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A clonagem não ocorre apenas de forma natural, sendo também realizada por meio de
processos laboratoriais. Esses processos produzem desde cópias idênticas de algumas
moléculas, como o DNA, até organismos. Um dos casos mais emblemáticos de clonagem
de organismos foi o realizado no ano de 1996 e que deu origem à ovelha Dolly.
Dolly foi originada a partir da introdução do núcleo retirado de células de
glândulas mamárias de ovelhas da raça finn-dorset em ovócitos, cujos núcleos haviam
sido removidos, da raça scotish black-face. Dolly foi o único dos 247 embriões
gerados que se desenvolveu. Ela era um clone da raça finn-dosset e tinha sido
originada a partir de uma célula adulta, o que foi uma grande novidade nos estudos
sobre clonagem.
Tipos de clonagem
A seguir apresentamos alguns tipos de clonagem realizados, seus objetivos e como
são realizados.
1. Clonagem reprodutiva
Esse tipo de clonagem objetiva a produção de organismos idênticos ao progenitor. A
técnica, que é chamada de transferência nuclear, consiste basicamente na retirada
do núcleo de uma célula adulta e sua introdução em um óvulo do qual foi retirado o
núcleo e, assim, não apresenta mais material genético. Em seguida, essa célula é
transferida para o útero do organismo, que dará continuidade ao desenvolvimento do
embrião. Esse foi o procedimento realizado para a criação da ovelha Dolly.
Entretanto, esse tipo de clonagem apresenta alguns problemas, como a morte precoce
dos clones e a presença de anormalidades provocadas possivelmente por falhas na
reprogramação do genoma. A clonagem reprodutiva mostra-se mais eficaz quando
realizada por meio da transferência de núcleos de células embrionárias em vez de
núcleos de células adultas.

Na clonagem reprodutiva, são produzidos organismos com as mesmas características de
seu progenitor.
2. Clonagem terapêutica
A clonagem terapêutica é realizada por meio de um procedimento semelhante ao da
clonagem reprodutiva, no qual o DNA de uma célula adulta é retirado e introduzido
em um óvulo sem a presença de material genético. No entanto, diferentemente da
clonagem reprodutiva, a célula não é introduzida em um útero para se desenvolver.
Após algumas divisões, as células-tronco (células com grande capacidade de divisão
e diferenciação, podendo, assim, tornar-se outros tipos celulares) são direcionadas
para a formação de tecidos idênticos aos do doador.
A clonagem terapêutica poderia ser utilizada no tratamento de algumas doenças –
como problemas cardíacos, de forma a substituir um tecido cardíaco após um infarto
– ou em transplantes. Com essa técnica, seriam reduzidos os problemas de rejeição,
já que o material utilizado no tratamento teria sido produzido a partir do
organismo doente.

As células-tronco podem diferenciar-se em outros tipos celulares.
Alguns pontos, todavia, merecem atenção. Se o doente apresenta alguma doença
genética, por exemplo, ele não poderia ser o seu doador, já que a mutação causadora
da doença estaria presente em todas as células. No caso da utilização de células
provenientes de outro doador, o receptor poderia apresentar rejeição, levando o
organismo a produzir anticorpos contra essas células.