Seminário Teoria Institucional
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TEORIA INSTITUCIONAL
Marco Aurlio Garcia Rosa Juliano Domingues da Silva
Teoria da Organizaes - Prof. Dra. Elisa Yoshie Ichikawa
Introduo
Mito e Cerimni a
Teoria Institucional
Processo Institucion al
Crticas e contribui es
MEYER, J. W.; ROWAN, B. Institutionalized organizations: formal structures as myth and ceremony. American Journal of Sociology, v. 83. 1977.
INTRODUO
O artigo argumenta que as estruturas formais de muitas organizaes na sociedade ps-industrial (Bell 1973) refletem dramaticamente os mitos de seus ambientes institucionais, em vez das exigncias de suas atividades de trabalho. Muitas estruturas organizacionais formais surgem como reflexos de regras institucionais racionalizadas. Regras institucionais funcionam como mitos que as organizaes incorporam, ganhando legitimidade, recursos, estabilidade e reforo na perspectivas de sobrevivncia.
INTRODUO
nas sociedades modernas estruturas organizacionais formais surgem em contextos altamente institucionalizados. Profisses, polticas e programas so criados juntamente com os produtos e servios . as organizaes so levadas a incorporar as prticas e procedimentos definidos pelo conceitos racionalizados de trabalho organizacional e institucionalizados na sociedade. Organizaes que fazem isto aumentam sua legitimidade e suas perspectivas de sobrevivncia, independente da eficcia imediata das prticas e procedimentos adquiridos.
Desenvolvimento do artigo
A primeira parte do artigo descreve teorias prevalecentes sobre as origens das estruturas formais e o principal problema ao confrontar as teorias. A segunda parte discute uma fonte alternativa de estruturas formais: mitos embutidos no ambiente institucional.
A terceira parte desenvolve o argumento de que as organizaes refletem ambientes institucionalizados mantendo diferenas entre as estruturas formais e suas atividades de trabalho em andamento. A parte final resume e discute algumas implicaes da pesquisa.
Uma distino ntida deve ser feita entre a estrutura formal de uma organizao e suas atuais atividades de trabalho do dia-a-dia.
A estrutura formal um plano de atividades, incluindo, sobretudo, o organograma, departamentos, cargos e programas. Estes elementos esto ligados por metas e polticas que compem uma teoria racional de como, e com que fim, as atividades devem ser explicitamente encaixadas.
A essncia de uma organizao burocrtica moderna reside no carter racionalizado e impessoal desses elementos estruturais e das metas que os ligam.
Um dos principais problemas na teoria da organizao descrever as condies que do origem a estrutura formalmente racionalizada. Como os mercados se expandem, as redes relacionais em um determinado domnio tornam-se mais complexas e diferenciadas, e organizaes nesse domnio devem gerenciar mais as interdependncias internas e seus limite de abrangncia.
Fatores como tamanho (Blau 1970) e tecnologia (Woodward 1965) aumentam a complexidade das relaes internas, e a diviso do trabalho entre as organizaes aumenta o limite de abrangncia do problemas (Aiken e Hage 1968; Freeman de 1973; Thompson 1967).
O problema.
Teorias prevalecentes assumem que a coordenao e o controle das atividades so as dimenses crticas que organizaes formais conseguiram no mundo moderno. Esta suposio baseada na viso de que organizaes funcionam formalmente de acordo com seus projetos: a coordenao de rotina, regras e rotinas so seguidas, e as atividades reais esto em conformidade com as prescries da estrutura formal. Mas grande parte da pesquisa emprica em Organizaes lana dvidas sobre essa hiptese. Uma gerao anterior de pesquisadores concluiu que havia uma grande lacuna entre organizaes formais e informais (por exemplo, Dalton de 1959, Downs 1967, Homans 1950).
Uma observao relacionada que organizaes formais possuem, muitas vezes, baixo agrupamento (March e Olsen, 1976; Weick 1976): elementos estruturais esto fracamente ligados uns aos outros e s atividades, as regras so muitas vezes violadas, decises muitas vezes no so implementadas ou se implementadas tm consequncias incertas, tecnologias so de eficincia problemtica e sistemas de avaliao e inspeo so subvertidos ou tornados to vagos que proporcionam pouca coordenao.
Muitas das posies, polticas, programas e procedimentos das organizaes modernas so aplicadas pela opinio pblica, pelos pontos de vista de componentes importantes, pelo conhecimento legitimado atravs do sistema educacional, pelo prestgio social, pelas leis e pelas definies de negligncia e prudncia utilizada pelos tribunais.
Tais elementos de estrutura formal so manifestaes de poderosas regras institucionais que funcionam como mitos altamente racionalizados que so obrigatrias para organizaes particulares.
Muitos programas organizacionais formalizados tambm esto institucionalizados na sociedade. Ideologias definem as funes necessrias para um negcio - como vendas, produo, publicidade ou de contabilidade; para uma universidade - como o ensino e pesquisa em histria, engenharia e literatura, e para um hospital - como a cirurgia, medicina interna, e obstetrcia. Tais classificaes de funes organizacionais, e as especificaes para a realizao de cada funo, so frmulas pr-fabricadas disponveis para uso por qualquer organizao. Da mesma forma, tecnologias so institucionalizadas e tornam-se
O impacto de tais elementos institucionais racionalizadas sobre as organizaes e situaes de organizao enorme. Estas regras definem novas situaes de organizao, redefinem as existentes e especificam os meios para lidar racionalmente com cada um. Elas permitem, e exigem muitas vezes que os participantes da organizao sigam ao longo de linhas prescritas.
E elas se espalham muito rapidamente na sociedade moderna como parte da ascenso da sociedade ps-industrial (Bell, 1973).
Os blocos de construo para as organizaes passaram se encher em torno da paisagem social, que leva apenas um pouco de energia empreendedora para mont-los em uma estrutura. E por estes blocos de construo serem considerados apropriados, adequados, racionais e necessrios, as organizaes devem incorpor-los para evitar a ilegitimidade.
Assim, os mitos construdos em elementos institucionais racionalizados criam a necessidade, a oportunidade e o estmulo a organizao de forma racional.
Proposio 1. Como as regras institucionais racionalizadas surgem em determinados domnios da atividade de trabalho, as organizaes formais formam e expandem, incorporando essas regras como elementos estruturais.
1A) como mitos institucionalizados definem novos domnios de atividade racionalizada, organizaes formais emergem nestes domnios.
1B) Como mitos institucionais racionalizados surgem em domnios de atividade existentes, as organizaes existentes expandem suas estruturas formais, de modo a tornar-se isomrficas com esses novos mitos.
Proposio 2. Quanto mais modernizada a sociedade, mais ampliada a estrutura institucional racionalizada em determinados domnios e maior o nmero de domnios que contm instituies racionalizadas.
Instituies modernas, ento, so completamente racionalizadas, e esses elementos racionalizados atuam como mitos que do origem a uma organizao mais formal.
Quando as proposies 1 e 2 so combinados, duas ideias mais especficas surgem: 2A) As organizaes formais so mais propensas a surgir em sociedades mais modernizadas, mesmo com a complexidade das redes relacionais imediatas mantida constante. 2B) As organizaes formais em um determinado domnio de atividade tendem a ter estruturas mais elaboradas em sociedades mais modernizadas, mesmo com a
A observao no nova, que as organizaes so estruturadas por fenmenos em seus ambientes e tendem a se tornar isomrfico com eles. Uma explicao para esse isomorfismo que as organizaes formais atendem seus ambientes por meio do intercmbio e interdependncias tcnicas. (Thompson,1967).
A segunda que as organizaes de modo estrutural reflete a realidade socialmente construda (Berger e Luckmann, 1967).
Este ponto de vista sugerido no trabalho de Parsons (1956) e Udy (1970), que veem as organizaes como em grande parte condicionadas por seus ambientes institucionais gerais e, portanto, como instituies, em
Muito alm das inter-relaes ambientais sugeridas nas teorias de sistemas abertos, as teorias institucionais em suas formas extremas definem organizaes como encenaes dramticas dos mitos racionalizados que permeiam as sociedades modernas, ao invs de unidades envolvidas em troca - no importa o quo complexo - com seus ambientes.
As duas explicaes do isomorfismo ambiental no so totalmente inconsistentes. Ambas organizaes lidam com seus ambientes em suas fronteiras e imitam elementos ambientais em suas estruturas. No entanto, as duas linhas de explicao tm implicaes muito diferentes para os processos organizacionais internos. Os mitos da burocratizao causada em parte pela proliferao de mitos racionalizados na sociedade, e este por sua vez, em envolve a evoluo de todo o sistema institucional moderno.
Isomorfismo com instituies ambientais tem algumas consequncias importantes para as organizaes:
(a) eles incorporam elementos que so legitimados externamente, em vez de em termos de eficincia, (b) empregam critrios de avaliao externos para definir o valor dos elementos estruturais, e
Como resultado o isomorfismo institucional promove o sucesso e sobrevivncia das organizaes. Incorporando estruturas formais legitimadas externamente, aumenta o comprometimento dos participantes internos e externos. E a utilizao de critrios de avaliao externa - isto , voltada para o status de uma subunidade da sociedade e no a um sistema separado - pode permitir que uma organizao permanea bem sucedida por definio social, reduzindo as chances de fracasso.
Ao projetar uma estrutura formal que adere s prescries de mitos do ambiente institucional, uma organizao demonstra que est agindo com base em propsitos avaliados coletivamente de forma adequada e suficiente (Dowling e Pfeffer, 1975; Meyer e Rowan, 1975). A incorporao de elementos institucionalizados fornece uma explicao (Scott e Lyman 1968) de suas atividades, que protege a organizao de ter sua conduta questionada, ou seja, a organizao legtima e usa tal legitimidade para reforar o seu apoio e garantir a sua sobrevivncia.
Nas organizaes ambientes institucionalmente elaborados tambm se tornaram sensveis e empregam, critrios externos de valor. Esses critrios incluem, por exemplo, prmios cerimoniais, como o Prmio Nobel, endossos por pessoas importantes ou o prestgio de programas ou de pessoal em crculos sociais externos. A incorporao de estruturas com elevado valor cerimonial, tais como aqueles que refletem o pensamento mais recente ou aqueles com mais prestgio, faz com que a organizao tenham uma posio de crdito mais favorvel. Emprstimos, doaes ou investimentos so mais facilmente obtidos.
Estabilizao.
O surgimento de um ambiente institucional complexo estabiliza as relaes organizacionais internas e externas. Estados centralizados, associaes comerciais, sindicatos, associaes profissionais e coalizes entre organizaes padronizam e estabilizam (Starbuck em 1976). Por exemplo, independente de as escolas educarem os alunos ou hospitais curarem os doentes, as pessoas e rgos governamentais continuam comprometidos com estas organizaes.
Assim, sucesso organizacional depende de fatores que no seja eficincia, coordenao e controle das atividades produtivas. Independente de sua eficincia produtiva, organizaes inseridas em ambientes institucionais altamente complexos e que tenham sucesso em tornar-se isomrficas com esses ambientes ganham a legitimidade e os recursos necessrios para sobreviver. Em parte, isso depende de processos ambientais e sobre a capacidade de determinada liderana organizacional para moldar esses processos (Hirsch, 1975).
Tambm isso depende da capacidade de determinadas organizaes que se conformam e tornam-se legitimada por instituies ambientais
Proposio 3: As organizaes que incorporam elementos racionalizados socialmente legitimados em suas estruturas formais maximizam a sua legitimidade e aumentam seus recursos e capacidades de sobrevivncia.
Esta proposio afirma que as perspectivas de sobrevivncia a longo prazo das organizaes aumentam medida que as estruturas do Estado sejam mais complexas e as organizaes respondam s regras institucionalizada
De certo modo todas as organizaes so incorporadas em contextos relacionais e institucionalizados e, portanto, esto preocupadas com a coordenao e o controle de suas atividades e em dar explicaes prudentes sobre os mesmos. Organizaes em ambientes altamente institucionalizado enfrentam contingncias internas e externas.
Por exemplo, as escolas devem transportar estudantes de volta para suas casas, em determinadas circunstncias, e deve ceder salas de aula para professores, alunos.
Tipos de Organizaes
Mitos institucionalizados diferem na perfeio com a qual eles descrevem relaes de causa e efeito, e na clareza com que eles descrevem os padres que devem ser utilizados para avaliar sadas (Thompson, 1967). Algumas organizaes usam tecnologias de rotina e claramente definidos para produzir sadas. Quando a sada pode ser facilmente avaliada um mercado muitas vezes se desenvolve e os consumidores ganham direitos considerveis de inspeo e controle. Neste contexto, a eficincia muitas vezes determina o sucesso.
Cada vez mais, organizaes como escolas, unidades de T & D, e as burocracias governamentais, usam tecnologias ambguas variveis para produzir resultados que so difceis de avaliar, e outras organizaes com tecnologias bem definidas encontram-se incapazes de se adaptar turbulncia ambiental. As incertezas das contingncias tcnicas imprevisveis ou de se adaptar s mudanas ambientais no podem ser resolvidos com base na eficincia. Os participantes internos e os componentes externos requerem regras institucionalizadas que promovam a confiana e credibilidade nas produes e protejam as organizaes do fracasso (Emery e Trist,
Assim, pode-se conceber um continuum ao longo do qual as organizaes podem ser ordenadas.
De um lado esto as organizaes de produo sob fortes controles de sada (Ouchi e McGuire 1975), cujo sucesso depende da gesto de redes relacionais. No outro extremo esto as organizaes institucionalizada, cujo sucesso depende da confiana e da estabilidade alcanada por isomorfismo com as normas institucionais.
Um trabalhador doente deve ser tratado por um mdico com procedimentos mdicos aceitos, se o trabalhador tratado de forma eficaz menos importante. A empresa de nibus deve atender rotas necessrias existindo ou no muitos passageiros. A universidade deve manter departamentos competentes, independentemente de matrculas dos departamentos. Ou seja, a atividade tem um significado ritual: mantm as aparncias e valida uma organizao.
Muitas vezes, as organizaes enfrentam o dilema que as atividades que seguem regras institucionais, embora as despesas cerimoniais pode ser considerada justificada, os custos so altos a partir do ponto de vista da eficincia.
Por exemplo, a contratao de um ganhador do Prmio Nobel traz grandes benefcios cerimoniais de uma universidade, mas a um alto custo. No entanto, pode ser muito importante na manuteno da
Resolver inconsistncias
Primeiro, uma organizao pode resistir as exigncias cerimoniais. Mas uma organizao que negligencia as exigncias cerimoniais e
retrata-se como eficiente pode no ter sucesso em documentar a sua eficincia. Alm disso, rejeitar as exigncias cerimoniais negligenciar uma importante fonte de recursos e estabilidade.
Segundo, uma organizao pode manter a conformidade rgida a prescrio institucionalizadas cortando relaes externas.
Embora tal isolamento defenda as exigncias cerimoniais, os participantes internos e externos constituintes podem em breve se tornar desiludido com a sua incapacidade de gerenciar o intercmbio que transpasse suas fronteiras.
Resolver inconsistncias
H quatro solues parciais para essas inconsistncias. Terceiro, uma organizao pode cinicamente reconhecer que a sua estrutura incompatvel com as exigncias de trabalho.
Mas esta estratgia nega a validade dos mitos institucionalizados e sabota a legitimidade da organizao.
Quarto, uma organizao pode prometer reformas. As pessoas podem imaginar o presente como impraticvel, mas o futuro, cheio de reformas promissoras de estrutura e atividade.
Mas, ao definir a estrutura vlida da organizao como promessa para o futuro, essa estratgia torna a estrutura atual da organizao ilegtima.
Resolver inconsistncias
Em vez de confiar em uma soluo parcial, no entanto, uma organizao pode resolver conflitos entre regras e eficincia cerimoniais, empregando dois dispositivos inter-relacionados: separao e a lgica de confiana. Separao
Hospitais tratam, no curam os pacientes. Escolas produzem os alunos, e no aprendizagem. Hospitais tentam ignorar informaes sobre as taxas de cura, os servios pblicos evitam dados sobre eficcia e escolas minimizam medidas de desempenho. A organizao no pode coordenar as atividades formalmente, porque suas regras formais, se aplicada, poderia gerar inconsistncias.
Resolver inconsistncias
Separao: Organizaes institucionalizadas protegem suas estruturas formais de avaliao com base no desempenho tcnico: inspeo, avaliao e controle das atividades so minimizados, e coordenao, interdependncia e ajustes mtuos entre as unidades estruturais so tratados informalmente. Proposio 4. Uma vez que os esforos para coordenar e monitorar as atividades nas organizaes institucionais levam a conflitos e perda de legitimidade, se separam os elementos da estrutura e das atividades, alm de separar uns dos outros.
Resolver inconsistncias
Apesar da falta de coordenao e controle, as organizaes que fizeram a separao no so anrquicas. Atividades do dia-a-dia procedem de forma ordenada. O que legitima as organizaes institucionalizadas, o que lhes permite aparecer til apesar da falta de validao tcnica, a confiana e boa-f de seus participantes internos e seus componentes externos. Confiana em elementos estruturais mantida atravs de trs prticas: evitar, ser discreto e "fazer vista grossa" (Goffman, 1967, p. 12-18).
Proposio 5. Quanto mais a estrutura de uma organizao derivada de mitos institucionalizados, mais ela mantm exposies elaboradas de confiana, satisfao e boa-f, interna e externamente.
Resolver inconsistncias
Todas as organizaes, incluindo aquelas que mantiveram altos nveis de confiana e de boa f, esto em ambientes que tem institucionalizado os rituais racionalizados de inspeo e avaliao, os quais podem descobrir os eventos e as divergncias que enfraquecem a legitimidade
Resolver inconsistncias
Avaliao e fiscalizao so afirmaes pblicas de controle social que violam o pressuposto de que todo mundo est agindo com competncia e de boa f. Violar essa hiptese reduz a moral e confiana. Assim, a avaliao e inspeo minam os aspectos cerimoniais de organizaes.
Proposio 6. Organizaes institucionalizadas procuram reduzir ao mnimo a inspeo e a avaliao tanto por parte dos gestores internos como dos componentes externos.
Resolver inconsistncias
Resumo e implicaes
Estruturas organizacionais so criadas e se tornam mais complexas, com o surgimento de mitos institucionalizados, e em contextos altamente institucionalizados, a ao da organizao deve apoiar esses mitos.
Mas uma organizao tambm deve prestar ateno atividade prtica. As duas exigncias se ope.
Resumo e implicaes
Ambientes e domnios ambientais que institucionalizaram um maior nmero de mitos racionais geraram uma organizao mais formal. Esta tese leva hiptese de pesquisa que as organizaes formais emergem e se tornam mais complexas, como resultado do surgimento de um processo complexo e de outras instituies para a ao coletiva.
Esta hiptese deve ser verdade mesmo quando o desenvolvimento econmico e tcnico so mantidos constantes. Estudos poderiam rastrear a difuso de organizaes formais de instituies especficas: profisses, programas claramente identificados, e assim por diante ou por exemplo, poderiam ser considerados os efeitos do surgimento de teorias e profisses de seleo de pessoal para a criao de departamentos de
Resumo e implicaes
A segunda tese que as organizaes que incorporam mitos so mais legtimas e bem-sucedidas e so mais propensas a sobreviver. Neste caso, a pesquisa deve comparar organizaes similares em diferentes contextos
Por exemplo, a existncia de departamentos de pessoal ou unidades de investigao e desenvolvimento devem indicar sucesso em ambientes que so amplamente institucionalizados. Organizaes com elementos estruturais no institucionalizados em seus ambientes so mais propensos a falhar.
Resumo e implicaes
A terceira tese diz que os esforos de controle organizacionais, especialmente em contextos altamente institucionalizados, se dedicam a conformidade ritual, tanto interna como externamente.
Ou seja, estes organismos separam a estrutura da atividade. A ideia aqui que quanto mais altamente institucionalizado o ambiente, mais tempo e elites organizacionais dedicam energia gesto de imagem pblica da sua organizao e menos eles dedicam coordenao e gesto de relaes particulares.
Resumo e implicaes
Os gestores, apresentados com a descrio de um ambiente elaboradamente institucionalizado, se prope a gastar mais energia mantendo isomorfismo e menos no monitoramento conformidade interna? Ser que eles tendem a ficar desatento a avaliao? Ser que eles elaboram doutrinas de profissionalismo e de boa-f?
Os argumentos aqui, em outras palavras, sugerem estudos comparativos experimental e examinando os efeitos sobre a estrutura organizacional e de coordenao de variaes na estrutura institucional do ambiente mais amplo. Variaes na estrutura organizacional entre as sociedades e dentro de qualquer sociedade ao longo do tempo, so fundamentais para esta concepo do problema.
DIMAGGIO, P. J.; POWELL, W. W. The iron cage revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. American Sociological Review, v. 48, n.2, p. 147-169, 1983.
Contextualizao
Racionalidade => Jaula de Ferro Max Weber Burocracia => homogeneidade Ecologia Organizacional => Porqu existem tantos tipos de organizaes? Teoria Institucional => Porqu h homogeneidade nas organizaes?
Nvel de anlise
Campo organizacional => Fornecedores-chave, consumidores de recursos e produtos, agncias reguladoras e outras organizaes que produzem servios e produtos semelhantes. mais amplo que na Ecologia Populacional e nas Redes Interorganizacionais. Processo de estruturao institucional: 1) amplitude de interao, 2) estruturas de dominao, 3) volume de informao, 4) empreendimento comum. (DIMAGGIO E POWELL, 1983
Campo Institucional
Presses para a homogeneidade (concorrentes, Estado e categorias profissionais). Homogeneizao => isomorfismo Isomorfismo = eficcia Isomorfismo = legitimidade
Predies
Nvel: Organizacional Tipo de Isomorfismo: Coercivo H1: Quanto maior o grau de dependncia de uma organizao em relao a outra, mais ela se assemelhar a essa organizao em estrutura, ambiente e foco comportamental. H2: Quanto mais centralizado for o fornecimento de recursos da organizao A, tanto mais a organizao A se transformar isomorficamente, para se assemelhar s (DIMAGGIO E POWELL, 1983
Predies
Nvel: Organizacional Tipo de Isomorfismo: Mimtico H3: Quanto mais incerteza for a relao entre os meios e fins, tanto maior ser a chance de a organizao moldarse s organizaes que ela considera bem-sucedidas. H4: Quanto mais ambguas forem as metas de uma organizao, mais ela se moldar de acordo com as organizaes que julgar bem-sucedidas.
Predies
Nvel: Organizacional Tipo de Isomorfismo: Normativo H5: Quanto maior for a confiana em credenciais acadmicas para a escolha do pessoal gerencial e funcional, tanto maior ser a chance de a organizao se tornar semelhante outras de seu campo. H6: Quanto mais os gestores organizacionais participarem de associaes comerciais e profissionais, mais provvel ser que sua organizao se assemelhar s outras organizaes
Predies
Nvel: Campo Organizacional Tipo de Isomorfismo: Coercivo H1: Quanto mais um campo organizacional depender de uma nica fonte (ou de vrias semelhantes) de fornecimento de recursos vitais, tanto maior ser o nvel de isomorfismo. H2: Quanto mais as organizaes num campo transacionam com rgos do Estado, tanto maior ser a extenso do isomorfismo no campo como um todo.E POWELL, 1983 (DIMAGGIO
Predies
Nvel: Campo Organizacional Tipo de Isomorfismo: Mimtico H3: Quanto menor for o nmero de modelos organizacionais alternativos visveis num campo, tanto mais rpido ser o ritmo de isomorfismo nesse campo. H4: Quanto mais incertas fores as tecnologias ou ambguas as metas, dentro de um campo, tanto maior ser o ritmo de mudana isomrfica.
Predies
Nvel: Organizacional Tipo de Isomorfismo: Normativo H5: Quanto maior for o grau de profissionalizao em um campo, tanto maior ser a quantidade de mudana isomrfica institucional. H6: Quanto maior for o grau de estruturao de um campo, tanto maior ser o grau de isomorfia.
Paradoxo existente as teorias funcionalistas e marxistas; Seleo Natural x Controle das Elites; Ambas no explicam porque as organizaes so semelhantes; O isomorfismo institucional ajuda a compreender as aes das elites, a irracionalidade e a falta de inovaes; Literatura Etnogrfica x Literatura Estruturalista T.I. ajuda a compreender a luta poltica pelo poder e sobrevivncia organizacional e as implicaes (DIMAGGIO E para POWELL, a 1983
TOLBERT, P. S.; ZUCKER L. G. Institucionalizao da Teoria Institucional. In: CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. (orgs.). Handbook de Estudos Organizacionais: So Paulo: Atlas, 1998.
Contextualizao
Continuum: Modelo Racional Modelo Institucional. A teoria ainda no institucionalizada:
no desenvolveu um conjunto de varivel padro; metodologia de pesquisa padronizada; mtodos especficos; e viso de processo.
(TOLBERT E ZUCKER, 19
Estudos
Abordagens fenomenolgicas
Mito
(TOLBERT E ZUCKER, 19
Ambiguidade
Meyer
e Rowan desvinculam estrutura formal e ao; Estruturas institucionais so passveis de ser desvinculadas do comportamento, mas, para ser institucional, a estrutura deve gerar uma ao.
Dependncia institucionais
Confuso
de
recursos
processos
entre as duas teorias; Abordagens fenomenolgicas discutem uma posio passiva e conformista das organizaes e dos atores; (TOLBERT E ZUCKER, 19
Processos institucionais
Processos institucionais
Processos institucionais
Processos institucionais
Implicaes: Concluso:
A T.I. oferece um quadro de referncia til para a questo da racionalidade limitada / Processo de institucionalizao / novos estudos considerar os seguintes problemas:
(1) como e quando as escolhas ou linhas de ao alternativas se tornam socialmente definidas; (2) quem age para causar a mudana e para difundi-la para organizaes mltiplas, e por qu; e (3) quais so os benefcios potenciais de se criarem estruturas semelhantes, ou de convergir para mesmas estruturas, que levam ao
(TOLBERT E ZUCKER, 1
MACHADO-DA-SILVA, C. L.; GONALVES, S. A.. Nota Tcnica: Teoria Institucional. In: CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. (orgs.). Handbook de Estudos Organizacionais: So Paulo: Atlas, 1998.
Crticas e contribuies para o texto de Tolbert e Zucker; A falta de foco da T.I. justificada pois envolve vrias cincias; Considerar outros mecanismos e no apenas os normativos; Considerar os ambientes tcnicos e ambientes institucionais; Considerar que as organizaes adotam uma nova (TOLBERT E ZUCKER, 1
(TOLBERT E ZUCKER, 1
Consideraes finais
Contribuies para os estudos organizacionais Novos arranjos estruturais por legitimidade; Mecanismos do isomorfismo; Estgios e foras moderadoras do processo institucional; Delimitao da unidade de anlise Campo Institucional; Contexto institucional de referncia.
Referncias
DIMAGGIO, P. J.; POWELL, W. W. The iron cage revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. American Sociological Review, v. 48, n.2, p. 147-169, 1983. MACHADO-DA-SILVA, C. L.; GONALVES, S. A.. Nota Tcnica: Teoria Institucional. In: CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. (orgs.). Handbook de Estudos Organizacionais: So Paulo: Atlas, 1998. MEYER, J. W.; ROWAN, B. Institutionalized organizations: formal structures as myth and ceremony. American Journal of Sociology, v. 83. 1977. TOLBERT, P. S.; ZUCKER L. G. Institucionalizao da Teoria Institucional. In: CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. (orgs.). Handbook de Estudos Organizacionais: So Paulo: Atlas, 1998.