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8º Ano - Capítulo 1

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Capítulo 01

Profº PhD Francis Paludo


Reprodução nas Plantas
As plantas possuem duas formas básicas
de reprodução: a reprodução assexuada ou
agâmica, que é aquela onde as unidades
reprodutivas, provenientes de partes do
organismo, originam diretamente outro
indivíduo; e a reprodução sexuada ou gâmica,
que é através da união de duas unidades
reprodutivas unicelulares, os gametas.
Reprodução nas Plantas
A reprodução sexuada abrange a meiose e a
fecundação. A meiose é o tipo de divisão
celular que ocorre nos gametas, no qual uma
célula diploide (2n) tem o seu número
de cromossomos reduzido pela metade (n). A
fecundação é o processo de união dos dois
gametas haploides, formando um zigoto diploide
e restabelecendo o número cromossômico
diploide. Dessa forma, a meiose permite que o
número de cromossomos se mantenha após a
fecundação.
Reprodução nas Plantas
Nas plantas, este tipo de reprodução está
relacionado com o fenômeno de alternância de
gerações, ou seja, ao longo do seu ciclo de
vida, a planta passa por uma fase haploide,
denominada de gametófito (n), que se alterna
com a geração diploide, conhecida
como esporófito (2n). A produção de gametas
está localizada no gametófito, onde o gameta
masculino se une ao gameta feminino para
formar o zigoto, que dará origem ao esporófito.
Reprodução nas Plantas
Através da meiose, o esporófito produz os
esporos, que irão originar novos gametófitos,
completando o ciclo. Detalhes na alternância de
gerações contribui para definir os principais
grupos de plantas.
Reino Plantae
As plantas são organismos eucariontes
fotossintetizantes, multicelulares, com
diferenciação de tecidos.
Tradicionalmente, as plantas têm sido divididas
em dois grandes grupos:
criptógamas (cripto = escondido; gamae =
gametas): plantas que possuem as estruturas
produtoras de gametas pouco evidentes.
Exemplos: musgos e samambaias;
samambaias
musgos
Reino Plantae
fanerógamas (fanero = visível): plantas que
possuem estruturas produtoras de gametas bem
visíveis. Todas desenvolvem sementes e por
isso são também denominadas espermatófitas
(sperma = semente). Exemplos: pinheiros,
mangueiras, roseiras e coqueiros.
Reino Plantae
As criptógamas dividem-se em dois grupos:
briófitas: não possuem vasos especializados para
o transporte de seiva; são plantas de pequeno
porte. Exemplos: musgos e hepáticas;

pteridófitas: possuem vasos condutores de seiva.


Exemplos: samambaias e avencas.
Reprodução das Briófitas
Nas briófitas, a geração dominante é a
gametofítica. Ao germinarem no solo, os
esporos produzem os gametófitos, que
geralmente apresentam arquegônios (local de
produção dos gametas femininos) e anterídios
(local de produção dos gametas masculinos) na
região apical. O gameta feminino é denominado
oosfera, já os anterozoides são os gametas
masculinos flagelados. Os gametas são gerados
por mitose e são haploides, assim como os
gametófitos. Após eventos de chuva ou garoa,
pode acontecer a fecundação.
Reprodução das Briófitas
A gota de água que atinge o ápice do gametófito
masculino lança os anterozoides para fora da
planta e, ao caírem sobre o gametófito feminino,
nadam até a oosfera, ocorrendo a fecundação e
originando o zigoto. Os esporos são formados
por meiose em uma estrutura conhecida como
cápsula. Com a abertura da cápsula ocorre a
liberação dos esporos, que germinam ao caírem
no solo, originando o gametófito. Este cresce e
amadurece, reiniciando o ciclo de vida
dos musgos.
Reprodução das Briófitas
Reprodução das Pteridófitas
Nas plantas vasculares sem sementes, os
gametângios (local de produção dos gametas)
são originados em estruturas especializadas
denominadas gametóforos, que são hastes
férteis que sustentam os gametângios. Os
gametófitos são unissexuados, podendo ser
facilmente identificados em masculinos e
femininos de acordo com a parte superior do
gametóforo.
Reprodução das Pteridófitas
Os anterídios são formados em gametóforos cuja
parte de cima apresenta formato discoide,
enquanto a oosfera se origina de um
gametóforo com forma semelhante a guarda-
chuva. Após a fecundação, o esporófito é
formado sobre o gametófito, que com o passar
do tempo se degenera. Tanto nas briófitas como
nas plantas vasculares sem sementes, ocorre
uma dependência muito grande da água para a
fecundação, já que os gametas masculinos são
flagelados.
Reprodução das Pteridófitas
Reino Plantae
Por possuírem vasos, as pteridófitas e todas as
fanerógamas são chamadas de plantas
vasculares ou traqueófitas e são plantas de
maior porte que as avasculares (briófitas).
O corpo das plantas vasculares é constituído
basicamente por raiz, caule e folhas, enquanto
nas briófitas fala-se em rizoide, cauloide e
filoide, estruturas externamente semelhantes
respectivamente a raiz, caule e folha, mas sem
vasos condutores de seiva.
Reino Plantae
Reino Plantae
As fanerógamas também são divididas em dois
grupos:
gimnospermas: possuem sementes, mas não
formam frutos. Suas sementes são chamadas
“nuas”, pois não estão abrigadas no interior de
frutos (daí a denominação: gimno = nu; sperma
= semente). Exemplo: pinheiro-do-paraná;
Reprodução das
Gimnospermas
Nas gimnospermas, após a fecundação ocorre a
formação da semente. As plantas dessa espécie
apresentam, no mesmo indivíduo ou em plantas
separadas, estróbilos masculinos
(microsporângios) e femininos
(megasporângios), sendo estas estruturas as
responsáveis pela produção dos micrósporos e
dos megásporos, respectivamente. Os esporos,
tanto nas gimnospermas como nas
angiospermas, ficam retidos no esporófito, não
sendo liberados como ocorre nas plantas
vasculares sem sementes.
Reprodução das
Gimnospermas
Cada micrósporo dará origem ao gametófito
masculino, também conhecido como grão de
pólen. Ele é uma estrutura muito pequena,
composta por apenas quatro células, que
permanecem protegidas pela parede do esporo.
Nos estróbilos femininos existe um tecido de
revestimento denominado tegumento, que
protege o megasporângio. No tegumento há
uma abertura, chamada de micrópila, por onde
os grãos de pólen penetram.
Reprodução das
Gimnospermas
No interior do megasporângio está presente um
tecido nutritivo conhecido como nucelo (2n) e
uma célula diploide que sofre meiose e origina
quatro células haploides, sendo que três se
degeneram e apenas uma é viável.
A polinização ocorre quando os grãos de pólen
são liberados do microsporângio e
transportados pelo vento. O megásporo se
desenvolve no interior do óvulo originando
o gametófito feminino, que se diferencia na
região próxima a micrópila em um arquegônio
contendo uma oosfera.
Reprodução das
Gimnospermas
O grão de pólen germina e forma uma estrutura
longa, chamada de tubo polínico, que cresce em
direção ao arquegônio. Uma das células do grão
de pólen, a célula generativa, se divide
por mitose, formando os dois gametas
masculinos. Essas células penetram no tubo
polínico e uma delas fecunda a oosfera,
originando o zigoto, enquanto a outra se
degenera.
Reprodução das
Gimnospermas
O zigoto se desenvolve no embrião, que
permanece no interior do megagametófito. Este
passa a acumular reservas nutritivas e ao seu
redor desenvolve-se uma casca dura. Essas
estruturas dão origem a semente, que será
liberada quando estiver madura. Ao cair no solo,
se as condições forem favoráveis, a semente
germinará e originará uma nova planta,
reiniciando o ciclo.
Reprodução das
Gimnospermas
Reino Plantae
angiospermas: possuem sementes abrigadas no
interior de frutos (daí a denominação: angio =
urna; sperma = semente). São exemplos de
angiospermas: mangueira, figueira, laranjeira.
Reprodução das Angiospermas
Nas angiospermas há o surgimento das flores e
dos frutos. As flores possuem uma diversidade
de tamanhos e cores, podendo ainda serem
perfumadas ou apresentarem odores fétidos
para a atração de moscas e besouros. São
encontradas solitárias ou agrupadas, sendo
estas últimas chamadas de inflorescências. Os
frutos também mostram uma grande variedade
de formas, cores e tamanhos. A maior parte dos
frutos contêm sementes no seu interior.
Reprodução das Angiospermas
O ciclo de vida das angiospermas é semelhante
ao observado para as gimnospermas. Após ser
depositado no estigma, o grão de pólen forma o
tubo polínico, pelo qual os gametas masculinos
são transportados em direção ao óvulo. O tubo
polínico cresce por dentro do estigma,
atravessando o estilete até chegar na abertura
do saco embrionário (megagametófito),
localizada no interior do ovário.
Os frutos são resultantes do desenvolvimento do ovário
da flor.
Reprodução das Angiospermas
Os frutos são consumidos por muito animais,
como insetos, aves, peixes e mamíferos, e com
isso são importantes para a dispersão das
sementes, o que contribuiu para a ocupação
dos ambientes pelas angiospermas.
Reino Plantae

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