Relatório Condução Transiente
Relatório Condução Transiente
Relatório Condução Transiente
= Eq(2)
Integrando e trabalhando em termo da diferena de temperatura, tem-se:
exp
s
i i p
h A T T
t
T T V c
u
u
( | |
= = ( |
|
(
\ .
Eq(3)
A equao indica que a diferena de temperatura entre o fluido e slido decai
exponencialmente e que a grandeza
p
s
V c
h A
\ .
Eq(4)
O mtodo da capacidade concentrada somente valido se a razo entre o calor trocado
por conduo e conveco for desprezvel, ou seja, para o limite do regime estacionrio,
tem-se:
( ) ( )
1 2 2 , , , S s s
kA
T T h A T T
L
= Eq(5)
Ou seja:
( )
( )
1 2
2
1
, ,
,
S s
s
L
T T
h A h L
k A
Bi
k A
k T T
L h A
= = = =
Eq(6)
A grandeza
h L
k
= < Eq(7)
Onde
c
L o comprimento caracterstico que a razo entre o volume do slido e a rea
superficial,
c
s
V
L
A
= .
Trabalhando a definio da equao (7) no expoente da equao (3) temos:
2 2
s c c c
p p c c p c c
h A t L h L h L h t k k t t
c V c L k L k c L k L
o
| | | |
= = =
| |
\ .
\ .
Eq(8)
O termo
2
c
t
L
o
um parmetro adimensional de tempo conhecido como nmero de
Fourier
2
c
t
Fo
L
o
= e o termo
c
h L
k
= =
Eq(9)
3.2 Determinao do nmero de Biot por meio de diagramas
O mtodo da capacidade concentrada, citado na seo 3.1, s pode ser utilizado para
situaes em que o nmero de Biot menor que 0,1, logo em situao que esto fora
desse limite iremos fazer uso do diagrama mostrado na figura 1, onde a partir de valores
de Fo e /i podemos encontrar o nmero de Biot.
O diagrama da figura (1) foi desenvolvido para esferas condutoras, porm existem
outros diagramas anlogos para os casos de outras geometrias de aquecimento.
Figura 1-Diagrama para a determinao de Bi em funo de Fo e /i
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A figura (2) mostra o equipamento utilizado no experimento, tal equipamento consiste
em um banho termosttico (que nos permite controlar a temperatura da agua no mesmo)
e duas esferas, uma de porcelana e outra de alumnio, ambas com medidores de
temperatura em seus centros.
Figura 2-Equipamentos do experimento
4.1 Esfera de Alumnio
Inicialmente o banho foi aquecido de modo a obter uma temperatura de 54C, em
seguida foi media a temperatura inicial da esfera de alumnio, a qual resultou em 27C.
Aps a preparao do sistema a esfera de alumnio foi mergulhada no banho e foram
medidos os tempos necessrios para cada elevao de 3C na temperatura da mesma,
com isso foi possvel montar a tabela 1 que nos informa a temperatura da esfera em
funo do tempo.
Tabela 1-Dados de aquecimento da esfera de Alumnio
Temperatura (C) Tempo (s)
27 0
30 8,1
33 15,94
36 25,09
39 38,05
42 54,48
45 68,23
48 103,89
51 160,06
52 319,31
4.1 Esfera de Porcelana
O procedimento realizado com a esfera de porcelana foi anlogo ao da de alumnio
diferindo apenas na temperatura do banho (56C) e na temperatura inicial da esfera
(25C), a tabela (2) mostra os dados de aquecimento dessa esfera em funo do tempo.
Tabela 2-Dados de aquecimento da esfera de Porcelana
Temperatura (C) Tempo (s)
25 0
28 415
31 648
34 845
37 1029
40 1189
43 1411
46 1669
49 1920
4 RESULTADOS E DISCUSSES
4.1 Esfera de Alumnio
Uma anlise da equao (9) nos leva a perceber que o numero de Fourier varia
linearmente com o cologartimo da temperatura adimensional do sistema, com isso foi
possvel a construo do grfico mostrado na figura (3).
Figura 3-Curva experimental da esfera de Alumnio para a determinao de Bi
y = 35.619x
R = 0.9986
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2 2.4 2.6
F
o
-Ln(i/)
Como os pontos acima se comportam como uma reta podemos determinar o nmero de
Biot como sendo o inverso do coeficiente angular da reta da figura (3) com isso temos:
Bi (Al) = 0,028081999
Uma vez munidos do nmero de Biot e dos dados fornecidos no apndice (A) deste
trabalho podemos calcular o valor da constante de conveco para o alumnio.
h = 511,95 W/m
2
.K
Como podemos perceber Bi < 0,1 o que torna nossa hiptese inicial de utilizar uma
abordagem a parmetros concentrados vlida.
4.1 Esfera de Porcelana
Na esfera de porcelana foi feito um grfico anlogo ao da esfera de alumnio o qual
mostrado na figura (4).
Figura 4-Curva experimental da esfera de Porcelana para a determinao de Bi
Como podemos perceber o comportamento da curva no foi linear, tal fato nos
impossibilitou de usar uma abordagem a parmetros concentrados, logo para determinar
o nmero de Biot para a porcelana foi utilizado o diagrama mostrado na figura (1), e
dessa forma foram obtidos os valores abaixo para Bi e h.
Bi (Por) = 0,167
h = 17 W/m
2
.K
Como Bi > 0,1, pode-se notar que o mtodo utilizado coerente.
y = 2.3484x
R = 0.874
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
F
o
-Ln(/i)
5 CONCLUSO
A partir do que foi exposto neste trabalho pode-se concluir que:
- O nmero de Biot uma ferramenta muito importante na transferncia de calor,
uma vez que o mesmo nos d diversas informaes a respeito das resistncias
dos materiais a transporte de calor.
- A abordagem a parmetros concentrados nos possibilita a resoluo de diversos
problemas em que Bi < 0,1.
- O uso de diagramas nos possibilita a resoluo de problemas de engenharia
complexos.
7 REFERNCIAS
Incropera, F.P. y DeWitt, D.P., "Fundamentals of heat and mass transferc', John
Wiley & Sons, 1990.
Apndice A Propriedades fsicas do Alumnio e porcelana
Material k
Alumnio 237 9,71 10
-5
Porcelana 3,98 1,89 10
-6
Apndice B Tabelas de dados utilizados na construo dos grficos
Alumnio
Temperatura (C) Tempo (s) /i LN /i
27 0 -26 1 0
30 8,1 -23 0,88461538 -0,1226
33 15,94 -20 0,76923077 -0,26236
36 25,09 -17 0,65384615 -0,42488
39 38,05 -14 0,53846154 -0,61904
42 54,48 -11 0,42307692 -0,8602
45 68,23 -8 0,30769231 -1,17865
48 103,89 -5 0,19230769 -1,64866
51 160,06 -2 0,07692308 -2,56495
52 319,31 -1 0,03846154 -3,2581
Porcelana
Temperatura (C) Tempo (s) /i LN /i
25 0 -35 1 0
28 415 -32 0,91428571 -0,08961
31 648 -29 0,82857143 -0,18805
34 845 -26 0,74285714 -0,29725
37 1029 -23 0,65714286 -0,41985
40 1189 -20 0,57142857 -0,55962
43 1411 -17 0,48571429 -0,72213
46 1669 -14 0,4 -0,91629
49 1920 -11 0,31428571 -1,15745