Manual Obstetrico
Manual Obstetrico
Manual Obstetrico
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
2
Introdução
Enfermagem Obstétrica
Diretrizes Assistenciais
1
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Prefeito Reitor
Eduardo Paes Ricardo Vieiralves de Castro
Vice-Reitora
Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil
Maria Christina Paixão Maioli
Hans Fernando Rocha Dohmann
Sub-reitoria de Graduação
Subsecretaria de Atenção Hospitalar Lená Medeiros de Menezes
Urgência e Emergência
João Luiz Ferreira da Costa Sub-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Monica Heilbron
Superintendência de Hospitais Pediátricos e
Sub-reitoria de Extensão e Cultura
Maternidades
Regina Lúcia Monteiro Henriques
Maria Auxiliadora de Souza Mendes Gomes
Diretor do Centro Biomédico
Paulo Roberto Volpato Dias
Direção da Faculdade de Enfermagem
Sonia Acioli de Oliveira
Luiza Mara Correia
Departamento de Enfermagem de Materno-Infantil
Patrícia Lima Pereira Peres
Lúcia Helena Garcia Penna
Catalogação na Fonte
UERJ/REDE SIRIUS/NPROTEC
168 p.
ISBN 978-85-63901-03-3
CDU 614.253.5:618.2
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Introdução
Enfermagem Obstétrica
Diretrizes Assistenciais
RIO DE JANEIRO
2010
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
COORDENAÇÃO
Maysa Luduvice Gomes – Mestre em Enfermagem UNIRIO. Enfermeira Obsté-
trica. Professora Assistente do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil da
Faculdade de Enfermagem da UERJ.
Ruth Floresta de Mesquita – Especialista em Didática do Ensino Superior. Assesso-
ra da Direção do Hospital Maternidade Carmela Dutra.
Luiza Mara Correia – Mestre em Enfermagem EEAN/UFRJ. Enfermeira Obsté-
trica. Professora Assistente do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil da
Faculdade de Enfermagem da UERJ. Vice-diretora da Faculdade de Enfermagem –
Gestão 2008-2012. Diretoria de Educação da Associação Brasileira de Enfermagem
– Seção Rio de Janeiro. Gestão 2010-2013.
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Angela Mitrano Perazzini de Sá – Diretora de Enfermagem do Hospital Maternida-
de Oswaldo Nazareth. Especialista em Enfermagem Obstétrica.
Avany Maura Gonçalves de Oliveira – Especialista em Enfermagem Obstétrica. Líder
de equipe do Centro Cirúrgico e Obstétrico do Hospital Maternidade Carmela Dutra.
Edymara Tatagiba Medina – Mestre em Enfermagem UERJ. Coordenadora Assis-
tencial da Casa de Parto David Capistrano Filho.
Eliane Barreto dos Santos Coutinho – Especialista em Enfermagem Obstétrica. Chefe
do Centro Cirúrgico e Obstétrico do Hospital Maternidade Alexander Fleming.
Francisca Auricélia S. Furtado Rocha – Mestre em Saúde Pública ENSP/FIOCRUZ.
Enfermeira Obstétrica do Hospital Maternidade Fernando Magalhães.
Kátia da Costa Silva – Especialista em Gestão da Saúde e Administração Hospitalar.
Assessora da Superintendência de Hospitais Pediátricos e Maternidades.
Karina Chamma Di Piero – Mestre em Saúde Coletiva IFF/FIOCRUZ. Enfermeira
da Educação Continuada do Hospital Maternidade Fernando Magalhães.
Leila Gomes Ferreira de Azevedo – Mestre em Enfermagem. Especialista em En-
fermagem Obstétrica. Diretora da Casa de Parto David Capistrano Filho.
Luiza Ludhiel – Chefe do Centro Cirúrgico e Obstétrico da Maternidade Leila Diniz
/ Hospital Municipal Lourenço Jorge.
Margarida Maria Loureiro Mota – Especialista em Enfermagem Obstétrica. Equipe
técnica do Departamento de ações programáticas em saúde – CAP 3.
Maysa Luduvice Gomes – Mestre em Enfermagem UNIRIO. Enfermeira Obsté-
trica. Professora Assistente do Departamento Materno-Infantil da Faculdade de
Enfermagem da UERJ.
Mircia Fátima Silva Vilela – Especialista em Enfermagem Obstétrica. Chefe da Ma-
ternidade do Hospital Municipal Miguel Couto.
Miriam de Oliveira Gomes Gonçalves – Especialista em Enfermagem Obstétri-
ca. Chefe do Centro Cirúrgico e Obstétrico do Hospital Maternidade Herculano
Pinheiro.
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Introdução
COLABORAÇÃO
Alyne Correa de Freitas – Especialista em Enfermagem em Saúde Pública. Residen-
te da SMSDC-RJ.
Iraci do Carmo França – Especialista em Enfermagem Obstétrica. Diretora de
Enfermagem do Hospital Maternidade Carmela Dutra. Presidente da Associação
Brasileira de Enfermagem-RJ, gestão 2004-2010.
Iraíldes da Silva Gomes – Especialista em Enfermagem em Saúde Pública. Residen-
te da SMSDC-RJ.
Liane Ferreira Savary - Especialista em Enfermagem Obstétrica.Especialista em
Enfermagem Obstétrica. Equipe técnica do Departamento de ações programáticas
em saúde – CAP 3.3.
Sallete de Moraes Silva – Enfermeira do Hospital Maternidade Herculano Pinheiro.
Sheila Cruz de Souza – Especialista em Enfermagem Obstétrica. Enfermeira da
Casa de Parto David Capistrano Filho e da Maternidade Leila Diniz.
AGRADECIMENTOS
Maria Auxilliadora de Souza Mendes Gomes – Superintendente de Hospitais pediá-
tricos e Maternidades.
Diana do Prado Valladares – Sanitarista, Mestre em Antropologia. Assessora da
Superintendência de Hospitais pediátricos e Maternidades.
Rosa Maria Soares Madeira Domingues – Epidemiologista, Assessora do Programa
de DST/AIDS da SMSDC-RJ.
Rosane Valéria Viana Fonseca Rito – Nutricionista, Assessora do Programa de
Saúde da Criança da SMSDC-RJ.
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
6
Introdução
APRESENTAÇÃO
É com grata satisfação que fui convidada pelo grupo técnico de Enfer-
magem responsável pela elaboração deste Manual a escrever a apresen-
tação das Diretrizes Técnicas da Assistência de Enfermagem Obstétrica.
Acredito que recebo esta missão porque, junto com o grupo de enfer-
meiras obstetras das maternidades e da Casa de Parto integrantes da Se-
cretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil da Prefeitura da Cidade do Rio
de Janeiro (SMSDC), valorizamos o cuidado de Enfermagem oferecido
àquelas(es) que dele necessitam, considerando-o um ação preciosa - que
imprime qualidade à assistência que ofertamos à população.
7
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
É dessa forma que apresentamos estas Diretrizes, não como algo pronto
e acabado mas como mais uma importante etapa na construção e conso-
lidação dessa Política voltada para as mulheres.
* Assessora da Subsecretaria de Atenção Hospitalar e Urgência e Emergência da SMSDC
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Introdução
SUMÁRIO
Introdução 11
Capílulo II 39
Práticas educativas 39
Dinâmica de apresentação 42
Dinâmica de introdução 44
Capítulo III
A CHEGADA À MATERNIDADE / ADMISSÃO NAS
UNIDADES DE INTERNAÇÃO OBSTÉTRICA 55
Capítulo IV 61
ADMISSÃO DA GESTANTE NO CENTRO OBSTÉTRICO 61
Capítulo V 65
ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO DE PARTO E PARTO
PELA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA 65
Procedimentos e Cuidados Durante O PrimeirO
ESTÁGIO do Parto: trabalho de parto 70
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Bibliografia 151
Anexos 155
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Introdução
INTRODUÇÃO
Trata-se de uma parceria de longa data que, neste caso, está estabelecida
pelo Projeto de Extensão Universitária – intitulado Educação Permanen-
te na área de Enfermagem Obstétrica para o SUS –, coordenado pela
Professora Maysa Luduvice Gomes, do Departamento de Enfermagem
Materno-Infantil (DEMI) da ENF-UERJ. O projeto, inaugurado em
2005, tinha uma proposta de trabalho inicial vinculada à Casa de Parto
David Capistrano Filho (CPDCF). Com seu desenvolvimento, surgiram
várias atividades de educação permanente em outros cenários, voltadas
a enfermeiras e técnicos de enfermagem, alunos de graduação e pós-
graduação lato sensu.
11
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
propiciar um espaço para encontros periódicos onde aconteçam trocas sociais, que se
estruturam no âmbito profissional. Tem ainda, como objetivos específicos, facilitar que
as enfermeiras das diversas maternidades se conheçam, que reflitam sobre sua prática
diária, sobre seus poderes, suas estratégias de sobrevivência, seu fazer, sobre o ensino da
Enfermagem Obstétrica, sobre seu estilo gerencial além de produzir conhecimentos, e
propor ações estratégicas de padrões Mínimos da Assistência de Enfermagem à Mulher.
(PROGIANTI, 1999).
12
Introdução
No início dos anos 1990, houve um grande interesse dos gestores com-
prometidos em implementar ações que contemplassem o Programa de
Humanização do Pré-Natal, Parto e Nascimento no Município do Rio de
Janeiro. Dias e Domingues (2005) comentam que na busca de um modelo
menos intervencionista, uma das estratégias foi a hierarquização da assis-
tência quanto ao risco obstétrico. Elegeram a enfermeira obstétrica como
responsável pela atenção ao parto de baixo risco, seguindo o exemplo
bem-sucedido de alguns países europeus. Os autores justificam a escolha
por identificarem, na formação desta categoria, uma valorização dos as-
pectos fisiológicos, emocionais e socioculturais do processo reprodutivo.
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Parto-Normal
Parte 1
Pré-Natal
O cuidado á gestante
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Parto-Normal
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Parto-Normal
Capítulo I
História Clínica
• Identificação:
− nome;
− idade;
− cor / raça autodeclarada (lei n. 4.930 de 22 de outubro de 2008 - Anexo C);
− naturalidade;
− procedência;
− endereço atual.
• Dados socioeconômicos:
− grau de instrução;
− profissão/ocupação;
− situação conjugal;
− número e idade de dependentes (avaliar sobrecarga de trabalho
doméstico);
− renda familiar per capita;
− pessoas da família que participam da força de trabalho;
− condições de moradia (tipo, nº de cômodos);
− condições de saneamento (água, esgoto, coleta de lixo).
• Motivos da consulta:
− assinalar se já é usuária do serviço, se foi encaminhada por profissional
de saúde ou se procurou diretamente a unidade;
− verificar se existe alguma queixa que a fez procurar a unidade; sendo
a resposta positiva, descrever os motivos;
• Antecedentes familiares - especial atenção para:
− hipertensão;
− diabetes;
− doenças congênitas;
− gemelaridade;
− câncer de mama;
* Baseado no protocolo do Ministério da Saúde, 2006 e determinações da SMS DC - RJ
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
− hanseníase;
− tuberculose e outros contatos domiciliares (anotar a doença e o grau
de parentesco).
• Antecedentes pessoais - especial atenção para:
− hipertensão arterial;
− cardiopatias;
− diabetes;
− doenças renais crônicas;
− anemia;
− transfusões de sangue;
− doenças neuropsíquicas;
− viroses (rubéola e herpes);
− cirurgia (tipo e data);
− alergias;
− hanseníase;
− tuberculose.
• Antecedentes ginecológicos:
− menarca;
− ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade);
− uso de métodos anticoncepcionais (quais, por quanto tempo e motivo
do abandono);
− infertilidade e esterilidade (tratamento);
− doenças sexualmente transmissíveis (tratamentos realizados, inclusive
do parceiro);
− cirurgias ginecológicas (idade e motivo);
− mamas (alteração e tratamento);
− última colpocitologia oncótica (Papanicolau, data e resultado).
• Sexualidade:
− início da atividade sexual (idade da primeira relação);
− desejo sexual (libido);
− orgasmo (prazer);
− dispareunia (dor ou desconforto durante o ato sexual);
− prática sexual nesta gestação ou em gestações anteriores;
− número de parceiros;
− ocorrênca de violência doméstica (VD) ou sexual (VS);
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Parto-Normal
• Antecedentes obstétricos:
− número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez ectópica,
mola hidatiforme);
− número de partos e suas indicações (domiciliares, hospitalares,
vaginais espontâneos, fórceps, cesáreas);
− número de abortamentos (espontâneos, provocados, complicados
por infecções, curetagem pós-abortamento);
− número de filhos vivos;
− idade na primeira gestação;
− intervalo entre as gestações (em meses);
− número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de
gestação), pós-termo (igual ou mais de 42 semanas de gestação);
− número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500 g) e com
mais de 4.000g;
− mortes neonatais precoces - até sete dias de vida (número e motivos
dos óbitos);
− mortes neonatais tardias - entre sete e 28 dias de vida (número e
motivo dos óbitos);
− natimortos (morte fetal intraútero e idade gestacional em que
ocorreu);
− recém-nascidos com icterícia neonatal, transfusão, hipoglicemia
neonatal, exsanguinotransfusões;
− intercorrência ou complicações em gestações anteriores (especificar);
− complicações nos puerpérios (descrever);
− histórias de aleitamentos anteriores (duração e motivo do desmame);
− intervalo entre o final da última gestação e o início da atual.
• Gestação atual:
− data do primeiro dia/mês/ano da última menstruação (DUM) -
anotar certeza ou dúvida;
− data provável do parto (DPP);
− data da percepção dos primeiros movimentos fetais;
− sinais e sintomas na gestação em curso;
− medicamentos usados na gestação;
− a gestação foi ou não desejada (pela mulher, pelo pai da criança, pela
família);
− hábitos: fumo (número de cigarros/dia), álcool e uso de drogas ilícitas;
− ocupação habitual (esforço físico intenso, exposição a agentes
químicos e físicos potencialmente nocivos, estresse).
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Exame Físico
• Geral:
− determinação do peso e avaliação do estado nutricional da gestante
(baixo peso, adequado, sobrepeso ou obesidade)1;
− medida e estatura;
− determinação da frequência cardíaca;
− medida da temperatura axilar;
− medida da pressão arterial (considerar hipertensão arterial na gestação
quando a PAS ≥ 140 mmHg e a PAD ≥ 90 mmhg em duas aferições e
com intervalo de 4 horas entre as medidas);
− inspeção da pele e das mucosas;
− palpação da tireoide;
− ausculta cardiopulmonar;
− exame do abdômen;
− palpação dos gânglios inguinais;
− exame dos membros inferiores;
− pesquisa de edema (face, tronco, membros).
• Específico: gineco-obstétrico
− exame de mamas (orientado, também, para o aleitamento materno);
− medida da altura uterina;
− ausculta dos batimentos cardiofetais (entre a 7ª e a 10ª semana com
auxílio do Sonar Doppler, e após a 24ª semana, com Pinard);
− identificação da situação e apresentação fetal (3º trimestre);
− inspeção dos genitais externos;
− exame especular:
a) inspeção das paredes vaginais;
b) inspeção do conteúdo vaginal;
c) inspeção do colo uterino;
d) coleta de material para exame colpocitológico (preventivo de
câncer), conforme Manual de Prevenção de Câncer Cervicouterino e
de Mama, ou orientar para coleta na próxima consulta;
− toque vaginal;
− outros exames, se necessários;
− educação individual (respondendo às dúvidas e inquietações da gestante);
− solicitação dos exames laboratoriais de rotina e outros, se necessário.
1
As gestantes adolescentes que engravidaram em um período inferior a 2 anos após a menarca, provavel-
mente serão classificadas como de baixo peso. Tal fato se dá devido ao crescimento e à imaturidade
biológica nessa fase da vida.
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Parto-Normal
• Ações Complementares
− referência para atendimento odontológico;
− referência para vacinação antitetânica, quando a gestante não estiver
imunizada;
− referência para serviços especializados na mesma unidade ou unidade
de maior complexidade, quando indicado;
− agendamento de consultas subsequentes e visita à maternidade.
Exame físico
• Geral
− determinação do peso inicial;
− calcular o ganho de peso; anotar no gráfico e observar o sentido da
curva para avaliação do estado nutricional;
− medida da pressão arterial;
− inspeção da pele e das mucosas.
• Gineco-obstétrico:
− inspeção das mamas;
− palpação obstétrica e medida da altura uterina – anotar no gráfico e
observar o sentido da curva para avaliação do crescimento fetal;
− ausculta dos batimentos cardiofetais;
− pesquisa de edema;
− toque vaginal, exame especular e outros, se necessários.
– interpretação de exames laboratoriais e solicitação de outros, se
necessário.
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
• Sob qualquer alteração, ou se o parto não ocorrer até sete dias após a
data provável, a gestante deverá ter consulta médica assegurada, ou ser
encaminhada para serviço de maior complexidade.
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Parto-Normal
• Pesagem
- Oferecer avental, caso a gestante esteja usando roupas pesadas;
- Destravar, zerar e calibrar a balança antes de cada pesagem;
- Orientar a gestante para a remoção do calçado;
- Conduzir a gestante posicionando-a em pé e de frente para o medidor,
com os braços estendidos ao longo do corpo e sem qualquer outro
apoio;
- Mover o marcador maior (kg) do zero da escala até o ponto em que
o braço da balança incline-se para baixo; voltar, então, para o nível
imediatamente anterior (o braço da balança inclina-se para cima);
- Mover o marcador menor (g) do zero da escala até o ponto em que
haja equilíbrio entre o peso da escala e o peso da gestante (o braço da
balança fica em linha reta, e o cursor aponta para o ponto médio da
escala);
- Ler o peso em kilogramas na escala maior e em gramas na escala
menor. No caso de valores intermediários (entre os traços da escala),
considerar o menor deles. Por exemplo: se o cursor estiver entre 200 e
300 gramas, considerar o primeiro valor.
- Anotar o valor no prontuário e no cartão da gestante para efetuar o
cálculo do ganho de peso2.
2
Se o ganho ponderal for maior que 500g por semana, antecipar o retorno e indicar consulta médica e
de nutrição.
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
• Altura
- Posicionar a gestante na plataforma da balança conforme descrito na
pesagem ou, quando disponível, usar o antropômetro vertical;
- Posicionar a gestante com calcanhares, nádegas e espáduas próximos
da haste vertical da balança. Ao usar o antropômetro vertical, posturar
a gestante encostada no equipamento;
- Posicionar a cabeça da gestante erguida de maneira que a borda
inferior da órbita fique no mesmo plano horizontal do meato do ouvido
externo;
- Baixar lentamente a haste vertical pressionando suavemente os cabelos
da gestante até que a haste encoste no couro cabeludo;
- Realizar a leitura na escala da haste; em caso de valores intermediários
(entre os traços da escala), considerar o menor;
- Anotar o valor no prontuário e no cartão da gestante.
26
Parto-Normal
OBSERVAÇÕES:
Pode-se utilizar a altura uterina,mais o toque vaginal, considerando os
seguintes parâmetros:
- Até a 6ª semana não ocorre alteração do tamanho uterino;
- Na 8ª semana, o útero corresponde ao dobro do tamanho normal;
- Na 10ª semana, o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual;
- Na 12ª semana, enche a pelve de modo que é palpável na sínfise púbica;
- Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a
cicatriz umbilical;
- Na 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz
umbilical.
A partir da 20ª semana, existe uma relação aproximada entre as semanas
da gestação e a medida da altura uterina. Porém, esse parâmetro torna-se
menos fiel à medida que se aproxima o termo.
Quando não for possível determinar a idade gestacional clinicamente, so-
licitar o exame de ultrassonografia obstétrica o mais breve possível, pois
aquele feito ainda no 1º trimestre é o mais fidedigno para a estimativa da
IG em semanas.
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Palpação Obstétrica
3
Deve-se pensar em erro de medidas quando ocorrer queda ou elevação abrupta em curva que vinha
evoluindo normalmente.
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Parto-Normal
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Cardiotocografia
5
A interpretação do resultado é baseada na decisão do COREN-RJ 1161/1998 (ANEXO D) e deve-se
orientar a gestante sobre os encaminhamentos e retorno ao profissional solicitante.
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Parto-Normal
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
5- EXAMES
Exames Básicos
- ABO-Rh, hemoglobina/hematócrito (na primeira consulta);
- Glicemia de jejum (na primeira consulta e na 28ª semana de gestação);
- VDRL (na primeira consulta e na 28ª semana de gestação);
- Urina tipo1 (na primeira consulta e próximo a 30a semana de gestação);
- Testagem anti-HIV (na primeira consulta e 28ª semana de gestação)
- Sorologia para HepatiteB - HbsAg (na 28ª semana de gestação);
- Sorologia para toxoplasmose (na primeira consulta). Caso seja negativa,
repetir na 28ª semana de gestação.
Exames Complementares
Casos específicos segundo indicações clínicas:
Citopatologia cervicouterina (exame Papanicolau) ou preventivo. Muitas
mulheres frequentam o serviço de saúde apenas para o pré-natal e nem
sempre realizam o exame ginecológico periódico e o exame preventivo
do câncer cervicouterino. Assim, é importante a oferta do exame nessa
oportunidade. O exame pode ser realizado em qualquer trimestre da gra-
videz, embora sem coleta endocervical, de acordo com os protocolos do
Ministério da Saúde.
- Hemograma completo;
- Coombs indireto;
- Cultura de urina c/antibiograma;
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Parto-Normal
- Parasitológico;
- Bacterioscópico a fresco do conteúdo vaginal e outros;
- Ultrassonografia;
- Cardiotocografia;
- Sorologia para rubéola, quando houver sintomas sugestivos.
Resultados e condutas:
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Teste Anti-HIV/AIDS
• Aconselhamento pré-teste
• O profissional deve avaliar os conhecimentos da gestante sobre
a infecção pelo HIV/AIDS e outras DST e informá-la sobre o que
ela não sabe, especialmente acerca de seu agente etiológico, meios
de transmissão, sobre a diferença entre ser portador da infecção e
desenvolver a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), sobre
os conceitos de ”vulnerabilidade” e “situações de risco acrescido”, e sua
importância na exposição ao risco para infecção pelo HIV, em ocasião
recente e pregressa;
34
Parto-Normal
• Aconselhamento pós-teste
Resultado negativo
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Resultado indeterminado
Resultado positivo
• OBSERVAÇÃO:
O diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV com uso exclusivo de
testes rápidos foi instituído pelo Ministério da Saúde em julho de 2005,
por meio da Portaria Ministerial nº 34.
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Parto-Normal
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
38
Parto-Normal
Capítulo II
Práticas educativas
• importância do pré-natal;
• sexualidade;
• orientação higienodietética;
• desenvolvimento da gestação;
• modificações corporais e emocionais na gravidez;
• sinais e sintomas do parto;
• importância do planejamento familiar;
• informações acerca dos benefícios legais a que a mãe tem direito;
• impacto e agravos das condições de trabalho sobre a gestação, parto
e puerpério;
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
40
Parto-Normal
Recomendações:
- Trabalhar com o corpo: deve-se utilizar diversas dinâmicas e/ou oficinas que
incluam técnicas corporais de variadas formas, com o objetivo de ampliar
e fortalecer o potencial interno das participantes por meio do processo
de integração corpo-mente. Ao trabalhar o corpo, há interferência
na percepção do indivíduo sobre si e os outros, em níveis de energia,
emoções, pensamentos e comportamentos.
- Ênfase nas funções cognitivas (memória, compreensão, concentração,
pensamento etc.): o modelo instrutor/aluno é substituído pela busca da
expressão dos sentimentos, como forma de explorar o saber.
- Adotar visão holística: o corpo, a mente e a energia fazem parte de um
todo que age e reage, expressa e assimila, de forma única e diferenciada
dos demais. O corpo, como parte desta totalidade, é um agente ativo,
perceptor, tensor, reagente e não apenas um mero veículo de expressão.
- Adotar a perspectiva de gênero: considerar as desigualdades existentes nas
relações entre homens e mulheres na sociedade. Questões relacionadas à
sexualidade, cidadania, identidade e autoestima precisam ser enfocadas.
- Atividade física: salientar a importância da atividade física para a saúde do
corpo e da mente, ensinando às gestantes alguns exercícios diários para
que tenham uma gravidez mais saudável e fiquem mais preparadas para
o parto normal.
41
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
1 - Dinâmicas de Apresentação
OBSERVAÇÃO:
- Deve ser utilizada em grupos de menor tamanho (10 a 15 pessoas),
pois em grandes grupos sua aplicação pode se tornar enfadonha.
Apresentação individual
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Parto-Normal
OBSERVAÇÃO:
- A técnica pode ser utilizada em grupos maiores.
Conversa de comadre
OBSERVAÇÃO:
- Esta técnica pode ser aplicada tanto em grupos que estão se formando
como nos já existentes, cujas pessoas já se conhecem. Neste último
caso, a facilitadora deve ressaltar que o conhecimento interpessoal é um
processo em construção permanente e não um ato único.
43
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
2 - Dinâmica de Integração
Dinâmica do barbante
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Parto-Normal
Dinâmica do presente
OBJETIVO:
Promover integração entre os presentes, também pode ser usada para
finalizar o trabalho.
DESCRIÇÂO DAS ETAPAS:
O facilitador explica que o presente será dados a um elemento do grupo
que receberá representado todos os participantes e ele deve abri-lo com
todo o grupo.e ler a mensagem contida no embrulho em voz alta. Ao
abrir o primeiro invólucro ele encontra a frase: “ Este presente não é seu
entregue-o para a pessoa mais elegante do grupo hoje”.A segunda pessoa
ao abrir lerá :” Este presente não é seu entregue a pessoa do grupo que
você tenha se identificado”. A terceira pessoa encontrará ao abrir mais
um invólucro a frase ” Este presente não é seu cante uma música que
lembre sua adolescência e entregue a que você achou mais desinibido”.
Por último ao abrir o participante lerá a seguinte frase este presente é seu
compartilhe-o com os colegas”.
MATERIAL NECESSÁRIO:
É necessária uma caixa de bombons, que o número de unidades seja o
número de participantes ou mais. A caixa deve ser o embrulhada várias
vezes e a cada vez deve conter a frase que será lida pelo participante.
Observação:
As frases podem ser adaptadas ao objetivo da dinâmica podendo usá-
la para abrir um grupo ou fechá-lo fazendo uma avaliação sucinta do
trabalho realizado.
Dinâmicas de Relaxamento
Luz, viagem
OBJETIVOS:
Localizar e suavizar as tensões; facilitar o contato consigo mesma,
com o seu corpo e com a presença do corpo do seu bebê; aumentar a
conscientização sobre sentimentos, emoções e o vínculo com seu bebê;
preparar o grupo para a próxima oficina (oficina de introspecção com
forte teor emocional como, por exemplo, a linha do nascimento).
DESCRIÇÃO DAS ETAPAS:
- Essa técnica divide-se em três partes: respiração profunda, relaxamento e
fantasia.
45
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
46
Parto-Normal
3. Fantasia
- “Agora, imagine que você está em um grande vale, muito bonito,
com árvores, um rio e flores. Procure sentir a relva sob suas costas, a
brisa, o calor do sol, o canto dos passarinhos, o perfume das flores.
Desfrute o máximo que puder desse lugar. Agora, perceba que há
uma montanha bem próxima de você. Procure caminhar em direção
a ela e comece a subi-la. Vá olhando a paisagem, tocando as plantas,
sem pressa. Você está quase no meio do caminho. Agora, perceba que
o sol está um pouco mais quente e a trilha por onde você pisa está
cheia de pedras. As plantas começam a ficar rasteiras e você começa
a sentir-se cansada, mas ainda assim, prossiga. Falta pouco para você
atingir o topo da montanha. Agora, você percebe que o caminho está
bloqueado por uma pedra. Você acha que não vai conseguir passar,
mas falta tão pouco, é só escalar este obstáculo e você chega lá em
cima. O sol está muito quente. Você está muito cansada. Tente. Você
pode conseguir. Faça este último esforço e você chegará onde você
quer.
- “Agora que você chegou, deite-se e descanse. Respire aliviada. Procure
desfrutar deste lugar calmo. Olhe o céu, sinta a brisa e relaxe...”
- “Agora, procure voltar aqui para esta sala, sentir o seu corpo em contato
com este chão. Vá mexendo os seus pés, os seus braços e abrindo os
seus olhos bem devagar. Procure esticar o seu corpo (espreguiçar).”
- Sentadas em círculo, iniciam-se os comentários e depoimentos acerca
do exercício.
OBSERVAÇÃO:
Pode ser aplicada no grande grupo e deve ser conduzida por apenas
uma facilitadora, enquanto as demais darão suporte ao trabalho,
providenciando uma música suave e protegendo o grupo de
interferências. A sala deve estar em total silêncio.
47
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
4 - Dinâmicas de Introspecção
Linha da vida (Identidade Feminina) * autora Martha Zaneth
A linha da vida é uma técnica desenvolvida pelo movimento de mulheres
para trabalhar as questões da sexualidade e da identidade feminina. É
um recurso que estimula a reflexão sobre a história de cada mulher, sua
sexualidade e sua vida reprodutiva. O objetivo não é trabalhar valores
e conceitos, mas sim resgatar, a partir da história individual, aquilo que
foi construído, a concepção social do “Ser Mulher”, e o que as histórias
têm em comum.
Para aplicar esta técnica não é necessário formação psicológica;
entretanto, a postura da facilitadora é fundamental: deve ter sensibilidade
para se interessar pela história do grupo, exercitando a escuta ativa.
Essa dinâmica é um processo rico de emoções e revelações, em que
perdas e ganhos se equilibram no conjunto da trajetória de vida de cada
uma ou na relação das histórias entre si.
OBJETIVOS:
- Baixar os véus da timidez, da vergonha, do medo, da angústia, da
dor, da alegria e do prazer que encobrem a vivência sexual de cada
uma; compartilhar experiências com um grupo de pessoas que não se
conhece; identificar-se com o discurso da outra.Tudo isso é novo e
difícil e o desafio da educadora é exercer a escuta e ser cúmplice desses
momentos;
- Trabalhar as questões da sexualidade e da identidade feminina;
- Refletir sobre a condição feminina a partir do viés de gênero/cultura/
condição social feminina.
DESCRIÇÃO DAS ETAPAS:
O trabalho deve ser conduzido em pequenos grupos, pincéis atômicos,
lápis de cor, de cera ou canetas são distribuídos e as folhas grandes de
papel devem ser espalhadas pelo chão, para que as participantes desenhem;
Em cada um desses grupos, cada gestante traça sobre um grande papel
uma linha, à medida que vai verbalizando suas vivências, que fala o que
sabe, lembra ou sente sobre os fatos marcantes da sua vida relacionados
à sexualidade, reprodução, nascimento, relações parentais, vida social etc.
Dessa forma, possibilita-se às mulheres refletirem sobre suas próprias
histórias, tanto em termos individuais quanto coletivos.
Ao final, no grande grupo, é identificado o perfil geral a partir das
discussões dos pequenos grupos, permitindo correlacionar os aspectos
socioculturais comuns e ainda possibilitando a compreensão dos
significados dessas fases na vida das pessoas.
48
Parto-Normal
OBSERVAÇões:
- A técnica deve ser aplicada em pequenos grupos, com uma coordenação
para cada grupo.
- Estabelecer um clima de solidariedade e confiança, para quebrar a
tensão emocional.
- Confiar no grupo e na sua capacidade de recuperar a dor, no sentido
de transformá-la.
- Explicar que o contrato de sigilo do grupo é fundamental.
Linha do nascimento
É uma adaptação da técnica da linha da vida para se trabalhar questões
relativas ao nascimento.
OBJETIVOS:
Semelhantes aos da linha da vida, descritos anteriormente.
DESCRIÇÃO DAS ETAPAS:
O grupo deve escrever em folhas grandes de papel os quatro períodos
relacionados ao nascimento: concepção, gestação, parto e pós-parto.
O trabalho deve ser conduzido em pequenos grupos de, no máximo, dez
pessoas. Pincéis atômicos, lápis de cor, cera ou canetas são distribuídos
e as folhas grandes de papel devem ser espalhadas pelo chão para que
as participantes desenhem a sua linha do nascimento.
A facilitadora inicia o exercício pedindo para que seja desenhada uma
linha, que pode ser ilustrada de desenhos e colorida. Cada participante
desenha a sua, procurando lembrar-se do que sabe sobre o seu
nascimento, qual a mensagem que tem sobre tal fato.
Em cada período, a facilitadora deve estimular para que os seguintes
aspectos sejam expressos:
• Concepção: Fui desejada? Como estavam meus pais? Minha família?
• Gestação: Foi tranquila? Algum problema? Pai estava junto?
• Parto: Foi fácil? Minha mãe gostou de parir? Quem estava junto?
Onde foi? Posição do parto?
• Pós-Parto: A mãe amamentou imediatamente após o parto? A mãe
gostou de amamentar? Até que idade fui amamentada? O pai estava
junto, cuidando, apoiando?
OBSERVAÇões:
- Ao final dos relatos, será estabelecido um paralelo entre as situações
vivenciadas e a realidade coletiva.
- O importante não é somente o desenho da linha, mas sim, o que
a participante expressou ao desenhá-la: as lembranças, as dores, as
alegrias...
- Todas as emoções que emergirem devem ser acolhidas e ouvidas pela
facilitadora.
49
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Parto-Normal
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
MATERIAIS:
massageadores; banco meia-lua; bola Suiça (Bobath, fisioboll); cavalinho
de parto ativo; óleo de massagem; aparelho de som e CDs; aromas; TV.
DESCRIÇÃO DAS ETAPAS:
- Durante a oficina, a facilitadora deverá estimular as gestantes e seus
acompanhantes a descreverem o que entendem sobre as palavras:
TECNOLOGIA e CUIDADO.
- A partir daí, encaminhar para a busca das conceituações para
o entendimento da categoria, promovendo a demonstração dos
equipamentos que podem ser utilizados.
- Estimular gestantes e acompanhantes a experimentarem os
equipamentos, explicando a sua função e como podem ser usados.
- Finalizar a oficina mostrando um filme com a apresentação dos
instrumentos e sua utilização durante um trabalho de parto e parto. É
importante discutir com as gestantes que seu desejo de utilizar ou não
cada instrumento deve ser respeitado.
OBJETIVOS:
- Discutir a assistência durante o primeiro estágio do trabalho de parto
(período de dilatação cervical) e durante o segundo estágio do parto
(período expulsivo);
- Realizar discussões acerca das posições assumidas pelas parturientes
no momento do parto;
- Proporcionar às gestantes informações sobre as diversas possibilidades
de parir.
EQUIPAMENTOS:
- Televisão e vídeo
- Instrumentos da oficina de tecnologias de TP e parto
DESCRIÇÃO DAS ETAPAS:
- Acomodar as participantes para a projeção de vídeos de partos normais
nas posições: lateral, de cócoras, vertical, semi-vertical, na água etc.
- Após a visualização dos vídeos, promover a reflexão e discussão sobre
as diversas posições assumidas duratnte o trabalho de parto: seus efeitos
e benefícios para a mulher e feto;
- Após a discussão, estimular o grupo a realizar uma representação
sobre o tipo de parto escolhido pelas parturientes deste encontro,
através de dramatização, corte e colagem etc.
52
Parto-Normal
OBSERVAÇÕES:
- A partir das discussões no grupo, é possível estimular as mulheres para
a elaboração de seus planos de parto. Estes devem ser livres, e ajudarem a
mulher a ter uma expectativa positiva do parto. O plano de parto deve
ser flexível e permitir mudanças, tanto por parte da mulher, como pela
necessidade fisiológica do processo de parto.
Dramatização do parto
DEFINIÇÃO
- Consiste na representação teatral de formas conhecidas de parto e dos
atores envolvidos e as formas de assistência.
DESCRIÇÃO DE TÉCNICA
- Para aplicação desta técnica é necessário, pelo menos, duas facilitadoras.
Cada uma vai trabalhar com um grupo apoiando-o na construção do
drama.
- O grupo é subdividido em dois, em igual tamanho. Em seguida, cada
facilitadora conduz seu grupo a um local diferente para a execução da
tarefa. Cada grupo cria e ensaia uma dramatização para duas cenas de
parto, e apresenta ao grande grupo no final.
- A facilitadora deve estimular e orientar o grupo na execução do
trabalho, sem, no entanto, ser diretiva em suas intervenções. Deve
deixar que o grupo, por si só, vá criando os elementos do trabalho,
como: roteiro, figurino, diálogos, personagens, cenário etc.
-Quando os grupos estiverem prontos, a facilitadora informa que
durante a apresentação de cada grupo deve-se estar atento a todos os
detalhes. Ao final das duas apresentações, serão analisados os momentos
importantes a respeito de humanização e técnicas utilizadas no parto. A
facilitadora conduz um debate que deve abranger os seguintes pontos:
• análise das diferenças entre os partos;
• quantidade de pessoas envolvidas;
• postura das pessoas que atuam no parto;
• relações de confiança estabelecidas pela parturiente;
• ambiente aconchegante, hospital limpo, quarto limpo etc.;
• o tempo de duração do parto;
• o papel protagonista da mulher no parto humanizado;
• o empoderamento feminino no parto e nascimento;
• fortalecimento do vínculo mãe/bebê por meio do contato pele a pele.
53
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Parto-Normal
CAPÍTULO III
55
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Parto-Normal
6
Os protocolos institucionais seguem as recomendações contidas nos manuais técnicos do
Ministério da Saúde .
57
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Centro Obstétrico
Parte II
Centro Obstétrico
O cuidado à parturiente
59
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Centro Obstétrico
CAPÍLULO IV
recepcionar a parturiente, apresentando-se, informando seu nome e
função e desejando-lhe boas-vindas;
acolher e encaminhar a mulher até a sala de pré-parto, parto e pós-
parto (PPP), apresentando o ambiente onde permanecerá durante o
trabalho de parto e parto, junto com o acompanhante de sua escolha;
garantir a presença de acompanhante à escolha da mulher, conforme
legislação vigente1 (ANEXO C) ;
1
Resolução SMS nº 667 de 20/10/1998, garante a presença de um acompanhante de escolha da mulher
durante o trabalho de parto e parto. Portaria nº 2418/GM/MS, de 02/12/2005, regulamenta – em
conformidade com o art. 1º da Lei Federal nº 11.108 de 07/04/2005 – a presença de um acompanhante
para mulheres em trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do SUS.
61
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
verificar os sinais vitais: pressão arterial, pulso, respiração e temperatura
axilar (atentar para a alteração de pressão arterial e temperatura);
aferir o peso e a altura;
colher uma pequena história obstétrica, observando: número de
gestações, número de abortos, paridade, antecedentes mórbidos
(diabetes, hipertensão, cardiopatias e doenças neurológicas),
portadoras de alergias, uso de medicação rotineira, uso de drogas
(química, tabagismo e etilismo);
proceder os registros em impresso próprio;
incluir o nome da parturiente no livro de admissão do setor, quando
houver;
comunicar ao laboratório, caso tenham solicitações de exames;
deixar o ambiente preparado para o momento do parto e incentivar
a mulher a não permanecer deitada no leito, exceto nos casos
contraindicados.
solicitar o cartão de pré-natal e avaliá-lo;
realizar anamnese, observando antecedentes mórbidos, obstétricos
(incluindo complicações em gestações anteriores, DUM, dados e
evolução da gestação atual) e as questões psicossociais que envolvem
aquela gestação;
realizar exame clínico da gestante: verificar sinais vitais; se constatar
necessidade de reavaliação, avaliar as mucosas, realizar ausculta
cardiopulmonar, verificar a presença de edema ou varizes nos
membros inferiores;
realizar exame obstétrico: medir a altura uterina, palpar o abdome
para determinar a situação, posição, apresentação e insinuação fetal,
auscultar frequência cardíaca fetal durante e após a contração, avaliar a
dinâmica uterina, realizar o toque vaginal2 para perceber a integridade
das membranas, altura da apresentação, tipo de apresentação, dilatação
e apagamento do colo, características do colo uterino, variedade de
posição e, se necessário, proceder à amnioscopia para identificar as
características do líquido amniótico. No caso da puérpera: realizar o
exame das mamas e dos mamilos; verificar a altura do fundo de útero;
observar o aspecto da ferida cirúrgica ou episiorrafia, no caso de parto
2
No momento do toque vaginal, deve-se observar a genitália externa, buscando identificar a presença de
lesões e/ou secreções que devam ser registradas e caracterizadas.
62
Centro Obstétrico
3
É recomendável a realização do aconselhamento pré e pós-teste anti-HIV/AIDS.
63
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
64
Centro Obstétrico
CAPÍTULO V
ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO
DE PARTO E PARTO PELA
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
promover um ambiente com privacidade, tranquilo e seguro para a
parturiente e seu acompanhante, onde não seja necessário removê-la no
65
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
66
Centro Obstétrico
4
Segundo a OMS, a episiotomia não é mais recomendada como procedimento de rotina. Não há evidên-
cia de que a episiotomia de rotina diminua o dano ao períneo, evite prolapso vaginal ou a incontinência
urinária. Na realidade, a episiotomia está associada ao aumento de lacerações de terceiro e quarto graus
e subsequente disfunção do músculo esfíncter anal (OMS. Manejo das Complicações na Gestação e no
Parto. Tradução Ana Thorell. Porto Alegre: Artmed, 2005).
67
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
sempre se apresentar à mulher e seu acompanhante quando entrar no
box (sala PPP) ou quando for realizar algum procedimento;
verificar os sinais vitais, dando especial atenção à pressão arterial e
temperatura;
registrar em impresso próprio (folha de prescrição, no local de
observações de enfermagem) a evolução com os dados de admissão,
todos os procedimentos realizados, as ocorrências e intercorrências
com a usuária;
orientar a mulher e seu acompanhante quanto às normas e rotinas da
instituição;
68
Centro Obstétrico
acompanhar as enfermeiras durante os procedimentos realizados
com a parturiente, quando necessitarem de auxílio;
comunicar à mulher, sempre, sobre os procedimentos que serão
realizados;
preparar e administrar medicamentos, conforme prescrição;
repor, quando necessário, o material esterilizado nas salas de parto;
dar apoio emocional à mulher e seu acompanhante durante este
momento;
auxiliar a locomoção da parturiente, quando necessário;
encaminhar e auxiliar na higiene corporal, quando for o caso;
proceder à higiene corporal no leito, sempre que necessário;
estimular a parturiente a deambular e movimentar-se fora do leito,
quando indicado pela enfermeira obstetra;
incentivar a parturiente e seu acompanhante na utilização das
tecnologias de cuidados;
preparar e organizar a sala de parto para o atendimento à parturiente,
seguindo os seguintes passos: montar e forrar a cama PPP; forrar e
montar a unidade de cuidados intermediários (UCI) com clamp para
o cordão umbilical, sonda de aspiração nº 8, 1 par de luvas estéreis
e borrachas de látex; verificar o funcionamento da UCI, do sistema
de aspiração, do sistema de oxigênio, do laringoscópio infantil e do
ambu; verificar a presença da caixa de parada do RN;
abrir o material estéril no momento do parto e auxiliar a enfermeira
no que for necessário;
verificar os sinais vitais após o parto;
realizar os cuidados imediatos com o recém-nato (pesar, medir,
administrar vitamina K, administrar a vacina contra hepatite B e a
credeização);
orientar a puérpera quanto ao aleitamento materno, estimulando a
amamentação; atentar para os casos em que tal procedimento é
contraindicado5;
registrar os cuidados em impresso próprio e encaminhar a puérpera e
seu bebê ao alojamento conjunto, após a comunicação prévia com o
setor de destino.
5
De acordo com o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é contraindicado nos casos em que a
mulher é sabidamente portadora do HIV e/ou HTLV.
69
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Centro Obstétrico
71
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Centro Obstétrico
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
2- Alívio da dor
Massagear as parturientes
Realizar massagens com as mãos ou aparelho próprio, em áreas dolorosas
do corpo, como a região cervical e lombar, ombros, ou mesmo em regi-
ões de preferência da mulher. O objetivo é diminuir a tensão, o medo e
a sensação dolorosa; oferecer conforto, demonstrar interesse e atenção,
estimulando uma parceria com a parturiente e ajudá-la a vincular-se a si
e à sua experiência atual.
74
Centro Obstétrico
Encaminhar a mulher para a água na fase ativa do trabalho de parto,
ou seja, quando as contrações forem frequentes e eficazes, já que o
efeito produzido pela água pode inibir as contrações uterinas, se a
mulher estiver na fase latente.
No chuveiro, onde não há imersão, este momento pode ser
antecipado, pois o efeito é menor e este contato com a água
acalma e possibilita uma evolução mais rápida do trabalho de
parto. Vale ressaltar que esta avaliação do momento ideal deve ser
individualizada, de acordo com as necessidades de cada parturiente
e estando atenta aos resultados.
75
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Usar gelo ou bolsa de gelo em áreas edemaciadas e/ou com dor local. O
objetivo é reduzir o edema de colo, períneo e vulva; minimizar a sensação
dolorosa em áreas como a região lombar. É possível usar o gelo em luva
com gelo e bolsa ou saco de gelo.
76
Centro Obstétrico
77
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Uso do banquinho
Utilizar o banquinho na fase final do trabalho de parto. Tem
como objetivo auxiliar a finalização da descida e rotação fetal.
Pode ser usado um banquinho comum ou um mais adequado
ao trabalho de parto, pois tem a forma de U. Este último, ao
ser utilizado, deixa livre a reagião vulvo-perineal.
Balaskas (1991) afirma que, quando a mulher deixa-se guiar pelo seu
instinto, procura movimentar-se, seguindo o ritmo das contrações, mo-
vendo a pelve para frente e para trás, de um lado para o outro ou em mo-
vimentos circulares. Esses movimentos servem para facilitar o encaixe, a
descida e a rotação do feto no canal de parto. Para Odent (2000), quando
78
Centro Obstétrico
Utilização do rebozo6
Usar o xale ou lençol e envolver a pelve, mantendo-o ajustado na
região das cristas ilíacas. Realizar movimentos, sincrônicos para um
lado e para outro, movendo a pelve para direita e esquerda para posi-
cionar adequadamente o feto. Tem como objetivo corrigir a posição
da cabeça fetal quando este encontra-se em posições posteriores,
direita persistente, flexão incompleta e assinclitismo persistente.
79
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
4- Amnioscopia
A amnioscopia é um método endoscópico, proposto por Saling, a partir
de 1961, que permite o exame visual do líquido amniótico através do am-
nioscópio. É um exame proposto para contribuir com a avaliação do risco
fetal e perinatal. Inicialmente, por vários anos, usava-se um amnioscópio
de metal vazado, tendo em seu interior uma fonte de luz indireta. Este
procedimento foi alvo de críticas e sofreu várias modificações. O modelo
atual é de acrílico, provido de fonte de iluminação e lente especialmente
projetada para visualização de grumos e escala de cores para comparação
e diagnóstico das condições do líquido amniótico ( LARA & cols, 2003).
80
Centro Obstétrico
5- Amniotomia
Amniotomia é a ruptura artificial das membranas ovulares, composta por
duas camadas: âmnio (interna) e cório (externa). Poderá ser realizada no
final do trabalho de parto quando a curva de dilatação e/ou descida do
polo cefálico permanece estacionada e alcança a curva de ação do par-
tograma. O material necessário é o amniótomo, uma comadre e luva de
procedimento. São as etapas do procedimento:
Deitada em posição ginecológica, introduzir o amniótomo entre os
dedos, no canal vaginal, até o contato com as membranas, onde será
feito um orifício. Aguardar o escoamento do líquido amniótico antes
de encerrar o toque e avaliar sua característica. Deve-se evitar romper
as membranas no ápice da contração e, ao concluir o exame, certificar-
se da posição do polo cefálico; a ausência de cordão umbilical entre a
cabeça fetal e a parede vaginal e avaliar os batimentos cardíacos fetais.
Em condições normais, as membranas conservam-se íntegras até
a dilatação completa em 75% dos casos, e sua ruptura artificial
(amniotomia) deve ter indicação precisa, pois está associada a uma
série de riscos, tanto maternos como fetais (CLAP, 1996; OMS,1996).
81
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
6- Uso de ocitocina
82
Centro Obstétrico
1- Posições verticalizadas
Posição vertical
83
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Auxiliá-la no posicionamento na fase de iminência da expulsão;
Possibilitar que a mulher levante e solte os quadris após as contrações
uterinas;
Realizar a proteção perineal;
Controlar a saída lenta do polo cefálico.
84
Centro Obstétrico
feito a escolha por ele. Este posicionamento está indicado quando: o feto
estiver nas posições posteriores; na descida lenta da apresentação; no
acavalgamento das suturas; na presença de bossa; na distócia de ombro.
Seguem as etapas da posição:
Auxiliá-la no momento da contração, ajudando a fletir os membro
inferiores no final do período expulsivo;
Oferecer travesseiros, almofadões, suave encosto ou a bola suíça para
apoio;
Realizar a proteção perineal;
Controlar a saída lenta do polo cefálico;
Fazer pressão suprapúbica em caso de distócia de ombro e auxiliar na
rotação externa do polo cefálico.
Posição de pé
A mulher se posiciona de pé, com os joelhos levemente fletidos,
apoiada pelas costas por um acompanhante ou membro da equipe.
2- Posições horizontalizadas
A mulher se posiciona horizontalmente, podendo manter-se lateraliza-
da, em quatro apoios ou ginecológica modificada. A posição supina é
contraindicada, pois comprime a veia cava inferior, reduzindo o fluxo
sanaguíneo úteroplacentário, podendo levar à hipóxia fetal.
85
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
O material a ser utilizado como apoio poderá ser: a cama PPP, pufe, cama
de parto, travesseiros, almofadões, suave encosto.
Posição lateralizada
Oferecer à mulher posicionamento lateralizado, informando seus
benefícios no momento adequado, caso ela não tenha feito a escolha
por ele;
Auxiliá-la no posicionamento lateralizado durante o trabalho de parto
e no final do período expulsivo;
Ajudar na flexão do membro inferior que está por cima, apoiando
com as mãos ou estimulando que a própria mulher segure na região
poplítea, puxando o membro em direção ao tronco, abduzindo-o
durante as contrações e, após, deixando-o em repouso;
Realizar a proteção perineal no período expulsivo;
Controlar a saída lenta do polo cefálico.
86
Centro Obstétrico
Auxiliá-la no posicionamento no final do período expulsivo;
Oferecer travesseiros, almofadões, suave encosto ou a bola suiça para
apoio;
Realizar a proteção perineal;
Controlar a saída lenta do polo cefálico.
3- Parto na água
Realizar a proteção perineal;
Controlar a saída lenta do polo cefálico;
Colocar o recém-nascido em contato materno;
Promover aquecimento e avaliação;
Após o clapeamento e secção do cordão umbilical, esvazia-se a
banheira ou transfere-se a mãe para cama, onde ocorrerá a dequitação.
O desejo pelo parto na água deve ser respeitado pelo profissional que
a acompanha e estimulado quando a imersão na água favorecer a
correção no padrão fisiológico do parto.
4- Proteção perineal
Proteção da região perineal no momento do despreendimento fetal.
O objetivo é evitar lacerações perineais. Utilizar o óleo vegetal na
fúrcula e canal vaginal massageando a região durante o período em
87
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
5- Episiotomia
O termo episiotomia, etimologicamente significa “corte do púbis” (epi-
seion = púbis e temno = corte). Dados históricos remontam a 1742, quan-
do a episiotomia foi utilizada, pela primeira vez, pela parteira irlandesa Sir
Fielding Ould, com o propósito de ajudar no desprendimento fetal em
partos difíceis e também como método para prevenção de lesões severas
de períneo. A prática da episiotomia disseminou-se e teve seu auge com
as publicações de Pomeroy, em 1918, e Delee, em 1920. Com o tempo,
essa intervenção cirúrgica, que tinha uso seletivo e terapêutico, passa a
ser uma intervenção profilática, indicada especialmente para primíparas
(WEI, 2007).
88
Centro Obstétrico
6- Episiorrafia
Trata-se da sutura das estruturas perineais, rompidas na episiotomia. Tem
como objetivo reparar a região perineal para que ela retorne à sua forma
anatômica inicial.
89
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
90
Centro Obstétrico
8
Nas unidades obstétricas da SMSDC/RJ, a atenção imediata ao recém-nascido em geral é realizada
por profissionais capacitados como pediatras e enfermeiros. Na Casa de Parto da SMDC/RJ, todo o
atendimento, em qualquer etapa, é realizado por enfermeira obstétrica, de acordo com a portaria regu-
lamentadora do MS 985/99.
91
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
colocar o recém-nascido sobre o abdômen ou os braços da sua mãe;
verificar a permeabilidade das vias aéreas;
mantê-lo aquecido;
clampear e seccionar o cordão umbilical o mais tardiamente (a partir
do 1º minuto de vida).
Mantenha o ambiente do nascimento aquecido, pois a maior parte
da perda de calor do recém-nascido ocorre nos primeiros minutos
de vida. Ao deixar o calor do útero, o recém-nascido molhado perde
calor imediatamente, conforme se ajusta a um ambiente bem mais
frio. A perda de calor pode levar à hipotermia e risco de morte. Eles
perdem calor rapidamente se estiverem molhados, não cobertos,
expostos à corrente de ar ou se forem colocados em superfície fria
ou próxima a ela.
9
Escala de Apgar: Elaborada pela doutora Virginia Apgar em 1953, é utilizada mundialmente e avalia a
vitalidade e o grau de asfixia do recém-nascido. Deverá ser feita no 1º e no 5º minutos de vida, devendo
ser repetida no 10º minuto, caso a nota permaneça baixa (< que 7). O sinal mais importante é o bati-
mento cardíaco. O sinal de menor relevância é a cor da pele, porque o recém-nascido sofre influência da
temperatura do ambiente; mesmo bebês vigorosos podem apresentar acrocianose devido à hipotermia.
92
Centro Obstétrico
Imediatamente após o nascimento, seque o bebê com um campo
aquecido, coloque-o sobre o ventre materno em contato pele-a-pele.
Proteja seu polo cefálico com uma touca e mantenha-o sob outro
campo aquecido. Tal atitude estimula o afeto entre mãe e bebê,
possibilitando o contato olho a olho entre ambos. Logo que nascem,
os bebês serão colonizados por microorganismos e será muito melhor
que o sejam através da flora cutânea da mãe do que por bactérias
provenientes dos profissionais de saúde ou do hospital.
avaliação da vitalidade do bebê (aplicação do índice de Apgar) pode
A
ser feita sem separar o bebê da mãe.
Identificar o recém-nascido com pulseira e/ou tornozeleira, constando
nome da mãe, data, hora do nascimento e sexo, caso não sejam
diferenciadas por cor (rosa para as meninas e azul para os meninos).
A pulseira é dupla, com número de série igual (a menor para o bebê e
a maior para a sua mãe, com os mesmos dados).
demais procedimentos técnicos de rotina, como a aferição dos
Os
dados antropométricos, a credeização, a profilaxia da oftalmia
gonocóccica, a aplicação da vitamina K e a vacinação contra hepatite
B não devem ser realizados antes do contato físico entre o recém-
nascido e sua mãe, preferencialmente após a primeira hora de vida.
Ajudar à mãe a começar a amamentar, preferencialmente dentro da
primeira meia hora após o nascimento10.
Estimular o recém-nascido a explorar o peito da sua mãe, lambendo,
cheirando e sugando na 1ª hora após o nascimento forma vínculo,
facilita o processo do aleitamento materno e provoca liberação do
hormônio ocitocina, que irá atuar tanto na ejeção do leite quanto na
contração uterina, diminuindo a perda sanguínea no 3º e 4º períodos
pós-parto.
Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), premiação do Ministério da Saúde a serviços que esti-
10
mulam o aleitamento materno precoce e cumprem os 10 passos necessários para tal, conquistada pela
maioria das unidades da SMSDC-RJ.
93
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Certificar-se de que o bebê está bem posicionado e preparado para
mamar. Oferecer um ambiente favorável respeitando o tempo de cada
mãe e bebê para um primeiro encontro, pleno que proporciona energia,
nutrientes e anticorpos para a proteção no contato com o novo ambiente.
3- Credeização do recém-nascido
Instilação de colírio com o objetivo de prevenir a oftalmia gonocócica
em recém-nascidos. São utilizados colírio de nitrato de prata a 1% ou
pomada de tetraciclina a 1% para olhos. Deve-se aguardar uma ou duas
horas após o nascimento para permitir o contato visual entre mãe e bebê.
Atenção: o medicamento arde e o recém-nascido não consegue abrir os olhos, o que
impedirá que seja aproveitado o período de alerta após o parto para interagir com sua
mãe, caso a credeização seja feita antes deste contato.
lavar as mãos;
conferir medicação de acordo com a técnica de preparo e administração
de medicamento;
colocar o recém-nascido em berço aquecido ou unidade de calor
radiante;
instilar duas gotas de nitrato de prata a 1% no saco conjuntival do
recém-nascido (na pálpebra inferior). Atenção: se instilado diretamente
sobre a córnea poderá causar traumatismo ou lesão;
não permitir que a embalagem do colírio ou pomada toque no olho
do recém-nascido;
manipular cuidadosamente as pálpebras para espalhar a gota;
retirar o excesso de nitrato de prata a 1% das pálpebras e da pele ao
redor dos olhos com gaze embebida em água esterilizada ou boricada.
Atenção: sempre retirar o excesso da solução para não formar uma mancha
marrom ou preta na pele ao redor dos olhos; nunca utilizar soro fisiológico, pois
precipita os sais de prata, provocando queimadura na pele;
enxáguar o medicamento dos olhos do recém-nascido. Motivo: deve-
não
se deixar o nitrato de prata a 1% agir logo após a instilação para que seja eficaz.
confortar o recém-nascido;
registrar no seu prontuário.
94
Centro Obstétrico
OBSERVAÇÃO:
- Para armazenar os frascos do nitrato de prata a 1%, use um vidro de cor
escura (âmbar), com tampas bem ajustadas, conservando ao abrigo da
Iuz e do calor. Motivo: a medicação é fotossensível; atente para o prazo de validade
indicado; habitualmente, o farmacêutico da instituição fornece doses fracionadas, pois
evita que a solução sobrenadante perca a sua ação terapêutica. No final do frasco, o
produto terá maior concentração de nitrato de prata devido aos sais precipitados, podendo
causar conjuntivite química no recém-nascido.
4 - Administração da vitamina K
A aplicação intramuscular de vitamina K tem como objetivo prevenir a
doença hemorrágica do recém-nascido.
lavar as mãos;
conferir medicação de acordo com a técnica preparo e administração
de medicamento;
aspirar 0,1ml (1mg para os recém-nascidos a termo) em seringa de
1ml com agulha descartável nº 13 x 4,5;
utilizar técnicas para diminuição de estresse e dor;
95
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
realizar antissepsia do músculo vastolateral esquerdo com algodão
embebido em álcool a 70% e administrar via intramuscular. Motivo:
ausência de outra massa muscular bem desenvolvida. A aplicação em outros
locais poderá ocasionar necrose, por não haver tecido suficiente para
absorver o medicamento;
padronizar a coxa esquerda para a administração da vitamina K.
Motivo: para posterior controle em caso de intercorrências, uma vez que há outra
injeção intramuscular;
realizar pequena pressão com o algodão após retirar a agulha;
confortar o recém-nato;
registrar em seu prontuário.
OBSERVAÇÃO:
- Cuidados de conservação: a vitamina K deve ficar ao abrigo da luz e
calor. Conservar as ampolas na caixa até o momento do uso. Depois de
aberta, poderá ser utilizada em até 12 horas, se em condições de conser-
vação adequadas. Por ser uma medicação fotossensível, ocorre oxidação
após 12 horas.
lavar as mãos;
conferir medicação de acordo com a técnica preparo e administração
de medicamento;
aplicar no músculo vastolateral da coxa direita (padronizar esse lado:
para posterior controle em caso de intercorrências, uma vez que há outra injeção
intramuscular);
aspirar 0.5ml em seringa de 1ml ou 3ml com agulha descartável de nº
20 x 5,5;
utilizar técnicas para diminuição de estresse e dor para o recém-nascido;
96
Centro Obstétrico
realizar limpeza na região vastolateral da coxa direita com algodão;
administrar pela via intramuscular;
realizar pequena pressão no local com o algodão, ao retirar a agulha;
confortar o recém-nascido;
registrar no cartão da criança, agendando a lápis a segunda dose a ser
administrada no posto de saúde.
OBSERVAÇÃO:
Manter a vacina em isopor com gelo com temperatura mantida entre 2º
e 8°C.
97
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
lavar as mãos;
realizar antissepsia do coto com álcool a 70%. Motivo: por ser incolor, não
irá mascarar no futuro possíveis sinais de infecção como hiperemia e secreção; além
disso, o álcool a 70% desidrata o coto auxiliando a mumificação e queda precoce;
manter o cordão umbilical limpo e seco;
não deixar escorrer álcool para a pele circunvizinha. Motivo: o álcool
desidrata a pele sensível do bebê, predispondo-a a rachaduras e possibilitando
infecção.
98
Centro Obstétrico
99
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
100
Centro Obstétrico
101
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
102
Alojamento Conjunto
Parte III
Alojamento Conjunto
O cuidado à mãe e ao bebê
103
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
104
Alojamento Conjunto
CAPÍTULO VI
O puerpério é definido como o período do ciclo gravídico puerperal
em que as modificações locais e sistêmicas, provocadas pela gravidez e
parto no organismo da mulher, voltam à situação do estado pré-gravídico
(Ministério da Saúde, 2001).
Esse período inicia-se uma a duas horas após a dequitação, com término
influenciado pelo tempo de amamentação ─ sendo, portanto, imprevisto.
Didaticamente, o puerpério é dividido em imediato (1° ao 10° dia), tardio
(11° ao 42°) e remoto (a partir 43° dia).
105
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
106
Alojamento Conjunto
acolher as puérperas de óbito fetal e pós-abortamento
preferencialmente em enfermarias sem recém-nascidos, avaliando
a delicadeza deste momento e, sempre que possível, buscar com a
mulher o melhor espaço para acomodá-la.
instituir prescrição de enfermagem individualizada para a verificação
dos sinais vitais;
comunicar à equipe médica alterações dos sinais vitais.
medir e registrar temperatura axilar de acordo com prescrição de
enfermagem;
a temperatura axilar for maior que 38°C, solicitar avaliação médica.
se
107
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
examinar abdômen, verificando a presença de globo de segurança de
Pinard, altura do fundo uterino e presença de dor à palpação;
observar e registrar a involução uterina diariamente;
auscultar ruídos hidroaéreos para avaliação de peristalse;
observar e registrar presença de distensão abdominal;
fazer expressão manual de coágulos em caso de necessidade;
massagear o útero em caso de hipotonia ou quando estiver acima da
cicatriz umbilical. Não havendo resposta, comunicar ao médico.
Observar e registrar sinais de flogose, presença de edemas, presença
de secreções, deiscências etc.
Orientar à puérpera a lavar a ferida operatória com água e sabão e
mantê-la seca.
6- Avaliação do endométrio/vagina/períneo
O endométrio inicia sua recuperação a partir do 25º dia de pós-parto. O
colo uterino, logo após o parto, encontra-se edemaciado e pode apresen-
tar lacerações. Em torno do 10º dia, estará fechado.
108
Alojamento Conjunto
examinar períneo e genitais externos (sinais de infecção, presença de
edema, lacerações etc.);
observar e registrar as condições de higiene da vulva/períneo;
orientar a puérpera quanto aos cuidados de higiene íntima;
observar as condições de integridade vulvoperineal (sutura de
lacerações ou de episiotomia, edema, hematoma e deiscências);
aplicar bolsa de gelo (até 20 minutos) em caso de edema e hematoma;
encaminhar para avaliação especializada nos casos de complicações
persistentes.
7- Observação da loquiação
observar características do sangramento: odor, coloração e quantidade;
atentar para sinais de hipovolemia/choque e infecção (associar com
temperatura axilar > 38ºC).
109
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
110
Alojamento Conjunto
elevar os membros inferiores em caso de edemas;
pesquisar sinais de trombose venosa profunda e sinais flogísticos.
111
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
facilita o estabelecimento do vínculo afetivo mãe-filho;
previne as complicações hemorrágicas no pós-parto e favorece a
regressão uterina ao seu tamanho normal;
contribui para o retorno mais rápido ao peso pré-gestacional;
é um método natural de planejamento familiar. Para que seja um
método eficaz, é recomendado que seja utilizado até os primeiros
seis meses, quando a criança está em aleitamento materno exclusivo,
em livre demanda, inclusive durante a noite, e que a mãe não tenha
menstruado;
pode reduzir o risco de câncer de ovário e mama;
pode prevenir a osteoporose.
• Para a criança:
112
Alojamento Conjunto
113
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Orientar quanto ao uso de sutiã para manter a mama bem elevada, evi-
tando estases nas porções inferiores da mama;
Massagear delicadamente a mama como um todo com movimentos
circulares da base em direção à aréola;
Procurar estar relaxada, sentada ou em pé, em posição confortável.
Pensar que o bebê pode auxiliar na ejeção do leite;
Curvar o tórax sobre o abdômen, para facilitar a saída do leite e
aumentar o fluxo;
Com os dedos da mão em forma de “C”, colocar o polegar na aréola
ACIMA do mamilo e o dedo indicador ABAIXO do mamilo na
transição aréola/mama, em oposição ao polegar, sustentando o seio
com os outros dedos;
114
Alojamento Conjunto
Usar preferencialmente a mão esquerda para a mama esquerda e a mão
direita para a mama direita, ou usar as duas mãos simultaneamente
(uma em cada mama ou as duas juntas na mesma mama – técnica
bimanual);
Pressionar suavemente o polegar e o dedo indicador, um em direção
ao outro, e levemente para dentro em direção à parede torácica. Evitar
pressionar demais, pois pode bloquear os ductos lactíferos;
Pressionar e soltar, pressionar e soltar. A manobra não deve doer se a
técnica estiver correta. A princípio, o leite pode não fluir, mas depois
de pressionar algumas vezes, o leite começará a pingar. Poderá fluir
em jorros se o reflexo de ocitocina for ativo;
Desprezar os primeiros jatos; assim, melhora a qualidade do leite pela
redução dos contaminantes microbianos;
Mudar a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as
áreas;
Alternar a mama quando o fluxo de leite diminuir, repetindo a
massagem e o ciclo várias vezes. Lembrar que ordenhar leite de peito
adequadamente leva mais ou menos 20 a 30 minutos, em cada mama,
especialmente nos primeiros dias, quando apenas uma pequena
quantidade de leite pode ser produzida;
Podem ser ordenhados os dois seios simultaneamente em um único
vasilhame de boca larga ou em dois vasilhames separados, colocados
um embaixo de cada mama;
Encaminhar, em caso de necessidade, para o banco de leite (em
especial, no caso de mães de bebês que ainda não podem ser
amamentados, como os prematuros);
Orientar quanto à importância da doação a um Banco de Leite, caso
haja excesso de produção de leite;
Orientar quanto aos perigos da amamentação cruzada.
Atenção!
nos casos de inibição de lactação (natimortos, neomortos ou doenças
infecto-contagiosas), são etapas da conduta de enfermagem:
115
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
conferir identificação das pulseiras, checando-as com o prontuário;
realizar exame físico cefalocaudal;
mensurações;
fazer os registros no livro do setor e na folha única do prontuário
indicando: data e hora da chegada do RN, procedência, sexo do RN,
tipo de parto e idade gestacional.
Exame Físico do RN
Tem como objetivo a avaliação do estado geral do RN, com
vistas à identificação precoce de sinais de anormalidade. Será
feito, preferencialmente, no leito da mãe para orientá-la. O
exame deverá ocorrer o mais próximo possível da hora da che-
gada do RN ao AC. A enfermeira é responsável por este pro-
cedimento. O material necessário é o estetoscópio pediátrico.
São etapas da realização do exame físico do RN:
lavar as mãos;
despir o RN;
visualizar, de forma global, o RN, avaliando atividade e reatividade a
estímulos;
observar coloração e integridade de pele e mucosas;
testar sucção com a mão do RN ou com a mão enluvada do
examinador;
verificar o perímetro cefálico (quando ainda não houver ocorrido na
sala de parto);
1
Texto extraido do MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM EM
NEONATOLOGIA da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, 2008. Adaptado ao estilo de
descrição escolhido para o conjunto de diretrizes clínicas sem alterar seu conteúdo.
116
Alojamento Conjunto
verificar frequência cardíaca;
observar padrão respiratório;
inspecionar abdômen;
observação de coto umbilical;
observação da genitália externa com verificação de presença de
anormalidades;
observação de presença de eliminações vesicointestinais;
vestir o RN;
lavar as mãos.
lavar as mãos corretamente;
retirar o termômetro da embalagem e passar algodão com álcool a
70% do bulbo para extremidade;
117
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
segurar com firmeza o corpo do termômetro e sacudi-lo até que a
coluna de mercúrio atinja a marca de 35ºC;
colocar o termômetro na região axilar comprimindo o braço do RN
ao encontro do tórax;
após 4 minutos, retirar o termômetro sem tocar no bulbo e ler a
temperatura;
registrar o valor encontrado;
limpar o termômetro após cada verificação com álcool a 70%.
lavar as mãos corretamente;
fazer a limpeza do estetoscópio com álcool a 70%;
colocar o estetoscópio no hemitórax esquerdo próximo ao esterno;
contar os batimentos cardíacos por 16 segundos e multiplicar por 4;
registrar o valor encontrado.
lavar as mãos corretamente;
contar a frequência respiratória pelos movimentos abdominais em 1min;
registrar o valor encontrado.
Pesagem
O controle do peso tem como objetivo acompanhar o crescimento e
desenvolvimento do RN, servindo como parâmetro para conduta me-
dicamentosa e o diagnóstico de alterações fisiológicas. Toda equipe de
enfermagem é responsável pelo procedimento que deve ser realizado
diariamente até a alta. Seguem as etapas do processo:
fazer limpeza prévia do prato da balança com álcool a 70%;
colocar lençol ou outro pano que possa enrolar o bebê sobre o prato
da balança;
118
Alojamento Conjunto
tarar a balança, por meio do botão específico na digital ou do peso de
regulagem na manual;
colocar o RN despido, enrolado em lençol fino (com peso previamente
conhecido), no prato da balança ou na área central;
aguardar estabilização do peso, na digital ou na manual;
retirar o RN da balança e desligá-la;
fazer registro do peso;
desprezar o papel-toalha e fazer nova desinfecção do prato da balança
com álcool a 70%;
lavar as mãos.
119
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Higienização Corporal do RN
Banho
O banho caracteriza-se por um nível alto de manipulação do
bebê. Essas manipulações podem produzir diversas reações
no recém-nascido. Trata-se de uma situação que propicia uma
série de trocas e ajustes interacionais entre o adulto e a criança
e, portanto, potencialmente, reveladora das características da
reação do RN aos tipos de manipulações e da adequação do
procedimento. O banho nos bebês normais tem sido descrito
como algo prazeroso, pois lembra o ambiente líquido e quente caracte-
rístico do útero materno.
120
Alojamento Conjunto
121
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Troca de fralda
Tem como finalidade promover conforto, evitando dermatite de fralda
e afecções do trato urinário. A responsabilidade é de toda a equipe de
enfermagem inicialmente, com vistas a que este procedimento possa ser
realizado pela mãe. Deve ser efetuado sempre que houver necessidade.
São etapas do processo:
lavar as mãos;
calçar as luvas, no caso de profissional de saúde;
retirar a fita adesiva da fralda com delicadeza, devido ao ruído
excessivo;
observar a integridade da pele;
limpar região perineal de dentro para fora, com algodão umedecido
em água morna;
limpar região perianal e nádegas, lateralizando o bebê – nunca elevar
seus quadris pelas pernas;
secar a pele com ajuda de panos macios ou algodão;
utilizar pomadas ou cremes, quando indicado e prescrito;
colocar fralda limpa, observando o tamanho apropriado;
posturar o bebê em seu leito;
organizar material utilizado;
retirar as luvas e lavar as mãos;
registrar em folhas próprias quantidade, características das eliminações
e integridade da pele.
122
Alojamento Conjunto
São informações que têm por objetivo esclarecer, orientar e dar segurança
à mãe no que diz respeito ao seu estado e do seu filho, bem como as alte-
rações fisiológicas previstas. Devem permear todo o período de internação
até a alta propriamente dita. Toda a equipe de saúde deve estar comprome-
tida com estas ações. As etapas do processo são descritas a seguir.
Certificar-se da alta hospitalar da puérpera e/ou RN através de
comunicado médico na folha de evolução, prescrição médica ou
sumário de alta, preenchido e assinado pelo médico responsável;
Reenfatizar temas já abordados até o momento da alta, a saber:
• aleitamento materno;
• higiene do RN;
• cuidados com o coto;
• modificações fisiológicas do RN - descamação cutânea, eliminações
(tipo de evacuações), queda de cabelo;
• cuidados especiais, medicações etc.
• noções de higiene materna, nutrição e atividade sexual;
Mensurar comprimento e PC do RN e Peso registrada em impresso
próprio;
Fornecer à mãe ou responsável o Cartão da Criança devidamente
preenchido;
123
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Promover registros no livro do setor e folha única constando hora e
encaminhamentos realizados;
Realizar agendamento para o Projeto Acolhimento Mãe-Bebê /
Mulher, encaminhar a cliente junto com seu bebê para Unidade Básica
de Saúde mais próxima de sua residência, com marcação para o 5º dia
útil pós-parto, para revisão puerperal, retirada de pontos, vacinação,
teste do pezinho, planejamento familiar;
Registrar o agendamento em impresso próprio a ser lançado na
planilha de Controle Diário de Referência para Unidade Básica, onde
estão listadas todas as unidades do município do Rio de Janeiro;
Orientar a cliente oriunda de outro município a procurar a unidade básica
mais próxima de sua residência e também lançar na referida planilha;
Preencher o impresso Alta Hospitalar com: nome da cliente, data e
hora da saída e se há outro(s) RN recebendo alta no mesmo período.
Neste impresso, também deverá constar o nome do profissional que
está liberando a paciente, e o número de sua matrícula;
Orientar a cliente que este impresso deverá ser entregue na portaria,
no momento de saída da unidade;
Solicitar à equipe de limpeza a desinfecção terminal do leito vago,
deixando-o em condições para uma nova internação;
124
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
Parte IV
125
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
126
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
CAPÍTULO vii
127
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Admissão
Providenciar o preparo do leito destinado à cliente;
Cabe à enfermeira:
Avaliar os níveis de complexidade de cuidado estabelecendo as
prioridades;
Instituir a sistematização da assistência de enfermagem - histórico,
exame físico e gineco-obstétrico, diagnóstico, prescrição e evolução
de enfermagem - através da avaliação materno-fetal que consiste em:
128
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
identificar sinais e sintomas clínicos, queixas gerais referidas, idade
gestacional; peso; hábitos, alergias alimentares e estado nutricional;
uso de drogas lícitas ou ilícitas; alergia a medicamentos; presença de
edema; presença e características das eliminações vesicointestinais;
perdas transvaginais; condições de higiene; a altura, atividade e tônus
uterino; estática fetal; movimentação fetal e batimentos cardiofetais
(BCF) com sonar dopller ou cardiotocógrafo (CTG), se necessário.
Realizar aprazamento de prescrição médica, carimbar e assinar ao final.
Período de Internação
Avaliar diariamente as condições materno-fetais e a efetividade dos cui-
dados prestados, promovendo a adequação do planejamento de enferma-
gem instituído;
129
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Alta
Conferir no prontuário da cliente o registro de alta hospitalar;
130
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
131
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
• Cuidados de enfermagem
Conforme o estado geral da gestante, ela será encaminhada à enfermaria
ou ao setor de cuidados semi-intensivos ou intensivos. Os cuidados des-
critos a seguir, de maneira generalizada, deverão ser individualizados e
adequados à realidade que se apresente.
132
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
133
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Realizar cateterização vesical de demora para controle de diurese e
balanço hídrico;
Monitoração dos sinais vitais.
ATENÇÃO especial para:
- Frequência respiratória < 16 irpm horária;
- Diurese < 30 ml/hora;
- Alteração do reflexo patelar.
Síndromes Hemorrágicas
134
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
• Cuidados de enfermagem
Acolher e encaminhar a paciente ao leito, apoiá-la emocionalmente,
esclarecê-la de possíveis dúvidas e orientá-la quanto à permanência
no leito;
Orientar a gestante e/ou seu acompanhante quanto ao funcionamento
e rotinas do setor;
Registrar horário de admissão e condições gerais da paciente;
Observar e registrar nível de consciência e grau de orientação no
tempo e no espaço;
Puncionar acesso venoso periférico, de preferência utilizar um cateter
de grosso calibre e colher amostra sanguínea para exames laboratoriais
de emergência;
Manter hidratação venosa com solução fisiológica a 0,9% para
prevenir o choque hipovolêmico, conforme prescrição médica;
Instituir o processo de enfermagem, realizando exame físico clínico
e gineco-obstétrico, prescrição de enfermagem que será reavaliada
diariamente ou sempre que necessário;
Verificar e registrar os sinais vitais (SV), conforme prescrição
de enfermagem, instituindo as medidas cabíveis face aos valores
encontrados; atentar que os SV podem alertar para possíveis processos
infecciosos ou choque hipovolêmico (aumento da temperatura
corporal, taquicardia, dispneia etc.);
Instituir balanço hídrico (atentar para a perda sanguínea transvaginal:
volume, cor e odor);
135
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Avaliar atividade e tônus uterino;
Implementar terapêutica medicamentosa prescrita;
Preparar a paciente para procedimento cirúrgico, quando indicado;
Avaliar a evolução das condições físicas e emocionais da cliente, após
o procedimento;
Realizar o Acolhimento Mulher, garantindo a continuidade da atenção
em nível ambulatorial.
• Cuidados de enfermagem
Acolher e encaminhar a paciente ao leito, apoiá-la emocionalmente,
esclarecê-la de possíveis dúvidas e orientá-la quanto à necessidade
de repouso no leito;
Orientar a gestante e/ou seu acompanhante, se for o caso, quanto ao
funcionamento e rotinas do setor;
136
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
Registrar horário de admissão e condições gerais da paciente;
Observar e registrar nível de consciência e grau de orientação no
tempo e no espaço;
Puncionar acesso venoso periférico, de preferência utilizar um cateter
de grosso calibre e colher amostra sanguínea para exames laboratoriais
de emergência;
Instituir o processo de enfermagem, realizando exame físico, clínico
e gineco-obstétrico, prescrição de enfermagem que será reavaliada
diariamente ou sempre que necessário;
Monitorar os sinais vitais conforme prescrição de enfermagem ou,
ainda, sempre que necessário;
Avaliar perda sanguínea transvaginal: volume, cor, odor;
Avaliar atividade e tônus uterino.
137
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
• Cuidados de enfermagem
Encaminhar a paciente ao leito com grades protetoras, fontes de
oxigênio, vácuo e ar comprimido montados e com material de
emergência adequado à mão, apoiá-la emocionalmente, esclarecê-la
de possíveis dúvidas e orientá-la quanto à necessidade de repouso
no leito;
- Orientar a gestante e/ou seu acompanhante quanto ao funcionamento
e rotinas do setor;
- Registrar horário de admissão e condições gerais da paciente;
- Observar e registrar nível de consciência e grau de orientação no
tempo e no espaço;
- Verificar e registrar os sinais vitais (SV), conforme prescrição
de enfermagem, instituindo as medidas cabíveis face aos valores
encontrados. Atentar que os SV podem alertar para possíveis processos
infecciosos ou choque hipovolêmico (aumento da temperatura
corporal, taquicardia, dispneia etc.);
Puncionar acesso venoso periférico, de preferência utilizar um cateter
de grosso calibre e colher amostra sanguínea para exames laboratoriais
de emergência;
Manter permeabilidade venosa, para garantir a reposição volêmica/
correção de coagulopatias;
Realizar cateterismo vesical;
Instituir balanço hídrico (atentar para a perda sanguínea transvaginal:
volume, cor e odor);
Implementar terapêutica medicamentosa prescrita;
Instituir o processo de enfermagem, realizando exame físico, clínico
e gineco-obstétrico, prescrição de enfermagem que será reavaliada
diariamente ou sempre que necessário.
138
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
139
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Encaminhar a paciente ao leito com grades protetoras, fontes de
oxigênio, vácuo e ar comprimido montados e com material de
emergência adequado à mão, apoiá-la emocionalmente, esclarecê-la
de possíveis dúvidas e orientá-la quanto à necessidade de repouso
no leito;
Orientar a gestante e/ou seu acompanhante quanto ao funcionamento
e rotinas do setor;
Registrar horário de admissão e condições gerais da paciente;
Observar e registrar nível de consciência e grau de orientação no
tempo e no espaço;
Verificar e registrar os sinais vitais (SV), conforme prescrição de
enfermagem, instituindo as medidas cabíveis face aos valores
encontrados; atentar que os SV podem alertar para possíveis processos
de choque hemorrágico e/ou hipovolêmico (hipotensão arterial,
taquicardia, dispneia etc.);
Puncionar acesso venoso periférico, de preferência utilizar um cateter
de grosso calibre e colher amostra sanguínea para exames laboratoriais
de emergência;
Manter permeabilidade venosa, para garantir a reposição volêmica/
correção de coagulopatias;
Realizar cateterismo vesical;
Instituir balanço hídrico (atentar para a perda sanguínea transvaginal:
volume, cor e odor);
Implementar terapêutica medicamentosa prescrita;
Instituir o processo de enfermagem realizando exame físico clínico
e gineco-obstétrico, prescrição de enfermagem que será reavaliada
diariamente ou sempre que necessário.
2
Dado extraído do relatório anual (2006) do Comitê Municipal de Prevenção e Controle da Mortalidade
Materna, SMS-RJ.
140
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
• Cuidados de enfermagem
Acolher e encaminhar a cliente ao leito, apoiá-la emocionalmente,
orientá-la sobre a importância do repouso no leito, de preferência em
decúbito lateral esquerdo;
Orientar a gestante e/ou seu acompanhante quanto ao funcionamento
e rotinas do setor;
Registrar horário de admissão e condições gerais da paciente;
Observar e registrar nível de consciência e grau de orientação no
tempo e no espaço;
Orientar a cliente sobre a higiene perineal rigorosa, bem como a troca
de absorventes perineais sempre que necessário;
Indagar sobre movimentos fetais ativos, se idade gestacional for maior
ou igual a 20ª semana;
141
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Monitorar atividade e tônus uterino;
Averiguar para as perdas transvaginais, atentando para características
como cor, odor e volume das perdas;
Manter acesso venoso e colher amostra sanguínea para exames
laboratoriais de emergência;
Instituir o processo de enfermagem, realizando exame físico, clínico e
obstétrico, prescrição de enfermagem que será reavaliada diariamente
ou sempre que necessário;
Verificar e registrar os sinais vitais (SV) conforme prescrição de
enfermagem, instituindo as medidas cabíveis face aos valores
encontrados; atentar que os SV podem alertar para possíveis processos
infecciosos ou choque hipovolêmico (aumento da temperatura
corporal, taquicardia, dispneia etc.);
Implementar terapêutica medicamentosa prescrita;
Auscultar BCF;
Evitar toques vaginais desnecessários;
Atentar quanto ao material estéril para os toques vaginais;
Atentar quanto ao risco de prolapso do cordão umbilical;
Colher amostras de sangue para leucograma seriado conforme rotina
da instituição;
Atentar quanto aos sinais de infecção materna: febre, dor à palpação
abdominal, alterações do líquido amniótico (principalmente purulência
e fetidez) e taquicardia fetal.
142
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
Diabetes Mellitus
Classificação:
• Diabetes pré-gestacional - inclui o diabetes prévio à gravidez: tipo 1,
tipo 2 ou outros;
• Diabetes gestacional - diagnosticado durante a gravidez.
• Cuidados de enfermagem
Acolher e encaminhar a paciente ao leito, apoiá-la emocionalmente,
esclarecê-la de possíveis dúvidas e orientá-la quanto ao repouso
relativo no leito, de preferência em decúbito lateral esquerdo (DLE).
Orientar a gestante e/ou seu acompanhante quanto ao funcionamento
e rotinas do setor;
Registrar horário de admissão e condições gerais da paciente;
Observar e registrar nível de consciência e grau de orientação no
tempo e no espaço;
Puncionar acesso venoso periférico, de preferência utilizar um cateter
de grosso calibre e colher amostra sanguínea para exames laboratoriais
de emergência;
Manter hidratação venosa com solução fisiológica a 0,9% para
prevenir o choque hipovolêmico, conforme prescrição médica;
Instituir o processo de enfermagem realizando exame físico, clínico
e gineco-obstétrico, prescrição de enfermagem que será reavaliada
diariamente ou sempre que necessário;
Verificar e registrar os sinais vitais (SV), conforme prescrição
de enfermagem, instituindo as medidas cabíveis face aos valores
encontrados;
Avaliar atividade e tônus uterino;
143
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Implementar terapêutica medicamentosa prescrita;
Indagar sobre movimentos fetais ativos, se idade gestacional for maior
ou igual que 20 semanas;
Avaliar altura uterina e circunferência abdominal;
Pesar diariamente em jejum a gestante;
Auscultar BCF;
Informar à gestante sobre a sua condição clínica;
Orientar quanto ao efeito materno-fetal do diabetes;
Atentar quanto aos sinais de infecção, principalmente urinária;
Realizar e registrar haemoglucoteste nos horários padronizados ou
quando necessário;
Observar rigorosamente a dosagem e tipo de insulina (NPH ou
regular) a ser administrada;
Realizar o rodízio do local de aplicação da insulina;
Orientar a cliente quanto ao autocuidado;
Manter hidratação com soro glicosado a 5% e a verificação dos níveis
glicêmicos de forma regular, através do haemoglucotest, nos casos de
jejum prolongado para interrupção da gravidez;
Atentar quanto aos sinais e sintomas de hiperglicemia: poliúria,
polidipsia, mal-estar, sensação de “vazio” na cabeça, diminuição do
turgor cutâneo, mucosas secas, alterações da consciência, taquicardia,
letargia, coma e convulsão;
Atentar quanto aos sinais e sintomas de hipoglicemia: tremores,
dormência perioral, sudorese intensa, palidez, palpitações, fome
intensa, visão turva, tonturas, cefaleia, irritabilidade, distúrbios de
comportamento,convulsão, perda da consciência e coma.
144
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
Infecção Puerperal
O conceito de infecção puerperal está diretamente ligado ao de morbi-
dade febril puerperal, que é a temperatura de, no mínimo, 38ºC durante
dois dias quaisquer, dos primeiros 10 dias pós-parto, excluíndo as 24
horas iniciais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
• Cuidados de enfermagem
Realizar exame físico gineco-obstétrico/clínico diário (atentar para
as alterações das mamas e dos mamilos, da ferida operatória ou da
episiotomia, da loquiação - odor e coloração e eliminações vesicais);
145
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Verificar e registrar os sinais vitais (SV), conforme prescrição
de enfermagem, instituindo as medidas cabíveis face aos valores
encontrados;
Realizar avaliação do 5º sinal vital – DOR (localização, duração e
intensidade);
Observar e avaliar as mamadas e corrigir, caso necessário, a posição e
pega da aréola;
Orientar e realizar a massagem e ordenha das mamas e/ou solicitar
apoio do banco de leite;
Realizar punção de veia periférica, nos casos em que a equipe médica
instituir o tratamento com antibioticoterapia venosa;
Realizar curativo da ferida operatória ou episiotomia, de acordo com
as orientações dos manuais técnicos do Ministério da Saúde;
Realizar avaliação dos resultados dos exames laboratorias, como
hemograma completo e EAS, e comunicar/encaminhar ao médico
quando da existência de alguma alteração.
146
O Cuidado à Gestante de Alto Risco
Parte V
147
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
148
O Cuidado à Mãe e ao Bebê no Pós-Natal Ambulatorial
149
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Observar e avaliar posicionamento, pega e sucção do RN ao seio
materno;
Investigar aleitamento exclusivo e risco para desmame;
caso de necessidade, encaminhar ao Banco de Leite (da unidade
Em
ou referenciado);
Investigar a realização do teste do pezinho, vacinas (Hepatite B e
BCG).
CONCLUSÃO
A enfermagem obstétrica da SMSDC do Rio de Janeiro, representada
nesta produção por este grupo técnico, reitera que sua prática tem, como
premissa maior, a concordância com os estudos realizados e apoiados
pela cientificidade, que constituem a chamada “atenção baseada em evi-
dências”. Nessa linha de entendimento, apoiamos a orientação emitida
pelo Ministério da Saúde relativa à atenção a partos de que: “os bene-
fícios e, em decorrência, os melhores resultados maternos e perinatais
relacionam-se diretamente à assistência humanizada, respeitando-se os
direitos da parturiente, resgatando o seu papel como protagonista e in-
centivando o parto natural.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001. p.86).
150
Bibliografia
Bibliografia
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Bibliografia
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
154
Anexos
Anexos
Anexo A
155
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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Anexos
157
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
158
Anexos
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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Anexo B
i) consulta de Enfermagem;
j) prescrição da assistência de Enfermagem;
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação
de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde
pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde;
160
Anexos
Resolução COFEN-159/1993
161
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Resolução COFEN-195/1997
162
Anexos
Anexo C
163
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
164
Anexos
Anexo D
165
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
166
Anexos
167
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
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