Aula 5 - Cortex Cerebral
Aula 5 - Cortex Cerebral
Aula 5 - Cortex Cerebral
CORTEX CEREBRAL
Anatomia Fisiolgica do Crtex Cerebral Funes de reas Corticais Especficas As reas de Associao Funo Interpretativa do Lobo Temporal Posterior Superior A rea de Wernicke (Uma rea Interpretativa Geral) Funes do Crtex Parieto-Occipitotemporal no Hemisfrio No-Dominante As Funes Intelectuais Superiores da rea de Associao Pr-Frontal Funes do Crebro na Comunicao Funo do Corpo Caloso e da Comissura Anterior na Transferncia, para o Hemisfrio Oposto, de Pensamentos, Memria, Treinamento e Outras Informaes Pensamentos, Conscientizao e Memria Memria Papis da Facilitao e da Inibio Sinpticas Memria Imediata Memria a Curto Prazo Memria a Longo Prazo Consolidao da Memria
CRTEX CEREBRAL
Camada mais externa e de massa cinzenta do crebro, cuja estrutura formada essencialmente por corpos de neurnios formado a partir da fuso das partes superficiais telenceflicas e dienceflicas.
A palavra crtex vem do latim para "casca". Isto porque o crtex a camada mais externa do crebro. A espessura do crtex cerebral varia de 2 a 6 mm. O lado esquerdo e direito do crtex cerebral so ligados por um feixe grosso de fibras nervosas chamado de corpo caloso. Os lobos so as principais divises fsicas do crtex cerebral. O lobo frontal responsvel pelo planejamento consciente e pelo controle motor. O lobo temporal tem centros importantes de memria e audio. O lobo parietal lida com os sentidos corporal e espacial. O lobo occipital direciona a viso.
CORTEX CEREBRAL
I- Camada molecular II- Camada granular externa III- Camada de clulas piramidais IV- Camada granular interna V- Camada de grandes clulas piramidais VI- Camada de clulas fusiformes ou polimorfas
Corpos celulares dos neurnios corticais esto sempre arranjados em camadas ou lminas maioria situada paralelamente superfcie do encfalo. As camadas neuronais mais prximas da superfcie esto separadas da piamter por uma zona escassa em neurnios camada molecular ou camada I. Pelo menos uma camada contm clulas piramidais que emitem dendritos extensos chamados dendritos apicais, que se dirigem at a camada I, de onde formam mltiplas ramificaes.
O mapa dessas funes, determinado a partir das experincias feitas por cientistas (Penfield e Rasmussen) pela estimulao eltrica cortical em pacientes acordados ou durante o exame neurolgico de pacientes dos quais foi feita a remoo de pores do crtex cerebral.
Os pacientes eletricamente estimulados tanto diziam para os cirurgies os pensamentos evocados pela estimulao como,ocasionalmente, apresentavam um movimento, emitiam espontaneamente um som ou mesmo uma palavra ou alguma outra evidncia da estimulao. Nos pacientes em que pores corticais foram removidas, os exames neurolgicos subseqentes demonstraram diferentes deficits da funo cerebral.
As reas primrias tm conexes diretas com msculos especficos ou com receptores sensoriais especficos, causando movimentos musculares discretos ou experimentando uma sensao procedente de pequena rea receptora, seja ela visual, auditiva ou somtica. Por outro lado, as reas secundrias do sentido s funes das reas primitivas. Por exemplo: as reas suplementar e pr-motora funcionam juntamente com o crtex motor e gnglios basais, originando padres altamente especficos de atividade motora.
As reas corticais correspondentes de ambos os lados so interconectadas por comissuras e pelo corpo caloso. As diferentes reas do crtex de um mesmo lado so interconectadas por vrios fascculos e estrias
rea de Wernicke
rea de associao visual
Compreenso da linguagem
Processamento complexo da informao visual, percepo do movimento
rea Visual
So extensas reas do crtex cerebral que no se enquadram na rgida categoria de reas motoras e sensoriais primria ou secundria. Essas reas so chamadas de reas de associao porque recebem e analisam sinais procedentes de mltiplas regies corticais e mesmo de regies subcorticais.
Situa no grande espao cortical existente entre o crtex sensorial somtico, anteriormente, o crtex visual, posteriormente, e o crtex auditivo, lateralmente.
Funo: entendimento interpretativo para os sinais procedentes de todas as reas sensoriais circundantes.
rea importante para a elaborao do pensamento. Essencial para o desempenho de processos mentais analticos prolongados.
Entre os homindeos houve uma tendncia ao aumento global do crebro mas principalmente de reas pr-frontais e demais reas associativas.
REA PR-FRONTAL Sitio de armazenamento da memria de trabalho que permite encadear idias subseqentemente e realizar associaes complexas como prognosticar, planejar, retardar aes voluntrias, calcular, filosofar, correlacionar informaes, concluir, controlar os comportamento instintivos, etc.
AS FUNES CORTICAIS SUPERIORES nos tornam tipicamente humanos; possibilita educar e ser educado; construir uma histria Penso e expresso o pensamento atravs da linguagem falada...
...ou escrita. A linguagem um dos processos cognitivos mais complexos do ser humano.
Podemos alm de pensar, amar, planejar e prever acontecimentos futuros, raciocinar, memorizar, compor e apreciar a msica, criar ferra mentas, cantar, tocar instrumentos musicais, andar de biscleta e etc,,,
REAS ASSOCIATIVAS TERCIRIAS rea pr-frontal rea tmporo-parietal rea de associao lmbica
GNOSIA: capacidade de percepo e identificao das informaes que chegam nas reas sensoriais associativas
Agnosias (*) visual, auditiva, etc PRAXIA: capacidade de executar os movimentos planejados voluntrios. Apraxias Afasia
(*) O homem que confundiu a sua mulher com um chapu Oliver Sacks
Fornece o circuito neural para a formao da palavra. Localiza-se parcialmente no crtex pr-frontal lateral posterior e em parte na rea pr-motora. Essa rea tambm trabalha em ntima associao com o centro de compreenso da linguagem de Wernicke, no crtex temporal de associao
Localiza-se no plo anterior do lobo temporal, nas partes ventrais sobre as superfcies mediais dos hemisfrios cerebrais. Essa regio est relacionada primariamente com o comportamento, as emoes e a motivao O sistema lmbico proporciona o acionamento da ativao de outras reas cerebrais, proporcionando tambm o impulso motivacional para o prprio processo de aprendizagem.
Conhecida como rea interpretativa geral, rea gnstica, rea de conhecimento, rea de associao terciria. Localiza-se na poro posterior superior do lobo temporal rea altamente desenvolvida, especialmente no lado dominante do crebro (esquerdo). Na maioria das pessoas destras, relaciona-se ao processo da inteligncia.
rea de Wernicke
Aps leso grave da rea de Wernicke, a pessoa capaz de ouvir perfeitamente bem e mesmo reconhecer diferentes palavras, mas incapaz de organizar essas palavras em um pensamento coerente. Da mesma forma, a pessoa pode ser capaz de ler palavras em uma folha impressa, mas ser incapaz de reconhecer o pensamento a contido. A estimulao da rea de Wernicke em paciente consciente causa ocasionalmente pensamento altamente complexo.
rea de Wernicke
rea de Wernicke
CREBRO
Os processos biolgicos pelos quais nos movemos, pensamos, percebemos, aprendemos, lembramos so funes cerebrais. O crebro feito de neurnios (ou clulas nervosas) e clulas gliais. As clulas nervosas comandam a motricidade, a sensiblidade e a conscincia; As clulas gliais sustentam e mantm vivos os neurnios. O crebro integra informao sensorial e dirige respostas motoras.
CREBRO
Atravs de uma proeminente ranhura chamada fissura longitudinal, o crebro dividido em duas metades chamadas hemisfrios. Na base desta fissura encontra-se um espesso feixe de fibras nervosas, chamado corpo caloso, o qual fornece um elo de comunicao entre os hemisfrios.
Individuo destro
Hemisfrio Direito
Hemisfrio esquerdo
ESQUERDO: responsvel pelo pensamento lgico "A chuva a gua evaporada dos mares e rios que se condensa nas nuvens e cai na terra.
Este termo refere-se ao fato de que um dos hemisfrios cerebrais o "dominante" em certas funes. A diferena predominantemente percebida na linguagem e habilidades manuais. Ainda que exista uma variabilidade de indivduo para indivduo, a linguagem essencialmente representada no HE, enquanto as habilidades no verbais tendem a ser representadas no HD. rea de Broca e rea de Wernicke referem-se a regies no HE que exercem a funo da linguagem.
DOMINNCIA CEREBRAL
HEMISFRIO DOMINANTE
O hemisfrio esquerdo controla a metade direita do corpo e viceversa, em razo de um cruzamento de fibras nervosas no bulbo. Na maioria das pessoas, por exemplo, as reas que controlam a fala esto localizadas no hemisfrio esquerdo, enquanto reas que governam percepes espaciais residem no hemisfrio direito. O crebro do homem, cortado em uma fatia, apresenta uma camada externa de cor cinzenta chamada crtex cerebral.
1. Perda da capacidade de resolver problemas complexos 2. Perda da ambio 3. Tornam-se incapazes de aprender a executar vrias tarefas paralelas ao mesmo tempo. 4. Diminuio do nvel de agressividade 5. Suas respostas sociais so sempre inadequadas para a ocasio, incluindo a perda de conceitos morais e pouco embarao com relao ao sexo e excreo. 6. Os pacientes permanecem ainda capazes de falar e compreender a linguagem, mas ficam incapazes de acompanhar pensamentos mais complexos e passam a apresentar acentuada habilidade de humor, indo rapidamente da doura para a raiva, da excitao para a crueldade.
Dois aspectos devem ser considerados na comunicao: Aspecto sensorial, envolvendo ouvidos e olhos Aspecto motor, envolvendo a vocalizao e seu controle.
Essa seqncia a seguinte: 1- recepo na rea auditiva primria dos sinais sonoros que codificam as palavras 2-interpretao das palavras na rea de Wernicke 3-determinao, tambm na rea de Wernicke, do pensamento e das palavras a serem faladas 4-transmisso dos sinais da rea de Wernicke para a rea de Broca, pelo fascculo arqueado 5- ativao dos programas motores estereotipados, na rea de Broca, para o controle da formao da palavra 6- transmisso de sinais apropriados para o crtex motor para controlar os msculos da palavra.
Museu-Escola
Ondas mecnicas
Cclea
Ncleos cocleares
...
Crtex auditivo
Via ssea A cclea decodifica a freqncia do som A membrana basilar tem organizao tonotpica. Quanto mais longa a membrana basilar, maior a capacidade de discriminar a freqncia dos sons
Via aerea
Clulas ciliadas
Baixa frequencia
20.000Hz
20Hz
Deixa comigo!
(O Diogo destro)
Ondas mecnicas
Cclea
Ncleos cocleares
...
Crtex auditivo
Retina
NGL (tlamo)
Crtex Visual
A rea de recepo inicial para as palavras se localiza na rea visual primria, em lugar da rea auditiva primria. Em seguida, a informao passa pelos estgios iniciais de interpretao, na regio do giro angular, e, finalmente, alcana seu nvel de reconhecimento total na rea de Wernicke. Da em diante, a seqncia a mesma que a referida acima para a fala em resposta palavra falada.
Funo do Corpo Caloso e da Comissura Anterior na Transferncia, para o Hemisfrio Oposto, de Pensamentos, Memria, Treinamento e Outras Informaes
O corpo caloso possui funo de transmisso de informaes entre os hemisfrios cerebrais Pensamento: resulta de um "padro" de estimulao de vrias partes distintas do sistema nervoso ao mesmo tempo e em seqncia definida, envolvendo, de maneira mais importante, o crtex cerebral, o tlamo, o sistema lmbico e a parte superior da formao reticular do tronco cerebral (teoria holstica do pensamento)
Conscientizao: fluxo continuado de nossa ateno, tanto para o meio que nos cerca como para nossos pensamentos seqenciais
MEMRIA
Pensamento:
Padro de estimulao de diversas partes do sistema nervoso ao mesmo tempo,provavelmente envolvendo de forma mais importante o crtex cerebral.
TIPO DE INFORMAO:
MEMRIA
Processo adaptativo que resulta de uma mudana da estrutura sinptica, enquanto a memria pode ser interpretada como o resultado deste processo adaptativo.
Estmulos:
Condicionados - qualquer coisa que avisa o animal a executar uma tarefa (soar da campainha)- Aprendizado Associativo; Incondicionado - produz uma resposta particular, um evento agradvel ou desagradvel (carne colocada na boca).
MEMRIA
Condicionamento Operante: forma de condicionamento em que o animal ensinado a executar alguma tarefa de forma a obter alguma recompensa ou evitar punio.
Aprendizado Associativo
Reflexo condicionado: uma resposta reflexa a um estmulo que produz pouco ou nenhuma resposta, e adquirido pela associao repetida de estmulos a um outro estmulo que normalmente lembra a resposta; Ex: Reflexo de Pavlov.
MEMRIA
Memria: Capacidade de relembrar eventos passados, a nvel consciente ou inconsciente; Potenciais de ao de longa durao (sinapses na regio do hipocampo). o tempo equivalente sensibilidade da sinapse. Conscincia: Fluxo contnuo de alerta tanto de nossos arredores quanto de nossos pensamentos seqenciais;
MEMRIA E HIPOCAMPO
o
Esses
canais
so
inicialmente
bloqueados por um on de magnsio de tal forma que a permeabilidade para o sdio e clcio seja baixa. Mas, se a clula levada a um certo nvel de
MEMRIA E HIPOCAMPO
Habituao;
Sensibilizao;
Facilitao.
MEMRIA E HIPOCAMPO
MEMRIA E HIPOCAMPO
Sensibilizao de memria: Nosso crebro tem a capacidade de incrementar, ou armazenar, certos traos de memria, pela facilitao de circuitos sinpticos. Ocorre devido a um prolongamento do Potencial de ao nas terminaes sensoriais, com do Ca++ intracelular.
Facilitao:
Estmulo no terminal facilitador; 1. Serotonina liberada no terminal sensorial; 2. Ativao da adenilato ciclase - cAMP; 3. Protena quinase bloqueando canais de K+; 4. Estmulo prolongado - potencial de ao; 5. Ativao de Canais de Ca++; 6. Liberao de Serotonina na fenda sinptica; 7. Transmisso mais prolongada do Sinal(memria).
MEMRIA
Fisiologicamente, as memrias so causadas pelas variaes da capacidade de transmisso sinptica de um neurnio para o seguinte, como resultado de atividade neural prvia. Essas variaes, por seu lado, causam o desenvolvimento de novas vias para a transmisso de sinais pelos circuitos neurais do crebro. As novas vias so chamadas traos da memria e so importantes porque, uma vez estabelecidas, podem ser ativadas pela mente pensante no sentido de reproduzir as memrias. Tipos de memria: positiva e negativa
MEMRIA
Memrias imediatas, que incluem as memrias que duram segundos ou, no mximo, minutos, a menos que se convertam em memriasa curto prazo Memrias a curto prazo, que duram de dias at semanas mas que, eventualmente, so perdidas Memrias a longo prazo, que, uma vez armazenadas, podem ser evocadas aps vrios anos ou mesmo at por toda a vida.
MEMRIA
Memria de Curto prazo
Longo prazo
MEMRIA
Memria de curto prazo: Dura segundos ou minutos,mas permanece apenas enquanto a pessoa continua a pensar nos nmeros ou fatos; Ex: Guardar nmeros de telefones.
Memria de prazo intermedirio: Duram por muitos minutos ou at semanas. Se os traos de memria no forem ativados,podem ser perdidos; Mudanas qumicas ou fsicas nos terminais pr-sinpticos e nas membranas ps-sinpticas.
Memria de Longo prazo: Mudanas estruturais reais nas sinapses. Supresso ou Realce dos sinais.
MEMRIA
Consolidao da memria: Ativao repetida,originando mudanas qumicas,fsicas e anatmicas na sinapse,levando memria a longo prazo; 5 10 minutos para consolidao mnima; 1 hora ou mais para uma consolidao mxima.
A liberao de hormnios de stress (adrenalina, cortisol) nos minutos seguintes aquisio pode:
MEMRIA E HIPOCAMPO
Relacionado formao de novas memrias; Remoo dos hipocampos
AMNSIA ANTERGRAD A
MEMRIA E HIPOCAMPO
Concentrao (Suzana H. Houzel):