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Pesquisa - revaloração de provas

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PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL.

TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES. TRANSPORTE COLETIVO. CAUSA DE AUMENTO DE PENA. ART. 40, III, DA LEI
11.343/2006. INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. REVALORAÇÃO DAS PROVAS. POSSIBILIDADE.
VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL A
QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. Pacificou-se nesta Corte Superior de Justiça o entendimento de que o simples fato de


transportar a droga em transporte público permite a aplicação da causa de aumento de pena
prevista no inciso III do art. 40 da Lei de Drogas, que faz expressa remissão ao art. 33 da
mencionada lei.

2. Não há violação à Súmula 7 desta Corte quando a decisão limita- se a revalorar


juridicamente as situações fáticas constantes da sentença e do acórdão recorridos.

3. Não viola o princípio da colegialidade a apreciação unipessoal do recurso especial quando se


verifica a ocorrência de óbices formais ou quando esteja, no mérito, em conformidade ou em
discordância com a jurisprudência desta Corte.

4. Agravo regimental a que se nega provimento.

(AgRg no REsp n. 1.444.666/MT, relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma,
julgado em 27/6/2014, DJe de 4/8/2014.)

PENAL. PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


ESTUPRO DE VULNERÁVEL. DECLARAÇÃO DA VÍTIMA, CORROBORADA PELO DEPOIMENTO DA
GENITORA. REVALORAÇÃO DE PROVA PERMITIDA. AFASTAMENTO DA SÚMULA N. 7 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ. PROVAS SUFICIENTES PARA A CONDENAÇÃO. AGRAVO
DESPROVIDO.

1. A jurisprudência desta Corte admite a condenação pelo cometimento de delitos sexuais, que
geralmente são praticados na clandestinidade, com base na palavra da vítima, assumindo esta
prova especial relevância, mormente se consonante às demais provas dos autos.

2. No caso, afastada a incidência da Súmula n. 7/STJ, pois é possível a revaloração das provas
constantes dos autos, notadamente, considerando os depoimentos da vítima e de sua genitora,
citados pelas instâncias ordinárias, seguros no sentido da prática do delito e de sua autoria,
sendo, portanto, provas suficientes para condenação.

3. Agravo regimental desprovido.

(AgRg no AREsp n. 2.009.659/TO, relator Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, julgado em
15/3/2022, DJe de 21/3/2022.)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
TEMPESTIVIDADE DO RECURSO ESPECIAL. COMPROVAÇÃO POR CALENDÁRIO DO TRIBUNAL
CONFECCIONADO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. POSSIBILIDADE. RECENTE JULGAMENTO
(EARESP 1.927.268, RELATOR P/ACÓRDÃO MIN. RAUL ARAÚJO, CORTE ESPECIAL, JULGADO
EM 19/4/2023; AINDA NÃO PUBLICADO NO DJE). MÉRITO RECURSAL. COBRANÇA INDEVIDA
DA DIFAL NAS OPERAÇÕES INTERSTADUAIS ENVOLVENDO CONSUMIDORES FINAIS NÃO
CONTRIBUINTES DO IMPOSTO ICMS, NOS TERMOS DA EC N. 87/2015. TEMA N. 1.093/STF.
REVALORAÇÃO DA PROVA. POSSIBILIDADE A PARTIR DO QUE CONSTA NO TEXTO DO
ACÓRDÃO RECORRIDO. AFASTAMENTO DA SÚMULA N. 7/STJ. OMISSÃO CLARA DO TRIBUNAL
DE ORIGEM. OFENSA AO ART. 1.022, II, DO CPC/2015 CONFIGURADA. RETORNO DOS AUTOS.
NECESSIDADE.

I - Na origem, trata-se de mandado de segurança impetrado por Intercement Brasil S.A. contra
o Superintendente da Administração Tributária da Secretaria da Fazenda do Estado do Mato
Grosso do Sul objetivando o afastamento da exigência de DIFAL e FECP, instituído com base em
lei estadual, até que seja editada lei complementar regulamentando a matéria.

II - De fato, recente jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que os feriados locais
podem ser comprovados mediante a juntada de calendário do próprio tribunal, o que foi
devidamente atendido pela parte, conforme fls. 662/663. (EAREsp 1.927.268, relator
p/acórdão Ministro Raul Araújo, Corte Especial, julgado em 19/4/2023; ainda não publicado no
DJe). Portanto, considerando os feriados dos dias 14/4/2022 e 15/4/2022 (quinta-feira santa e
sexta-feira santa), além do feriado nacional de Tiradentes do dia 21/4/2022, o recurso especial
está tempestivo.

III - O recurso de agravo em recurso especial está tempestivo, posto que a decisão de
admissibilidade do recurso especial (fls. 699/700) foi publicada em 4/7/2022 (fl. 701) e a
interposição do agravo em recurso especial ocorreu 25/7/2022 (fl. 800).

IV - Afastada a intempestividade e analisando o recurso especial, verifica-se a ocorrência de


omissão relevante. Nos embargos de declaração o recorrente explicita que a GNRE é o
documento hábil a comprovar o recolhimento do DIFAL em operações interestaduais,
procurando demonstrar com a cópia do documento que é possível detectar os dados do
contribuinte emitente e o Estado favorecido e ainda a natureza da operação (e-STJ fl. 607). Esta
seria a demonstração da iminência do ato coator e dos efeitos concretos da lei sobre a
embargante, a implicar na higidez do mandado de segurança. Entretanto, ao analisar os
embargos de declaração, o Tribunal a quo não analisou o ponto encimado, que em tese
infirmaria a conclusão de que a pretensão mandamental não teria se insurgido contra lei de
efeitos concretos.

V - Nesse contexto, diante da referida omissão, apresenta-se violado o art. 1.022, II, do
CPC/2015, o que impõe a anulação do acórdão que julgou os embargos declaratórios, com
devolução do feito ao órgão prolator da decisão para a realização de nova análise dos
embargos.

VI - Embargos de declaração acolhidos, com efeitos modificativos, para dar provimento ao


recurso especial, determinando o retorno dos autos para exame da questão omitida.

(EDcl no AgInt no AREsp n. 2.214.995/MS, relator Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma,
julgado em 16/4/2024, DJe de 18/4/2024.)

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