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Relatorio 2 baiano (1) (3)

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1

INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE CAMPUS PELOTAS

CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA

Juliana Avila, Natália Eicholz e Rafael Brisolara

Determinação espectrofotométrica de Fe2+ em medicamento usando a

calibração com adição de padrão

Pelotas-RS

2024
2

Juliana Avila, Natália Eicholz e Rafael Brisolara

Determinação espectrofotométrica de Fe2+ em medicamento usando a

calibração externa

Relatório científico apresentado em


Cumprimento das exigências da disciplina de

Análise Instrumental como requisito parcial


D e Avaliação da 2a Etapa.

Professor: Leandro dos Santos


Pelotas-RS
2024
3

Sumário
1. Introdução.............................................................................................4
2. Objetivo.................................................................................................5
3. Materiais e reagentes............................................................................5
4. Procedimento........................................................................................6
5. Resultados e discussão........................................................................
6. Conclusão............................................................................................8
7. Referências..........................................................................................8
4

1. Introdução
A espectrometria é uma técnica analítica amplamente utilizada para
determinar a composição qualitativa e quantitativa de substâncias químicas,
baseando-se na interação da radiação eletromagnética com a matéria. No contexto
da espectrometria de absorção atômica (AA) ou de absorção molecular (UV-Vis), a
determinação da concentração de um analito é frequentemente realizada através da
construção de uma curva de calibração. Uma abordagem alternativa, especialmente
útil em matrizes complexas ou quando se observa a interferência de outros
componentes, é a calibração com adição de padrão (CAP). (SKOOG 2014)
A calibração com adição de padrão é uma técnica que envolve a adição de
uma quantidade conhecida de analito (padrão) a uma amostra, permitindo assim a
correção de interferências matricais e a obtenção de uma medida mais precisa da
concentração do analito. Esta abordagem é especialmente útil em situações em que
a amostra apresenta interferências que podem alterar as leituras espectrométricas,
como a presença de substâncias que afetam a absorção de luz pelo analito de
interesse. Ao adicionar uma quantidade precisa do analito, a técnica pode gerar uma
resposta espectrométrica proporcional à concentração do analito na amostra
original, após compensação dessas interferências. (SKOOG 2014)
Na espectrometria de absorção, a quantidade de radiação absorvida por uma
substância é dada pela Lei de Beer-Lambert, que pode ser expressa como:
Onde :
- A é a absorvância.
- Ɛ é o coeficiente de absorção molar do analito. A=Ɛ.c.l
- c é a concentração do analito.
- l é o comprimento do caminho óptico da cubeta.
Quando se aplica a calibração com adição de padrão, a medição da
absorbância ocorre após a adição de uma quantidade conhecida de padrão à
amostra. O procedimento pode ser descrito por duas medições: uma da amostra
sem padrão e outra da amostra com a adição do padrão. As equações que
descrevem o sistema com adição de padrão são derivadas da Lei de Beer-Lambert,
considerando que a absorbância total observada na amostra com a adição de
padrão resulta da soma da contribuição da amostra original e da contribuição do
padrão adicionado. (SKOOG 2014)
Seja A0 a absorbância da amostra sem padrão, A1 a absorbância da amostra
com o padrão adicionado, e CpC_pCp a concentração do padrão adicionado. A
equação para o sistema pode ser expressa como:
Onde: A0 = Ɛ . c0 . l
- C0 é a concentração do analito na amostra original A1 = Ɛ . (c0 + Cp) . L
- Cp é a concentração do padrão adicionado
- A0 e A1 são as absorvâncias medidas na amostra sem e com o padrão,
respectivamente.
A diferença nas absorbâncias, ΔA=A1−A0, é diretamente proporcional à
concentração do analito na amostra original. Assim, a concentração do analito pode
ser calculada utilizando a equação:

c0 = (A1 - A0)/ Ɛ . l
5

2. Objetivo

Determinar a concentração de ferro ll em uma amostra de medicamento,


utilizando a ortofenantrolina como reagente colorimétrico e o método de calibração
com adição de padrão.

3. Materiais e Reagentes

 Sulfato ferroso amoniacal [Fe(NH4)2(SO4)2] • 6H2O – Sal de Mohr


 Ácido clorídrico PA
 300 mL de solução de acetato de sódio 2 mol L-1
 300 mL de solução de cloridrato de hidroxilamina 10 % (m/v)
 300 mL de solução de ortofenantrolina monohidratada 0,25 % (m/v)
 1 Balão volumétrico de 25 e 100 mL
 20 Balões volumétricos de 50 mL
 2 Balões volumétricos de 200 mL
 5 Béqueres de 100 mL
 10 Béqueres de 50 mL
 2 Pipetas graduadas de 1 mL
 2 Pipetas graduadas de 1 mL
 6 Pipetas graduadas de 5 mL
 2 Pipetas volumétricas de 10 mL e 15 mL
 1 Pipeta volumétrica de 1, 2, 3, 4, 6, 8, 10, 15 mL
 Bastão de vidro
 2 Funis de haste curta
 5 Conta-gotas
 2 Cubetas de 1 cm
 Espátulas
 1 Espectrofotômetro para uso em 510 nm (Marca: microNal)
6

4. Procedimento

Foi calculada a massa de [Fe(NH4)2(SO4)2] • 6H2O necessária para


preparar 25,00 mL de uma solução padrão estoque de Fe2+ 200,0 mg L-¹, com
precisão de aferição de mais ou menos 0,0001g.

V= 25,00 mL C= 200 mg L-1 MM:Fe2+ = 391,85 g/mol

1º Passo:
C=m/V
200 mg/L = m / 0,025 L (25 mL ÷ 1000 = 0,025 L)
m = 5 mg de Fe2+ (5 mg ÷ 1000 = 0,005 g)

2º Passo
391,85 g Sulf. Ferroso -------- 55,85 g Fe2+
X ------------------ 0,005 g Fe2+
X = 0,0350 g Sulfato Ferroso

A massa real aferida foi 0,0357 g. Logo, a concentração da solução


padrão foi corrigida:

1º Passo
391,85 g Sulf. Ferroso ------- 55,85 g Fe2+
0,0357g Sulf. Ferroso ---------- X X = 0,00508 g Fe 2+

2º Passo
C = 5,08 mg / 0,025 L = 203 mg/L de Fe2+

Após a pesagem da massa do sulfato ferroso (0,0357g), foi então


dissolvida com água destilada e 2,0 mL de ácido clorídrico concentrado. O volume
do balão volumétrico foi completado a 25,00 mL e a solução foi homogeneizada e
rotulada. A partir da solução padrão estoque foi preparada 100 mL de uma solução
padrão de Fe²+ 20,3 mg L-¹.
7

Diluição C1.V1 = C2.V2

3º Passo 203 mg L-1 x V1 = 20,3 mg L-1 x 100 mL

C1 = 203 mg L-1 C2 = 20,3 mg L-1 V1 = 2035 / 203 mL

V1 = ? V2 = 100 mL V1 = 10,00 mL da solução de Fe2+ a


203 mg/L

Para determinação de Fe 2+ em medicamento foi utilizado o xarope


Anemifer (sulfato ferroso) 50 mg/mL. Foi pipetado 200 µL da amostra e tranferida
para uma balão volumétrico de 50 mL e completado até o traço de aferição, com
água destilada.

Posteriormente, 9 balões volumétricos de 50 mL foram devidamente


rotulados e adicionado 3,0 mL de da solução da amostra em cada um deles e os
seguintes volumes da solução padrão de Fe2+ 20,3 mg L-1:

Volume (mL) da solução


N° do Balão
Fe2+ 20,3 mgL-1
B1 0,0
1 0,0
2 1,0
3 2,0
4 4,0
5 6,0
6 8,0
7 10,0
8 15,0

Adicionou-se em todos balões 3,0 mL de solução de acetato de sódio


2,0 mol L-1 e ,5 mL de solução de cloridrato de hidroxilamina 10% (m/v). Depois de
10 minutos de reação, no escuro, adicionou-se 3,0 mL de solução de
ortofenantrolina 0,25% (m/v). E aguardou-se o tempo de reação, que foi de 25
minutos, em ausencia de luz.

Em seguida, o equipamento espectofotometro UV-Vis foi ajustado em


100% transmitância em 511 nm, com o ensaio do branco.
8

Posteriormente, todas soluções que estavam em repouso foram medidas


suas respectivas absorvâncias. Conforme visto no fluxograma abaixo:
9

5. Fluxograma

Figura 01: Fluxograma do procedimento de determinação do Fe2+ em amostras de


medicamento por espectrofotometria de absorção molecular usando calibração com
adição de padrão.
9

5. Resultados e Discussão

Abaixo segue a tabela com os valores medidos de abasorvância da


amostra fortificada :

No do Volume Conc.
Média
Balão (mL) (mg L-1) Absorvância SD IC
Abs

1 0 0,00 0,373 0,388 0,396 0,388 0,012 0,0290


2 1,0 0,41 0,481 0,489 0,497 0,489 0,008 0,0199
3 2,0 0,81 0,548 0,558 0,567 0,558 0,010 0,0236
4 4,0 1,63 0,729 0,733 0,739 0,733 0,005 0,0125
5 6,0 2,44 0,867 0,874 0,880 0,874 0,007 0,0162
6 8,0 3,26 1,009 1,015 1,020 1,015 0,006 0,0137
7 10,0 4,07 1,162 1,172 1,175 1,172 0,007 0,0169
8 15,0 6,11 1,481 1,495 1,499 1,495 0,009 0,0235

Tabela 01: Medidas de absorvância e concentração das soluções padrão utilizadas


na construção da curva de calibração:

Curvas de Calibração

Com todos resultados, plotou-se o gráfico com o método dos minimos


quadrados. Onde, no eixo x encontam-se as concentrações e no eixo y as
absorvâncias.

1.60
0.180278324906424
f(x) = 0.181168396044429 0.424728650137741
0.180917957777462 x + 0.416520661157025
0.407856749311295
0.997407713083503
0.997268024867839
R² = 0.996232896938668
1.20
Absorvância

0.80

0.40

0.00
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00

Fe (mg L-1)

Figura 01: Curvas de calibração construidas a partir da correlação Concentração x


Absorvância de Ferro.
9

A partir da curva de calibração acima a concentração de ferro na amostra


pode ser obtida por extrapolação da reta, ou seja, igualando Y a 0:

(A1) Y = ax + b C1 = 112,5 / 3,0 mL

0 = 0,1809x + 0,4079 C1 = 37,5 mg/L

0,1809x = 0,4079

X = 2,25 mg/L C1 . V1 = C2 . V2

C1 . 3,0 mL = 2,30 mg/L . 50 mL

(A2) Y = ax + b C1 = 115 / 3,0 mL

0 = 0,1812x + 0,4165 C1 = 38,3 mg/L

0,1812x = 0,4165 C1 . V1 = C2 . V2

X = 2,30 mg/L C1 . 3,0 mL = 2,36 mg/L . 50 mL

C1 = 118 / 3,0 mL

(A3) Y = ax + b C1 = 39,3 mg/L

0 = 0,1803x + 0,4247

0,1803x = 0,4247 Agora, calcula-se a concentração em


0,2 mL da amostra:
X = 2,36 mg/L
C1 . V1 = C2 . V2

C1 . 0,2 mL = 38,3 mg/L . 50 mL


Considerando a diluição, é necessário
calcular a concentração em 3,0 mL da C1 = 1.915 / 0,2 mL
amostra diluída:
C1 = 9,6 mg/L
C1 . V1 = C2 . V2

C1 . 3,0 mL = 2,25 mg/L . 50 mL

C1 . V1 = C2 . V2 C1 . V1 = C2 . V2

C1 . 0,2 mL = 37,5 mg/L C1 . 0,2 mL = 39,3 mg/L


. 50 mL . 50 mL

C1 = 1.875 / 0,2 mL C1 = 1.965 / 0,2 mL

C1 = 9,4 mg/L C1 = 9,8 mg/L


9

Discutir também

Fe (mg/L) em Fe (mg/L) em Fe (mg/mL) em


Anemifer
50 mL 3 mL 0,2 mL
2,25 37,57 9,4
2,30 38,32 9,6
2,36 39,27 9,8
Média (mg/mL) 9,6
Sd (mg/mL) 0,21
RSD (%) 2,2
IC(mg/mL) 0,5
s2 0,04501
T calc. 3,2951
T crit. (gl=2) 4,3027
Erro (%) 4

9,6 ± 0,5 mg/mL

Tabela 02: Concentração de Ferro calculada a partir da extrapolação da reta


(Concentração x Absorvância).

Concentração x Absorvância

Absorvância 1 Absorvância 2 Absorvância 3


Inclinação 0,1809 0,1812 0,1803
Intercepto 0,4079 0,4165 0,4247

Tabela 03: Comparação entre inclinação da reta e intercepto, nas três absorvâncias
medidas.
9

Curvas de calibração

1.60
0.0733732782369146x x++0.407856749311295
0.0737355371900827
f(x) = 0.073633608815427 0.424728650137741
0.416520661157025
0.997407713083503
R² = 0.997268024867839
0.996232896938668
Absorvância

1.20

0.80

0.40

0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 14.00 16.00

Volume da solução padrão (mL)

Figura 02: Curva de calibração de 8 pontos para quantificação de Fe2+ nas


amostras de medicamento.

O volume de Ferro na amostra tambem pode ser determinada a partir da seguinte


relação:

Absorvância 1

Cx = b . Cpadrão Cx = 2,30 mg/L

A . Vbalão
Absorvância 3
Cx = 0,4079 . 20,3
0,0736 . 50 mL Cx = b . Cpadrão

A . Vbalão
Cx = 2,25 mg/L
Cx = 0,4247 . 20,3
0,0734 . 50 mL Considerando a diluição, é
Absorvância 2 necessário calcular a
concentração em 3,0 mL da
amostra diluída:
Cx = b . Cpadrão Cx = 2,36 mg/L

A . Vbalão
Absorvância 1
Cx = 0,4165 . 20,3
Cx = b . Cpadrão
0,0737 . 50 mL
9

A . Vbalão Cx = 0,4247 . 20,3

Cx = 0,4079 . 20,3 0,0734 . 3,0 mg/L


0,0736 . 3,0 mL Cx = 39,2 mg/L

Cx = 37,5 mg/L

Absorvância 2
Agora, calcula-se a
Cx = b . Cpadrão concentração em 0,2 mL da
amostra:
A . Vbalão

Absorvância 1
Cx = 0,4165 . 20,3
Cx = b . Cpadrão
0,0737 . 3,0 mL
A . Vbalão
Cx = 38,3 mg/L
Cx = 0,4079 . 20,3
0,0736 . 0,2 mL
Absorvância 3
Cx = 2,25 mg/L
Cx = b . Cpadrão

A . Vbalão

Fe (mg/L) em Fe (mg/L) em Fe (mg/mL) em


Anemifer
50 mL 3 mL 0,2 mL
2,25 37,57 9,4
2,30 38,32 9,6
2,36 39,27 9,8
Média 9,6
sd 0,21
RSD 2,2
IC 0,5
s2 0,04501
T calc. 3,2951
T crit. (gl=2) 4,3027
Erro (%) 4
9

9,6 ± 0,5 mg/mL

Tabela 03: Concentração de Ferro calculada a partir da reta (Volume x Absorvância)

A partir do volume de concentração e absorvância obtivemos uma reta com


valores para inclinação da reta e intercepto. Onde, houve variações nas três
medições que foram realizadas.

Volume x Absorvância
Absorvância 1 Absorvância 2 Absorvância 3
Inclinação 0,0736 0,0737 0,0734
Intercepto 0,4079 0,4165 0,4247

Tabela 04: Comparação entre inclinação da reta e intercepto, nas três medições de
ferro na amostra

Ensaio de recuperação
Com base na tabela do IMETRO 2020, para aceitação do critério de
recuperação a 0,01 (%) de analito, a recuperação media deve estrar entre 90 e
107 (%).

Concentração Rec. (%)


2,03
2,58 106
2,95 104
3,89 106
4,65 104
5,41 102
6,26 103
8,0 98

Tabela 05: Ensaio de recuperação calculada a partir das concentrações.

Curvas de calibração com padrão externo (azul) x adição de padrão (laranja)


9

Discutir
Comparar os valores de recuperação calculados com o estabelecido pela
legislação, na mesma faixa de concentração. Olhar a tabela de recuperação
colocada nos slides!
O ensaio de recuperação é feito para avaliar a presença de efeito de matriz!
Com base nos valores TEM OU NÃO efeito de matriz???

O gráfico abaixo apresenta as duas curvas de calibração utilizadas para


determinar a concentração de Fe na amostra do medicamento Anemifer.

Figura 03: Representação da curva de calibração com padrão externo X adição de


padrão.

6. Conclusão
Comparação visual das curvas de calibração (TEM OU NÃO TEM DIFERENÇA
DE INCLINAÇÃO? AS RETAS SÃO PARALELAS ENTRE SI?) QUAL A
CONCLUSÃO (TEM OU NÃO EFEITO DE MATRIZ?)
Isso pode ser comprovado comparando estatisticamente os valores do
coeficiente angular (inclinação da reta), aplicando o teste t de Student, para 95
% de confiança. O valor de tcalculado (2,45) foi menor que o tcritico (4,3027).
QUAL A CONCLUSÃO DISSO?

O QUE É MAIS FÁCIL DE SE FAZER? QUAL MÉTODO EXIGE MENOS TEMPO?


QUAL MÉTODO É MAIS PRÁTICO? AQUI, DEVE-SE ESCOLHER, COM BASE
NOS RESULTADOS, O MELHOR MÉTODO PARA DETERMINAR O FERRO NO
MEDICAMENTO.
9

7. Referências

1. Skoog, D. A., West, D. M., Holler, F. J., & Crouch, S. R. (2014). Fundamentals
of Analytical Chemistry (9ª ed.). Cengage Learning. Páginas 663-690, 808-
825..

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