Revista MB Rural 6 Edição
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MB PARCEIRO
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9912275819/2011-DR/TO
RURAL
EDIO 02 l ANO 02 l MAI/JUN 2012
Prezados Leitores A proposta da MB Parceiro, atravs da Revista MB Rural, discutir paradigmas, ou seja, os princpios utilizados para a tomada de deciso, de tal forma que as informaes contidas em nossas pginas realmente auxiliem o pecuarista a estar mais preparado para as novas e constantes evolues as quais somos rotineiramente desafiados. Nesta especial edio, trazemos a oportunidade ao pecuarista, bem como gerentes e tcnicos, de expandir seus horizontes quanto as variadas opes de parcerias. Cabe destacar que sobreviver economicamente na atualidade um desafio que s pode ser vencido se soubermos reconhecer e usufruir de boas alianas. Neste sentido, so vrios os exemplos desta revista onde o pecuarista tem um universo a ser explorado. Apoiar-se em parceiros , portanto, uma necessidade e no apenas uma questo de opo. Esta edio da Revista MB Rural mostra o trabalho de parceiros que devem ser melhor utilizados e nunca negligenciados . Sendo assim, recomendo a todos que leiam cada matria e avaliem que no so apenas informaes que esto sendo apresentadas. Estamos sim, apresentando e buscando aproximar partes cuja unio trar certamente benefcios a toda sociedade. Deste modo, artigos como a homenagem aos Zootecnistas, a Agrotins 2012, o trabalho de pesquisa da UFT em Araguana, a matria da Capa e todos os demais artigos, no so apenas textos. Na realidade so novas portas que se abrem a aqueles que entenderem o verdadeiro sentido do paradigma da unio - dentro e fora da fazenda. Deste modo, estamos muito contentes com esta edio, porque ela exprime o cerne deste nosso trabalho. Sem dvida tratase de um grande exemplo que o mundo integrado e que todos ns precisamos estar conectados a esta grande rede de oportunidades. Boa leitura e um grande abrao a todos. Maurcio Bassani dos Santos Scio fundador MB Parceiro
Colaborao:
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ndice
04 | HOMENAGEM 05 | NOVAS TCNICAS 07 | PESQUISA APLICADA 10 | INTEGRAO 13 | MATRIA DA CAPA 16 | IRRIGAO 19 | GENTICA ANIMAL 22 | ARTIGO TCNICO 24 | CATLOGO
Revista MB Rural (Adm./Redao):
103 Sul rua SO 01 lote 15 sala 02 Palmas - TO - Cep.: 77.020-124 Fones: (63) 3225-7724 / 8466-0066 mb@mbparceiro.com.br
EDITORIAL
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SERVIOS AO PECUARISTA
Andr Luiz C. da Fonseca Claudio Luiz D. Sayo Lobato Eugnio Luiz Junqueira Fbio Arantes Quinto Joo Bonifcio C. Gonalves Jos Neuman Miranda Neiva Peter Gaberz Kirschinik Projeto grfico e impresso: Grfica e Editora Primavera Tiragem: 3.000 exemplares As idias contidas nos artigos assinados no expressam, necessariamente, a opinio da revista e so de inteira responsabilidade de seus autores.
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HOMENAGEM
Zootecnista:
competncias de sobra para atender as demandas atuais da pecuria
Peter Gaberz Kirschinik Zootecnista e Coordenador do Curso Faculdade Catlica do Tocantins peter@catolica-to.edu.br
A profisso de zootecnista foi regulamentada em 1968, com o primeiro curso de graduao em Zootecnia criado, na PUC de Uruguaiana, RS. Ainda sim, mesmo sendo uma profisso com mais de 40 anos no Brasil, a zootecnia se mostra como uma profisso moderna e fundamental para o desenvolvimento nacional, principalmente se considerarmos que o Agronegcio tem crescido consideravelmente sua participao no PIB nacional. Quanto s competncias, embora a principal atuao do zootecnista seja na produo animal, uma profisso ampla que abrange reas como o desenvolvimento regional e a preservao ambiental. Deste modo, o desenvolvimento sustentvel, o bemestar animal e a preservao das espcies tem ampliado o campo de atuao desta especial profisso. Como definio bsica a Zootecnia pode ser reconhecida como a cincia aplicada que atua diretamente na produo animal, passando pela
biologia bsica, reproduo animal, nutrio animal, melhoramento gentico, bem estar animal, seguindo at o controle de qualidade, a industrializao e a comercializao dos produtos de origem animal. Sendo assim, o zootecnista acompanha toda a cadeia produtiva do animal, desde a reproduo at o seu aproveitamento pelo homem. Podemos at dizer que o zootecnista tem como objetivo principal produzir o mximo no menor tempo possvel, ao menor custo, sempre visando o lucro e considerando o bem estar animal e os benefcios a toda sociedade. Engana-se quem acredita que a atuao do zootecnista apenas dentro da fazenda. Com uma formao ampla, este profissional pode atuar em uma gama enorme de reas dentro do agronegcio. Na rea de nutrio animal o zotecnista atua em empresas de nutrio animal desenvolvendo formulaes que atendam ao anseio do mercado que permitam ao animal atingir o mximo de seu desempenho
produtivo. Alm disso, o zootecnista tambm atua em frigorficos, centro de pesquisas, instituies de ensino, consultoria tcnica e em rgos de extenso e fiscalizao rural. Outra rea de destaque na atuao do Zootecnista, que est em franca expanso e tambm responsvel pelo excelente desenvolvimento obtido pelo Brasil no agronegcio, o melhoramento gentico animal. O empenho de profissionais nesta rea vem garantindo bons resultados com aumento na adaptabilidade dos rebanhos ao clima tropical, e a seleo de genes adequados a estes ambientes, propiciando aumentos significativos de produtividade. Sendo assim, se temos uma pecuria forte, porque temos profissionais qualificados para enfrentar os desafios modernos. Portanto que nesta data, dia 13 de maio - Dia do Zootecnista, lembremos parabenizar e reconhecer o mrito destes essenciais profissionais.
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NOVAS TCNICAS
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Claudio Luiz Dame Sayo Lobato Md. Veterinrio e Coord. de produo animal Secretria da Agricultura do Estado do Tocantins claudio.luiz@seagro.to.gov.br
Chegamos s vias de fato de mais uma Agrotins, que a cada ano mostra as potencialidades da agropecuria tocantinense. A pecuria, em especial, vem ganhando maior espao nesta vitrine tecnolgica. As pesquisas mostram que o rebanho bovdeo, desde a criao do Estado, cresceu cerca de 90%, a produo leiteira na ordem de 185% e a produo de mel foi de quase 26.000%. A avicultura comercial hoje conta com abates de mais de 5 milhes de aves por ciclo. Somando-se ao elo produtivo, o setor industrial esta cada vez mais estruturado e hoje mais de 52 estabelecimentos processam carne e leite. Na busca para garantir melhores resultados de produo e de produtividade principalmente com a utilizao de novas tecnologias, muitas vezes desconhecidas do pblico geral, que o governo do Estado, por meio da Seagro, suas vinculadas ( Adapec e Ruraltins ) e diversas instituies pblicas e privadas esto promovendo de 8 a 12 de maio a maior Feira Tecnolgica da regio norte do pais. Cabe destacar que grandes avanos j foram conquistados nos anos anteriores. So inmeros e incalculveis os frutos dos negcios,
bem como dos trabalhos de capacitao em especial atravs das clnicas tecnologicas e dos demais eventos tcnicos promovido durante cada Feira. Alm disso, diversas parcerias foram estabelecidas nas vrias edies da Agrotins e sem dvida muito j foi conquistado a partir deste Evento. Ainda sim, em especial para edio de 2012, na rea da pecuria estaremos promovendo julgamento de bovinos, ovinos e caprinos, mostra de bovinos de corte e de leite, eqdeos, ovinos e caprinos, torneio leiteiro. Como novidades para a 12 edio teremos o portal da pecuria, com uma nova apresentao, j que l estaro reunidas empresas que fornecem insumos e equipamentos, como balanas, bretes, tanques de resfriamento. Tambm ser estruturada a feira da reproduo com a participao de empresas fornecedoras de nutrio, reproduo e sanidade, assim como de empresas que fornecem servios. Para a capacitao temos como novidade o 2 Frum de Reproduo Animal e o 1 Encontro de Confinadores que contaro com palestrantes de renome nacional. Outra novidade a realizao de uma prova de ganho de peso de bovinos de raas zebunas.
Este trabalho da Agrotins no s de hoje, a construo vem tendo evoluo com a participao cada vez maior das organizaes de produtores. Em especial da Associao dos Criadores de Nelore do Tocantins e da Associao Brasileira de Criadores de Zebu que entendem que o evento uma grande vitrine de negcios e com repercusso de vendas para o ano todo. importante que todos produtores entendam a importncia de participar da Agrotins. Nela estaro a disposio informaes, insumos, servios, equipamentos e em especial rebanhos da maior expresso nacional (+ de 100 touros, 300 ovinos/caprinos e 100 matrizes leiteiras). Cabe destacar tambm que todos estes materiais estaro disponveis para financiamento especiais onde os agentes financiadores estaro analisando as propostas na prpria Feira. Finalmente nenhum destes trabalhos teria sentido se no houver a presena de nossos pecuaristas. Deste modo, venha fazer parte do principal evento da agropecurio do Norte do Pas. Temos a certeza de que a unio e a competncia so o caminho mais rpido para vencermos o desafio de desenvolvemos o nosso estimado Estado do Tocantins.
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PESQUISA APLICADA
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A Escola de Medicina Ve t e r i n r i a e Z o o t e c n i a d a Universidade Federal do Tocantins caminha a passos largos para sua consolidao como geradora de conhecimento e inovao tecnolgica para o Tocantins e para a Amaznia brasileira. No entanto quando se fala da Escola de Medicina Veterinria e Zootecnia da Universidade Federal do Tocantins normalmente se pensa na formao de profissionais em nvel de graduao, ou seja, mdicos veterinrios e zootecnistas. Talvez, quando algum pensa na contribuio da Escola de Medicina Veterinria e Zootecnia da Universidade Federal do Tocantins para o Estado, se pense nos inmeros profissionais que por l passaram e que atuam de forma significativa no setor de agropecuria, nas mais variadas cadeias produtivas. No entanto a Escola de Medicina Veterinria e Zootecnia da
Universidade Federal do Tocantins , atualmente, muito mais que uma formadora de profissionais graduados. Atualmente a instituio tem se destacado principalmente na formao de recursos humanos em nvel de Psgraduao (mestrado e doutorado) e com isso na gerao de tecnologias e conhecimento avanados. Em 2006 a Escola de Medicina Veterinria e Zootecnia aprovou junto ao MEC, o primeiro curso de mestrado aps a criao da Universidade Federal do Tocantins e trs anos depois criou o primeiro doutorado do Estado do Tocantins e o primeiro em Cincia Animal da regio Norte. Os frutos dessas conquistas so muitos. At o momento j se formaram mais de 50 mestres e em 2012 ser formado o primeiro doutor em cincia animal pela Universidade Federal do Tocantins. No entanto nada disso teria relevncia se no chegasse comunidade os frutos das inmeras
pesquisas desenvolvidas. Dentre as vrias linhas de pesquisa em desenvolvimento destacaremos a que estuda alternativas alimentares para ruminantes no bioma amaznico. Nos ltimos anos foram avaliados vrios alimentos alternativos regionais, bem como o uso sub-produtos agroindustriais e tambm outros ingredientes disponveis no mercado para a alimentao de ruminantes nas condies Amaznicas. To d o s e s s e s t r a b a l h o s realizados pela UFT esto disponveis gratuitamente atravs do endereo: http://bacuri.uft.edu.br/pgcat/dissertac ao.htm . Sendo assim, preciso que a comunidade de uma maneira geral tome conhecimento das inmeras pesquisas desenvolvidas na Escola de Medicina Ve t e r i n r i a e Z o o t e c n i a d a Universidade Federal do Tocantins e que utilize todo o conhecimento gerado em prol de uma agropecuria mais tecnificada. Deste modo, preciso ficar atento para os eventos realizados na instituio, normalmente em parceria com o Sindicato Rural de Araguana e Sebrae para tomar conhecimento das novas pesquisas desenvolvidas. Um ponto que deve ser
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destacado o forte apoio que a instituio recebe de produtores e industriais da regio no sentido de apoiar as pesquisas. Nesse sentido, gostaramos de destacar o apoio do Frigorfico Boi Forte, localizado em Araguana, que tem permitido aos ps-graduandos do Programa de Ps-Graduao em Cincia Animal Tropical desenvolver pesquisas com elevado nvel de detalhamento sobre caractersticas de carcaas e qualidade de carne. Embora o referido estabelecimento no apie diretamente as pesquisas com recursos financeiros, investe um valor considervel nas mesmas pois disponibiliza toda a estrutura do frigorfico para realizao das avaliaes. Normalmente o custo dessas avaliaes so elevadas para o frigorfico Boi Forte pois a velocidade de abate drasticamente reduzida e toda
a rotina alterada, pois h que se seguir normas rgidas de higiene dentro do estabelecimento. Esse tipo de atitude de suma importncia tanto para a Escola de Medicina Veterinria e Zootecnia da Universidade Federal do Tocantins, que pode avanar em seus estudos, mas tambm para a cadeia produtiva da carne que passa a conhecer melhor as possibilidades de melhorar a qualidade de seus produtos. Destacamos tambm que seria injusto imaginar que o apoio que a
Escola de Medicina Veterinria e Zootecnia da Universidade Federal do Tocantins recebe na regio se restrinja ao frigorfico Boi Forte. Temos inmeros parceiros regionais e em outras oportunidades trataremos especificamente desse assunto. Assim, aproveitamos para convidar a todos para conhecer mais de perto a nossa Escola de Medicina Ve t e r i n r i a e Z o o t e c n i a d a Universidade Federal do Tocantins para que possamos trocar idias e buscar solues para nossa agropecuria.
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INTEGRAO
Minha famlia vem de vrias geraes no meio rural e conversando com minha av, sbia como sempre, um dia me perguntou: - Meu neto porque as fazendas de hoje s tem boi ou soja? Eu, ainda estudante de agronomia, no sabia o que dizer e bastou-me ouvir arrematadoramente o que realmente ela queria dizer: - Quando tinha minha fazenda no interior de So Paulo s comprvamos trigo e acar, e tnhamos 1.000.000 de ps de caf, 1000 bois, plantio de seringueira, algodo, suinocultura, peru, e ainda produzamos ovos para empresa de sorvete. O meu rosto de jovem estudante ficou um pouco perturbado, aprofundado em meus pensamentos e apenas ouvindo tudo o que ela me dizia e paralelamente lembrando que a mesma havia passado pela crise de 1929, revoluo de 1932, segunda guerra mundial e crise do petrleo. Foi neste momento que entendi que estvamos no caminho errado ou na melhor das hipteses no caminho mais longo. Hoje temos diversas obras de
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infraestrutura que so perfeitas para escoarmos nossa produo. Quando imaginvamos que um dia teramos esta ferrovia passando dentro do nosso estado e rodovias, pontes para todos os lados. Eu bem sei na pele o quanto isto um grande diferencial, afinal j vi meu pai andar 500 km para levar uma pea ao torno e voltar para colher arroz em um dos grandes plos do Tocantins que hoje Pedro Afonso. Bem, produtores e produtoras, tenho andado no nosso Tocantins a anos e vejo que j passamos pelo pior dificuldades e crises de arrepiar qualquer economista: plano cruzado, cruzado novo, plano Collor, queda extremas de preos tanto na soja quanto no boi. Estes percalos nunca desanimaram o produtor, porm sempre dificultaram na administrao da sua empresa agrcola em especial sua determinao para enfrentar novos desafios. Felizmente, hoje temos quase tudo a nossa mo e os diversos modelos de integrao que vem sendo propostos para nossa regio so formados de no s produtividade e produtos alternados, mas sim de sustentabilidade econmica,
social e ambiental da propriedade rural. Sustentabilidade - esta a palavra. Empresrios rurais adotem esta realidade porque o mundo atual s ter futuro com esta palavra longa e complexa. A terra que hoje pertence a esta gerao logo ser de outra, como sempre foi, a vida passageira, sua propriedade ficara l para outra gerao ou outras pessoas que tambm iro utilizar emprestada por um perodo de suas vidas teis. Quando pensamos assim conseguimos ver que no existe apenas uma fazenda l no meio do mato e sim uma empresa que esta ligada com o mundo e dela dependem inmeras pessoas. Alm das pessoas que trabalham diretamente na propriedade, as pessoas que compram os produtos da sua propriedade, as que consomem estes produtos, os animais que vivem na regio, os rios e crregos que produzem gua para voc e seu vizinho. Tudo isto, empresrios, depende da capacidade sua administrativa, produtiva e responsvel. Com esta necessidade veio a proposta de integrao, agricultura, pecuria e floresta. Diversificando a
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empresa agrcola com objetivo de tornar o sistema mais estvel - inclusive financeiramente - em poucas palavras digo, quando um produto pode te quebrar tenha outro para te salvar. Este fator muito importante hoje no meio produtivo. Desta forma, a propriedade pode render mais, atravs da diversidade de produtos e com menos risco de rendimentos negativos. Como todos j sabem, a integrao no uma coisa fcil de se fazer, pois envolve conhecimentos diferenciados de vrios sistemas de produo, fazendo com que as especializaes sejam necessrias. Ainda sim, as maiores perguntas so: O que integrar? E como integrar? Infelizmente no h resposta pronta, esta integrao deve ser muito bem analisada por cada produtor, pois cada propriedade rural nica. Devemos ter uma anlise cautelosa da propriedade levando em considerao os seguintes fatores: topografia, ndices e variaes pluviomtricas, vias de acesso, infra-estrutura da propriedade, grau de endividamento do produtor, capacidade de absoro de novos
conhecimentos e mo de obra. As tcnicas e estratgias de produo tambm so muitas. Particularmente, indico a introduo tambm de florestas aos pecuaristas, pois conseguimos reformas de pastagens, com a produo de gros, melhoria do solo (na maioria das vezes em degradao),e ainda continuamos tendo uma lotao de pastejo adequada. Va l e l e m b r a r q u e a s propriedades do nosso estado j produziram rvores, estas eram retiradas das fazendas com o objetivo de toras para as serrarias e lascas para as cercas, agora temos que produzir madeira para estas mesmas coisas, s
que ordenadamente esta a grande diferena. Quero dizer que integrao pode ser interpretada como diversificao da propriedade rural, voc pode fazer com que sua propriedade passe a ser lucrativa e estvel. Para tal tarefa busque planejamento, estruturao e apoio. Somente assim os lucros podem ser aumentados e melhor distribudos durante todo o ano. Finalmente, cabe destacar que hoje a Integrao vista como uma alternativa. No futuro poder ser o nico caminho para agregarmos remunerao e estabilidade nos negcios rurais.
Organizao de leiles.
Foi Realizado o 1 Leilo de Taguatinga -TO em Parceria com Nova Era leiles no dia 15 de Abril. Durante a ExpoTagua de Taguatinga - TO, estaremos realizando dois leiles, Dia 09/06 o 3 leilo de Equinos e Dia 10/06 leilo de Gado de corte.Mais uma vez a empresa sai na frente mostrando seu trabalho.
Teremos em julho durante a exposio de Almas, 1 Leilo de Touros Unio das Raas, uma parceria entre a Nelore MCM e as Fazendas Ecologicas.
PRXIMOS LEILES:
Dia 29/04 - 1 Leilo Especial Mega Corte em Divinpolis - TO. Dia 27/05 - Teremos o Leilo de gado de Corte em Almas Dia 03/06 - 2 Leilo do Boi Branco em Divinpolis - TO. Comemorando o Aniversrio de um Ano de Eventos
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MATRIA DA CAPA
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Felizmente, novos ares chegaram de vez ao Tocantins. Deixando de lado o grande nmero de negociaes de terras, em especial a grande procura por terras com potencial agrcola, felizmente o Tocantins agropecurio nunca mais ser o mesmo. Neste sentido, interessante discutir mais detalhes sobre os potenciais deste novo mundo que a agricultura traz ao nosso Estado. O primeiro ponto que devemos deixar claro que a agricultura moderna no exclui a pecuria, muito pelo contrrio. A agricultura tecnificada trabalha muito bem os sinergismos e complementariedades possveis a partir da explorao pecuria. Basta ver o exemplo da regio oeste da Bahia que hoje vem ao Tocantins buscar animais em funo da maior oferta de alimentos na regio. Tambm no atoa que a EMBRAPA investe e aprofunda conhecimentos sobre tcnicas de Integrao Lavoura pecuria. Afinal j esta mais que comprovado que estas duas atividades, exercidas em conjunto e com profissionalismo, so uma tima opo para trabalhar as grandes extenses territoriais do Brasil. Ainda sim, cabe destacar que os benefcios do aumento das lavouras no Tocantins no sero apenas
limitados a aqueles que esto interessados, tm competncia e dispem de capital para exercer as duas atividades. Temos a certeza de que toda a cadeia produtiva da carne, bem como a sociedade rural e tambm urbana, vo colher as vagens, espigas e arrobas deste novo cenrio. Afinal o agronegcio, que sustenta o Brasil, ainda mais essencial na economia tocantinense. Ainda sim, cabe lembrar aos franco-empolgados que empresrio, ou melhor, empreendedor que se preze no fica apenas com os benefcios indiretos de uma oportunidade. Sendo assim, os pecuaristas que quiserem realmente aproveitar-se deste novo Tocantins devem se dedicar s necessrias mudanas nos modelos de gesto em especial nos paradigmas onde esto fundamentadas todas as decises..
embries
ASPIRAO FOLICULAR (OPU) FERTILIZAO IN VITRO (FIV) COLETA DE EMBRIES (TE) INS. ART. TEMPO FIXO (IATF)
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ruswelmarcio@uol.com.br
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Do contrrio, de nada vai adiantar ter uma ferrovia norte-sul passando no quintal, ou mesmo agricultores interessados em parcerias ou ainda existirem ingredientes para a alimentao animal, pois a gesto da propriedade ainda estar fechada no antigo modelo pecurio - individualista, esttico e isolado. Alm disso, preciso reconhecer pontos fracos e aceitar novos modelos, em especial as parcerias. Por exemplo, se o gestor de uma fazenda pecuria no se v preparado para ser agricultor, o mesmo deve implementar aes na busca por parceiros. Caso no o faa, no colher, por exemplo, os benefcios do uso das lavouras como agentes de recuperao. Neste mesmo sentido, vemos os casos dos produtos oriundos da agricultura. No basta apenas existirem produtos, ser necessrio boas compras
com ateno redobrada na qualidade, bem como avaliao das estruturas para armazenamento de ingredientes. E vejam o que paradigma: um dos pensamentos que podem estar passando pela cabea de muitos leitores : ento, vou ter que misturar produtos na fazenda?. E a resposta ser sim, se o responsvel realmente quiser se beneficiar dos ingredientes disponveis em todos locais agrcolas. Neste sentido o gestor deve se preocupar em reduzir o custo de 15 a 20% na suplementao, pois a mesma responsvel em mdia por 25 a 35% dos custos de produo na pecuria de corte. A grande ressalva que no d para incorporar vantagens das oportunidades de gros e sub-produtos e perder tudo com trabalhos de mistura amadora. Deste modo, a pecuria j esta sofrendo um novo salto no Tocantins. Hoje j temos disponvel vrios
ingredientes para uso na alimentao animal. Infelizmente, muitos destes a maioria dos pecuaristas ainda nem sabe como utiliz-los. Alm disso, so vrios os exemplos de pecuaristas benefciados por parcerias e arrendamentos, como no caso da Fazenda Triunfo no municpio de Santa Rosa (foto da capa) e o famoso Sr. Tazinho em Arapoema. Outros, j tiram proveito via reduo de custos, implementando processos de suplementao utilizando produtos regionais, como a Fazenda Laada em Pium. Tambm temos os casos de Fazendas realizando a Integrao lavoura-pecuria propriamente dita, como no caso da Fazenda Brejinho em Pedro Afonso. Deste modo, finalizamos com apenas uma pergunta: E voc o que esta fazendo para aproveitar-se deste Tocantins com Lavouras?
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Em toda histria da agropecuria no Brasil sempre houveram casos de produtores que utilizaram sistemas de irrigao tambm para pastagens, contudo, a instabilidade da economia nacional fazia o preo da carne ou do leite oscilar entre um mnimo ridculo e um mximo que no cobria os custos. Sendo assim, o investimento em tecnologias como os sistemas de irrigao no foram considerados viveis para pastagens. Essa realidade criou com o tempo um conceito de que sistema de irrigao uma tecnologia cara, vivel apenas para culturas nobres e acessvel apenas aos mdios e grandes produtores. A estabilidade econmica, melhor distribuio da renda, ampliao do crdito e micro crdito, vivenciados a partir da ltima dcada no Brasil, ajustaram os preos de venda dos produtos agropecurios e fizeram com que os materiais utilizados para composio de um sistema de irrigao, assim como outras tecnologias, se tornassem acessveis tambm aos pequenos produtores. A criao do Programa Balde Cheio pela EMBRAPA SUDESTE veio consolidar este cenrio. O programa que
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IRRIGAO
foi criado para pequenos produtores de leite com mdulos mximos de 1,5 ha, hoje j utilizado como espelho para mdios e grandes produtores, inclusive para pecuria de corte. Para se obter um sistema de irrigao adequado a sua realidade sem gastos excessivos na aquisio do
produto, de gua e energia eltrica, ou riscos de mau funcionamento, necessrio seguir, no mnimo, os seguintes passos: - Escolha da rea a ser irrigada, levandose em considerao: gua, energia eltrica e demais condies edafoclimticas; - Levantamento planialtimtrico da rea escolhida; - Projeto de irrigao levando-se em
considerao o levantamento planialtimtrico e as demais condies edafoclimticas, elaborado por profissional com competncias atribudas pelo CREA e reconhecida experincia no mercado nesta fase todo material ser especificado; - Execuo do projeto por tcnico em montagens com experincia comprovada. O sistema de irrigao mais utilizado para irrigao de pastagens atualmente no Brasil, so os sistemas de irrigao do tipo asperso semi fixo ou fixo. Os sistemas de irrigao do tipo asperso semi fixo representam a opo mais barata possvel para produtores que pretendem irrigar pasto neste tipo de sistema toda tubulao permanece fixa e o manejo do sistema consiste na mudana dos aspersores de posio. Os sistemas de irrigao do tipo asperso fixo so geralmente utilizados por produtores que tm uma condio mais elevada de investimentos ou obrigatoriamente para reas maiores, onde o manejo mudando aspersores de posio se torna inoperante neste tipo de sistema os aspersores e toda tubulao permanecem fixos, todo o sistema dividido em setores e o manejo do sistema consiste na abertura
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e/ou fechamento de registros ou vlvulas. Nesta opo o manejo do sistema tambm pode ser automatizado. Para elaborao de um projeto de irrigao o primeiro passo a escolha do emissor, no caso de irrigao para pastagens, o aspersor. A escolha do aspersor adequado ao projeto o segredo do sucesso do projeto. onde se evitam prejuzos e onde o dia a dia do produtor pode ser otimizado. O produtor rural muito ocupado devido as diversas tarefas demandadas de sua atividade. No aceitvel perder tempo
com algo que se espera funcionar bem. Para evitar prejuzos e gerar maior comodidade ao produtor, nos projetos de irrigao para pastagens, quase como marca registrada, so utilizados os mini aspersores, emissores de baixa vazo, geralmente aplicados em espaamentos entre 12 a 15 metros. No Brasil, existem dois modelos que se encaixam perfeitamente a esta necessidade: o aspersor modelo LOW FLOW (RAINBIRD) e o aspersor SUPER 10 ((NAANDANJAIN). Aspersores de impacto de ,
, 1, mini-canhes e canhes requerem alerta ao serem escolhidos para utilizao nos projetos de irrigao. Aspersores de impacto de , e 1 que tm seu freio localizado na base do corpo, so muito sujeitos a desgaste excessivo, travamento por excesso de aperto no tubo de subida e travamento por presena de areia na gua. Os mini-canhes e canhes, dependendo do espaamento, podem configurar uma intensidade de aplicao de gua maior do que a capacidade que o solo tem de infiltrar a gua (Ip > VIB). Esta situao pode ser extremamente danosa, gerando escorrimento superficial de gua, e ainda, indiretamente: eroso, prejuzos com perdas de adubos ainda no disponibilizados, contaminao de mananciais de gua com fertilizantes e outros produtos fitossanitrios.
Linha Fert
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GENTICA ANIMAL
Existem apenas dois tipos de touro: o bom que vai ser usado na reproduo e o ruim que vai ser mandado para o frigorifico. O touro que contribui com 50% de cada filho, responsvel por mais de 76% da influncia gentica do rebanho. Enquanto o touro bom contribui para a formao de um rebanho produtivo, um touro ruim contribui negativamente com o mesmo
percentual, estragando o rebanho. A definio de touro bom poderia ser resumida assim: raudo, cara de macho, testa enrugada, olhos elpticos, goteira aparente, chanfro curto, marrafa estreita e boca larga; pescoo bem implantado saindo logo acima da linha de dorso; barbeludo, comprido, linha dorso lombo larga e plana com ancas e garupa largas e comprida; cupim bem implantado e em forma de castanha de caju, crescendo para cima e para trs e apoiando sobre o dorso; costelas compridas e bem arqueadas, ossatura forte com carcaa volumosa e musculosa com peas compridas, tudo isso sobre membros fortes e aprumos corretos; umbigo de tamanho mdio, testculos grandes, simtricos e bem conformados. Esta definio e foi feita atravs de um processo de observao iniciado centenas de anos por tcnicos e criadores, verificando os melhores animais e a sua formao exterior ou o seu tipo, criando e definindo o perfil e padro de cada raa, num processo dinmico e continuo. Segundo Josahkian, Superintendente Tcnico da ABCZ, o regulamento das raas zebunas resgata e reflete o conhecimento acumulado ao longo de dcadas e dcadas de aprendizado sobre a seleo das raas. Isso levou a
descrio dos padres raciais dos animais associando cada caracterstica de tipo a definio racial e produtividade animal. A cabea Esto na cabea a grande maioria das caractersticas que definem a raa do animal. Na hora de escolher um touro, a raa indispensvel para qualquer criador, mesmo com gado de corte comercial e principalmente para quem produz animais registrados. Se no tiver raa mestio, e ningum forma rebanho com touros mestios. Quem tem raa faz e produz tudo o que quiser: peso, fertilidade, carcaa, carne, precocidade. Se a raa indefinida, os animais no tem tipo de touro, ento descarte, abate, no deve se tornar um touro. Boi de boiada no pode ser usado como touro ainda que a avaliao gentica seja TOP. perfeitamente possvel produzir touros bons de raa, pesados e com carne. - fronte e chanfro (a cara): deve apresentar longitudinalmente uma depresso ou goteira e pele enrugada; ser curto, o que indica cara de macho e demonstra masculinidade, caracterstica primordial em um touro; quem pode ter testa lisa e cara de vaca vaca ou boi de corte; - os olhos; os dos zebunos devem ser de formato elptico, rasgados como
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- desenvolvimento e peso: devem ser compatveis com a idade, sendo que nos pouco desenvolvidos pode ser sinal de falta de alimentao ou de gentica. Os animais muito grandes por sinal, podem ser tardios ou super alimentados; necessrio ter olhos afiados; Os membros Animais criados a pasto tem que ter boas pernas e ps e portanto bons aprumos, pois percorrem longas distncias para se alimentar e reproduzir. Os membros anteriores e inferiores devem ser formados por ossatura forte sem ser grosseira, articulaes fortes, bem alinhados com relao ao corpo, sem desvios exagerados que comprometam a locomoo e a reproduo. Um touro ruim resumidamente pode ser definido: sem raa, sem tipo, de chanfro comprido, marrafa larga, testa lisa, boca fina, cara de vaca; pescoo como veado campeiro, curto e abaixo da linha de dorso; corpo curto ou comprido; barbela curta e agarrada; selado, acoletado, de costelas curtas e sem arqueamento; cupim adiantado sobre o pescoo ou pequeno e redondo, ou ainda em forma de azeitona crescendo para cima sem apoio sobre o dorso; canela fina e pernas tortas; umbigo colado na barriga ou extremamente grande e testculos pequenos, assimtricos ou apenas um testculo na bolsa escrotal. A definio pode parecer exagerada, mas infelizmente existem criadores produzindo e/ou comprando touros assim.
dizem os mais tradicionais, e protegidos por rugas da pele; olhos redondos como os de porco devem ser evitados; - marrafa ( espao entre os chifres): estreita e na mesma linha do pescoo o que indica fora racial. Touros cabeudos de marrafa larga e alta, detonam qualquer rebanho; embora seja negado, essas caractersticas tem correlao econmica sim; - pescoo: deve ser comprido e harmonioso, saindo e se posicionando ligeiramente acima da linha do dorso; touros do pescoo cangado como veado campeiro devem ser descartados; - barbela: deve ser grande, solta, com movimentao, caracterstica que distingue zebu de europeu e indica capacidade de crescimento; O corpo - comprimento: deve sempre ser desejado animais compridos sem excessos pois pode levar o animal a ser selado; animais muito curtos devem ser descartados; - regio dorso-lombar: deve ser larga, plana ou ligeiramente inclinada, evitando animais selados;
- costelas e trax: as costelas devem ser compridas e arqueadas, sem depresso atrs das espduas, com trax profundo e largo; animais acoletados com costelas estranguladas devem ser descartados; - osso sacro: deve ser plano, sem salincia e na mesma linha das ancas; osso sacro saliente normalmente esta associado a garupa estreita e corpo fino; - ancas e garupa: devem ser largas e compridas, com pequena inclinao; animais de garupa estreita, os bunda de marimbondo devem ser abatidos; - cupim: dever ser bem implantado sobre a cernelha, desenvolvido e em forma de castanha de caju ou rim, apoiando-se sobre o dorso. Quem no tem cupim bezerro, europeu ou fmea; cupim adiantado sobre o pescoo tambm caracterstica de europeu; cupim que cresce para cima em forma de azeitona indica animal de couro agarrado, um estraga rebanho; animal sem cupim ou cupim redondo tambm deve ser sinal de mestiagem; - umbigo: deve ser de tamanho mdio, bem implantado. Umbigo colado ao corpo ou muito grande deve ser motivo para descarte;
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ARTIGO TCNICO
O peso ao desmame fundamental em bovinos de corte, visto que, nessa idade, obtm-se os primeiros dados sobre o desempenho do animal, alm de se poder avaliar a habilidade materna das vacas, uma vez que elas so responsveis por, aproximadamente, 60% do crescimento do descendente nesse perodo (PEREIRA, 1994). Portanto, o peso ao desmame um dos parmetros mais importante na criao dos bezerros, pois ele determina se o manejo reprodutivo, nutricional e sanitrio do rebanho esto sendo bem conduzidos. Para que um sistema de produo de bezerros seja eficiente, diversas prticas de manejo devem ser adotadas, tais como: - Manejo nutricional e sanitrio adequados das matrizes no pr e ps parto: a melhor poca em que deve ser feita a suplementao para recuperao da condio corporal no perodo aps o desmame. Recentemente pesquisas, tem mostrado que a nutrio da vaca, influi muito na qualidade e desempenho
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futuro da progne; - Acompanhamento dos nascimentos dos bezerros na maternidade pelo menos duas vezes ao dia; - Cuidados com o recm-nascido, onde se deve garantir a mamada do colostro nas primeiras horas de vida, aplicao do vermfugo e a cura do umbigo para evitar o aparecimento de miases ou bicheiras, bem como outras contaminaes diversas que prejudicaro o desenvolvimento dos bezerros; - Utilizao de um calendrio sanitrio bem definido, principalmente as vacinas contra brucelose para as bezerras a partir do 3 ms de vida e as vacinas e os reforos contra as clostridioses; - Garantir uma suplementao direcionada aos bezerros com a disponibilidade de um cocho privativo e cercado para os bezerros (Creep Feeding): neste tipo de suplementao importante oferecermos um produto com farelos energticos, proticos, probiticos e prbiticos que auxiliaro
no crescimento e desenvolvimento da flora ruminal. Outro aditivo que no pode faltar nesse suplemento so os Ionforos (Monensina Sdica e Salinomicina), cujas funes j comprovadas, melhoram o desempenho dos animais atravs de uma melhora no aproveitamento dos alimentos e na diminuio das contaminaes por protozorios malficos que so adquiridos pelos animais no ambiente, principalmente nas aguadas (represas e cacimbas). Esses microorganismos ficam no intestino dos bezerros competindo
- A desmama racional tambm uma prtica de manejo decisiva no futuro desse bezerro(a), cujo o objetivo minimizar o estresse e diminuir a perda de peso no ps desmame.
pelo alimento e causando infeces diversas. Essa doena chamada de Eimeriose ou Coccidiose e o principal sintoma o emagrecimento e o aparecimento da diarria com sangue ou aquela diarria preta, que no causada pelo leite. A suplementao dos bezerros em creep feeding j uma tcnica consagrada com timos resultados em desempenho conforme grfico abaixo. Segue abaixo uma sugesto de apartao ou desmama racional: - Levar o lote ao curral (aplicao medicamentos e marcao) 30 dias antes da apartao; - Levar o lote para o pasto que os bezerros vo permanecer sem as vacas. Com esse manejo, as prprias mes apresentaram o pasto aos bezerros e eles j sabero onde fica o cocho de mineral e a aguada evitando grandes caminhadas; - Colocar algumas vacas solteiras como madrinha ou trocar os lotes durante 30 dias, caso tenha apartado dois lotes de vacas no mesmo dia; - No mudar alimentao (tipo de pasto ou espcie forrageira); * No mudar no mesmo dia a suplementao. Deixar pelo menos por mais 30 dias o mesmo suplemento
fornecido no creep feeding; Algumas fazendas no Tocantins realizam a desmama racional com excelentes resultados, onde o ganho mdio (GMD) dos machos se mantm em 500 g/dia nos primeiros 60 dias ps-desmame. A partir da desmama os bezerros entram na categoria de recria e os cuidados nutricionais e sanitrios continuam a ser importantes para que os animais expressem o seu potencial gentico. Essa fase da criao do boi gordo a de maior durao dentro do ciclo, em torno de 50 % do tempo total. Diversas tcnicas tm sido divulgadas e aplicadas no intuito de diminuir esse tempo de recria, tais como a suplementao proteica energtica pasto nas guas e na seca at o abate. No perodo das guas, o uso de misturas mltiplas tem apresentado as melhores respostas em desempenho com consumo de 0,2 a 0,3 % do PV, ou equivalente a 500-800 g para animais pesando entre 250 a 400 kg de PV, com ganhos adicionais mdios na media de 180 g/dia, variando entre 71 a 340 g/cab/dia. No perodo da seca, deve-se definir qual o objetivo da suplementao, tais como: - Ganhos at 200 g/cab dia: uso de suplementos de baixo consumo (sal protenado, sal+ uria); - Ganhos de 200 a 500 g/cab dia: misturas de mdio e alto consumo; Ganhos acima de 500gramas/cab/dia: semiconfinamento e misturas mltiplas de alto consumo; Pesquisas e dados de campo comprovam a eficcia desses planos
nutricionais, com animais sendo terminados aos 24 meses, antecipando o abate em pelo menos 20 meses comparando com o fornecimento de suplementao mineral apenas.
A definio de qual estratgia nutricional utilizar deve ser estudada caso a caso para que se atinja o melhor resultado zootcnico e econmico. Garantindo essas e outras prticas de bem estar animal dentro do sistema de produo, seja ele de cria ou recria e engorda, tem-se uma melhora significativa nas margens do negcio pecuria. LITERATURA CITADA PEREIRA, J.C.C. Saiba o valor correto de cada termo usado para o melhoramento gentico. DBO - Nelore, Mar., p. 19-34, 1994. MANNELA, M.K. Recria de Bovinos Nelore em Pastos de Brachiaria brizantha com Suplementao Protica.R. Bras. Zootec., v.31, n.6, p.2274-2282, 2002.
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