Criando um projeto
Criando um projeto
Criando um projeto
não só para ensinar você a ter domínio do software Shotcut, a gente está aqui para ensinar a você
também a lógica por trás dos processos de edição, porque aprendendo um software de edição
você já consegue ter informações suficientes para caminhar sozinho e explorar outros, caso você
deseje. Vocês já viram com a Marta sobre a interface do programa, sobre a instalação, então aqui
e agora vou dar continuidade para a gente criar um projeto do zero. Para isso, para começarmos
um novo projeto, viremos nessa aba mais central da nossa janela, onde temos duas outras janelas:
a de novo projeto e a de projetos recentes. A de projetos recentes você pode usar para abrir
projetos que trabalhou anteriormente e gostaria de continuar trabalhando. No nosso caso vamos
criar um novo.
Primeiro de tudo, no campo pasta de projetos, vamos escolher o diretório do nosso computador
onde nosso projeto será salvo. É importante que você se lembre que, por enquanto, estamos
trabalhando com um projeto de vídeo, e não o vídeo final. Pense esse projeto que eu estou
falando como um documento do Word, por exemplo. Você pode abrir, salvar, fechar, voltar nele
mais tarde, copiar, colar, enfim, você pode mexer nele todo. E pense no vídeo final como um PDF
fechado, por exemplo, ele é o resultado do nosso projeto, é a versão fechada do trabalho. Ou seja:
quando falamos em salvar o projeto não é a mesma coisa que salvar o vídeo, tá bom? A gente tem
que ter muito cuidado quanto a isso. Ou seja, já que a gente está tratando desse projeto aberto,
vale lembrar que você não precisa ter medo de fazer alterações no projeto, tá? Vocês podem
mexer no vídeo, arrastar, copiar, colar, aumentar ele, diminuir, rotacionar, virar, tudo, e você não
precisa ter medo porque isso tudo não altera o arquivo original. A gente está referenciando um
arquivo original para fazer as modificações e depois exportar ele, mas a gente não está fazendo
alterações no vídeo original, então não precisa ter medo.
Logo abaixo do campo da pasta de projetos vamos definir um nome para o projeto. No meu caso,
vou colocar “Oficina de Shotcut”. No próximo campo, devemos definir nosso modo de vídeo.
Basicamente, aqui definiremos a qualidade e a configuração do nosso arquivo final. Você pode ver
que ele fala aqui que, se deixarmos no automático, a resolução e a taxa de quadros são baseados
no primeiro arquivo que você adicionar. Se o primeiro arquivo não for um vídeo, for uma imagem,
por exemplo, ele criará um projeto com a resolução de 1920 por 1080, que também chamamos de
full HD, e com 25 FPS. Uma explicação rápida: resolução, quando a gente fala, é o tamanho dessa
nossa janela, o tamanho do nosso vídeo em pixels. Então a gente pode ter 1080, 480, 540, 720,
nós temos várias possibilidades aí, e quanto maior o número, maior a resolução. O frame rate, que
também é a taxa de quadros que a gente chama de FPS, QPS, é basicamente quantas fotos são
tiradas por segundo para o seu vídeo, porque o vídeo nada mais é que uma junção de fotos.
Qualquer vídeo que você veja hoje em dia são várias fotos tiradas muito rapidamente que dão a
ilusão de movimento. Então a gente pode escolher qual a taxa de quadros a gente gosta mais.
Cada uma tem a sua situação, ou a preferência da pessoa que filma e tudo mais. As mais comuns
são 23,97; 24; 25; 60; 50, então essas são algumas mais comuns de a gente ver. Vou deixar um
vídeo para vocês chamado “Dicionário para Iniciantes” do canal Brainstorm que explica bastante
esses termos mais básicos, caso vocês queiram se aprofundar. Se você não souber esses detalhes
de como o seu vídeo foi gravado, deixe no automático que o projeto vai pegar o primeiro clipe do
seu vídeo como base. Como eu sei a resolução dos meus arquivos de gravação, já vou deixar
definido aqui como 1080p 23,97 FPS. Agora, para começar o processo de edição, o próximo passo
é trazer esses arquivos brutos, como a gente chama, para o programa. Como fazemos isso? A
maneira mais fácil é abrir a pasta do seu computador onde estão os seus arquivos, para facilitar
podemos deixar ela minimizada aqui do lado, selecionar todos os itens, sejam eles de vídeo,
imagem ou áudio e arrastar para essa aba chamada lista de reprodução. Você pode ver que os
itens ficarão distribuídos aqui na nossa janela. Aqui é onde vamos organizar todos os nossos
arquivos. Para importar para o programa você também pode clicar em abrir arquivo e selecionar
os itens que quer importar. Nessa opção, se você selecionar apenas um arquivo, ele vai para a aba
reprodutor, e você tem que arrastar para a lista de reprodução, ou clicar no sinal mais na parte de
baixo da lista de reprodução. Mas, se fazendo esse caminho você abrir mais de um arquivo, eles
vão direto para a lista de reprodução.
Uma questão técnica que costuma gerar dúvidas para quem está começando a editar, é a
resolução do vídeo. Resolução é o tamanho da janela de vídeo em pixels. Pixels são os pontos, as
unidades mínimas que compõem a imagem digital. Quanto maior é este número, maior é a
resolução. No caso da resolução que vamos adotar aqui no curso, 1920x1080 ou Full HD, este
número quer dizer que a tela é composta de 1920 pontos na horizontal e 1080 pontos na vertical.
Veja na Figura 1 algumas das resoluções mais comumente utilizadas. Acima destas, hoje existe a
4K. Retângulos representam os diferentes tamanhos de janela de vídeo. Figura 1 - Tamanhos
de janelas em pixels
Outro
conceito bom de você saber é a taxa de quadros. Este número indica quantas ‘fotos’ são tiradas
por segundo para formar a imagem em movimento. O vídeo é uma sequência de quadros
estáticos que, apresentados de forma acelerada, geram a ilusão de movimento, como os
fotogramas na película de cinema. Taxa de quadros ou frame rate, portanto, é o número de
quadros em cada segundo de imagem. As mais comuns são 24 fps, 29 fps e 60 fps.
Para fazer as operações básicas da edição, você precisa conhecer as ferramentas disponíveis. Os
softwares de edição costumam oferecer mais de um caminho para chegar ao mesmo resultado.
Cabe a você ir experimentando as ferramentas, explorando teclas de atalho e descobrindo o jeito
que mais gosta de fazer. Aqui na aba da lista de reprodução você pode visualizar os arquivos tanto
em mosaico quanto em lista, eu prefiro o modelo lista porque temos acesso a mais detalhes sobre
o arquivo. Outro detalhe importante é que aqui na janela central que mostra nosso vídeo você
pode ter a visão de fonte ou de projeto. Em fonte você pode analisar seus arquivos
separadamente clicando duas vezes em um arquivo na sua lista de reprodução, daí você pode
checar material, navegar por ele, talvez entender melhor qual a parte de um vídeo você quer usar,
enquanto em projeto você navega pelo projeto em si, pela nossa linha do tempo, como
chamamos. Se a linha do tempo estiver vazia como a minha está agora, a aba de projetos vai
mostrar os arquivos da lista de reprodução, porém isso vai mudar já já, você vai ver. Agora que
você já trouxe todos os arquivos que usará para a edição para dentro do programa, vamos
começar nosso processo de edição. Para começar, selecionamos o primeiro clipe da nossa edição
e arrastamos para a linha do tempo. Se eu trouxer mais de um clipe, você pode perceber a
diferença entre as telas fonte e projeto que citei ainda pouco. Na fonte navegamos dentro de um
arquivo e em projeto navegamos na nossa linha do tempo. Rapidamente, sobre as opções que
temos aqui na linha do tempo: vou falar das principais. As três primeiras aqui são as opções
básicas de recortar, copiar e colar que você pode fazer com qualquer tipo de arquivo da linha do
tempo. Seguindo, o botão de mais serve para você adicionar um arquivo da lista de reprodução à
linha do tempo. Ele pega o arquivo da lista que está selecionado e insere logo depois de seu último
clipe da linha do tempo. Já o botão de menos remove o arquivo da linha do tempo, arrastando
todos os outros arquivos para a esquerda. Seguindo, o próximo botão, meio que essa seta para
cima, remove o clipe selecionado, mas sem afetar a posição dos outros clipes dentro da linha do
tempo. Então só para ficar muito claro: enquanto o botão de menos remove da linha do tempo e
move tudo para a esquerda, a seta para cima retira da linha do tempo sem alterar a posição de
nada, já a seta para baixo traz um clipe da lista de reprodução para a linha do tempo e ao invés de
inserir logo após o último clipe igual fazia o botão de mais, insere bem na posição da agulha da
nossa linha do tempo, mesmo que já exista um clipe lá anteriormente, então muito cuidado. O
botão que parece dois colchetes é o botão de dividir o clipe, que comumente chamamos de cortar.
Você pode clicar nele ou usar o atalho “S”, da palavra split, que significa dividir em inglês. É um
dos atalhos que você tem que lembrar porque você irá usar bastante durante sua jornada com a
edição. O botão do ímã ativa o que chamamos de snapping, que significa que quando estivermos
nos movimentando na linha do tempo, clipes próximos irão se juntar e conseguiremos preencher a
linha do tempo de forma mais fácil. Se não tivermos o ímã ligado, para eu colocar um clipe
exatamente na frente do outro sem sobrar espaço nenhum, eu precisaria dar um zoom muito
grande na tela para ter certeza que os espaços estariam preenchidos. Com o ímã ligado, eu sei que
ele grudou exatamente no final do outro. Aqui nessa barra de ferramentas também existe a barra
de zoom, você pode movimentar essa barrinha para aproximar ou afastar a linha do tempo, ou
pode usar a tecla “CTRL” e o scroll do seu mouse, tem o mesmo efeito e eu acho que é mais rápido
que utilizar a barrinha. Como já mostramos, a linha do tempo é constituída de faixas de áudio e
vídeo. Veja, neste vídeo, como fazer para habilitar e desabilitar as faixas, desabilitar a visibilidade
ou o áudio de uma faixa: Rapidamente, aqui no menu lateral esquerdo da linha do tempo temos
algumas opções de faixas. Você pode perceber que no momento possuímos apenas uma faixa: a
V1. Podemos travar ou destravar ela no botão do cadeado. Travar ou bloquear significa que os
clipes naquela faixa não poderão ser clicados, arrastados ou modificados. Podemos silenciar o som
da faixa inteira clicando no botão do auto falante e podemos tirar a visibilidade da faixa inteira no
botão do olho. Recomendamos que você alterne a visualização dos vídeos deste módulo com a
exploração do software em seu computador, para reproduzir as operações e gravar bem na
memória. Quando estiver fazendo seu exercício prático, você poderá voltar nestas aulas para
relembrar detalhes das operações.
Começando editar
Em uma edição, dificilmente você vai utilizar um take, que no software de edição é chamado
“clipe”, exatamente como foi gravado. Ao menos os segundos iniciais e finais do take, você
provavelmente vai cortar para aprimorar sua edição.
As ferramentas mais básicas que você precisa saber são: mover, posicionar e cortar clipes. Para
mover os clipes podemos simplesmente clicar no que queremos e arrastar na linha do tempo.
Podemos também arrastar mais de um clipe de uma vez, selecionando mais de um com a tecla
CTRL ou Shift, e arrastando. Muito raramente usaremos um clipe exatamente como inserimos ele
na time line, quase sempre cortaremos pelo menos o início e o fim dos clipes. Para fazer isso, para
ajustar a duração de um clipe, temos algumas opções: a opção mais direta é clicar nas bordas do
clipe e arrastar. Você pode perceber que quando eu chego com o cursor na borda do clipe ele
muda para essa seta lateral dupla, isso significa que eu posso ajustar a duração do clipe. Se eu
quero ajustar o início de um clipe, digamos que eu dei um play para gravar e demorei um tempo a
mais que eu gostaria para começar a falar, eu posso simplesmente levar o meu cursor até o início
e arrastar para a direita, até o ponto que eu gostaria que o clipe iniciasse realmente. Da mesma
forma, se eu quero ajustar o final para que os espectadores não vejam eu finalizando a gravação,
por exemplo, eu posso clicar no final do meu clipe e arrastar para a esquerda. Essa é a forma mais
direta para se ajustar a duração de um clipe. Você também pode fazer isso antes de levar um clipe
para a linha do tempo, como um pré corte, assim você já leva para a linha do tempo o clipe com a
duração desejada. Isso não impede que você ajuste na linha do tempo posteriormente, ok? Para
realizar esse método do pré corte, na lista de reprodução você clica duas vezes no clipe que deseja
levar para a linha do tempo. Ele abrirá na janela de fonte, e aqui poderemos utilizar essas setinhas
laterais no início e no final da barra de duração do vídeo para selecionar apenas a parte que
queremos. Com sua duração definida, você pode arrastar o vídeo direto da janela de fonte para
sua linha do tempo ou pode puxar ele da sua lista de reprodução também. Caso queira voltar a
duração do clipe para sua duração original, é só arrastar as setinhas de volta para seus lugares
iniciais. Outra forma de ajustar a duração e selecionar apenas o que você quer de um vídeo que é
muito usada é o split, ou o corte, que é aquele botão que vimos agora pouco que você também
pode usar o atalho S para ativar. Com essa ferramenta, você vai assistindo o vídeo e cortando aos
poucos. Por exemplo: digamos que neste momento do clipe eu errei uma palavra e comecei o
parágrafo do zero, eu posso simplesmente mover minha agulha para onde eu quero cortar, aperto
S no início do que eu quero tirar, aperto S no final, e agora essa parte do meio está separada. A
partir daqui eu posso apenas apertar a tecla delete e tirar o que eu não quero, essa é a ferramenta
de dividir, ou de corte. Você pode perceber que quando eu simplesmente apertei delete, meus
vídeos ficaram separados. Essa área verde na linha do tempo indica áreas vazias. Tem vezes que
realmente eu vou querer que os clipes fiquem separados caso eu deseje usar eles em momentos
diferentes no meu vídeo final, porém, caso não seja sua intenção deixá-los separados, e para você
não ter o trabalho manual de mover os clipes toda vez que fizer um corte, você pode fazer o que
chamamos de ripple delete, é o que aquele botão de menos faz, lembra? Ou seja, para que a
composição se mova junto com a retirada do clipe indesejado, você pode clicar no clipe que deseja
retirar e clicar no botão de menos da sua barra de tarefas, ou apertar o botão X do teclado, todos
têm o mesmo efeito. O ripple delete é uma ferramenta importante de você lembrar, a
possibilidade de você mover a composição inteira com a retirada de um único clipe indesejado
facilita muito o fluxo de edição. Com isso, com a possibilidade de mover e cortar clipes já é
possível fazer muita coisa, né? Além do que chamamos de “corte seco”, que é a transição
simples, sem efeitos, entre dois clipes, é possível aplicar efeitos nas transições entre clipes, que
podem suavizar ou dar movimento aos cortes. Mas recomendamos que os efeitos não sejam
usados sem um propósito, ou usados de forma exagerada, pois podem cansar o espectador. No
vídeo seguinte, veja como aplicar efeitos de transição no Shotcut.
O corte por si só já é uma transição entre clipes, mas para finalizar esse vídeo vamos falar
rapidamente sobre outra transição entre clipes que é muito comum, que é o fade, também
conhecido como dissolver. O fade ou outras transições vão permitir que você suavize ou estilize a
mudança de um clipe para outro. Para adicionar uma transição, você simplesmente precisa
arrastar um clipe para dentro de outro. Por exemplo: aqui estou arrastando o clipe da direita para
a esquerda. Se eu soltar, você pode perceber que o programa criou um retângulo com alguns
triângulos na interseção dos dois clipes, isso é nossa transição. Com o padrão, quando criamos
essa transição ele aplica o fade, ou o dissolver, que é a transição suave entre as opacidades dos
clipes. Porém, se eu clicar com o botão direito do mouse nela e ir em propriedades, posso alterar
diversas opções como o tipo de transição para qualquer uma da lista, e a suavidade também da
transição. Nestes vídeos vamos nos ater mais ao básico, então não podemos cobrir todas as
opções de transição. Sugiro que teste em seus projetos o que cada uma delas faz. Porém,
também sugiro cautela no uso de transições muito estilizadas porque elas podem acabar ficando
cansativas. A dica é tentar se ater aos cortes secos e às transições em dissolver, salvo situações
muito específicas. Além das transições entre clipes, às vezes queremos realizar uma transição de
uma tela preta para o nosso vídeo, por exemplo, ou vice-versa, para começar ou terminar nosso
vídeo de forma suave, por exemplo. Para fazer isso você irá precisar dar um zoom um pouco maior
na sua linha do tempo e procurar no cantinho do clipe que gostaria de fazer isso uma bolinha. Na
versão mais atualizada, no momento da criação deste tutorial, essa bolinha aparece nos cantos
superiores esquerdos e direitos para início e final respectivamente. Você pode clicar nessa bolinha
e arrastar para dentro do clipe para ajustar a duração da transição, você pode fazer isso no início e
no final dos clipes. Ao arrastar a bolinha, o programa irá dizer qual a duração daquela transição
para você poder controlar melhor. Se eu clicar no vídeo que eu apliquei a transição, você pode ver
que ele criou dois filtros chamados “aumentando áudio” e “aumentando vídeo”. Quando aplicado
para o final do vídeo, ele muda para “diminuindo áudio” e “diminuindo vídeo”. Aqui você pode ter
um controle exato da duração caso precise de mais exatidão. Quando estamos editando um
vídeo, frequentemente usamos mais do que uma faixa de vídeo e de áudio. Seja para fazer os
inserts de imagem e som sobre a faixa guia, seja para inserir janela de Libras ou fazer composições
com mais de uma tela. Veja, no próximo vídeo, como adicionar novas faixas, separar faixa de
vídeo e áudio e fazer bom uso deste recurso. Acredito que uma ferramenta muito importante
para você lembrar é de adicionar faixas de vídeo e de áudio. Como você pode perceber, no
momento, se eu arrasto um vídeo para minha linha do tempo, todos têm a possibilidade de ir
apenas para a faixa de vídeo um, a V1. Em outro software de edição é comum que, se você trouxer
um clipe e posicionar acima da faixa um, ele crie automaticamente outra faixa de vídeo e de áudio,
se houver. Mas o Shotcut não faz isso.
Para adicionar um elemento acima da nossa faixa V1, precisamos primeiro clicar com o botão
direito do mouse na linha do tempo, ir em operações de faixa e clicar em adicionar faixa de vídeo
ou adicionar faixa de áudio. Por aqui você também tem outras opções, como excluir faixas e
mudar a altura das faixas. Mas você pode estar se perguntando “porque eu precisaria de uma
segunda, terceira, quarta faixa de vídeo?”, bom, você pode precisar em várias situações. A mais
comum para você, acredito eu, será fazer inserções, ou inserts como também são chamadas, nas
suas aulas. Digamos que você tem seu vídeo com sua fala que é nossa faixa principal, sua faixa
guia. Em determinado momento você cita um exemplo e quer inserir uma imagem ou um vídeo
para fins de demonstração visual. É muito mais interessante que você crie uma segunda faixa de
vídeo e leve seus exemplos para cima do vídeo, para essa segunda faixa, para não afetar o vídeo
original. Dessa forma você tem mais liberdade para mover os clipes de cima, ajustar, trocar o
arquivo, sem se preocupar em ficar cortando o vídeo original e ficar fazendo o de cima encaixar.
Como os programas de edição trabalham com as faixas como se fossem camadas, você sempre
verá o que está em cima na linha do tempo. Você verá a camada de baixo apenas em casos
específicos, como quando você mexer na opção de opacidade ou tamanho da camada superior,
por exemplo, vamos ver sobre isso um pouco mais para frente neste vídeo, mas resumidamente é
para isso que você mais vai utilizar uma segunda, ou terceira, ou quarta faixa de vídeo, para
conseguir fazer inserções sem necessariamente precisar fazer alterações no vídeo original. Com
essa possibilidade, podemos adicionar o que quisermos, sugiro que faça alguns testes e use a
criatividade. Lembrando que para utilizar imagens, os formatos mais comuns são JPG e PNG,
sendo que PGN é aquele formato que pode ou não ter níveis de transparência, que podem ser
úteis para certos momentos.
Em relação aos vídeos, podemos também inserir uma gravação de tela que fizemos como exemplo
do conteúdo, são inúmeras possibilidades. Deixarei um link na descrição do vídeo com mais
explicações sobre as diferenças entre JPGs e PNGs para vocês entenderem melhor. Você também
pode utilizar faixas adicionais de áudio, por exemplo, para incluir uma música de fundo na sua
aula, é mais um uso interessante do acréscimo de faixas de áudio e de vídeo. Já que falamos de
faixas de áudio e de vídeo, algo que pode vir a ser muito interessante na sua edição é saber
separar faixas de áudio e de vídeo de um mesmo clipe. Em outros softwares de edição, o áudio e
vídeo já vem em faixas separadas, mas aqui no Shotcut elas vêm juntas. Você pode perceber que
conseguimos ver as ondas de áudio dentro dos clipes de vídeo, porque precisaríamos separar o
áudio do vídeo? Usando o exemplo anterior, digamos que você usou um vídeo externo para
exemplificar sua fala e colocou ele em cima da outra faixa de vídeo, do vídeo principal, mas esse
vídeo de apoio veio com uma faixa de áudio que, quando você toca, o som acaba atrapalhando
sua fala principal. Para se livrar desse áudio temos algumas opções: uma delas é mutar, ou
silenciar a faixa V2 inteira, então nenhum clipe dessa faixa poderá vazar o áudio, e a outra opção é
de separar as faixas e excluir o áudio. Você pode fazer isso clicando com o botão direito do mouse
no clipe que deseja separar as faixas, ir em mais no menu de opções e depois em separar áudio. O
programa vai criar uma faixa de áudio só para o áudio daquele clipe, daí você pode silenciar essa
faixa também, ou até excluir de vez, caso tenha certeza que não precisará desse áudio no futuro.
Dica 1: Para selecionar todos os elementos da timeline de uma vez, use a tecla de atalho Ctrl+A.
Dica 2: Para entender um pouco mais sobre JPG e PNG, recomendamos a leitura deste texto no
site Canaltech. JPEG ou PNG: qual formato de imagem é melhor?
Ajustes e filtros
O Shotcut permite modificar o tamanho e a posição das imagens. Estes ajustes podem fazer
bastante diferença no resultado final do vídeo, assim como os ajustes de brilho, saturação e
contraste da imagem, e ajustes de volume do áudio. No Shotcut, esses ajustes estão na aba de
Filtros. Digamos que você precise inserir uma imagem e ela é muito grande, ou muito pequena
até para a composição. Você terá que fazer ajustes para que tudo caiba de forma agradável. Ou
por exemplo, se você tem uma gravação de tela e uma gravação do seu rosto com a sua fala e
quer deixar a gravação de rosto aparecendo em um canto enquanto a gravação de tela ocupa a
maior parte da tela, tudo isso nós fazemos usando essas ferramentas de ajuste. Para fazer isso,
você clica no clipe que quer modificar e depois clica em filtros, ali na mesma janela da lista de
reprodução. Daqui vamos descer a lista e procurar tamanho, posição, girar, vamos clicar nessa
opção e agora podemos alterar as propriedades do nosso clipe. Na aba de posição podemos
alterar manualmente o valor da posição do nosso vídeo, ou podemos clicar na bolinha central que
aparece no vídeo mesmo e mover diretamente lá. Da mesma forma podemos ajustar a escala em
ampliar, ou clicar em algum dos quadradinhos brancos que apareceu em volta do vídeo e alterar a
escala por ali. Ainda podemos alterar a rotação ainda pelo controle do filtro mesmo, ou utilizando
essa segunda bolinha conectada ao centro do vídeo e girar o vídeo por lá. Você lembra que eu citei
que as faixas de vídeo servem como camadas? Então, aqui você pode perceber que, se eu diminuo
a escala do meu vídeo que está em cima, eu posso ver o que está em baixo. É isso que eu quis
dizer em fazer uma edição em que não alteramos os arquivos principais, que normalmente estão
por baixo. Além disso, além do exemplo que dei com gravação de tela com a sua gravação de
rosto no canto, às vezes precisamos que as duas estejam visíveis ao mesmo tempo. Esse filtro tem
outras opções que são mais avançadas realmente, então acredito que seja melhor você explorar
por conta própria para não demandar muito do nosso tempo aqui. Depois, você pode explorar
outras opções de filtros: você pode alterar brilho, contraste, duração do vídeo, tem tudo aqui.
Com a mesma aba de filtros, podemos fazer ajustes no áudio também. Digamos que você inseriu
uma música, mas ela está muito alta e você não consegue nem ouvir sua voz direito. Você pode
selecionar sua música e selecionar o filtro ganho e volume e fazer os ajustes necessários. Sobre o
ajuste de áudio, pessoal, é importante que você preste atenção no medidor de nível aqui do lado
do nosso vídeo. Se o áudio ficar batendo muito na área vermelha, quer dizer que ele está
estourando e precisamos diminuir o volume, ok? Para excluir um filtro inserido no seu clipe, clique
no filtro e depois no botão de menos dentro da janela de filtros. Outro recurso que,
provavelmente, você vai usar na sua edição é a inserção de títulos e letreiros. No Shotcut, no
momento em que estamos criando este curso, a melhor maneira de fazer isso é criando um texto
sobre uma camada de cor transparente.
O próximo passo, acredito que seja aprendermos a adicionar textos aos nossos vídeos. Textos são
importantes para colocarmos títulos, ou até mesmo ressaltarmos informações na nossa tela. No
Shotcut, os textos somente podem ser inseridos em cima de clipes existentes. Você não consegue
fazer uma camada de texto solta, por exemplo, como é possível fazer em outros editores, ou seja,
eu preciso criar o texto em cima de alguma coisa. Então, para não ter que linkarmos nosso texto
em cima de nada que já tenhamos na nossa linha do tempo para não termos que mexer em nada
existente, vou passar para vocês a melhor maneira, na minha opinião, que é criar o texto em cima
de uma camada de cor transparente. Como fazemos isso? Primeiro, iremos criar uma nova faixa de
vídeo que já explicamos como fazer. Depois, vamos lá em cima no Shotcut e vamos clicar em abrir
outro. Daqui, vamos em cor e vou deixar como transparente, vou clicar ok. Você pode perceber
que não apareceu nada na nossa linha do tempo por enquanto, mas é porque a cor que criamos
está na nossa tela e visualização. Simplesmente podemos clicar na tela do vídeo e arrastar para
nossa linha do tempo, ou ainda, podemos clicar no botão de mais na nossa linha do tempo para
levar ele para lá. Agora sim, você pode perceber que o Shotcut criou uma camada de cor
transparente em cima do nosso vídeo, eu sei que ela é transparente porque estou conseguindo
ver o vídeo por baixo dela, se tivesse cor ela estaria tampando o vídeo de baixo. Iremos deixar
nossa camada transparente clicada e iremos adicionar um filtro, e procurar por texto rico.
Aparecerá uma janela na qual podemos escrever nosso texto. Nessa janela, você poderá formatar
seu texto da forma que achar melhor, você pode alterar fonte, cor, tamanho, alinhamento, e etc.
Aqui você pode criar o texto que quiser, desde um título para sua aula até um detalhe em texto
durante o vídeo para ressaltar alguma coisa. Escreverei aqui: Oficina de Shotcut. Como você pode
perceber, só o texto aparece, sem fundo. Daqui, é só ajustar para duração e posição que você
quiser. Como qualquer outro clipe, você pode ajustar a duração clicando no início e no fim, e
arrastando. Se você quiser um título para seu vídeo, você pode arrastar seus clipes da linha do
tempo para a frente e colocar um título antes, em cima da tela preta mesmo, ou em cima de
alguma outra imagem, vídeo, fundo, o que você quiser. Da mesma forma, se quiser utilizar o título
apenas como um apoio no meio de um clipe, é só posicionar da forma e na duração que você
quiser. Da mesma forma que fazemos com clipes de vídeos, podemos adicionar transições de
início e fim, para o texto aparecer aos poucos. É só clicar naquelas bolinhas nos cantos superiores.
Para não aparecer essa tarja preta atrás do nosso texto, é só ir no efeito aumentando vídeo /
diminuindo vídeo e clicar na opção ajustar opacidade, em vez de escurecer com preto. Essa dica
vale para os clipes de vídeo também, beleza? E a partir de agora você tem a liberdade de formatar
o texto como preferir.
Dica 1: Quando usar textos em seus vídeos, lembre-se de deixar uma duração suficiente para a
leitura. Em geral as pessoas sentem desconforto quando estão assistindo a um vídeo ou filme, e o
texto que estava em tela é retirado antes que ela pudesse terminar de ler. Levando em
consideração que alguns espectadores levam mais tempo para ler do que outros, a nossa dica é a
seguinte: Insira o texto na timeline, em uma duração que te pareça razoável, leve a agulha para
antes da entrada deste texto e toque para assistir. Quando o texto entrar, leia, como se não
conhecesse o texto, em um ritmo um pouco mais lento do que o seu normal. E só quando
terminar de ler, pause. Este ponto em que você pausou é um ponto bom para que o texto saia da
tela.
Dica 2: Letreiros devem permitir ao espectador uma leitura nítida, sem dificuldade. Observe os
seguintes aspectos, se estão adequados: tamanho da letra, tipo da fonte, cor, contraste com o
plano de fundo, e tempo de exposição, como já citamos. As fontes sem serifa são mais
apropriadas, pois sua leitura é mais simples e geram menos problemas para pessoas com baixa
visão. Quanto ao tamanho da fonte, lembre-se que seu vídeo poderá ser reproduzido tanto em
telas grandes como pequenas.
Exportando
é importante aprender a gerar o arquivo final. Afinal, tudo o que fez até agora foram modificações
em um projeto. Para ser enviado ou publicado em algum local, seu vídeo precisa ser exportado.
Então, como salvamos nossos vídeos? Nós já falamos sobre salvar o projeto, mas como fechamos o
nosso vídeo para subir ele para o Youtube e enviar para os nossos alunos, por exemplo? Para fazer
isso nós vamos em arquivo, exportar vídeo, e ele irá abrir uma janela onde podemos utilizar
predefinições de exportação ou podemos utilizar o padrão oferecido pelo Shotcut, que é um MP4
baseado nas configurações da linha do tempo. Podemos, se quisermos, alterar tudo isso. Podemos
clicar em avançado e definir todas as opções manualmente. Entretanto, caso você já tenha
definido sua linha do tempo com as configurações compatíveis ao seu vídeo, eu posso utilizar o
padrão oferecido pelo Shotcut sem problema nenhum. Podemos clicar em exportar vídeo e
escolher onde gostaríamos de salvá-lo no computador. Quando escolher, clique em salvar e o
Shotcut começará automaticamente a exportar seu vídeo, você pode checar o processo na aba de
trabalhos. Dependendo do tamanho e da potência de seu computador, esse processo pode ser
mais rápido ou mais devagar, ok? Após a finalização e exportação do nosso vídeo, ele está pronto
para ser disponibilizado. Uma das formas mais comuns de compartilhar os vídeos é utilizando
plataformas digitais, como Youtube ou Vimeo. No caso de vídeo aulas, por exemplo, não é uma
boa ideia compartilhar os arquivos originais direto com o aluno. O arquivo costuma ser pesado,
não suportado direito por plataformas como o Moodle, então é melhor subir para o Youtube, por
exemplo, e compartilhar o link com os alunos.
Recomendamos fortemente que complete o exercício e que depois não demore muito a começar a
editar seus próprios vídeos. Então, vamos lá? Passo a passo
Baixe os arquivos fornecidos no drive: Roteiro técnico (PDF); Cenas principais (mp4); Clipes e
imagens adicionais (mp4 e JPG); Trilhas Sugeridas. Salve esses arquivos em uma pasta específica
em seu computador.
1 Abra o Shotcut e nomeie seu projeto. 2 Importe os arquivos de vídeo da pasta “Cenas principais
e roteiro” para o projeto. 3 Seguindo o roteiro técnico, insira cena por cena na linha do tempo e
faça os cortes, juntando estes clipes sem deixar espaço entre eles. 4 Importe as pastas “Clipes e
imagens adicionais” e “trilhas sugeridas” para o projeto. 5 Abra uma segunda faixa de vídeo para
os inserts de imagem e vídeo. 6 Seguindo o roteiro, selecione os materiais adicionais, insira na
linha do tempo nos tempos mais apropriados do vídeo, faça cortes e ajustes. Você não precisa
utilizar todo material fornecido, pode selecionar aqueles de sua preferência. Mas procure usar
tanto arquivos de vídeo como de imagem (.mp4 e .jpg) para aprender a lidar com ambos. E pode
buscar na internet outros vídeos e imagens que considerar válidos para acompanhar as falas do
apresentador. Se necessário, ajuste a imagem com o filtro “Tamanho, posição & girar”, ampliando
sua escala. 7 Crie os letreiros previstos no roteiro e insira na linha do tempo. Caso queira, insira
outros letreiros que achar conveniente. 8 Faça a transição de imagem prevista no roteiro e outras
que achar necessárias.
9 Insira uma música de fundo, da pasta “trilhas sugeridas” e faça os ajustes de volume, necessários
para que a voz do apresentador se mantenha como informação sonora principal, sem que sua boa
audição seja prejudicada pela música. Faça outros ajustes de áudio, como fade in/fade out (no
Shotcut, os filtros chamam-se “Aumentando áudio” e “Diminuindo áudio”). A música pode entrar
ou sair no momento que você achar melhor, não precisa cobrir o vídeo todo. Revise o projeto,
assistindo à sua edição do início ao fim, preferencialmente, com fone de ouvido.
Observação: Para gerar telas com títulos ou intertítulos, tela de abertura com logo institucional,
tela final de créditos e letreiros, você pode utilizar outros aplicativos, como o Canva, o Power Point,
o Gimp, ou outros, gerando arquivo de imagem PNG ou JPG e então importar esse arquivo no
Shotcut e inserir em seu vídeo.
DICAS FINAIS
Algumas poucas dicas que eu quero passar já de cara para vocês para vocês já tentarem aplicar isso
na edição de vocês: a primeira delas é o cuidado e o ajuste no corte entre as transições de clipes,
por exemplo: é muito comum, quando as pessoas estão começando a editar, realmente não terem
o que a gente chama de timing da edição, a gente corta o clipe e pronto, eu mesmo fazia isso
bastante. Só que, a gente tem que ter cuidado com essa junção dos clipes, por exemplo, eu vou
mostrar para vocês agora um exemplo de um clipe que demora muito para sair dele aqui nesse
espacinho e demora muito para começar outra fala, então fica um silêncio não muito natural, vou
mostrar para vocês como que é isso: “...na comunicação. E no vídeo aula…”. Sentiram que tem um
silêncio a mais que não precisa? Não é como se minha fala tivesse fluída ali, rolando como se eu
não tivesse parado de falar, e isso que a gente quer atingir com edição, é para fazer como se minha
fala fosse contínua. Igual aqui, é uma pausa que eu faço entre frases nesse ponto aqui, e tem um
espacinho, só que esse espaço é muito maior. Então, o primeiro ponto que eu queria falar para
vocês é para terem um pouco de cuidado com essa parte, então quando a gente estiver editando,
trazer um pouquinho para cá, trazer esse um pouco para cá, e diminuir essa pausa. Talvez dê para
diminuir mais, mas vamos ver como é que está: “...a situação, o assunto, e os interlocutores da
comunicação. E no vídeo aula é assim também…”. Eu já acho que está bom, que está bem parecido
com esse aqui, então julgo que está natural à minha fala, então essa foi minha primeira dica,
vamos ter cuidado com esses cortes e vamos tentar deixar a fala um pouco mais fluída e o mais
natural possível.
Segunda dica: muitas pessoas quando estão começando a editar colocam uma foto, por exemplo
aqui, para ilustrar ou exemplificar alguma coisa, e é super válido, a gente super recomenda que
vocês façam as inserções de fotos, de clipes, ilustrações, tudo que vocês quiserem, até sons. Só
que, alguns cuidados que eu quero pedir para vocês para deixar a aula parecendo o mais
profissional possível é ter cuidado com essas bordas, tá vendo essas bordas laterais? Essas bordas
são o resultado de que a foto não ocupa minha tela inteira ativamente, ela naturalmente não
ocupa. Algumas vão ocupar, muitas não. Você pode ver que esse branco é da minha parede atrás.
O que a gente faz para deixá-la assim, tá vendo que preenche a tela, fica realmente mais
profissional, então o que a gente vai fazer? Vai vir aqui, vai adicionar um filtro de tamanho, posição
e girar, e vamos ajustar essa escala o suficiente para ela preencher a nossa tela, tá bom? Então eu
acho que vocês fazendo isso já vai dar uma outra carinha para o vídeo de vocês quando vocês
fizerem as inserções.
Outra dica que quero dar para vocês, e essa é bastante crucial, que eu mesmo tive bastante
dificuldade no Shotcut quando comecei a editar com ele, é que ele não permite que a gente
selecione, tá vendo, se eu clico e arrasto ele não seleciona vários clipes, infelizmente. Vários outros
softwares fazem isso. O Shotcut, assim como outros softwares, cada um tem seus pontos positivos
e negativos, esse é um dos pontos negativos do Shotcut, infelizmente. A gente não consegue clicar,
arrastar e selecionar vários clipes de uma vez, então minha recomendação para isso é: sempre
tenham cuidado de ajustar clipe a clipe quando vocês forem colocando, não deixem para ajustar
tudo no final, tá bom? Essa é uma dica específica que eu faria pro Shotcut. Coloca o clipe 1, ajusta
ele para o tamanho final que vocês querem, bota o clipe 2, ajusta ele, bota o clipe 3, ajusta ele, em
vez de jogar tudo para sua linha do tempo e depois ajustar, porque se você tiver muita coisa vai
ficar mais difícil mesmo de ajustar no final, mas se você precisar mover lembre que é só clicar com
o CTRL nos clipes e depois arrastá-los. O Shift funciona para clipes na mesma linha, na mesma
faixa, e o CTRL funciona pegando de outras faixas. [Este vídeo demonstra que é possível adicionar
mais de um filtro em um clipe]
E alguns lembretes, tá bom, pessoal? Lembrando que vocês podem adicionar mais de um filtro em
um clipe, então se eu vier aqui em filtros, clicar em mais, posso mudar tanto o tamanho dele e
posso também adicionar outros filtros, eu posso colocar um texto em cima dele, por mais que a
gente recomenda não colocar texto em cima do vídeo, só para ilustrar que vocês podem botar
mais de um filtro dentro de um vídeo, tá bom?
Posso mudar aqui o contraste também, então vocês podem colocar mais de um filtro dentro do
vídeo e não precisam ter preocupações quanto a isso, funcionam certinho. E a última dica, último
lembrete que eu queria fazer para vocês nessa linha rápida antes do nosso encontro final e de
vocês finalizarem a edição de vocês é de colocar título. Muitas pessoas estão tendo dificuldade de
colocar título, e vou relembrar rapidinho para vocês. Vocês vão abrir outro aqui em cima, cor,
deixar em cor transparente, e apertar ok. Nossa cor transparente está aqui, então vamos pegar ela
e arrastar para cá. Aqui a gente tem uma camada transparente, tanto que você consegue ver meu
clipe por trás. Se eu colocasse uma camada de cor normal, vamos ver aqui para vocês verem, vocês
podem ver que eu não conseguiria ver meu clipe por baixo. Olha a diferença, então a gente tem
uma camada de cor transparente, e ela serve muito para a gente colocar nosso texto nela. Por que
a gente coloca o texto na camada transparente? Porque aí a gente consegue mover ele sem ele
estar atrelado a nenhum vídeo aqui embaixo, entendeu? Digamos que você colocou o início do
vídeo aqui e quer colocar um texto. Se você colocar o texto nesse vídeo, com filtro e tudo mais,
você o teria sempre atrelado a esse clipe, então você não poderia, por exemplo, botar o título
antes, ou mudar esse clipe de lugar, então se ele tiver atrelado a uma camada de cor transparente
a gente pode simplesmente arrastar esses vídeos para cá, arrastar nossa camada de cor
transparente para cá e colocar nosso título na frente do nosso vídeo, por exemplo. Então você vem
em texto rico, vamos colocar aqui “título da aula” só como uma exemplificação mesmo, e aí eu
tenho esse texto livre para poder mexer da forma que eu quiser, posso colocar em cima de outro
clipe, mudar ele para frente, então essa é uma dica rápida para a gente colocar os textos. Bom
pessoal, essas foram algumas dicas rápidas para vocês aplicarem na edição final de vocês, espero
que vocês tenham conseguido terminar de assimilar todo o conteúdo, e tchau tchau!