ao herdeiro em conseqüência de substituição ou de
direito de acrescer, presumem-se não abrangidos pela cessão feita
anteriormente.

§ 2 o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre


qualquer bem da herança considerado singularmente.

§ 3 o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por


qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente a
indivisibilidade.

Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa
estranha à sucessão, se outro co-herdeiro a quiser, tanto por tanto.

Legitima
• Cálculo da legítima: art. 1847
• Bens sujeitos à colação- bens entregues aos herdeiros por doação. Não tem
que trazer a parte disponível para fazer colação, mas deve trazer para saber se
faz parte da parte disponível. A colação vai ser do bem como foi doado, se foi
doado um terreno e depois foi feito um prédio, vai ser colacionado o terreno.
• Cláusulas restritivas: inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade
- Justa causa (para ter a clausula restritiva deve ter justa causa).
- Testamento anterior ao CC/2002 - art. 2042 CC (testamente anterior ao código
de 2002 tiveram prazo para se adequar dando a justa causa para cláusula
restritiva, se não foi feita a justa causa após o prazo, não será valorada)
• Alienação de bens com cláusula de inalienabilidade
Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da
sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em
seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.

Se a época da doação do bem ao neto, o filho estiver vivo, não será preciso ser
colacionado.
Parte disponível pode ser clausulada.

Herança Jacente e Herança Vacante


Herança Jacente – 1 ano, 3 editais. Acontece quando não há herdeiros
identificados ou, ainda que identificados, não demonstram interesse no
patrimônio deixado pelo falecido.
Herança Vacante- é a situação que se configura após o término do período
estabelecido para a herança jacente, sem que herdeiros ou interessados
legítimos se apresentem. Neste cenário, os bens deixados pela pessoa falecida
são transferidos para a posse do Estado. A partir desse momento, o Estado
assume o direito de administrar, utilizar ou dispor desses bens, seguindo as
diretrizes e normativas previstas na legislação vigente.

Apresentação de: Testamento em Geral, capacidade para testar e testamento


público e testamento cerrado.

Testamento Particular
Menos exigência legal, mas também mais frágil.
Forma de elaboração
Requisitos: no mínimo 3 testemunhas para fazer o testamento, com pelo menos
1 testemunha viva na hora da abertura do testamento.
Aproveitamento do documento

Codicilos
Chamado de testamento anão
Não precisa de testemunha
É geralmente expressando como quer o enterro, valor patrimonial de pequeno
montante, questão não patrimonial, bolsas, joias.
Bens de pequeno valor
Disposição não patrimoniais
Revogação- Codicilo revogado por outro codicilo ou pode ser revogado por
testamento.

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