Canais de Distribuição
Canais de Distribuição
Canais de Distribuição
Empresa jurdica ou mesmo uma pessoa fsica que se incumbe de levar um produto particular ou servio do produtor ao consumidor, como, na maioria das vezes, o produtor no consegue levar sozinho suas mercadorias aos pontos de consumo, ele necessita do esforo de distribuio de intermedirios. Todas as atividades de marketing devem estar orientadas para o consumidor, inclusive o distribuidor. Qualquer que seja o tipo de distribuio escolhido fundamental que o seu trabalho seja organizado em termos de:
volume de vendas a realizar em relao ao potencial de mercado do segmentos atendidos; adequao dos nveis de estoque dos distribuidores para a tender demanda de seus mercados; qualidade e freqncia da assistncia aos seus clientes; nmero ideal de distribuidores para cada rea de mercado.
ANLISE DO ENCADEAMENTO DA DISTRIBUIO A estrutura de distribuio a ser adotada deve ser a mais racional possvel. E no importa se a distribuio ser direta ou indireta. Importa, porm, que os custos, ao longo da via de distribuio, sejam compatveis com as necessidades de cobrir o mercado e obter retorno adequado sobre os investimentos realizados.
DECISES SOBRE OS CANAIS DE DISTRIBUIO Distribuidor uma expresso genrica que inclui todos os tipos de intermedirios que compram e vendem por sua conta e risco, em oposio ao agente comissionado, que como o prprio nome indica, s trabalha mediante comissionamento nos negcios. Dessa maneira, incluem-se na denominao genrica de distribuidor os atacadistas, os varejistas, revendedores, importadores e distribuidores que estocam produtos do fabricante e prestam assistncia tcnica ao comprador. A franquia uma forma de comrcio, sob licena, em que o franqueado trabalha com marca, mercadorias e at design de lojas fornecidos pelo licenciador. O sistema interessante para um fabricante ou mesmo comerciante que queira expandir suas possibilidades de vendas, sem fazer grandes investimentos em ativos fixos. interessante tambm para o pequeno e mdio comerciante que queira estabelecer-se e receia correr riscos por no ter nome no mercado ou por no ter um sistema de vendas e de compras organizado. No caso da Coca-Cola, o canal de distribuio escolhido foi a franquia.
O maior mrito da comercializao de Coca-Cola devido ao seu sistema de fabricao e distribuio, atravs de grupos empresariais brasileiros que com recursos prprios organizam fbricas para, sob franquia, produzir e distribuir produtos da Coca-Cola.
DINMICA DO CANAL A operao de uma franquia divide-se em duas etapas: engarrafamento e distribuio. Na etapa de engarrafamento, compra-se da filial brasileira da Coca-Cola Indstrias Ltda (RJ) o concentrado da sua linha de refrigerantes, adiciona-se gua, acar, gs carbnico, e obtm-se os xaropes e os refrigerantes engarrafados. A fase de distribuio a parte mais importante da operao da franquia, por atender a diversos tipo de pontos de venda, que so classificados nos seguintes canais: mercado frio (bares, lanchonetes), mercado do lar (supermercados, mercearias) e mercado especial (escolas, indstrias, clubes). O transporte dos produtos das fbricas para os distritos de vendas feito na maioria das vezes por carreteiros autnomos; a empresa dispe apenas de algumas carretas prprias. Na distribuio aos pontos de venda a franquia possui uma frota prpria, com certa mdia de caminhes por distrito de vendas.
PODER, CONFLITO E COOPERAO COM OS CANAIS Como um sistema social, o sistema de distribuio registra processos de interao entre produtos, membros do seu canal de distribuio, e tambm como se configuram as influncias de poder, comunicao, papel, cooperao e conflito, pois o objetivo de qualquer empresa minimizar atritos e maximizar os esforos de cooperao. Cooperao entre os canais:
propaganda cooperativa do fabricante com o distribuidor; prmios para os vendedores do distribuidor; concurso para compradores ou vendedores do distribuidor; colocao de promotores do fabricante no ponto de venda do distribuidor, para ajudar o cliente distribuidor a vender; amostra grtis para ajudar o distribuidor a introduzir um produto novo no mercado; cupom de brinde para o transportador que mantiver a pontualidade e para preservao dos produtos na entrega ao distribuidor; colocao de material promocional do fabricante no ponto de venda do distribuidor; sistema automtico de reposio de estoque, no distribuidor, pelo fabricante; treinamento do balconista do distribuidor pelo fabricante; ajuste de preo dos estoques, nas gndolas ou prateleiras do distribuidor, pelo fabricante.
medida que algumas dessas tarefas de cooperao do fabricante com os seus distribuidores no estejam sendo atendidas a contento, pode-se detectar possveis causas de conflito. E esse um dos trabalhos do homem de marketing em distribuio. Conflito entre os canais: O conflito desenvolve-se, em geral, nas transaes do vendedor com o comprador. E isso ocorre naturalmente por uma compulso de desejos e necessidades: preo alto de venda, de um lado, e preo baixo de aquisio, de outro. Um conflito surge quando um membro de um canal de distribuio percebe outro membro como adversrio e adota um comportamento disposto a prejudicar, ou a obter vantagens custa do outro. O tipo mais comum de conflito reside no preo: tanto no preo de aquisio do distribuidor, quanto no preo praticado por este para o consumidor. Se o distribuidor pratica preos altos objetivando lucros altos e fceis, isto poder inibir a demanda do produto ou servio contrariando as expectativas do consumidor.
SISTEMA DE ADMINISTRAO DE VAREJO O varejo uma atividade que envolve a venda de mercadorias ou servios diretamente ao consumidor final. No caso da Coca-Cola, os estabelecimentos varejistas podem ser classificados em: a) varejo de auto-servio: Muito utilizado para os bens de convenincia, o sistema foi introduzido pelos supermercados, progredindo para drogarias, vendas automticas atravs de mquinas, etc. b) varejo de auto-seleo: o cliente completa a sua transao atravs do balconista e se dirige ao caixa para efetuar o pagamento. c) Varejo de servio completo: o cliente recebe toda a srie de informaes acerca do produto, funcionamento, etc. H grande variedade de servios e a fora de merchandising grande. Ex: lojas de departamentos e de especialidades. No caso Coca-Cola, a classificao das lojas por tipo de produto: a) Supermercado: caracteriza-se por vendas em larga escala, custo baixo, baixa margem, alto volume de vendas, auto-servio. b) Lojas de convenincia: desde alimentos, refrigerantes, pilhas, cigarros, etc c) Combinao de loja: superloja e hipermercado: maior que um supermercado convencional. Ex: Makro.
ESTRATGIAS
Indiscutivelmente, o maior mrito do sucesso da comercializao de Coca-Cola devido ao seu sistema de fabricao e distribuio, atravs de grupos empresariais brasileiros que com recursos prprios organizam fbricas para, sob franquia, produzir e distribuir produtos da Coca-Cola.
FATORES IMPORTANTES NA DISTRIBUIO Entre fatores estratgicos importantes no sistema distributivo podem ser levantadas as seguintes questes:
Se o nmero, o tamanho e a localizao das unidades fabris atendem s necessidades de mercado, Se a localizao geogrfica dos mercados e os seus respectivos custos de abastecimento so compatveis, Se a freqncia de compras dos clientes, o nmero e o tamanho dos pedidos justificam o esforo distributivo, Se o custo do pedido e o custo de distribuio esto em bases compatveis com o mercado, Se os mtodos de armazenagem e os seus custos so justificveis com os resultados operacionais gerados, Se os mtodos de transporte adotados so adequados,
Em conformidade com o potencial do mercado, importante analisar a demanda de cada mercado atendido pela empresa e se o tipo de sistema de distribuio adotado adequado. No caso Coca-Cola: O transporte dos produtos das fbricas para os distritos de venda feito na maioria das vezes por carreteiros autnomos; a empresa dispes apenas algumas carretas prprias. Na distribuio aos pontos de venda a franquia possui uma frota prpria, com certa mdia de caminhes por distrito de vendas. A estrutura de cada distrito de vendas composta por um gerente de distrito; encarregado de operaes; encarregado de distribuio; supervisores; motoristavendedores e ajudantes de motoristas. Os clientes de cada distrito so classificados em livros de rota, com diferentes freqncias de visita semanal, em funo do seu potencial de vendas, capacidade de estocagem e localizao. O tamanho dos livros varia em funo dos clientes atendidos: na regio central da cidade e dos principais bairros, devido a problemas de permanncia/estacionamento, trabalha-se com livros pequenos (10 clientes), enquanto em regies de periferia se trabalha com livros maiores (50 clientes), o que d uma mdia de 35 clientes/livro. No sistema tradicional de vendas, cada caminho, operado por um motorista-vendedor e um ou dois ajudantes, tem um ou mais livros de rota, em funo da freqncia de visitas, localizao urbana e tipo de cliente (canal), sendo carregado com um mix de produto predefinido.
Controle da Distribuio/Tipos/Canais A crise energtica e o custo crescente do petrleo afetaram o custo do transporte do concentrado, das garrafas para o concentrado dos refrigerantes, etc. Esses aumentos nos custos, por sua vez, afetaram os preos e margens das empresas. O sistema de pronta-entrega (venda ambulante), amplamente utilizado pelos engarrafadores de Coca-Cola e pelos demais produtores de refrigerantes, considerado um dos principais motivos do sucesso mundial da Coca-Cola, por permitir alta velocidade no atendimento da demanda estimulada pelas rpidas variaes de temperatura; por isso, tem permanecido intocvel ao longo dos anos. O advento da crise do petrleo, com perodos de recesso econmica e inflao persistente, tem elevado a um questionamento do sistema de pronta-entrega, em funo dos altos custos envolvidos e de eventuais ineficincias existentes. A primeira constatao era de que o sistema de pronta-entrega estava to enraizado no negcio de Coca-Cola que as pessoas tinham dificuldades de analis-lo friamente, achando que sem ele o mundo acabaria. Por exemplo, o pessoal de vendas achava que sem a pronta-entrega a distribuio no teria a velocidade necessria para atender demanda nos dias mais quentes de vero, quando anualmente eram batidos os recordes de venda. Perder vendas era algo inadmissvel. O sistema post-mix mostra que ainda existem significativas oportunidades a serem capitalizadas na rea de distribuio. Com base no princpio do adiamento da forma final do produto, transporta-se para o ponto de venda apenas o xarope e o gs carbnico. A economia logstica, possibilitada por esse sistema, libera a maior parte do peso, gua e vidro, tradicionalmente transportado. Controle do atacado e varejo o pessoal de propaganda e promoes via na prontaentrega algo inerente agressiva poltica promocional do negcio de Coca-Cola, permitindo capitalizar em vendas adicionais todo o esforo mercadolgico. Com o passar do tempo, surgiram alguns problemas com a pronta-entrega:
diluio da atividade de venda, pois o motorista-vendedor muito mais entregador do que vendedor propriamente, limitando-se a atender s solicitaes dos clientes; dificuldade de obter uma carga mista equilibrada (que acabasse junto com todos os produtos), fazendo com que as vendas dos produtos menos nobres fossem sacrificadas; uma estrutura de caminhes supervisores e motoristas superdimensionada, preparados para atender aos picos de demanda, representando um custo fixo anual, que no acompanhava a curva sazonal de vendas; fraca utilizao de supervisores de venda, limitando-se a acompanhar os motoristas-vendedores, ao invs de serem utilizados nas atividades de venda propriamente.
Por volta de 1978, um novo esquema de vendas foi implantado junto aos revendedores: a pr-venda. Os vendedores visitam os clientes antes da entrega da mercadoria, recolhendo os pedidos dos comerciantes num dia e entregando a mercadoria no dia seguinte. A pr-venda veio solucionar alguns inconvenientes da pronta-entrega, que acirrava a concorrncia entre dois produtos totalmente diferentes, refrigerantes e cigarros. Com esse novo sistema, foi possvel reduzir a frota de caminhes em operao, que permitiu uma reduo de compra de combustvel e tambm uma programao melhor do comerciante. Por: Leonardo Quinteiro