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Semana de 22

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Mrio de Andrade

LEITOR: EST FUNDADO O DESVAIRISMO. (Mrio de Andrade) Potica Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionrio pblico com livro de ponto [expediente protocolo e manifestaes [de apreo ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que pra e vai averiguar no [dicionrio o cunho vernculo* de um vocbulo. Abaixo os puristas* Todas as palavras sobretudo os barbarismos* universais Todas as construes sobretudo as sintaxes de exceo Todos os ritmos sobretudo as inumerveis

O Modernismo
Embora as primeiras manifestaes modernistas j viessem surgindo em So Paulo desde 1911, somente

na dcada de 1920, principalmente a partir da Semana


de Arte Moderna (1922). Que o Modernismo se difunde e se solidifica em nosso pas.

A Semana da Arte Moderna

O Modernismo incio com a Semana da Arte

Moderna.

Foi realizado no Teatro Municipal de So Paulo.

Realizado nos dias: 13, 15 e 17 de Fevereiro de 1922. Seu objetivo pretendia colocar a cultura brasileira a par das correntes de vanguarda do pensamento Europeu. Pregava a tomada de conscincia.

Influncia sobre a Sociedade


A Semana da Arte Moderna deve ser vista no s como um movimento artstico, mas tambm como um movimento poltico e social. O movimento modernista foi o prenunciador o preparador por muitas vezes o criador de um estado de esprito nacional.

Os senhores rurais voltam ao poder fortalecidos pela economia do caf que girava em torno de So Paulo e Minas Gerais.

A partir do governo de Campos Sales foi instituda poltica dos governadores, beneficiando

grandes propriedades rurais que


revezavam no poder, a Leite. Poltica do Caf com

A Sociedade na poca

A Primeira Guerra Mundial foi a responsvel pelo surto de industrializao e conseqente urbanizao, causando o surgimento da burguesia industrial forte mas marginalizada.
Aumento do nmero de imigrantes Europeus

A Sociedade na poca
Era um Brasil divido entre o rural e o urbano. Nesta poca em So Paulo encontrava-se todos os tipos de pessoas com diferentes profisses.

paulicia desvairada, palco ideal para a realizao de um evento que mostrou uma arte inovadora, a romper com velhas estruturas

A Semana de

Arte Moderna
apresentou uma lado poltico de ataque aristocracia burguesia.

Antecedentes da Semana
1912- Oswald de Andrade introduz a novidades futursticas; 1913- exposio do pintor Lasar Sagall; 1914- Anita Malfatti exibi pintura expressionista; 1915- marco inicial do Modernismo em Portugal; 1916- primeira Redao de Memrias sentimentais de Joo Miramar, Oswald de Andrade; 1917- Oswald de Andrade fica amigo de Mario de Andrade;

Antecedentes da Semana
1918 Guilherme de Almeida publica Missidor e Manuel Bandeira publica Carnaral; 1920 o grupo de modernistas descobre Victor Brecheret.

A Realizao do Evento
As primeiras informaes da Semana da Arte Moderna foram divulgados pela imprensa paulista em 29 de janeiro de 1922.

O Correio Paulistano relaciona todos os participantes do evento.

Mario Brito diz :... A Semana de Arte Moderna representa as mais modernas correntes artsticas ...

A Realizao do Evento
Muitas notcias criam um clima de expectativa.

Vrias pinturas esculturas so espalhadas pela regio do

Teatro, e provocaram reaes de espanto e repdio.

Os trabalhos de Victor Brecheret e Anita Malfatti eram os

mais usados.

A Realizao do Evento
A emoo Epittica na Arte Moderna acompanhada da msica de Ernoni Braga e da poesia de Ronald de Carvalho e de Guilherme de Almeida foi o primeiro espetculo de 13 de fevereiro. Pintura e Escultura de Ronald de Carvalho ,solos de piano

de Ernoni Braga e trs danas africanas de Villa Lobos.


No segundo espetculo do dia 15 de fevereiro anunciava,

A Realizao do Evento
a atrao foi uma conferncia de Menotti Del Picchia sobre
arte e esttica.

Leitura de textos de Oswald de Andrade,Mrio de Andrade


e Plnio Salgado.

Durante o intervalo, Mrio de Andrade l das escadas do


teatro,trechos de A escrava que no Isaura.

A Realizao do Evento
Em 17 de fevereiro realizou-se o terceiro ultimo grande festival da SAM.

Apresentao de msicas de Villa Lobos.

O maestro Villa Lobos entra em cena de casaca e chinelos...

O pblico interpretou a atitude como futurista e vaiou.

Documentao
A SAM foi documentada em muitos jornais e telejornais da poca: - A Gazeta (SP) - Folha do Norte (SP) -O Estado de So Paulo (SP) -Correio Paulistano (SP)

Organizadores
Os organizadores foram: Manuel Bandeira; Mrio de Andrade; Guilherme de Almeida; Paulo Prado; Gofredo Silva Telles;

Oswald de Andrade.

A semana foi ganhando aos poucos grande importncia

histrica, representou a confluncia das vrias tendncias


de renovao que vinham ocorrendo na arte e na cultura brasileira. o Modernismo no Brasil foi como uma raptura, foi um abandono de princpios e tcnicas conseqentes, foi uma revolta contra o que era a Inteligncia nacional.

Mrio de Andrade, com suas conferncias, leituras de poemas e publicaes em jornais foi uma das personalidades mais ativas da Semana.

Oswald de Andrade talvez fosse um dos artistas que melhor representavam o clima de ruptura que o evento

procurava criar.

Manuel Bandeira, mesmo distante, provocou inmeras

reaes de agrado e de dio devido a seu poema "Os


Sapos", que fazia uma stira do Parnasianismo, esse poema que foi lido durante o evento

Anunciava "colees de disparates" como "aquele Gnio

supliciado, aquele homem amarelo, aquele carnaval


alucinante, aquela paisagem invertida" so temas da exposio plstica da semana, - "uma poesia liberta, uma msica extravagante, mas transcendente" que iriam "revoltar aqueles que reagem movidos pelas foras do Passado." A msica estava representada por autores consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernani Braga e Frutuoso Viana.

So Paulo dos anos 20 era a cidade que melhor apresentava condies para a realizao de tal evento. Era uma prspera cidade, que recebia grande nmero de imigrantes europeus e modernizava-se rapidamente. Era,uma cidade favorvel a ser transformada num centro cultural da poca, abrigando vrios jovens artistas.

Logo aps a realizao da Semana, alguns artistas


fundamentais que dela participaram acabam

voltando para a Europa dificultando a continuidade


do processo que se iniciara.

Por outro lado, outros artistas igualmente


importantes chegavam aps estudos no continente, como Tarsila do Amaral, um dos grandes pilares do Modernismo Brasileiro.

.Sonata II de violoncelo e piano - (1916)


2. Trio Segundo: violino, violoncelo e piano - (1916) 3. Solos de piano: Ernani Braga

4 Otteto - (Trs danas africanas):


5. Solos de piano: Guiomar Novaes: 6. Canto e piano 7. Quarteto Terceiro (cordas 1916) 8. Trio Terceiro - violino, violoncelo e piano - (1918) 9. Canto e piano: Mario Emma e Luclia Villa Lobos. 10) Sonata Segunda - violino e piano - (1914) 11) Quarteto Simblico - Impresses da vida mundana) flauta,1 saxofnico, celesta e harpa ou piano

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