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Psicologia Penitenciária

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PSICOLOGIA PENITENCIÁRIA

Acadêmicas: Almerinda Dutra


Bárbara Marçal
Bruna Kelly
Bruna Brito
Elizabeth Dias
Evellyn Mayara
Kelli Crepaldi
Letícia Caroline
Maristela Calças
Mylena Marques
Stephani Vergine
Talita Fernanda
CONCEITO
o Prisão é a privação da liberdade de locomoção,
determinada por ordem escrita da autoridade
competente ou em caso de flagrante delito. A prisão é
um "castigo" imposto pelo Estado ao condenado pela
prática de infração penal, para que este possa se
reabilitar visando restabelecer a ordem jurídica violada.
ORIGEM E BREVE HISTÓRICO
 O sistema penitenciário brasileiro foi marcado por
episódios que revelam e apontam para o descaso em
relação às políticas públicas na área penal, bem como
para a edificação de modelos aos quais se tornaram
inviáveis quando de sua aplicação.
o A origem do conceito de prisão como pena teve
seu início em mosteiros no período da Idade
Média. Com o propósito de punir os monges e
clérigos que não cumpriam com suas funções,
estes que faltavam com suas obrigações eram
coagidos a se recolherem em suas celas e se
dedicarem à meditação e à busca do
arrependimento por suas ações, ficando, dessa
forma, mais próximos de Deus.
o Inspirados com a ideia, os ingleses
construíram em Londres o que foi considerada
a primeira prisão destinada ao recolhimento
de criminosos. A House of Correction foi
erguida no período entre 1550 e 1552;

o Porém, o conceito de seu funcionamento se


difundiu de forma acentuada no século XVIII.1
Por vários séculos, a prisão serviu de
contenção nas civilizações mais antigas como:
Egito, Pérsia, Babilônia, Grécia, etc. e esta
tinha por finalidade ser um lugar de custódia e
tortura
 A primeira instituição penal na antiguidade foi o Hospício
de San Michel, em Roma, cuja destinação era
primeiramente encarcerar “meninos incorrigíveis”, esta
se denominava “Casa de Correção” (MAGNABOSCO,
1998).

 No Brasil, foi a partir do século XIX que se deu início ao


surgimento de prisões com celas individuais e oficinas
de trabalho, bem como arquitetura própria para a pena
de prisão.
o O Código Penal de 1890 possibilitou o
estabelecimento de novas modalidades de
prisão, considerando que não mais haveria
penas perpétuas ou coletivas, limitando-se às
penas restritivas de liberdade individual.

o Têm-se em relação à execução das penas


privativas de liberdade três sistemas
penitenciários: o sistema Filadélfia (ou celular),
o de Auburn (silent system) e, por fim, o sistema
Progressivo (inglês ou irlandês).
o O sistema Progressivo surgiu na Inglaterra do século
XIX e considerava o comportamento e
aproveitamento do preso, verificados por suas boas
condutas e trabalho e dividindo seu período em
estágios, tendo por fim a liberdade condicional se
passasse por todas as fases de forma adequada. É o
que mais se aproxima do sistema adotado no Brasil,
apesar de ter algumas modificações.
SUBJETIVIDADE E SISTEMA PRISIONAL

 Subjetividade (MAMELUQUE, 2006):

o Engloba todas as peculiaridades emanentes à


condição de ser sujeito;

o Sujeito = capaz de agir por si mesmo, capaz de


pensar, decidir e atuar conforme a sua própria
decisão.
 PERDAS COM O CÁRCERE:

o Desprovido da aparência visual;


o Despojado de seus pertences pessoais;
o Uso obrigatório de uniforme padronizado;
o Nome é substituído por uma matrícula;
o Privado comodidade material;
o Ajustado as normas e consequências de
seu descumprimento.
 OBJETIVO / CONSEQUÊNCIAS DA
PRISÃO:

o Desprogramação do indivíduo;
o Habilitar um novo mecanismo de
programação;
o Regras de enquadramento, adestramento
e padronização;
o Perda de identidade.
 Realidade:

o Falta de programas de ressocialização;


o Reeducação feita pelos próprios
companheiros de sela;
o Orientações baseadas na rebeldia,
resistência e rejeição social;
o Perdeu-se a função corretiva.
O JULGADO:

o Indivíduo visto como culpado sem


possibilidade de melhora;
o Sua saúde mental pode ficar
extremamente prejudicada, causando:
 Depressão, ideações suicidas, etc;
o Perda da dignidade;
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO

o A resolução CFP 012/2011, regulamenta a


atuação da(o) psicóloga(o) no âmbito do
sistema prisional.

o A atuação do psicólogo com a população em


privação de liberdade ou em medida de
segurança deve compreender o sujeito em seu
contexto histórico, social, cultural e emocional
como ser humano;
o Promover práticas que potencializem a vida em
liberdade e a autonomia do indivíduo
preservando a individualidade expressa;

o Promover projetos de saúde; desenvolver e


participar da construção de redes nos serviços
públicos de saúde/ saúde mental e medidas de
segurança;
o O profissional pode executar trabalhos
junto aos sujeitos que estão cumprindo
pena privativa de liberdade;
o Familiares dos detentos;
o Os próprios profissionais que atuam
dentro da instituição;
o Membros da equipe interdisciplinar
responsável pela promoção da saúde
(médicos, assistentes sociais,
enfermeiros, entre outros).
o O Conselho Federal de Psicologia prevê
como atenção individualizada ao recluso
o atendimento “psicológico,
psicoterapêutico, diálogo, acolhimento,
acompanhamento, orientação,
psicoterapia breve, psicoterapia de apoio,
atendimento ambulatorial entre outros”
Atividades psicológicas descritas por
Daufemback (2010):

o Atendimentos individuais;
o Suporte a demanda jurídicas;
o Atendimentos aos familiares;
o Atendimentos externos ao complexo prisional;
o Atendimentos em atividades coletivas;
o Atividades de apoio.
EXEMPLOS DE PRÁTICAS
o Desenvolvimento de um trabalho com as
famílias dos presos em processo de exame
para obter o benefício de visita periódica à
família (VPF);

o O objetivo é implicar as famílias nesse


processo, conscientizá-las da importância
desse benefício e capacitá-las a ajudar os
presos a cumprir suas normas com
responsabilidade.
o Desenvolvimento de um projeto experimental
de saúde pública para tratamento penitenciário,
com a participação da sociedade civil;

o Algumas unidades trabalha-se a dependência


de drogas, com palestras e atendimentos; um
projeto que hoje também está difundido em
algumas unidades é a sala de leitura;

o Em uma penitenciária de segurança máxima


com cerca de 800 presos, foram desenvolvidos
trabalho de porta de entrada, em conjunto com
as assistentes sociais, foi desenvolvido o
projeto de acolhimento.
PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS
o Trata-se de uma medida punitiva de caráter
educativo e socialmente útil, imposta ao autor
da infração penal, no lugar da pena privativa de
liberdade.

o Artigo 5º da Constituição Federal quando trata


da prestação social alternativa; na Lei 7.209/84,
reforma na Lei 9.714/98 ou Lei das Penas
Alternativas.
 CEAPA - PROGRAMA CENTRAL DE PENAS
ALTERNATIVAS:

o Uma ação desenvolvida pela Coordenadoria


Especial de Prevenção a Criminalidade da
Secretaria de Estado de Defesa Social e tem por
objetivo o acompanhamento da execução das
penas e medidas alternativas no Estado de Minas
Gerais. É um programa modelo que possui um
corpo técnico formado por psicólogos, assistentes
sociais, advogados e estagiários das áreas que
trabalham no acolhimento, atendimento,
encaminhamento e acompanhamento do público
incluindo ações com a rede social parceira e o
Sistema de Justiça.
 As Regras de Tóquio são recomendações acerca
da aplicação de medidas alternativas,
concedendo relevância especial às penas
alternativas à prisão. Criadas pelo Instituto da
Ásia e do Extremo Oriente para a Prevenção do
Delito e Tratamento do infrator,
essas normas não possuem força de lei, mas são
de extrema importância para a humanização e a
modernização do Direito Penal.

 Aspenas restritivas de direito, são voltadas para


pessoas consideradas não perigosas, com base
no seu grau de culpabilidade, em seus
antecedentes, na sua conduta social e na sua
personalidade.
 Objetivos:

o resgatar o caráter educativo e pedagógico da


pena;
o formar uma rede de parceria beneficiada pela
prestação de serviços á comunidade:
o incluir os usuários em redes sociais e diminuir os
ciclos de violência;
o reincidência criminal.
TIPOS DE PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS

oI. prestação pecuniária: pagamento em dinheiro à


vítima, a seus dependentes
ou a entidade pública ou privada com destinação social,
cestas básicas, etc;
oII. perda de bens e valores: pertencentes ao
condenado em favor do Fundo
Penitenciário Nacional, ressalvada legislação especial,
sendo bens móveis e
imóveis; e valores, títulos, ações, e outros papéis que
representem dinheiro.
oIII. vetado;
IV. prestação de serviço à comunidade ou a
entidades públicas: atribuição de tarefas gratuitas
ao condenado;

oV. interdição temporária de direitos


(proibição do exercício do cargo, proibição do
exercício de profissão, proibição de frequentar
alguns lugares, suspensão da habilitação de
dirigir veículos);

o VI. limitação de fim de semana: cinco horas


diárias aos sábados e domingos em casa de
albergado, podendo ser ministrados cursos e
palestras bem como atividades educativas.
 Requisitos para aderir à pena ou medida
alternativa:

oPena privativa de liberdade não superior a 4


anos;

o Crime sem violência ou grave ameaça à vítima;

oQualquer que seja a pena se o crime for


culposo, em razão de imprudência, negligência
ou imperícia;
o Não reincidência em crime doloso, que se
refere àquele com intenção de se atingir o
resultado ou assumir o risco de produzir o ato
delitivo;

o Verificação da culpabilidade, antecedentes,


conduta social e personalidade do condenado,
bem como motivos e circunstâncias que indiquem
a substituição.
VÍDEO
REFERÊNCIAS
oManual de Monitoramento das Penas e Medidas
Alternativas.Brasília: Secretaria Nacional de Justiça,
Central Nacional de Apoio e Acompanhamento às Penas e
Medidas Alternativas,2002. SZNICK, Valdir . Penas
Alternativas, São Paulo, LEUD, 2000.

o SCHAEFER, Patrícia. Painel. Cenários e desafios da


práxis psicológica no sistema prisional: ética e
compromisso social. In: Conselho Federal de
Psicologia. Atuação do psicólogo no sistema prisional.
Brasília: CFP, 2010
o Aspectos Psicológicos do Sistema Prisonal. Disponível
em: http://jus.com.br/revista/texto/1010/sistema- -
penitenciario-brasileiro-aspectos-sociologicos.

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