O trabalho a seguir, apresentado por Luiza Novaes em 2003.1 na disciplina do Prof.

Luiz Antonio Coelho O lugar do narrativo no discurso visual, do Programa de Ps-graduao em Design da Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro, tem o objetivo de fazer um mapeamento das diversas vises e pensadores da semitica, a partir do livro IMAGEM: COGNIO, SEMITICA, MDIA Lucia Santaella e Winfried Nth Captulo 2 Semitica da Imagem 1- Viso Geral A imagem como signo Conveno e naturalidade das imagens Relao percepo da imagem/linguagem Existncia de uma gramtica semitica da imagem Algumas cincias da imagem: Huggins & Entwistle cincia icnica - tentativa de fundamentao na relao com a cincia da arte. Mitchell introduo do conceito de iconologia = cincia do discurso em imagens e sobre imagens. (no considerou que o conceito na cincia da arte outro iconologia = estudo do tratamento dos assuntos em diferentes artistas e pocas). Boulding cincia eiconica sociologia transdisciplinar do conhecimento. Toda reflexo sobre a relao sistemas de signos linguagem / imagem semitica da imagem; linguagem ou gramtica da imagem. O assunto tem sido publicado em livros, informativos, revistas, anais de congressos, coletneas, etc. Direcionamento e tendncias da semitica
Saussure e Hjelmslev Barthes Lindekens Veltrusky Deledalle Kress & van Leuween Semitica da imagem Fotografia Semitica da imagem Anlise da imagem Imagem semitica Hjelmslev Escola de Praga Semitica funcionalista Peirce Categorias da semitica M.A. K Halliday Scio-semitica funcional

Sonesson: - contribuies crtico-psicanalticas para o tema; - diferencia 3 modelos representativos na semitica da imagem:

1- 1- retrica geral estrutural grupo 2- 2- o especificamente semitico na anlise das imagens Trait du Signe Visuel trabalhos de Thrllemann e Floch baseados em Greimas, relativos pintura e propaganda. 3- 3- gramtica semitica da imagem Fernande Saint-Martin. 2- A imagem como signo Imagem entre representao e imaginao. Conceito de imagem: Imagem direta perceptvel ou at mesmo existente. Imagem mental simples na ausncia de estmulos visuais pode ser evocada.
Gregos eikon Todo tipo de imagem Imagens naturais imagens artificiais Imagem verbal imagem mental Imagem modelo Imagem objeto de referncia Ser - parecer Ocidente atual Tipologia da imagem Imagens grficas desenhadas, pintadas, escultura Imagens ticas espelhos, projees Imagens perceptveis dados de idias, fenmenos Imagens mentais sonhos, lembranas, idias, fantasias Imagens verbais metforas, descries

Dualidade semntica: percepo X imaginao

Representao visual - idolatria mgico-religiosa mgica = raiz lexical de imagem = cone milagroso - ceticismo racional da imagem incio em Plato = imagens percebidas pelos sentidos; imagens aparentes e ilusrias. - iconoclasmo proibio cultural das imagens Imaginao mental

- Plato idias ou modelos - Freud sonhos

- - Essncia das coisas do pensamento da aproximao de Deus

Imagens como signos icnicos Icnico que representa claramente uma idia, sem artifcio. Caractersticas clssicas da imagem: Semelhana (similaridade) Imitao (mimesis)

Imagens como semelhana de signos retratados, pertencem classe dos cones. Peirce o cone compreende tambm formas no visuais; acsticas; tteis; olfativas ou formas conceituais de semelhana sgnica. Polissemia imagens ticas, acsticas e mentais extenso da definio do conceito de imagem.

H uma aproximao entre a extenso do conceito de imagem (polissemia) e a extenso do cone segundo Peirce. Semelhana entre signo da imagem e objeto de referncia uma das causas da polissemia do conceito de imagem.

Modelo tridico de signo de Peirce

Significante visual (representamen) Imagem = desenho, fotografia e quadro Objeto de referncia ausente Imagem = imagem original da qual foi feita uma cpia, cpia tirada de uma fotografia Significado (interpretante) ou idia de objeto Imagem mental = idia ou imaginao

Interpretao do signo como processo circular da semiose infinita. Imagens como signos plsticos Conceito de signo plstico permite a anlise de imagens que no representam coisa alguma, mas tambm de imagens icnicas. Ex.: Com relao a uma mancha azul Isto azul (signo plstico) Isto representa a cor azul (signo icnico)
Signo plstico Signo completo com expresso e contedo prprios Tringulo / crculo Contedo resultado de cada significado que o observador une s qualidades como forma, cor e textura Duro / mole

Signos plsticos so primariamente de natureza indexical e simblica. 3 Naturalidade e convencionalidade das imagens Iconicidade questionamento acerca da naturalidade ou convencionalidade das imagens. Gibson - Iconicidade da imagem Teoria da percepo ecolgica defensor de uma variante da teoria da naturalidade icnica das imagens. Imagens se assemelham a seus objetos de referncia atuam como signos icnicos. Relao de semelhana dificuldades de preciso lgica definio ticogeomtrica da semelhana da imagem com a realidade (fotografia). questionvel se desenhos podem ser tratados da mesma forma. Desloca a relao de semelhana do plano fsico-tico para o cognitivo.

Teoria da percepo ecolgica a viso dos objetos determinada pela percepo de invariantes, unidades de percepo elementares, que permanecem constantes quando o objeto ou o observador muda de posio.

invariantes descontinuidades entre superfcies ticas homogneas, que se manifestam como limites de figuras contra um fundo. Ex.: figura se move sobre fundo fixo os contornos que separam a figura do fundo permanecem constantes. Os contornos invariantes so esboados pelo desenhista e percebidos como algo anlogo a relao de semelhana no se encontra mais entre imagem e objeto, mas entre duas formas de percepo do receptor. uma imagem uma superfcie de tal modo tratada que um arranjo tico delimitado a um ponto de observao se torna disponvel, contendo o mesmo tipo de informao que encontrado nos arranjos ticos ambientais de um ambiente comum. Goodman convencionalidade da imagem Teoria lingstica da imagem: 1. no se baseia em um modelo lingstico. 2. apresenta uma concepo convencionalista da qualidade sgnica da imagem. 3. acentua o parentesco semitico entre o signo de imagem e o signo lingstico arbitrrio. Para uma imagem representar um objeto, ela deve ser um smbolo, substitu-lo e a ele se relacionar; nenhum grau de semelhana suficiente para estabelecer a relao de referncia necessria. (...) Quase tudo pode representar todo o resto. Uma imagem que representa um objeto o denota (...). Denotao o ncleo da representao (...). A relao entre uma imagem e o que ela representa uma relao prxima constituda pelo encontro de um predicado e um fato. Para analisar as estruturas de cdigo da imagem e da linguagem, Goodman prope cinco critrios que considera existentes num tipo timo de sistema de signo, chamado sistema de notao: 1. disjuno sinttica realizaes de um signo so equivalentes sintaticamente; no devem pertencer a mais de um signo. 2. diferenciao sinttica finita no correspondncia de marcaes dos signos de um sistema de smbolos deve apresentar tambm um significado nico. 3. falta de ambigidade. 4. disjuno semntica. 5. diferenciao semntica finita. Goodman define ento: Linguagem sistema que cumpre os critrios sintticos 1 e 2 Imagens no cumprem nenhum desses 5 critrios

Gombrich Imagem entre natureza e conveno Percepo de representao visual no se baseia somente em uma capacidade inata do homem. Ex.: a viso de espaos representados em perspectiva deve ser primeiramente aprendida. Salientou o papel da natureza e da conveno na percepo da imagem. Sobre fotografia: - - Foto no rplica simples da realidade, mas sim uma transformao visual que deve ser novamente interpretada pelo observador; - Fotografias no so signos prontos arbitrrios.

Gombrich conclui: O aprendizado da leitura de uma fotografia parece ser completamente diferente daquele relativo a um sistema de cdigo arbitrrio. (...) O conseqente contraste entre natureza e conveno falso. (a idia da habilidade contnua) Nossa capacidade de reconhecer um objeto parece estar ligada sua relevncia biolgica, o que faz com que nos objetos que nos so importantes do ponto de vista biolgico, baste uma vaga semelhana para provocar essa reao. 4 A dependncia lingstica e a autonomia cognitiva da imagem Ser que as imagens podem ter significado diretamente como signos visuais ou o significado s se origina pela mediao da linguagem? Era do logocentrismo dependncia lingstica da imagem. Teoria cognitiva autonomia semitica da semiose visual. Viso logocntrica 2 argumentos a favor da dependncia lingstica: 1. insero de imagens em contextos texto-imagem 2. necessidade das imagens de recorrerem ao auxlio da linguagem em seu processo de entendimento e interpretao.
Barthes Lindekens Heteronmia semitica da imagem Autonomia semitica O entendimento de uma imagem conduzido atravs da mediao da linguagem: imagens podem significar mas isso nunca acontece de forma autnoma. Cada sistema semiolgico tem sua prpria mistura lingstica. Crtica concepo de heteronmia textos comentadores no provam a prioridade do verbal sobre o visual. Thrlemann O fato de um texto imagtico individual ser precedido por um texto lingstico de contedo comparvel, no um argumento contrrio autonomia discursiva do texto imagtico

Logocentrismo imagtico-semitico: - - argumento na freqncia dos comentrios imagticos verbais; - - semitica de imagem que deriva suas estruturas da metalinguagem verbal, fundamentando a existncia de uma gramtica de imagens baseada na gramtica da lngua.

Imagens no apresentam uma metalinguagem verbal prpria. Pode existir uma metaimagem, como a imagem de uma imagem, mas no como uma teoria analtica da imagem. No existe uma metaimagem que possibilite a anlise ou comentrio terico de uma imagem, por isso a linguagem sempre um instrumento necessrio anlise da imagem semitica (Benveniste 1969) Imagem X Linguagem: diferenas especficas Langer:
linguagem imagens simbolismo sem palavras

- discursiva - apresenta capacidade de generalizao - possui unidades de significado permanentes ligadas a outras unidades - contm equivalncias fixas (tornam definies e tradues possveis) - tem conotaes de carter geral: atos no verbais so necessrios para atribuir denotaes especficas a suas expresses (apontar, olhar, modificar a voz)

- representam holisticamente singularidades

- - no discursivo nem traduzvel - - no permite nenhuma definio dentro

do seu prprio sistema

- - referem-se primariamente a

- - no capaz de transmitir o geral

diretamente

- - significados so entendidos um aps

o outro e ento resumidos em um todo (processo conhecido como discurso)

- - significados dos elementos simblicos

que formam um smbolo maior e articulado so entendidos atravs do significado do todo, de suas relaes na estrutura holstica

- - apresentao simultnea e integral =

simbolismo apresentativo

Uma mdia no traduzvel pela outra sem perda. Simbolismo apresentativo Simbolismo discursivo (linguagem real) Diferenas prototpicas entre a palavra e a imagem: - - imagens atuam mais fortemente de maneira afetivo-relacional - - linguagem apresenta mais fortemente efeitos cognitivo-conceituais A eficcia emocional das imagens cresce com o grau de sua iconicidade (Reimund 1993) Argumentos do gestaltismo a favor da autonomia da imagem Gestaltismo 1 modelo para interpretao da imagem como signo autnomo. Formas visuais so unidades de percepo independentes da linguagem. Campo visual: - - figuras percebidas como formas, em sua totalidade - - totalidades mais do que o somatrio de suas partes - - percepo processo construtivo reprodutivo - - processo determinado pelas leis da forma (Metzger 1975):

1. 1. figura se distingue de sua base, como forma fechada 2. 2. na percepo tendncia de interpretarmos a forma aberta antes da fechada ou de preencher a interrupo (lei da continuidade) 3. 3. princpio da menor distncia elementos vistos como grupos ou figuras (lei da proximidade) 4. 4. elementos iguais so interpretados mais facilmente (lei da igualdade) 5. 5. simetria fortalece a impresso da qualidade formal Formas, como invariantes do campo visual, podem ser interpretadas como unidades semiticas autnomas. Esse aspecto representa a unio entre a interpretao da psicologia da forma e a interpretao estrutural-semitica. Arheim: Nenhum padro visual existe somente em si mesmo. Ele sempre representa algo alm de sua prpria existncia individual o que equivale a dizer que toda forma a forma de algum contedo. Klaus & Buhr: Percepo da forma = Construo de variantes visuais num processo de reconhecimento das formas sgnicas;

Processo de coordenao entre o percebido e as formas j internalizadas; Processo semitico no sentido da relao tokentype, de acordo com Peirce A autonomia da imagem como invarincia cognitiva visual Zimmer: Resultados da psicologia cognitiva campo visual dividido em unidades semiticas (marcas da imagem) = prottipos visuais que representam conceitualmente coisas descritveis. Unidades de imagem se constituem de componentes visuais menores pictogenes - correspondncias visuais para os fonemas lingusticos (entretanto no postula uma dependncia entre linguagem e imagem, pelo menos no plano da percepo). Biederman: Aprofundou a busca por unidades mnimas de percepo da imagem. O reconhecimento visual dos objetos depende de um repertrio de 36 unidades mnimas visuais = componentes volumtricos = geones. Atravs de 5 traos distintivos (curvatura, colinearidade, simetria, paralelismo, codeterminao) pode-se descrever completamente os geones. A interpretao ecolgica da imagem em Gibson Mace (1986) resume as idias de Gibson da seguinte forma:

A percepo do ambiente direta e no mediada por imagens ou representaes; nenhuma forma de memria, schemata ou qualquer outra estrutura cognitiva contribui para a percepo; a informao est no mundo; a percepo uma questo de se extrair invariantes a partir do arranjo tico; perceber se assemelha mais ressonncia do que ao processamento. Percepo = processo no semitico, pois a semiose segundo Peirce no uma percepo direta, mas sim indireta do mundo. Ao mesmo tempo, Gibson defende: - - propriedades do ambiente diretamente percebido incluem propriedades significantes, refletindo os interesses e utilidades de um animal. - - Percepo no uma mera cpia ressonante, mas sim uma seleo determinada. - - O meio ambiente percebido interpretado em categorias daquilo que significativo ou no do ponto de vista da histria evolutiva. A autonomia da imagem na teoria da informao e na semitica geral Modelo da teoria da informao formas visuais so supersignos, complexos holsticos que podem ser compostos de subsignos elementares. Moles: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Bense postula: - numa semitica visual como essncia dos problemas de uma linguagem visual todo objeto de percepo constitudo por uma unidade de cor e forma. - As unidades de percepo visual (perceptemas) so compostas por elementos de cor e forma, os cronemas e formemas: Cronemas todas as cores diferenciveis Formemas elementos geogrfico-topolgicos ponto, linhas, reas ou corpos Formemas e cronemas se unem em um signo visual. Proposta de uma linguagem da imagem. - Percepo da imagem = processo de integrao de subsignos e supersignos no campo da imagem holstica. - Proposta de hierarquia de planos de percepo compreendendo: 1. impulsos visuais mnimos no limiar diferencial da percepo tica 2. morfemas de percepo geomtrica 3. imagens parciais de objetos significantes 4. sintagmas icnicos 5. discursos icnicos 6. seqncia de imagens

5 - Existe uma gramtica da imagem? A metfora a linguagem da imagem analogias nos nveis de estruturao da lngua e da imagem. A semitica da imagem no signo do linguocentrismo A gramtica da imagem a questo que ocupou a semitica da imagem, desde o incio da semiologia estruturalista. Postulado de Saussure: Transferncia do modelo da lngua para outros objetos de pesquisa. Benveniste: - Critrios da suposta existncia de uma gramtica da imagem anloga lngua. - - Um sistema constitudo semiologicamente e anlogo linguagem, deve mostrar, necessariamente, as seguintes caractersticas estruturais: 1. 1. repertrio de signos limitado. 2. 2. regras de ordenao para as unidades mnimas distintivas do signo, chamadas figuras. 3. 3. figuras existem independentemente do tipo e da quantidade de discursos que o sistema semitico pode gerar. J que imagens no preenchem estes requisitos, no podem valer como um sistema semitico. Apesar das objees, semioticistas da imagem continuaram sua busca por uma gramtica da imagem analogias entre dois planos de articulao a dupla articulao da linguagem. H um segundo plano de articulao da imagem? - primeiro plano de articulao de imagem = unidades portadoras de significado
- segundo

plano de articulao de imagem = imagem dividida em unidades com funo diferenciadora de significados, sem significao prpria como a linguagem o em fonemas.
Cossette grafemas Bense cronemas formemas Zimmer pictogenes Biedermann geones

Hjelmslev Carter Lindekens,Carter figurae (fonemas lingusticos) invariantes da forma

Influncia do sistema de variveis visuais de Bertin no contexto:

Bertin Imagens se compem de 6 unidades elementares portadoras de significado Tamanho Grau de claridade Padro Cossette e Saint -Martin Unidades do 2 plano de articulao Thrlemann 2 unidades Eco Figurae

Coloremas Cor Textura Tamanho

categorias categorias eidticas cromticas Contornos Cantos Cncavo Tonalidade Saturao Fundamento Relaes Contrastes de luz

Cor Direo Forma

Orientao Contorno

Convexo Simetria Compacticidade Direo Dimenso

Unidades elementares geomtricas

Crtica de Eco: Unidades no podem fazer parte de um cdigo semitico pertencem a um cdigo de percepo pr-semitico. Imagens no so segmentveis em figurae apesar de se poder isolar, no contnuo icnico, unidades discretas pertinentes, esses elementos no correspondem a fonemas lingsticos, uma vez que eles no tm qualquer valor de posio ou oposio. O primeiro plano de articulao da imagem
Eco - 1968 signo sema Lindekens - 1971 supermorfemas visuais complexos Porcher - 1976 mtodo emprico Cossette - 1983 iconemas Thrlemann - 1990 elementos (unidades de 2 plano)

imagem j sempre exame do diferencial testes visuais de sema semntico comutao

relaes sintagmticas princpios de oposio e paradigmticas

Eco (1968): - - Signo unidade mnima portadora de imagem (analogia ao morfema lingstico ou palavra). - - Sema declarao icnica complexa e anloga frase. Uma imagem nunca constitui um signo, mas sim sempre j um sema. Lindekens (1971): - - Questionamento das unidades de significao mnimas da imagem (exame do diferencial semntico). - - Unidades mnimas supermorfemas visuais complexos. Porcher (1976): - - Prope um mtodo emprico para determinao de unidades lexicais da imagem. - - Testes visuais de comutao. Cossette (1983): - - Unidades mnimas = iconemas. - - Deduo do valor sistemtico dos iconemas de suas relaes sintagmticas e paradigmticas. Thrlemann (1990): - - Unidades do segundo plano = elementos. - - Determinao de elementos de acordo com princpios de oposio entre os contrastes de expresso do campo da cor e da forma. - - Figura X Fundo diviso diferenciada de uma imagem em um nmero limitado de figuras e de fundo. A sintaxe dos constituintes da imagem

Vrios autores postularam homologias entre a imagem e a linguagem no plano da frase (ou das proposies) e na sua diviso entre sujeitos (argumentos) e predicados. Zems (1967); Marin (1971) e Paris (1975): Homologias existem desde que formas, linhas e cores de uma imagem exprimam qualidades dos objetos representados. Cossette (1983): Diviso de imagem em duas unidades fundamentais: - - Actantes realidade sobre a qual a imagem declara algo. - - Predicados a declarao sobre os actantes. Schefer (1969): Estrutura predicado-argumento nas relaes figura-fundo da imagem. Homologias entre as estruturas de proposies e de imagens so tema do debate sobre a questo se as imagens so, como as declaraes, afirmaes certas ou erradas. Saint-Martin (1987): Sintaxe visual independente de raciocnio lgico-lingstico. Sintaxe da imagem constituda por regras abstratas das relaes de carter tipolgico, morfolgico, cromtico, entre outras, numa imagem. A gramtica da imagem como gramtica do texto - Procedimento bottom-up totalidade da imagem resulta de unidades mnimas e de suas combinaes (na viso de alguns semioticistas, teoria fadada ao fracasso). - Postulam o procedimento top-down o valor funcional dos elementos deduzido a partir da totalidade da imagem. - A gramtica da imagem sempre uma gramtica textual, e no um cdigo geral, vlido em qualquer situao, como a linguagem.

Koch (1971): Define planos de articulao da imagem, que vo, analogamente linguagem, de unidades mnimas distintivas at o plano do texto, mas que devem ser, por outro lado, definveis em seu valor somente no quadro de uma nica imagem. Eco (1976) e Calabrese (1980): Postulam uma gramtica textual da semitica da imagem. Eco argumenta que as unidades de articulao da imagem so somente definveis no contexto dessa mesma imagem, de tal forma que as imagens no sejam articuladas atravs de um cdigo, mas que cada texto icnico seja um ato de produo de cdigo. Sonesson (1989): Em consonncia com Eco e Calabrese, Sonesson faz observaes sobre a relatividade textual e estilstica com referncia questo sobre se os elementos imagticos funcionam como traos distintivos ou como unidades portadoras de significados.

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