Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

7 PGRSS

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 9

PLANO DE GERENCIAMENTO

DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS
DA SAÚDE
PGRSS

Revisão 2
Curitiba, 2025
Plano de gerenciamento de resíduos de serviços da saúde – PGRSS
MANEJO
1. IDENTIFICAÇÃO DO GERADOR

Razão social: Allure Harmonização e Estética Avançada LTDA


CNPJ: 49.312.188/0001-00
IM: 06 02 1.070.970-5
Rua: Avenida República Argentina, 665
Bairro: Água Verde
Cidade: Curitiba
Responsável Raphaela Thais Leonardi Martins
técnico:
Registro no 3568
conselho:

2. OBJETIVOS
Desde que a RDC número 222/2018 foi aprovada, todos os serviços
relacionados à saúde tiveram que se adequar à nova legislação sobre
gerenciamento de resíduos, com o objetivo de preservar a saúde pública e a
qualidade do meio ambiente, considerando os princípios da biossegurança,
a RDC que estabelece a elaboração de um plano de gerenciamento de
resíduos de serviço da saúde, deve ser cumprida em todo território nacional
nas áreas pública e privada.
Segundo a RDC número 222/2018, o gerenciamento dos resíduos de
serviços da saúde é um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e
implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativo e legal, de
forma e minimizar a produção de resíduos e proporcionar um
encaminhamento seguro aos resíduos produzidos. A regra visa à proteção
dos trabalhadores à preservação da saúde pública dos recursos naturais e
do meio ambiente. Este gerenciamento deve abranger todas as etapas do
planejamento de recursos físicos materiais e da capacitação de recursos
humanos envolvidos no manejo dos resíduos de serviço público.
É muito importante saber que a segregação dos resíduos no momento e
local de sua geração, reduz o volume de resíduos perigosos e a incidência
de acidentes ocupacionais. Com base na RDC número 222/2018, os resíduos
da saúde são classificados em diferentes grupos:
• Grupo A - potencialmente infectantes
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção.
Grupo A1 – Culturas e estoques de microrganismos; descarte de vacinas de
microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais
utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas. Bolsas
transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e
aquelas oriundas de coleta incompleta. Sobras de amostras de laboratório
contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes
do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos
na forma livre.
Grupo A2 – Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com
inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de
animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância
epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não
a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.
Grupo A3 – Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de
fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura
menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas,
que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo
paciente ou familiar.
Grupo A4 – resíduos que não necessitam de tratamento.
Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina
e secreções. Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração,
lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo
de resíduo. Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à
saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. Peças
anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de
procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de
confirmação diagnóstica. Bolsas transfusionais vazias ou com volume
residual pós transfusão.
O lixo contaminado deve ser embalado em sacos de lixo totalmente
fechados, de forma a não permitir o derramamento do seu conteúdo,
mesmo se virados para baixo. Após fechados devem ser mantidos íntegros
até sua destinação final. As lixeiras para armazenamento desses resíduos
devem ser providas de tampa e devem ser lavadas ao menos uma vez por
semana ou sempre que houver necessidade.
• Grupo B - químico
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à
saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade, mutagenicidade.
Produtos farmacêuticos, resíduos de saneantes, desinfetantes, resíduos
contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os
recipientes contaminados por estes.
Efluentes de processadores de imagens (reveladores e fixadores), efluentes
dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas, demais
produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.
• Grupo C - rejeitos radioativos
Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos
níveis de dispensa especificados em norma da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN) e para os quais a reutilização é imprópria e não
prevista.
Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de
pesquisa e ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço
de medicina nuclear e radioterapia, segundo resolução da CNEN e plano de
proteção radiológica aprovado para a instalação radiativa.
• Grupo D - resíduo comum
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente. Suas características são similares às dos
resíduos domiciliares.
Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos. Peças descartáveis
de vestuário. Resto alimentar de pacientes. Material utilizado em antissepsia
e hemostasia de venóclises – punção. Equipo de soro e outros similares não
classificados como A1 ou A4. Resíduos de gesso provenientes de assistência
à saúde. Sobras de alimentos e do preparo de alimentos. Resto alimentar de
refeitório. Resíduos provenientes das áreas administrativas. Resíduos de
varrição, flores, podas de jardins.
Os resíduos do grupo D não recicláveis e/ou orgânicos devem ser
acondicionados nas lixeiras cinzas devidamente identificadas, revestidas
com sacos de lixo preto ou cinza.
Os resíduos recicláveis devem ser acondicionados nas lixeiras coloridas,
identificadas
• Grupo E - perfurocortantes
Materiais perfurocortantes ou escarificantes: objetos e instrumentos
contendo cantos, bordas, pontas ou protuberâncias rígidas e agudas,
capazes de cortar ou perfurar.
Lâminas de barbear, agulhas, escalpes, brocas, limas endodônticas, pontas
diamantadas, lâminas de bisturi, tubos capilares, lancetas, ampolas de
vidro, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas. Todos os utensílios de
vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos, de coleta sanguínea e placas
de Petri) e outros similares.
Devem ser descartados separadamente em recipientes rígidos, resistentes à
punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados,
sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o
seu reaproveitamento.
Os perfurocortantes, uma vez colocados em seus recipientes, não devem
ser removidos por razão alguma. É importante observar o limite máximo
permitido para o preenchimento de cada recipiente, para evitar acidentes,
sendo utilizado até a linha pontilhada. Após atingir a sua capacidade esses
recipientes devem ser lacrados elevados ao local de deposição para
recolhimento por empresa responsável.
IMPORTANTE: durante o transporte mantenha o coletor afastado do corpo.
“As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as
seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a
sua retirada manualmente”
Deve ser fornecido treinamento inicial e contínuo quanto ao uso e descarte
de EPIs, de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços
de Saúde – PGRSS, conforme legislação específica. Nos treinamentos, os
funcionários devem ser instruídos sobre procedimentos a serem adotados
em caso de acidente e episódios envolvendo riscos à saúde dos funcionários
ou dos usuários.

3. IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

GRUPO IDENTIFICAÇÃO COR DA EMBALAGEM

GRUPO A Saco branco leitoso

Saco azul ou preto


GRUPO D

Embalagem rígida,
GRUPO E resistente a punctura e
ruptura.

4. MANEJO
O manejo é entendido como o gerenciamento dos resíduos intra e extra
estabelecimento, desde a geração até a disposição final.
✓ Sala de procedimentos:
Lixeira (15L) com tampa e pedal com saco branco leitoso e identificada na
parte externa como resíduo infectante para recolhimento de resíduos do
grupo A (gaze e algodão com resíduos de sangue, curativos, luvas). Após
atingir 2/3 do volume, é retirado e colocado em armazenamento temporário.
Lixeira (15L) com tampa e pedal com saco azul ou preto identificada na
parte externa como resíduo comum para recolhimento de resíduos do grupo
D (toucas, máscara, papel toalha, lenços descartáveis, embalagens de papel
e plásticas).
Caixa rígida (descarpack) resistente à punctura, ruptura e vazamento, com
tampa, devidamente identificada para recolhimento de materiais
perfurocortantes (agulhas, cânulas, lâminas de bisturi, ampolas de vidro),
lembrando que as agulhas não devem ser reencapadas e nem
desconectadas da seringa.
✓ Outros ambientes:
Lixeira com tampa e pedal com saco azul ou preto identificada na parte
externa como resíduo comum para recolhimento de resíduos do grupo D.
5. TRANSPORTE INTERNO
Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local
destinado a armazenamento temporário ou armazenamento externo para
coleta. O transporte interno é realizado antes do início das atividades da
unidade ou então após o atendimento de um cliente para os casos de a
lixeira estar com mais de 2/3 de sua capacidade.
Os resíduos do grupo A são armazenados temporariamente em lixeira com
tampa e pedal ou então em uma bombona até a coleta pela empresa
contratada.
Os resíduos do grupo D são levados para armazenamento externo
diariamente e recolhidos pela limpeza urbana do município.
Os resíduos do grupo E são armazenados em sala de procedimento e de
acordo com a frequência de remoção dos resíduos do grupo A estas
embalagens também são removidas.
6. COLETA, TRANSPORTE E DISPOSIÇÃO FINAL
Para os resíduos do grupo D a coleta, transporte e disposição final são feitos
pela limpeza urbana municipal.
A empresa responsável pelos dos resíduos A e E é:

Nome: Serquip-PR
CNPJ: 06.208.833/0001-29
Endereço: Rua Doutor Mario Jorge, 250, CIC
Frequência da Semanal
coleta:

OBS: A empresa faz a coleta dos resíduos, e disponibiliza uma guia de


comprovação do recolhimento dos materiais.
Seguindo as normas de segurança a coleta pode ser solicitada a qualquer
momento e sempre que se fizer necessária.
1. AÇÕES A SEREM ADOTADAS EM EMERGÊNCIAS E ACIDENTES
Os acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos potencialmente
contaminados devem ser tratados como casos de emergência médica, tais
como:
• Exposições percutâneas – lesões provocadas por instrumentos
perfurantes e cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, vidrarias);
• Exposições em mucosas – p.ex. quando há respingos na face
envolvendo olho, nariz, boca ou genitália;
• Exposições cutâneas (pele não-íntegra) – p.ex. contato com pele com
dermatite ou feridas abertas;
• Mordeduras humanas – consideradas como exposição de risco
quando envolverem a presença de sangue, devendo ser avaliadas
tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto àquele que tenha
sido exposto.
Como primeira conduta, após a exposição a material biológico, os cuidados
imediatos com a área atingida incluem a lavagem exaustiva do local
exposto com água e sabão nos casos de exposições percutâneas ou
cutâneas e encaminhamento médico nas primeiras 2horas ou até 72 horas.
Caso acidente na unidade ou atendimento de urgência que precise de
atendimento imediato ou de remoção ligar para o serviço de urgência pré-
hospitalar e ações de resgate feita por bombeiros ou outros profissionais.
Acidentes de trabalho ou trajeto, bem como uma doença ocupacional
devem ser abertos CAT para acompanhamento.
2. PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA
A prevenção da exposição ao sangue ou a outros materiais biológicos é a
principal medida para que não ocorra contaminação por patógenos de
transmissão sanguínea nos serviços de saúde. Precauções básicas ou
precauções padrão são normatizações que visam reduzir a exposição aos
materiais biológicos. Essas medidas devem ser utilizadas na manipulação de
materiais e na assistência a todos os pacientes. Recomenda-se o uso
rotineiro de barreiras de proteção (luvas, capotes, óculos de proteção ou
protetores faciais) quando o contato mucocutâneo com sangue ou outros
materiais biológicos puder ser previsto. Incluem-se ainda as precauções
necessárias na manipulação de agulhas ou outros materiais cortantes, para
prevenir exposições percutâneas.
Mudanças nas práticas de trabalho, visando a implementação e o
desenvolvimento de técnicas, revisão de procedimentos e de atividades
realizadas pelos profissionais de saúde, são alvo constantes de ações de
educação continuada.

Serviço de atendimento de Nome: SAMU | Serviço de Atendimento Móvel de


Urgência
urgência:
Telefone: 192
Nome: Hospital da Cruz Vermelha Paraná

Hospital de atendimento Telefone: (41) 3016-6622


próximo:
Endereço: R. Cap. Souza Franco, 50 - Batel, Curitiba - PR
Nome: Instituto de medicina hiperbárica

Medicina Hiperbárica: Telefone: (41) 3027-3696


Endereço: Rua Emílio de Menezes, 833 (Hospital Pilar)
Horário de funcionamento: 24 horas

Curitiba, 06 de janeiro de 2025

___________________________________
Revisão: janeiro2025
Raphaela Thais Leonardi Martins
CRBM 3568

REFERÊNCIAS

Brasil. RDC Nº 222, DE 28 DE MARÇO DE 2018. Regulamenta as Boas


Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras
providências. Órgão emissor: ANVISA – Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Disponível em:
https://www.gov.br/anvisa/ptbr/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdes
aude/publicacoes/rdc-222-de-marco-de-2018-comentada.pdf/view

Brasil. Ministério da Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.


PORTARIA SEPRT/ME Nº 4.334, DE 15 DE ABRIL DE 2021. Dispõe sobre o
procedimento e as informações para a Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT). Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-
seprt/me-n-4.334-de-15-de-abril-de2021-314637705

Brasil. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Conselho Nacional do Meio


Ambiente. (CONAMA). Resolução CONAMA nº 358 de 29/04/2005. Dispõe
sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e
dá outras providências. Disponível em:
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=102253

Brasil. Ministério do Trabalho e Previdência. Portaria SEPRT 915, de


30/07/2019. NR 32- SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE
SAÚDE. Disponível em:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/ptbr/composicao/orgaosespecifico
s/secr etaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctppnrs/
normaregulament adora-no-32-nr-32

Você também pode gostar