Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

chillers v 1

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 45

REFRIGERAÇÃO DE GRANDE

PORTE - CHILLER
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

SUMÁRIO

1- CHILLERS DE ABSORÇÃO 3

2- CHILLER DE COMPRESSÃO OU ELÉTRICO 12

3- CHILLER PARAFUSO 22

4- O QUE É UM CHILLER? SAIBA TUDO SOBRE

O SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO QUE ESTÁ MUDANDO O MERCADO 24

5- CONHECIMENTOS EM ELETRICIDADE 28

REFERÊNCIAS

2
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

1- CHILLERS DE ABSORÇÃO

COMPARTILHE

O chiller por absorção pode ser considerado como um ciclo de refrigeração


“termoquímico”, que trabalha internamente a baixa pressão (vácuo). No seu interior
circulam dois líquidos: um líquido refrigerante (água deionizada) e um líquido
absorvedor (brometo de lítio – LiBr), nesse caso, um sal diluído em água que tem
capacidade de absorver os vapores do refrigerante quando alcança uma
determinada concentração.

O chiller por absorção tem um evaporador acoplado a um absorvedor, formando um


vaso único, chamado evaporador-absorvedor. Nesse vaso, no lado do evaporador, o
líquido refrigerante (água deionizada) é evaporado quando entra em contato com os
tubos de cobre, onde internamente circula o líquido a ser resfriado (água gelada). No
lado chamado absorvedor, o refrigerante evaporado é absorvido por uma solução de
LiBr na fase líquida, distribuída como “chuva”, permitindo, assim, o contato íntimo
entre o refrigerante evaporado e o líquido absorvedor (LiBr), nessa ocasião com
concentração alta o suficiente para absorver o vapor refrigerante. Uma vez que o
LiBr absorveu o refrigerante, ele se transforma numa solução diluída, reduzida da
sua concentração inicial, perdendo sua capacidade de absorver o refrigerante como
3
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

tinha no início do ciclo. A solução diluída é enviada para outra parte importante do
chiller por absorção, chamada gerador, onde é aquecida até liberar todo o vapor do
refrigerante nela contido e, dessa forma, se reconcentrando, obtendo de novo a
concentração inicial para absorver o vapor refrigerante no começo do ciclo, no vaso
denominado evaporador-absorvedor. Essa solução concentrada no gerador retorna
ao absorvedor, novamente capaz de absorver o vapor refrigerante. O refrigerante na
forma de vapor, que foi separado do LiBr no gerador, é enviado para outra seção
importante do chiller por absorção, o condensador, onde será liquefeito
(condensado) através do contato com os tubos de cobre do condensador, nos quais
circula internamente a água que vem da torre de resfriamento (água de
condensação) e cuja temperatura é baixa o suficiente para permitir a condensação.

O refrigerante na fase líquida vai do condensador para o evaporador, reiniciando o


ciclo já descrito acima, que se repete indefinidamente enquanto funcionar o chiller
por absorção. É importante notar que o calor utilizado como energia no gerador (do
ciclo de refrigeração por absorção) é quem vai separar o refrigerante que está unido
intimamente ao LiBr. O antagonismo de que calor pode produzir “frio” fica aqui
desvendado. O efeito refrigeração é o mesmo, tanto no ciclo por absorção como no
ciclo por compressão, ou seja, em ambos os casos o líquido refrigerante se evapora
a baixa pressão e absorve o calor para produzir água gelada, o que difere é a forma
de energia utilizada em cada ciclo, ou seja, na absorção utilizamos o calor, na
compressão utilizamos a energia elétrica.

“Embora o chiller por absorção seja uma escolha ideal e frequente para grandes
edifícios comerciais, a tecnologia de hoje é adequada para uma variedade de
pequenos, médios e grandes sistemas. Escolas, edifícios governamentais,
restaurantes e estabelecimentos de varejo, como shopping centers, precisam de
altas cargas de resfriamento durante o dia. Além disso, os chillers por absorção
reduzem significativamente o consumo e o custo elétrico, especialmente nas altas
demandas de pico. Funcionam muito bem em sistemas dedicados de resfriamento
em grandes plantas como parte de um sistema híbrido, onde as necessidades de
refrigeração são compartilhadas com refrigeradores a gás, elétricos ou a vapor. Seja
qual for o tamanho ou a demanda do trabalho de resfriamento, os chillers por
4
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

absorção fornecem benefícios importantes para os proprietários”, ressalta o


engenheiro Celso Doná, gerente de engenharia de aplicação da LG Electronics.

Celso Doná

Para traçar um paralelo de eficiência entre um chiller por absorção e um elétrico é


preciso, segundo José Carlos Felamingo, da Union Rhac, entender que o ciclo por
absorção, por usar energia na forma de calor, considerada “menos nobre” do que a
energia elétrica, oferece menor eficiência do que o ciclo por compressão (chiller
elétrico). “Se a energia na forma de calor, utilizada no ciclo por absorção, for mais
barata do que a energia elétrica, lógico que o produto final (água gelada) será mais
barato quando obtido pelo chiller por absorção. Do mesmo modo, se a energia na
forma de calor for mais cara, de forma a encarecer o produto final (água gelada), o
chiller por compressão, que usa a energia elétrica, se torna mais vantajoso”.

“Acredito que não há muitas diferenças entre ambos os chillers. O evaporador e


condensador são iguais, o refrigerante é água, mas o comportamento do mesmo é
similar aos refrigerantes convencionais e suas tabelas de características não são tão
diferentes, pois passam pelas transformações de líquido e vapor e vice-versa; por
não utilizar compressor e possuir poucas partes móveis, o nível de ruído e de
vibração são menores do que os chillers elétricos; o uso do gás natural reduz a
5
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

necessidade de trocas de componentes, por conta disso é possível ter um custo de


manutenção menor, mantendo a integridade do sistema; ambos precisam de torre
de resfriamento e bombas de água de condensação para resfriar o condensador, e,
no caso da absorção, resfriar também o absorvedor. Para os chillers por compressão
temos as bombas de água gelada e as interligações com painéis elétricos; para os
de absorção temos as interligações hidráulicas de gás natural e de vapor. Em
termos de eficiência podemos dizer que os chillers por compressão possuem uma
faixa de eficiência, dependendo do tipo de compressor (scroll, parafuso ou
centrifugo), de 4,5 a 7,1 kw/kw (COP), já as absorções, também dependendo do tipo
e fonte de calor, terão uma faixa de eficiência entre 0,7 e 1,5 kw/kw. As unidades de
simples efeito a água quente e vapor possuem uma eficiência de 0,7 e 0,8 kw/kw, já
as de duplo efeito a gás natural e vapor possuem entre 1,1 e 1,5 kw/kw. Os elétricos
são mais eficientes, mas é preciso levar em consideração que a energia elétrica, até
chegar ao motor do compressor, possui grandes perdas por transmissão, que não
são consideradas. Mas quero frisar que os chillers por absorção são eficazes,
confiáveis e duráveis, atendendo muito bem às necessidades de operações em
condições extremas”, exemplifica Doná.

Operação e manutenção

“Os equipamentos por absorção precisam de mais tempo para entrar em regime de
operação na condição de temperatura de projeto. Se a área servida precisar do ar
condicionado na condição de projeto no horário estabelecido, sugerimos que o
equipamento seja ligado entre 30 e 60 minutos antes. São equipamentos que
necessitam de uma operação mais estável ou pelo menos que não tenham
variações bruscas na carga térmica e no fornecimento da fonte de calor. Outro ponto
muito importante é não deixar faltar a água de condensação na temperatura de
projeto estabelecida, principalmente no absorvedor, pois o ciclo de vapor precisa
desse resfriamento no absorvedor para se manter operante; se faltar água ou se a
temperatura subir muito, o ciclo não vai operar de forma a resfriar a água do ar
condicionado na temperatura requerida ou até na capacidade requerida. A operação
em cargas mais baixas também precisa ser levada em consideração. Esse tipo de
chiller possui uma capacidade térmica mínima de 25%. Quando isso ocorre
6
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

precisamos manter a temperatura de água da torre também adequada para não


ocorrer a cristalização da solução de LiBr na descida do gerador para o absorvedor,
onde ocorre a expansão do mesmo e a queda de temperatura. Algumas precauções
na operação quanto à observação dos sistemas de purga e bomba de vácuo devem
ser consideradas, pois sem isso o chiller não irá atingir sua maior performance, isso
porque mantemos o ciclo de vapor sem gases incondensáveis, que causam pressão
interna, e a operação da bomba de vácuo que, além de ajudar na purga, mantém a
depressão dentro do equipamento, garantindo que irá operar na temperatura de
evaporação adequada”, argumenta Doná.

Oswaldo de Siqueira Bueno, da Oswaldo Bueno Engenharia, comenta que a


unidade de absorção é um equipamento bem simples, desde que as etapas de
fabricação, instalação e de posta em marcha tenham sido feitas de forma correta.
“Toda unidade dividida, como minisplit, split e condensador remoto, deve ser
instalada em campo com as interligações de refrigeração e elétricas. Um erro na
interligação de refrigeração (tubulação) reduz o desempenho e o tempo de vida da
unidade. Acredito que os equipamentos são fabricados de forma correta, mas as
instalações não, portanto, é na partida inicial (posta em marcha) que podemos
verificar se está tudo em ordem ou se deverá ser corrigido (vazamento,
incondensáveis, carga de fluido frigorífico incorreta, má distribuição de ar). As
unidades de água (fluído frigorífico) + brometo de lítio (absorvedor) operam em
vácuo com pressões absolutas da ordem de 0,8 kPa (evaporador) e 7 kPa
(condensador). Lembro que a pressão absoluta da atmosfera é de 101 kPa. O
problema é a infiltração do ar atmosférico que irá provocar reações químicas e
aumento da pressão interna, alterando o desempenho, podendo impedir o
funcionamento. Toda unidade de absorção possui um sistema de purga de
incondensáveis, devendo ser acionado sempre que existir dúvidas ou com a
periodicidade recomendada pelo fabricante. Não podemos esquecer que as
tubulações dos trocadores de calor são fabricadas em cobre. É proibido instalar
unidades com tubulações de cobre, como a unidades de absorção, junto a
instalações que usem amônia como fluído frigorífico”.

7
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

Oswaldo de Siqueira Bueno

“A manutenção do chiller por absorção é voltada para a análise química da solução


de LiBr, pois a construção do chiller (corpo) sendo de aço carbono e os tubos em
cobre, podem sofrer corrosão, uma vez que o LiBr é um sal. Visando inibir o efeito
corrosivo, mistura-se Molibdato de Lítio à solução de LiBr. Com o objetivo de
reconhecer se está ou não havendo corrosão é feita uma amostragem da solução e
levada a um laboratório que irá realizar essa análise. A amostragem é feita uma ou
duas vezes por ano, dependendo do regime de funcionamento do chiller”, explica
Felamingo.

Doná comenta várias exigências importantes no que se refere à manutenção de


chillers por absorção. “É preciso realizar uma rotina de manutenção diária e
inspecionar cada parte do chiller. Verificar se há cheiro de gás, presença de ruído
incomum quando o queimador estiver operando, se alguma peça do queimador está
solta, ocasionando danos, se há a presença de ruído na bomba de refrigeração, na
bomba de solução e no ventilador do queimador etc. A manutenção química é outro
ponto importante. É preciso coletar amostras de solução de brometo de lítio e
analisar o pH para verificar a necessidade de adição de álcool octílico, que mantém
a aderência do filme de troca de calor nos trocadores e adição do anticorrosivo
(molibdato de lítio), que corrigi a solução de brometo. O ar não pode entrar no
8
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

equipamento. Se isso acontecer, poderá oxidar a carga de brometo de lítio, que será
descartada. Pode ocorrer também a oxidação dentro do equipamento, que poderá
ser irreparável, dependendo do tempo que ficar nessas condições”.

Válvulas, controles e sistemas de bombas

O que muda em relação às válvulas e controles de um chiller elétrico para um chiller


por absorção? Doná explica que ambos os tipos de equipamentos necessitam de
válvulas de controle para a água gelada, água de condensação e água quente ou
vapor, no caso da absorção. Quando há absorção de queima direta é preciso
adicionar também a tubulação de fornecimento de gás e suas válvulas de controle
de pressão e de vazão de gás, além de dispositivos de detecção e proteção de falta
de gás e controle de vazão do queimador, conforme a necessidade de carga.

“Com relação à automação externa ao equipamento, acredito que seja o controle da


quantidade e da qualidade do calor a ser empregado, seja ele água quente, vapor de
água ou gás combustível. É importante considerar a automação interna da unidade
para impedir a cristalização da solução concentrada nos trocadores de calor”,
explica Bueno.

“O sistema de bombas hidráulicas é similar para ambos os chillers. Porém, no caso


da absorção temos uma quantidade maior de água de condensação devido à
necessidade de resfriamento do condensador e do absorvedor; é indispensável,
para manter o ciclo de vapor da absorção funcionando, a reação exotérmica dentro
do absorvedor. As torres de resfriamento também são maiores para os chillers por
absorção, aproximadamente na mesma proporção da bomba de água de
condensação. Já as bombas de água gelada são iguais para as duas situações”,
comenta Doná.

Em relação ao sistema de bombas, Bueno explica que a alteração está em trabalhar


com a vazão de água gelada no anel primário sempre constante, evitando grandes
variações de carga térmica de refrigeração em um período inferior a 15 minutos.

9
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

José Carlos Felamingo

“Uma vez que o rejeito de calor no chiller por absorção for maior do que num chiller
por compressão, a vazão de água no condensador também será maior. Todavia, se
considerarmos que o diferencial de temperatura da água de condensação pode ser
aumentado sem prejuízo da eficiência, pode-se dizer que em muitos casos a vazão
de condensação do chiller por absorção se iguala aos chillers por compressão. No
lado da água gelada não muda nada”, argumenta Felamingo.

O crescimento no mercado brasileiro

Para o representante da LG, o crescimento de chiller por absorção no mercado


brasileiro ainda é tímido, o volume de obras que usam essa tecnologia ainda é
pequeno, mas existe um grande potencial reprimido. Ele comenta também sobre as
diversas limitações do crescimento desse mercado no Brasil. “Precisamos de
investimentos, somente assim iremos adicionar mais periféricos ao sistema, se
compararmos ao elétrico, as políticas de energia e de combustíveis não ajudam a
promover a tecnologia e o fato de não termos a fonte de calor ou de combustível
próxima da planta de resfriamento com absorção praticamente inviabiliza o sistema.
As companhias de gás, por exemplo, investem por conta própria para atingir seus
objetivos e estimular o uso da tecnologia em outros locais, onde possam encontrar
10
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

gás natural. A falta de mão de obra qualificada é outra barreira que precisa ser
derrubada, e o tipo de chiller e seu volume instalado no mercado tornam essa mão
de obra cara e insuficiente. Por esse motivo, muitas empresas estão treinando seus
funcionários para darem suporte aos seus clientes. No Brasil, como a política muda
muito, diversos empreendimentos têm optado por instalar plantas híbridas com
chillers por absorção de queima direta de gás natural juntamente com chillers
elétricos, com isso, o cliente usa aquilo que estiver mais viável no momento.
Todavia, a grande barreira dessa prática, apesar de ser bastante viável, é o
investimento que passa a ser pelo menos 50% maior. Mesmo com essas limitações,
a absorção e os sistemas que agregam a mesma continuam sendo vantajosos e
com grande viabilidade em várias aplicações”, avalia.

“Acredito que há sim um forte crescimento dessa tecnologia no mercado nacional,


principalmente depois da disseminação quanto ao seu uso, gerando mais
oportunidades. Outro ponto importante que desencadeou esse interesse é o fato das
distribuidoras de gás natural oferecerem vantagens para o seu uso”, diz Felamingo.

11
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

2- CHILLER DE COMPRESSÃO OU ELÉTRICO

Durante o processo de análise de viabilidade de um sistema de água gelada, uma


tarefa importante é a comparação entre diferentes tipos de chillers que podem ser
aplicados naquele projeto e qual a melhor alternativa. Muitas vezes os estudos
analisam apenas o custo inicial e eventualmente incluem a avaliação da eficiência
energética. Mas a melhor alternativa pode envolver vários quesitos:

 Custo inicial de investimento;

 Eficiência energética (custos de consumo de energia);

 Consumo de água;

 Custos de manutenção do equipamento;

 Custos de manutenção dos demais componentes do sistema de água gelada;

 Área total ocupada pela central de água gelada (chillers, bombas, torres de
resfriamento, painéis elétricos e demais componentes);

 Vida útil do equipamento;

 Relacionamento do cliente com o fabricante do chiller;

 Preferência pessoal do cliente.

No entanto, é muito importante que a análise seja realizada de maneira


independente, preferencialmente pelo consultor responsável pelo projeto.

As comparações mais comuns envolvem comparações entre chillers com diferentes


tipos de compressores (ex. centrífugo vs. parafuso) ou entre chillers com
condensação a água e condensação a ar.
Outra comparação um pouco mais complexa é entre chillers com ciclo de
compressão a vapor, com motores elétricos, e chillers com ciclo de absorção, que

12
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

podem ter diferentes tipos de fontes térmicas para o aquecimento do gerador


do chiller.
A Tabela 1 mostra um comparativo de requisitos mínimos de eficiência energética
para vários tipos de chillers, estabelecidos pelo ASHRAE Standard 90.1-2016 SI.
Os chillers com ciclos de absorção possuem COP muito baixo (normalmente entre
0.7 e 1.5 para chillers que utilizam a solução LiBr-H2O), porém, considerando que o
custo da fonte de energia térmica pode ser muito menor que o da energia elétrica (e
até gratuito quando a fonte de calor for rejeito de outro processo), esta poderá ser
uma alternativa extremamente atrativa economicamente para determinadas
aplicações.

13
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

A Tabela 2 apresenta o resultado de um estudo comparativo entre algumas opções


de chillers, incluindo condensação a água e condensação a ar e ciclo de
compressão a vapor e ciclo de absorção.

A seguir as considerações específicas para este estudo (tabela 2):

 Todos os chillers foram selecionados para uma capacidade efetiva de 1.583 kW (450
ton);
 Os chillers elétricos foram selecionados de acordo com os requisitos do AHRI
Standard 551/591-2015 (SI). Os chillers com ciclo de absorção (opções 4 e 5) foram

14
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

selecionados de acordo com o AHRI Standard 560-2000. Todos, porém, nas


mesmas condições de água gelada e água de resfriamento;
 Para as opções 01, 02 e 03 foram utilizados como referência de eficiência energética
os requisitos mínimos de COP e IPLV do ASHRAE Standard 90.1-2016 SI,
conforme indicado na Tabela 1 (para capacidade de 1583 kW). Os índices utilizados
para todos os chillers com motores elétricos foram conforme a opção 2 (“Path B”, no
original em inglês), considerando que todos os chillers possuem motores com
inversores de frequência. Para estes não foram utilizados resultados de
selecionamento de fabricantes;
 Nas opções 05 e 06 foram utilizados chillers de “Alta Eficiência”, uma vez que os
requisitos do ASHRAE Standard 90.1-2016 SI para os chillers com condensação a
ar e com ciclos de absorção são relativamente baixos em relação aos melhores
equipamentos do mercado. Na opção 04, com compressor centrífugo e
condensação a água, também foi selecionado um equipamento de alta eficiência
disponível no mercado;
 O chiller com ciclo absorção selecionado é de duplo-efeito e utiliza como fonte de
calor para o gerador a queima direta de gás natural. Esta é a opção mais comum
para chillers com ciclo de absorção aplicados em sistemas para edifícios;
 Para todos os chillers com condensação a água foi inclusa na análise a vazão de
água de resfriamento, que é muito maior para os chillers com ciclo de absorção que
nos chillers elétricos (devido ao baixo COP, o calor rejeitado é muito maior). Quanto
maior o calor rejeitado e a vazão de água de resfriamento, maiores as perdas de
água por evaporação na torre de resfriamento;
 A perda de pressão no circuito de água de resfriamento do chiller com ciclo de
absorção é maior, pois são dois trocadores em série (absorvedor e condensador),
normalmente entre 80 e 100 kPa, contra 30 a 50 kPa típicos dos condensadores
dos chillers elétricos. A ser verificado em um caso real;
 As torres de resfriamento foram selecionadas com base nas condições de operação
típicas para sistemas de ar condicionado (35,0ºC/ 29,5ºC/ 24,0ºC). Eventualmente
os fabricantes dos chillers com ciclo por absorção podem definir um diferencial de
temperatura de água maior para reduzir a vazão de água de resfriamento. No caso
dos chillers elétricos, também já se verifica que estas condições típicas não são as
mais eficientes quando se realiza uma análise total, envolvendo chillers, BACs e
15
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

torres de resfriamento, quando se considera a variação da T BU do ar externo local ao


longo do ano. A ser verificado em um caso real;
 Para o cálculo do consumo de energia dos chillers foi arbitrado um fator médio de
carga parcial do sistema de 0,59, ou seja, foi arbitrado que na média anual, durante
o funcionamento do sistema, a capacidade do chiller foi de 59% da capacidade de
projeto, que é a capacidade média ponderada de um chiller ao longo do ano,
considerando os pesos do IPLV. Para um cálculo real seria importante levantar a
energia térmica de resfriamento acumulada (kWh) ao longo do ano, durante o
período de funcionamento do sistema, a partir do perfil de carga térmica anual;
 Para o cálculo do consumo anual estimado de energia elétrica dos chillers foi
utilizado o IPLV (considerando a variação da T BU ou TBS do ar externo conforme a
porcentagem de carga) a partir de um sistema operando 12 horas/ dia, durante 20
dias no mês e por 12 meses. Para os demais equipamentos elétricos (bombas de
água gelada do circuito primário, bombas de água de resfriamento e ventiladores
das torres de resfriamento) foi considerada a operação contínua (sem considerar
inversores de frequência) para o mesmo período de funcionamento dos chillers.
 Deve-se observar que, devido aos fatores de cálculo definidos pelos AHRI
Standards, o IPLV é um valor totalmente fictício para um equipamento. Sempre que
possível, deve-se utilizar um PLV específico (por exemplo, o SPLV envolvendo todos
os equipamentos do sistema), com base nas condições climáticas do local,
considerando as horas reais de operação do sistema, que resultará numa
distribuição real de ponderação das cargas parciais, ou ainda uma simulação
energética do sistema ao longo do ano, durante os horários de funcionamento, o que
certamente trará resultados mais próximos do real;
 Para o cálculo do consumo de gás natural (chillers com ciclo de absorção) também
foi arbitrado o fator médio de carga parcial do sistema de 0,59;
 Nos chillers com condensação a água, para o cálculo do consumo de água de
reposição na torre de resfriamento foi considerado 1,3 L/h por kW de calor rejeitado
e o fator médio de carga parcial do sistema de 0,59. Para um caso real, os
fornecedores das torres devem informar os valores específicos de taxa de reposição
de água;

16
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

 A relação da água de reposição deve ser calculada com base no calor rejeitado (que
é variável ao longo do ano) e não com base na vazão de água na torre
(normalmente um valor fixo). A equação a seguir se refere ao cálculo das perdas por
evaporação em uma torre de resfriamento:

Onde:

 Gl0 = Perda de água por evaporação (m³/h);


 Gl = Vazão da água de resfriamento (m3/h);
 t1 = Temperatura de entrada da água na torre de resfriamento (ºC);
 t2 = Temperatura de saída da água na torre de resfriamento (ºC);
 h1 = Entalpia do ar na entrada da torre de resfriamento (kJ/kg);
 h2 = Entalpia do ar na saída da torre de resfriamento (kJ/kg);
 x1 = Umidade absoluta do ar na entrada da torre de resfriamento (g/kg ar seco);
 x2 = Umidade absoluta do ar na saída da torre de resfriamento (g/kgar seco);

Para o cálculo do custo do consumo de energia elétrica foi utilizada a tarifa Verde de
energia elétrica aplicada para instalações comerciais, do subgrupo A4 (2,3 kV a 25
kV), para a cidade de São Paulo (ENEL), vigente em 05/2019, com os seguintes
valores:

Demanda = R$ 11,17/kW;
Consumo – TUSD Fora da Ponta = R$ 0,05728/kWh;
Consumo – TUSD na Ponta = R$ 0, 47503/kWh;
Consumo – TE Fora da Ponta = R$ 0,25808/kWh;
Consumo – TE na Ponta = R$ 0, 41154/kWh;

Após o cálculo do custo do consumo de energia elétrica foram adicionados os


impostos (ICMS, PIS e COFINS);
17
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

A opção pelo mercado livre de energia poderia trazer reduções consideráveis nos
custos de consumo de energia (tipicamente entre 15% e 25%), mas não foi possível
nesse estudo tentar simular um valor específico ou estabelecer índices para
parametrização de apenas um chiller, pois seria necessária uma análise do consumo
de energia anual de todo o empreendimento.

Para o cálculo do custo do consumo de água foi utilizada a tarifa aplicada para
instalações comerciais normais para a cidade de São Paulo (SABESP) no valor de
R$ 20,42/m³ (vigente em 05/2019). Foi considerada apenas a tarifa de consumo
acima de 50 m³/mês, uma vez que, em qualquer uma das opções, estima-se um
valor superior a 300 m³/mês;

Também foi considerada a tarifa de lançamento de esgoto, no mesmo valor (R$


20,42/m³ – vigente em 05/2019), exceto na opção 04. É importante observar que se
houver um medidor de consumo de água dedicado apenas para a água de reposição
na torre de resfriamento e outro medidor no dreno, é possível obter a isenção da
cobrança da tarifa de esgoto para o valor da diferença;

No caso da opção 04, foi considerado apenas o consumo de água de reposição,


sem consumo de água para o esgoto. Como resultado, o valor total relativo ao
consumo de água reduziu pela metade;

Outras opções de fontes de água de reposição para a torre de resfriamento, tais


como água de poço ou água de reuso podem diminuir o valor dos custos
operacionais com os chillers com condensação a água. Porém é necessária uma
análise mais rigorosa, uma vez que nestes casos será necessário acrescentar na
reposição a perda resultante da drenagem contínua na bacia da torre, que pode ser
muito alta. Em estudos de casos realizados em São Paulo, o consumo de água
mensal de água de reposição para torres de resfriamento utilizando água de reuso
aumentou cerca de 1,9 vezes em relação ao consumo mensal utilizando água da
rede pública. Além disso, foi verificado um aumento da incrustação nos
condensadores dos chillers e enchimentos das torres, o que implicou em aumento
significativo do consumo de energia;

18
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

No caso de chillers com condensação a ar, há alguns custos operacionais não


considerados aqui, mas que podem ser muito relevantes, tais como:
Devido à ocorrência frequente de microvazamentos de fluido refrigerante nas
serpentinas dos condensadores, o desempenho real do chiller pode ser
significativamente reduzido. Tipicamente, um chiller que opera com 90% da carga de
fluido refrigerante de projeto, tem como resultado uma perda de 7% no COP. Em
equipamentos operando com R-407C, este impacto é ainda maior (quase 10% de
perda no COP), pois se trata uma mistura zeotrópica;
A tendência de aumento de incrustação nas serpentinas dos condensadores ao
longo do tempo de operação é bem maior do que em chillers com condensação a
água, o que resulta em maior consumo de energia real. Tipicamente, a cada 1°C de
aumento na temperatura de condensação em chillers com condensação a ar,
utilizando R-134a, há uma perda de 4% no COP. Ao longo dos anos, a experiência
pessoal mostra que, em análises operacionais de chillers com condensação a ar
(entre cinco e dez anos de operação), é normal verificar um aumento de 3°C a 5°C
na temperatura de condensação, mesmo com contratos de manutenção efetivos. Já
em chillers com condensação a água, isso ocorre apenas quando a manutenção é
inadequada ou quando se utiliza água de reuso, além de ser um problema muito
mais fácil de corrigir e de menor custo de correção;
A vida útil típica de um chiller com condensação a ar é de 18 a 20 anos, e de
um chiller com condensação a água é de 25 anos. Uma das principais causas da
degradação é o baixo desempenho dos compressores e aumento de avarias, muitas
delas resultantes da baixa carga de fluido refrigerante e do aumento da incrustação
nos condensadores;

Para o cálculo do custo do consumo de gás natural foi utilizada a tarifa com ICMS
aplicada para sistemas de refrigeração para a cidade de São Paulo (Comgás). Para
o estudo, foram utilizadas as Classes 1 e 2 (tabela progressiva por faixa de consumo
mensal) conforme indicado na Tabela 03.

19
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

A seguir, alguns comentários sobre o resultado do estudo comparativo:

 Para os chillers com o padrão de referência ASHRAE 90.1-2016 SI, a opção 01 foi a
melhor – chiller com compressor centrífugo, com motor elétrico e condensação a
água – porém, o custo final de operação para as três opções foi muito próximo;
 Para os chillers de alta eficiência, a opção 05 foi a melhor – chiller com compressor
parafuso, com motor elétrico e condensação a ar.
 O resultado favorável para a opção 04 – chiller com compressor centrífugo, com
motor elétrico e condensação a água – indicado na Tabela 02 foi devido ao contrato
especial de medição de consumo de água, com medidor dedicado de consumo de
água de reposição;

 Caso for aplicado o mesmo contrato para as demais opções com condensação a
água, a opção 01 também terá um custo total menor que a opção 05.

 A opção 06 – chiller com ciclo de absorção – se mostrou mais onerosa que as


demais, o que indica que a aplicação de chillers com queima direta de gás natural,
em princípio, não é uma boa opção para aplicações em edifícios comerciais;
 No entanto, os fornecedores de gás natural oferecem contratos de longo prazo e
algumas vezes sem nenhum custo de investimento inicial para o fornecimento
dos chillers, o que pode tornar esta opção atrativa para o empreendedor, mas ao
longo do tempo pode ser onerosa para os usuários do sistema (que pagarão
20
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

efetivamente a conta de energia). Neste caso é muito importante realizar um estudo


do custo total do sistema (ao longo de sua vida útil). Também é importante verificar a
tarifa contratual, que pode ser bem menor no início do contrato, mas exige um
consumo mínimo de gás (baseado na capacidade total), ou que pode ser menor
apenas por um período curto de operação (por exemplo, cinco anos). Recomenda-
se um estudo do perfil anual de carga térmica do edifício (não superdimensionado) e
um contrato tarifário bem definido, válido para a vida útil do sistema;
 No estudo em questão, para a opção 06 ser melhor que a opção 01, a tarifa do gás
natural deveria ser reduzida de R$ 2,127/Nm³ para R$ 0,403/Nm³, uma vez que as
tarifas de consumo de energia elétrica e consumo de água já estão previamente
definidas;
 No estudo em questão, para a opção 06 ser melhor que a opção 01, considerando a
tarifa vigente para o gás natural, o COP/ IPLV do Chiller com ciclo de
Absorção deveria ser de pelo menos 3,471 kW/kW, o que ainda não é possível;
 Quando a fonte de energia para aquecimento do gerador do chiller com ciclo de
absorção for rejeito de calor de outro processo (cogeração, gases de queima de
outro processo, água quente de resfriamento de motores de combustão ou turbinas,
queima de resíduos sólidos etc.), que resulte em custo mínimo, esta pode ser a
melhor opção.

21
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

3- CHILLER PARAFUSO


Clique nas imagens para ampliar

Muitas empresas procuram por uma maneira eficiente e econômica para realizar o
resfriamento em equipamentos, produtos e até mesmo do ar. Os chillers são a
resposta, por ser um sistema completo de refrigeração, que podem ser encontrados
em modelos que se adéquam eficientemente as necessidades da empresa. Apesar
de serem grandes unidades que funcionam a base de eletricidade, o consumo de
energia dos chillers é muito baixo, o que faz deles um dispositivo de ótimo custo
benefício.

Chiller parafuso de condensação de ar


Dentre os modelos mais usados desse dispositivo, está o chiller parafuso, que pode
ser dividido em condensação de ar ou de água. Um chiller parafuso de condensação
a ar é muito usado em estabelecimentos industriais. Sua forma de operar é
silenciosa, pois possui barreiras acústicas, o que lhe garante melhor adaptabilidade
em prédios ou locais com espaços reduzidos.
O chiller parafuso com condensação a ar, pode fornecer água resfriada para ares
condicionados ou até mesmo para arrefecimento de processos. Dentre as grandes

22
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

vantagens do chiller parafuso está o oferecimento de um fluxo contínuo de ar. Eles


são equipamentos confiáveis, criados para diminuir os gastos com manutenção.
Com um desenho simplificado, o chiller parafuso de condensação a ar oferece uma
eficiente combinação de carga parcial e total. Alguns modelos, para atenuar as
pulsações de descarga e diminuir o nível de barulho, possuem compressores sem
vibração e com, normalmente, dois silenciadores. Além disso, modelos de chiller
parafuso que possuem condensação a ar podem ter uma chave padronizada com
uma única entrada trifásica.

Chiller parafuso de condensação de água


O chiller parafuso com condensação a água é muito usado, tanto em indústrias,
como em estabelecimentos comerciais. Ele se apresenta como uma alternativa
precisa de controle de temperatura, e pode ser usado em diversas aplicações. Esse
modelo de chiller conta com um compressor de eixo duplo que possui rotações
opostas. Todo o gás refrigerante que adentra a câmera é projetado e comprimido
por meio dos parafusos.
Mostrando-se um modelo igualmente facilitado, o chiller parafuso com condensação
de água requer, em média, apenas uma troca de óleo por ano. Problemas com
alinhamento dos eixos ou com engrenagem costumam ser raros nesses dispositivos.
Alguns de seus modelos possuem capacidades de monitoramento ou controle.

Se você procura um desses dois modelos de chiller, o equipamento ideal está na


Transcalor, uma empresa que conta com tradição no segmento de climatização,
refrigeração de processos e trocadores de calor. Com profissionais qualificados e
produtos alinhados com as tecnologias atuais, a Transcalor trabalha de forma
eficiente para atender e realizar o melhor serviço para seus clientes. Entre em
contato e peça já um orçamento.

23
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

4- O QUE É UM CHILLER? SAIBA TUDO SOBRE O SISTEMA DE


REFRIGERAÇÃO QUE ESTÁ MUDANDO O MERCADO.

Além de ser muito mais potente que o sistema split, os aparelhos de ar


condicionado chiller são mais econômicos e controlam temperatura e umidade
relativa do ar de maneira otimizada. Atualmente, encontramos chillers de diferentes
tipos no mercado, cada um eles apresenta um funcionamento e uma aplicação
diferenciada.
Quer saber quais os tipos mais populares de chiller e como eles funcionam? A
eletrofrigor vai te contar tudo sobre o assunto.

Afinal, o que é um Chiller?


Um chiller é um aparelho de ar condicionado com sistema baseado no resfriamento
de água. De maneira resumida, ele resfria grandes ambientes através de água
gelada e não apenas fluido refrigerante. Esses equipamentos são indicados para
24
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

refrigeração de grandes espaços. Sua potência é medida em toneladas de


refrigeração, podendo chegar até 250 TR.

Cada tonelada de refrigeração (TR) equivale à 12.000 BTUs/h. Chillers, portanto,


possuem uma capacidade muito acima de qualquer aparelho split, cuja capacidade
atinge no máximo 60.000 BTUS/h.
Normalmente, chillers mantém a temperatura da água por volta de 12ºC. No entanto,
com o uso de aditivos anticongelantes como o etilenoglicol, esses sistemas podem
alcançar temperaturas negativas facilmente.

A imagem mostra um sistema chiller da Hitachi.

Como funciona um sistema chiller?


Tudo começa com o fluido refrigerante fluindo do receptor para a válvula de
expansão. Uma vez que esse fluido está na válvula, ela introduz o gás no
evaporador, onde há um troca de calor com a água que passa pela serpentina.
Depois disso, o fluido refrigerante sai do evaporador e entra no compressor como
um gás frio e sai como um gás quente, em alta pressão.
Logo após, passa pelo condensador, onde é resfriado pela água de condensação
até ficar em estado líquido. Daí ele retorna ao receptor como líquido.

25
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

Ao fim do processo, a água de condensação é bombeada para a torre de


resfriamento. Nessa fase do processo, os fan coils agem como evaporadoras,
levando o ar resfriado para o ambiente.
Quais são os tipos de chillers? Quais as suas vantagens?
Atualmente, existem dois principais tipos de chillers sendo usados na refrigeração
brasileira, os de condensação a água e os de condensação a ar. Ambos oferecem
vantagens como o baixo consumo de energia e uma escala de variação de
tempertura bastante ampla.

Isso torna os chillers aparelhos versáteis e com um custo benefício sem igual
principalmente para aplicações industriais e comerciais. Quer saber mais sobre
esses dois tipos de chiller? Vamos te contar tudo.

Chiller de Condensação a água


Os chillers de condensação a água são equipamentos extremamente versáteis e
econômicos. Eles funcionam de forma silenciosa e, por conta disso, são muito
populares em aplicações hospitalares ou em grandes escritórios.

Existem dois tipos de compressores mais aplicados nesse tipo de chiller – o


centrífugo e os parafuso. O chiller de condensação a água pode chegar a uma
potência de até 2.000TR.

Os equipamentos mais potentes utilizam os compressores parafuso. Apesar de


representarem um alto investimento inicial, chillers de condensação a água
oferecem maior capacidade de refrigeração por um custo energético reduzido,
apresentando um ótimo custo-benefício a longo prazo.

Chiller de Condensação a ar
Esses tipos de chiller também utilizam compressores scroll e parafuso. Sua potência
pode chegar até 350TR, durante seu funcionamento. Esses são equipamentos
robustos e duráveis. São mais popularmente aplicados em sistemas de refrigeração
industrial.
Esses também são equipamento robustos, com poucas partes móveis. Isso quer
dizer que a sua manutenção é mais centralizada e simples.

26
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

Como funciona a manutenção desse tipo de sistema?


Apesar de ser um sistema bem diferente, chillers têm um processo de manutenção
parecido com os aparelhos de refrigeração convencionais e deve ser feita com a
frequência indicada pelo fabricante.
A limpeza das serpentinas deve ser feita periodicamente, para retirar sujeiras que
possam comprometer o rendimento do aparelho.
Já as aletas devem ser mantidas retas e separadas, além de também precisarem de
limpeza constante. Além disso, os ventiladores e suas pás precisam de lubrificação
e limpeza, para trabalharem corretamente.

A imagem mostra uma série de equipamentos chillers da Carrier.

Qual a diferença entre chiller e fan coil?


O chiller e o fan coil são duas partes do mesmo sistema de refrigeração. O chiller
poderia ser comparado ao condensador de uma unidade split, onde as trocas de
calor acontecem. Já o fan coil poderia ser comparado à unidade evaporadora, que
força a passagem do ar refrigerado pela água diretamente para o ambiente.
27
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

5- CONHECIMENTOS EM ELETRICIDADE

A eletricidade é um termo geral que abrange uma variedade de fenômenos


resultantes da presença e do fluxo de carga elétrica.[1] Esses incluem muitos
fenômenos facilmente reconhecíveis, tais como relâmpagos, eletricidade estática, e
correntes elétricas em fios elétricos. Além disso, a eletricidade engloba conceitos
menos conhecidos, como o campo eletromagnético e indução eletromagnética.[2]

A palavra deriva do termo em neolatim "ēlectricus", que por sua vez deriva do latim
clássico "electrum", "amante do âmbar", termo esse cunhado a partir do termo grego
ήλεκτρον (elétrons) no ano de 1600 e traduzido para o português como âmbar. O
termo remonta às primeiras observações mais atentas sobre o assunto, feitas
esfregando-se pedaços de âmbar e pele.

No uso geral, a palavra "eletricidade" se refere de forma igualmente satisfatória a


uma série de efeitos físicos. Em um contexto científico, no entanto, o termo é muito
geral para ser empregado de forma única, e conceitos distintos contudo a ele
diretamente relacionados são usualmente melhor identificados por termos ou
expressões específicos.

Alguns conceitos importantes com nomenclatura específica que dizem respeito à


eletricidade são:

 Carga elétrica: propriedade das partículas subatômicas que determina as


interações eletromagnéticas dessas. Matéria eletricamente carregada produz, e é
influenciada por, campos eletromagnéticos. Unidade SI (Sistema Internacional de
Unidades): ampère segundo (A.s), unidade também denominada coulomb (C). [3]
 Campo elétrico: efeito produzido por uma carga no espaço que a contém, o qual
pode exercer força sobre outras partículas carregadas. Unidade SI: volt por
metro (V/m); ou newton por coulomb (N/C), ambas equivalentes. [4]
 Potencial elétrico: capacidade de uma carga elétrica de realizar trabalho ao
alterar sua posição. A quantidade de energia potencial elétrica armazenada em
cada unidade de carga em dada posição. Unidade SI: volt (V); o mesmo que
joule por coulomb (J/C).[5]
28
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

 Corrente elétrica: quantidade de carga que ultrapassa determinada secção por


unidade de tempo. Unidade SI: ampère (A); o mesmo que coulomb por segundo
(C/s).[6]
 Potência elétrica: quantidade de energia elétrica convertida por unidade de
tempo. Unidade SI: watt (W); o mesmo que joules por segundo (J/s). [7]
 Energia elétrica: energia armazenada ou distribuída na forma elétrica. Unidade
SI: a mesma da energia, o joule (J).
 Eletromagnetismo: interação fundamental entre o campo magnético e a carga
elétrica, estática ou em movimento.[1][2]

O uso mais comum da palavra "eletricidade" atrela-se à sua acepção menos precisa,
contudo. Refere-se a:

 Energia elétrica (referindo-se de forma menos precisa a uma quantidade de


energia potencial elétrica ou, então, de forma mais precisa, à energia elétrica por
unidade de tempo) que é fornecida comercialmente pelas distribuidoras de
energia elétrica. Em um uso flexível contudo comum do termo, "eletricidade"
pode referir-se à "fiação elétrica", situação em que significa uma conexão física e
em operação a uma estação de energia elétrica. Tal conexão garante o acesso
do usuário de "eletricidade" ao campo elétrico presente na fiação elétrica, e,
portanto, à energia elétrica distribuída por meio desse.

Embora os primeiros avanços científicos na área remontem aos séculos XVII e XVIII,
os fenômenos elétricos têm sido estudados desde a antiguidade. Contudo, antes dos
avanços científicos na área, as aplicações práticas para a eletricidade
permaneceram muito limitadas, e tardaria até o final do século XIX para que os
engenheiros fossem capazes de disponibilizá-la ao uso industrial e residencial,
possibilitando assim seu uso generalizado. A rápida expansão da tecnologia elétrica
nesse período transformou a indústria e a sociedade da época. A extraordinária
versatilidade da eletricidade como fonte de energia levou a um conjunto quase
ilimitado de aplicações, conjunto que em tempos modernos certamente inclui as
aplicações nos setores de transportes, aquecimento, iluminação, comunicações e
computação. A energia elétrica é a espinha dorsal da sociedade industrial moderna,
e deverá permanecer assim no futuro. [8]

29
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

História

Thales, o pioneiro pesquisador da eletricidade

Muito tempo antes de qualquer conhecimento científico sobre a eletricidade, as


pessoas já estavam cientes dos choques desferidos pelo peixe-elétrico. No Antigo
Egito, remontando ao ano de 2750 a.C, havia textos que referiam-se a esse peixe
como o "Trovão do Nilo", descrevendo-o como o protetor de todos os outros peixes.
Encontra-se o peixe-elétrico também retratado em documentos e estudos antigos
realizados por naturalistas, médicos, ou simples interessados que viveram na Grécia
Antiga, no Império Romano e na região da civilização islâmica.[9] Vários escritores
antigos, como Caio Plínio Segundo e Scribonius Largus, atestaram ciência do efeito
anestesiante dos choque elétricos do peixe-gato e da arraia elétrica, e de que os
choques elétricos podem viajar ao longo de certos objetos condutores de
eletricidade.[10]

Na época, os pacientes que sofriam de gota e de dor de cabeça eram aconselhados


a tocar o peixe-elétrico na esperança de que os poderosos choques elétricos
desferidos por esse animal pudessem curá-los.[11]

As primeiras referências relacionadas de forma ora remota ora mais próxima à


identidade elétrica do raio e à existência de outras fontes distintas de eletricidade
são possivelmente as encontradas junto aos árabes, que seguramente já
empregavam antes do século XV a palavra (raad), raio em seu idioma, a fim de se
fazer referência às arraias elétricas.[12]

30
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

Nas culturas antigas ao longo de todo o Mediterrâneo sabia-se que determinados


objetos, a exemplo pedaços de âmbar, ganham a propriedade de atrair pequenos e
leves objetos, tais como penas, após atritados com pele de gato ou similar. Por volta
de 600 a.C.. Tales de Mileto fez uma série de observações sobre eletricidade
estática, as quais levou-o a acreditar que o atrito era necessário para
produzir magnetismo no âmbar; em visível contraste com o que se observa em
minerais tais como magnetita, que não precisam de fricção.[13][14]

Thales enganou-se ao acreditar que a atração era devida a um efeito magnético e


não a um efeito elétrico, havendo a ciência evidenciado de forma correta a ligação
que Thales esboçou fazer entre eletricidade e magnetismo somente milênios mais
tarde (experiência de Ørsted, 1820 d.C). Em acordo com uma teoria controversa, os
habitantes da região de Parthia, nordeste do atual Irã, conheciam a galvanoplastia,
baseando-se tal afirmação na descoberta de 1936 da bateria de Bagdá, artefato que
de fato, embora certamente incerta a natureza elétrica do mesmo, em muito se
assemelha a uma célula galvânica.[15]

Benjamin Franklin desenvolveu uma grande pesquisa sobre a eletricidade no século


XVIII, que é documentado por Joseph Priestley (em 1767) no livro History and
Present Status of Electricity, com quem Franklin trocou correspondências.

A eletricidade permaneceria pouco mais do que uma curiosidade intelectual por


milênios, pelo menos até 1600, quando o cientista inglês William Gilbert publicou um
estudo cuidadoso sobre magnetismo e eletricidade, o "De Magnete", entre outros
distinguindo de forma pertinente o efeito da pedra-imã e o da eletricidade estática

31
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

[13]
produzida ao se esfregar o âmbar com outro material . Foi ele quem cunhou a
palavra neolatina "electricus" ("de âmbar" ou "como âmbar", de ήλεκτρον [elektron], a
palavra grega para "âmbar") para referir-se à propriedade do âmbar e de outros
corpos atraírem pequenos objetos depois de friccionados.[16] Esta associação deu
origem às palavras inglesa "electric" e "electricity", que fez sua primeira aparição na
imprensa nas páginas de Pseudodoxia Epidemica, obra de Thomas Browne, em
1646.[17]. Também encontram-se ai as raízes das palavras portuguesas elétrico e
eletricidade.

Outros trabalhos seguiram-se, sendo esses conduzidos por pessoas como Otto von
Guericke, Robert Boyle, Stephen Gray e Charles Du Fay. No século XVIII, Benjamin
Franklin realizou uma ampla pesquisa sobre a eletricidade, inclusive vendendo seus
bens para financiar seu trabalho. É a ele atribuído o ato de, em junho de 1752, ter
prendido uma chave de metal próximo à barbela de uma pipa e, com a chave atada
à linha umedecida, tê-la feito voar em uma tempestade ameaçadora.[18] É incerto se
Franklin pessoalmente realizou de fato esse experimento, mas o ato é popularmente
atribuído a ele. Uma sucessão de faíscas saltando de uma segunda chave atada à
linha para o dorso da sua mão teria então mostrado-lhe de maneira contundente que
o raio tem, de fato, uma natureza elétrica. [19]

Michael Faraday formou a base da tecnologia de motores elétricos.

Em 1791, Luigi Galvani publicou sua descoberta da bioeletricidade, demonstrando


que é por meio da eletricidade que as células nervosas passam sinais para os
músculos.[20]

32
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

A pilha voltaica de Alessandro Volta, ou simplesmente bateria, datada de 1800 e


feita a partir de camadas alternadas de zinco e cobre, forneceu aos cientistas uma
fonte mais confiável e estável de energia elétrica do que as antigas máquinas
eletrostáticas.[20] A advento do eletromagnetismo, união da eletricidade e do
magnetismo, é creditada à dupla Hans Christian Ørsted e André-Marie Ampère, seus
trabalhos remontando aos anos 1819 e 1820; Michael Faraday inventou o motor
elétrico em 1821, e Georg Ohm analisou matematicamente o circuito elétrico em
1827 .[20] A eletricidade e o magnetismo (e também a luz) foram definitivamente
unidos por James Clerk Maxwell, em particular na obra "On Physical Lines of Force",
entre 1861 e 1862.[21]

Embora o rápido progresso científico sobre a eletricidade remonte a séculos


anteriores e ao início do século XIX, foi nas décadas vindouras do século XIX que
deram-se os maiores progresso na engenharia elétrica. Através dos estudos
de Nikola Tesla, Galileo Ferraris, Oliver Heaviside, Thomas Edison, Ottó
Bláthy, Ányos Jedlik, Sir Charles Parsons, Joseph Swan, George
Westinghouse, Werner von Siemens, Alexander Graham Bell e Lord Kelvin, a
eletricidade transformou-se de uma curiosidade científica a uma ferramenta
essencial para a vida moderna, ou seja, transformou-se na força motriz da Segunda
Revolução Industrial.[22]

Descargas elétricas e raios catódicos[editar | editar código-fonte]

Tubo de raios catódicos usado por Thomson na determinação da razão carga-massa


do elétron.

Durante a descoberta da eletricidade um enigma ainda pairava sobre tipos de


radiação existentes, uma delas chamada de radiação de raios catódicos , emitida
por superfícies metálicas quando uma voltagem é aplicada entre o cátodo e
o ânodo.[23]

33
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

Havia duas correntes de pensamento acerca da natureza dos raios catódicos: uma
delas acreditava que se tratava de partículas; a outra acreditava que fossem um
fenômeno ondulatório que dependia do meio. A interferência ondulatória era apoiada
pela observação de que os raios catódicos podiam atravessar folhas de metal sem
serem defletidos. O conflito sobre a dualidade onda-partícula, como veremos, vai
reaparecer mais tarde, em outro contexto.

Em 1885, J. H. Geissler (1815-1879) inventou uma bomba que permitia extrair o ar

de um tubo de vidro até uma pressão da ordem de vez a pressão atmosférica.


Essa bomba foi usada entre 1858 e 1859 numa série de experimentos para estudar
a condução de eletricidade em gases a pressões muito baixas. Esses experimentos
foram feitos por J. Plucker (1801-1868). No seu arranjo experimental, duas placas de
metal dentro de um tubo de gás eram conectadas através de fios a uma fonte de alta
tensão. No entanto, esse “vácuo" não era perfeito, e os cientistas foram levados a
hipóteses errôneas sobre a natureza dos raios catódicos, como mais tarde se
aprendeu tratar-se de efeitos do gás residual dentro do tubo.

É nesse ponto que J. J. Thomson entra na história. O ingrediente fundamental que


lhe permitiu a descoberta da natureza dos raios catódicos – os elétrons - foi o
desenvolvimento de bombas a vácuo 10 vezes mais eficientes do que as anteriores

Conceitos

Carga elétrica

A carga elétrica é a propriedade dos entes físicos fundamentais, certamente


das partículas subatômicas, que dá origem e interage via forças eletromagnéticas,
uma das quatro forças fundamentais na natureza. A carga na matéria extensa
origina-se no átomo, sendo os portadores de carga mais conhecidos o elétron e
o próton. A carga elétrica obedece a uma lei de conservação, o que significa dizer
que a quantidade líquida total de carga no interior de um sistema isolado sempre
permanece constante, sendo a carga total essencialmente independente de
qualquer mudança que ocorra no interior do sistema. [24]

34
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

No interior do sistema, carga pode ser transferida entre corpos, quer pelo contato
direto, quer passando através de um material condutor como um fio, ou mesmo
através de portadores de carga movendo-se livremente no vácuo.[25]

A expressão tradicional "eletricidade estática" se refere à presença de carga, ou


melhor, de um desequilíbrio de cargas em um corpo, o que é geralmente causado
quando se tem materiais quimicamente diferentes esfregados entre si, o que leva à
transferência de cargas de um para o outro.

Uma pequena quantidade de carga elétrica em um eletroscópio de folhas é capaz de


provocar notória repulsão das folhas do eletroscópio.

A presença de carga dá origem à força eletromagnética: cargas exercem força uma


sobre a outra, efeito certamente conhecido, embora não compreendido, já na
antiguidade.[26]

Uma pequena esfera condutora suspensa por um fio isolante pode ser carregada
através do toque de um bastão de vidro previamente carregado devido ao atrito com
um tecido de algodão. Se um pêndulo similar é carregado pelo mesmo bastão de
vidro, encontra-se que este irá repelir aquele: as cargas agem de forma a separar os
pêndulos. Dois pêndulos carregados via bastão de borracha também repelir-se-ão
mutuamente. Entretanto, se um pêndulo for carregado via bastão de vidro, e o outro
for carregado via bastão de borracha, os pêndulos, quando aproximados, atrair-se-
ão mutuamente. Esse fenômeno foi investigado no século XVIII por Charles-
Augustin de Coulomb, que deduziu que as cargas apresentam-se em duas formas
distintas. Suas descobertas levam ao bem conhecido axioma: objetos carregados

35
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

com cargas similares se repelem, objetos carregados com cargas opostas se


atraem.

A força atua sobre as cargas propriamente ditas, do qual segue que as cargas têm a
tendência de se distribuir de forma a mais uniforme ou conveniente possível sobre
superfícies condutoras. A magnitude da força eletrostática, quer atrativa quer
repulsiva, é dada pela Lei de Coulomb, que a relaciona ao produto das cargas e
retrata a relação inversa empiricamente observada dessa com o quadrado da
distância que separa as cargas. A força eletromagnética é muito forte, sendo
subjugada apenas pela força de interação forte (força nuclear); contudo, ao contrário
desta última, que atua entre partículas separadas por não mais que alguns
angstroms (1 angstrom = 1 x 10 −10m), a força eletromagnética é uma força de longo
alcance, ou seja, uma força que atual a qualquer distância, embora o faça
certamente de forma muito mais fraca quanto maior for a separação. Em
comparação com a muito mais fraca força gravitacional, a força eletromagnética que
repele dois elétrons próximos mostra-se 10+42 vezes maior do que a força de atração
gravitacional que um exerce sobre o outro mantida a mesma separação.

As cargas do próton e do elétron são opostas em sinal, implicando que uma


quantidade de carga pode ser ou positiva ou negativa. Por convenção e por razões
históricas, a carga associada a um elétron é considerada a negativa, e a carga
associada a um próton, positiva, um costume que originou-se com os trabalhos
de Benjamin Franklin.[27] A quantidade de carga é usualmente representada pelo
símbolo Q e expressa em coulombs; cada elétron transportando a mesma carga
fundamental cujo valor é aproximadamente -1,6022x10−19 coulomb. O próton tem
carga igual em módulo contudo oposta em sinal, +1,6022x10−19 coulomb. Não
apenas partículas de matéria possuem carga mas também as partículas de
antimatéria, cada partícula carregando uma carga de igual valor mas de sinal oposto
ao da carga da sua correspondente antipartícula.[28]

Cargas elétricas podem ser medidas de diferentes formas, um dos mais antigos
instrumentos sendo o eletroscópio de folhas, que embora ainda em uso em
demonstrações escolares, já há muito foi substituído pelo eletrômetros
(coulombímetros) eletrônicos.

36
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

Campo elétrico

O conceito de campo foi introduzido por Michael Faraday ainda no século XIX,
contudo sua adoção inicialmente como ferramenta matemática para o tratamento
dos problemas correlatos tornou-se tão frutífera que hoje é praticamente impossível
conceber-se um tratamento mais aprofundado em eletricidade, magnetismo ou
eletromagnetismo sem que se lance mão do mesmo. As equações de Maxwell são
todas escritas em função dos campos elétricos e magnéticos. Em termos do campo
aqui pertinente, o campo eletrostático, sabe-se que toda carga elétrica cria no
espaço que a contém um campo elétrico, e qualquer carga elétrica imersa em um
campo que não o campo por ela mesmo criado encontrar-se-á solicitada por uma
força elétrica em virtude do mesmo. O campo elétrico age entre dois corpos
carregados de uma maneira similar à ação do campo gravitacional entre duas
massas, e assim como este, estende-se até o infinito, exibindo contudo uma relação
com o inverso do quadrado da distância, de forma que, se a distância aumentar,
muito menor será seu efeito; e associado, muito menor será também a interação
entre as cargas envolvidas. Embora as semelhanças sejam significativas, há
entretanto uma importante diferença entre os campos eletrostáticos e os
gravitacionais: a gravidade sempre implica atração entre as massas, contudo a
interação entre um campo e a carga pode expressar atração ou repulsão entre as
cargas elétricas. Como os grandes corpos massivos no universo, a exemplo os
planetas ou estrelas, quase sempre não têm carga elétrica, os campos elétricos a
estes devidos valem zero, de forma que a força gravitacional é de longe a força
dominante ao considerarem-se dimensões astronômicas, mesmo sendo esta muito
mais fraca do que a força elétrica. Os movimentos dos corpos celestes são devidos
essencialmente à gravidade que geram e que neles agem.

37
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

As linhas do campo emanando de uma carga elétrica positiva sobre um plano


condutor

O campo eletrostático geralmente varia no espaço, e o seu módulo em um dado


ponto é definido como a força por unidade de carga elétrica (newtons por coulomb)
que seria experimentada por uma carga elétrica puntiforme de valor negligenciável
quando colocada no referido ponto.[29] Esta carga elétrica hipotética, nomeada carga
de prova, deve ser feita extremamente pequena a fim de se prevenir que o campo
elétrico por ela criado venha a perturbar a distribuição de cargas responsável pelo
campo o qual deseja-se determinar, e deve ser feita estacionária a fim de se
prevenir eventuais influências de campos magnéticos uma vez que esses últimos
atuam apenas sobre cargas elétricas em movimento. A definição de campo elétrico
faz-se de forma dependente do conceito de força, essa uma grandeza vetorial. Tem-
se pois, em acordo com a definição, que o campo elétrico configura-se como um
campo vetorial, tendo o vetor campo elétrico associado a cada ponto em particular
uma direção e uma módulo (valor) característicos também particulares.

O estudo das cargas elétricas estacionárias e dos campos elétricos criados por
essas é denominado eletrostática. A mais usual representação e um campo vetorial
é a representação por linhas. Uma representação direta seria a representação do
campo de vetores, onde desenham-se os respectivos vetores campo elétrico em um
número suficientemente grande de pontos do espaços a ponto de tornar o diagrama
representativo o necessário contudo não confuso. A representação por linhas
emerge naturalmente desse último ao observar-se que os vetores dispõem-se no
diagrama vetorial no caso de problemas físicos notoriamente de forma a sugestionar
um padrão de linhas contínuas. Verificou-se que esse padrão de linhas sugerido
poderia ser utilizado para representar um campo vetorial tão bem como o padrão por
38
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

vetores, com a vantagem de ser de representação mais nítida e fácil. Nesse padrão,
as linhas são usualmente, no caso elétrico ou gravitacional, denominadas "linhas de
força". A nomenclatura não é contudo a mais adequada ao caso da representação
por linhas do campo magnético. Na representação por linhas verifica-se que duas
linhas nunca se cruzam; que o vetor campo em um dado ponto é tangente à linha
que passa pelo respectivo ponto; que as linhas são orientadas de forma condizente
com os vetores; que o módulo de um vetor é proporcional à densidade espacial de
linhas em sua vizinhança imediata. Quando propostos, os campos não
apresentavam existência real, esse permeando todos os pontos do espaço mesmo
os pontos entre linhas em qualquer representação por linhas. Os campos elétricos
que emanam das cargas elétricas estacionárias têm as seguintes propriedades: as
linhas de campo iniciam-se em cargas positivas e terminam em cargas negativas; as
linhas de campo eletrostático deve encontrar as superfícies de quaisquer bons
condutores elétricos em ângulo reto; e obviamente, elas nunca devem se cruzar. [30]

Um condutor oco carrega todas as suas cargas em sua superfície. O campo por elas
determinado é zero em todos os pontos internos ao corpo. [31] Esse é o princípio de
funcionamento da gaiola de Faraday; uma blindagem condutora isola todos o seu
interior de efeitos eletrostáticos externos.

Os princípios da eletrostática mostram-se importantes em projetos de equipamentos


para trabalho sobre alta tensão elétrica. Há um valor finito de campo elétrico
admissível para cada meio diferente. Além desse limite, ocorre uma rutura dielétrica
acompanhada de arco elétrico entre as partes carregadas envolvidas. A exemplo,
para o ar confinado entre pequenas frestas campos elétricos superiores a 30
quilovolts por centímetro levam à rutura dielétrica. Para grandes espaçamentos a
tensão de rutura é um pouco menor, da ordem de 1 kV por centímetro. [32] A forma
mais natural de se visualizar tal situação é observar os raios, usualmente
provocados por tensões elétricas tão grandes quanto 100 megavolts, implicando
dissipações de energias usualmente da ordem de 250 kWh. [33]

A intensidade do campo elétrico é consideravelmente afetada nas proximidades de


objetos condutores, sendo particularmente intenso nas proximidades de
extremidades pontiagudas. Esse princípio é explorado nos para-raios, onde as

39
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

pontas em sua extremidade elevada atuam de forma a encorajar os raios a atingi-los


em detrimento das estruturas abaixo.[34]

Potencial elétrico

O potencial elétrico em qualquer ponto é definido como a energia necessária para


trazer uma carga unitária de teste de uma distância infinita até aquele ponto. É
usualmente medida em volts, e um volt é o potencial para o qual um joule de
trabalho deve ser expendido para trazer uma carga de um coulomb do infinito até
aquele ponto.[35]:494–498

Potência elétrica

Circuito elétrico

Um circuito elétrico básico. O gerador de tensão V na direção esquerda de


um Circuito elétrico I em torno do circuito, na entrega de energia elétrica dentro
do resistor R. Para o resistor,a corrente volta para o gerador,completando o circuito.

Um circuito elétrico é uma interconexão de componentes elétricos de tal forma que a


carga elétrica é feita fluir ao longo de um caminho fechado (um circuito), geralmente
com o objetivo de transferir-se energia e executar alguma tarefa útil.

Há componentes elétricos os mais variados, encontrando-se em um circuito elétrico


não raro peças
como resistores, capacitores, indutores, transformadores e interruptores. Os circuitos
eletrônicos usualmente contêm componentes ativos, geralmente semicondutores, os
quais caracterizam-se pelo funcionamento não-linear e demandam análise mais
avançada. Os componentes elétricos mais simples são chamados passivos ou
lineares: embora possam armazenar temporariamente energia, eles não constituem
40
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

fontes da mesma, e apresentam respostas lineares aos estímulos elétricos aos quais
são aplicados.[36]

O resistor é o componente mais simples entre os passivos: como o nome sugere, o


resistor limita a corrente que pode fluir através do circuito. Transforma toda a energia
elétrica que recebe em energia térmica, essa transferida ao ambiente que o cerca
via calor. Ao passo que o nome resistor designa geralmente o componente em si,
a resistência elétrica é uma propriedade dos resistores que busca mensurar o efeito
resistivo. Mostra-se diretamente relacionada à oposição e à forma como os
portadores de carga elétrica se movem no interior de um condutor ou semicondutor:
nos metais, por exemplo, a resistência é principalmente atribuída às colisões entre
os elétrons e os íons. Impurezas e imperfeições na estrutura contribuem em muito
para o aumento da resistência a ponto de justificar o processo de purificação pelo
qual os metais são submetidos antes da confecção de estruturas condutoras como
os fios ou barramentos elétricos.

A Lei de Ohm é uma lei básica da teoria do circuito. Estabelece que a corrente que
se fará presente em um resistor é diretamente proporcional à diferença de potencial
entre os terminais do mesmo. A resistência de muitas estruturas materiais é
relativamente constante em uma faixa de temperaturas e correntes; sendo em tais
condições denominados 'ôhmicos'. A unidade de resistência elétrica, o ohm, assim
nomeada em honra a Georg Ohm, é simbolizada pela letra grega Ω. 1 Ω é a
resistência de um resistor que desenvolve entre seus terminais uma diferença de
potencial de um volt quando submetido a uma corrente de um ampère (ou vice-
versa).[36]

O capacitor é um dispositivo capaz de armazenar carga elétrica bem como energia


elétrica no campo elétrico resultante. Conceitualmente, ele é composto por duas
placas condutoras paralelas separadas por uma fina camada isolante. Na prática,
são compostos por duas lâminas finas de metal separadas por uma lâmina de
material isolante, todas enroladas juntas de forma a aumentar a área de superfície
por unidade de volume e, portanto, a capacitância. A unidade de capacitância é, em
homenagem a Michael Faraday, o farad, e à unidade é dada o símbolo "F": um farad
é a capacitância de um capacitor que desenvolve em seus terminais uma diferença
de potencial de um volt quando nele encontra-se armazenada uma carga elétrica de
41
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

um coulomb (ou vice-versa). A capacitância de um capacitor é determinada através


da razão entre a carga que esse armazena e a tensão elétrica em seus terminais, do
que decorre a igualdade: 1F = 1C/1V. Um capacitor ligado a uma fonte de tensão
constante permite inicialmente a presença de uma corrente intensa durante o
processo inicial de acúmulo de carga; essa corrente entretanto decai gradualmente à
medida que o capacitor acumula carga e a tensão elétrica em seus terminais
aumenta, e eventualmente anula-se após o tempo necessário à carga completa do
capacitor, situação onde a tensão em seus terminais iguala-se à da fonte. Um
capacitor, portanto, não permite em tais situações a existência de correntes
estacionárias (correntes contantes); ao contrário, as proíbe. [36]

O indutor é um condutor, geralmente uma bobina ou enrolamento de fio encapado,


que armazena energia no campo magnética que surge em resposta à corrente que
faz-se fluir através dele. Quando a corrente altera-se o campo magnético também
altera-se, e há nesse momento, em consequência da lei da indução de Faraday, a
indução de uma tensão elétrica entre os terminais do indutor. Verifica-se que a
tensão induzida é proporcional à taxa de variação da corrente, sendo tanto maior
quanto mais rápido se der a mudança na corrente. A constante de proporcionalidade
é a chamada indutância do indutor. A unidade de indutância é henry, assim
nomeada em homenagem a Joseph Henry, um contemporâneo de Faraday. Um
henry é a indutância de um indutor que desenvolve uma diferença de potencial de
um volt entre seus terminais quando a corrente entre os mesmos varia à taxa de um
ampère por segundo.[36] O comportamento elétrico do indutor é em vários aspectos
inverso ao do capacitor: ao passo que os capacitores opõem-se às mudanças
repentinas na tensão entre seus terminais mas em nada limitam as correntes neles,
os indutores opõem-se às mudanças repentinas na corrente, mas em nada limitam
as tensões entre seus terminais.

Dadas as características complementares, a união de um capacitor e de um indutor


produz um circuito elétrico ressonante, o conhecido circuito LC, no qual observa-se a
troca constante de energia entre o indutor e o capacitor e vice-versa. A tensão e a
corrente no circuito alteram-se continuamente em um padrão senoidal cujo período
depende dos valores da capacitância e da indutância dos componentes envolvidos.

42
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

O acréscimo de uma parcela resistiva leva ao também bem estudado circuito RLC,
no qual oscilações amortecidas são observadas.

Condutores e isolantes elétricos

Conforme antes definido, chama-se corrente elétrica o fluxo ordenado de elétrons


em uma determinada seção. A corrente contínua tem um fluxo constante, enquanto
a corrente alternada tem um fluxo de média zero, ainda que não tenha valor nulo
todo o tempo. Esta definição de corrente alternada implica que o fluxo de elétrons
muda de direção continuamente.

O fluxo de cargas elétricas pode gerar-se no vácuo ou em meio material adequado,


caso no qual o material é então caracterizado como um condutor elétrico, mas não
existe ou mostra-se completamente desprezível nos materiais ditos isolantes. Em um
fio, há a presença dos dois tipos de materiais: a capa do fio encerra em seu interior,
visto ser os metais por definição bons condutores de eletricidade, tipicamente um
metal dúctil, a exemplo o cobre ou o alumínio, ao passo que a capa em si, dadas as
funções práticas inerentes esperadas, é feita de material pertencente à classe dos
bons isolantes elétricos.

Sobre materiais isolantes há de se ressalvar que na prática não há isolante elétrico


perfeito. Os materiais isolantes são aqueles cujas estruturas químicas implicam
todos os portadores de carga fortemente presos em suas posições, de forma que
portadores de carga não podem mover-se livremente através das estruturas desses
materiais. São tipicamente compostos covalentes, onde os elétrons encontram-se
fortemente ligados aos respectivos orbitais de ligação ou aos orbitais mais internos
aos átomos da molécula, ou ainda sólidos iônicos, onde algo similar ocorre, não se
encontrando, contudo, orbitais ligantes nesse caso. Embora quando sujeitos a um
campo elétrico moderado a localidade dos portadores de carga na estrutura material
isolante se preserve, sob intensos campos elétricos as forças associadas podem ser
suficientes para superar as forças que mantêm os elétrons ligados aos núcleos ou
moléculas, caso no qual há uma ruptura súbita na capacidade isolante do material.
Este ioniza-se e, em um processo quase instantâneo, deixa de ser isolante,
tornando-se um bom condutor elétrico mesmo que por um curto intervalo de tempo.

43
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

O campo elétrico limite acima do qual o material isolante torna-se condutor é


conhecido como rigidez dielétrica do material.

A origem dos raios durante tempestades fundamenta-se basicamente no princípio


citado. As nuvens acumulam cargas elétricas até que a rigidez dielétrica do ar úmido
seja atingida. No momento em que o material se torna condutor, as cargas fluem em
um processo de avalanche entre o solo e a nuvem, ou entre nuvens, dando então
origem ao efeito visual e sonoro característicos do fenômeno.

A eletricidade e o mundo natural

Efeitos fisiológicos

A aplicação de uma tensão elétrica ao corpo humano leva a uma corrente elétrica
através dos tecidos, e embora a relação entre ambas as grandezas não seja linear,
quanto maior a tensão, maior a corrente. Embora o limiar de percepção mostre-se
significativamente dependente da frequência da fonte elétrica e do caminho da
corrente através do corpo, sob certas condições uma corrente tão baixa quanto a de
alguns microamperes já mostra-se perceptível através do efeito eletrovibratório que
provoca. Se a corrente for suficientemente alta, ela poderá facilmente induzir
a contração muscular, a fibrilação do coração e queimaduras significativas nos
tecidos. A ausência de qualquer sinal visível de que um condutor encontra-se
eletricamente energizado torna a eletricidade particularmente perigosa. A dor
causada por um choque elétrico pode ser intensa, levando-a a ser empregada várias
vezes como método de tortura. À morte causada por choque elétrico dá-se o nome
de eletrocussão. Embora venha tornando-se cada vez mais rara em dias recentes, a
eletrocussão ainda é uma forma de execução penal empregada em várias
jurisdições ao redor do mundo.

44
REFRIGERAÇÃO DE GRANDE PORTE - CHILLER

REFERÊNCIAS

http://www.engenhariaearquitetura.com.br/2018/04/funcionamento-e-aplicacoes-dos-
chillers-por-absorcao>acesso em 19/06/2020

http://www.engenhariaearquitetura.com.br/2019/07/estudo-comparativo-sobre-
diferentes-tipos-de-chillers>acesso em 19/06/2020

http://www.transcalor.com.br/chiller-torre-resfriamento/chiller-parafuso>acesso em
19/06/2020

https://blog.eletrofrigor.com.br/o-que-e-um-chiller/>acesso em 19/06/2020

https://pt.wikipedia.org/wiki/Eletricidade>acesso em 19/06/2020

45

Você também pode gostar