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Procedimento Especial Do Tribunal Do Júri

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Procedimento especial do

Tribunal do Júri
1. O que é o Tribunal do Júri?

• É um órgão especial do Poder Judiciário de primeira instância,

• pertencente a Justiça Comum Estadual ou Federal,

• colegiado e heterogêneo.
2. Qual a composição do Tribunal do Júri?

• 1 juiz togado, que é seu presidente;

• 25 jurados, dos quais 7 compõem o Conselho de Sentença.


3. Qual a competência do Tribunal do Júri.

R: Competência mínima para o processo e julgamento dos crimes


dolosos contra a vida.
4. Quais são os princípios constitucionais do
Júri?
• Plenitude de defesa

• Sigilo das votações

• Soberania dos veredictos


5. A plenitude de defesa compreende dois
aspectos distintos. Quais são?

defesa
técnica
Plenitude de
autodefesa
6. O que significa plenitude de defesa
técnica?

• Significa que o advogado não precisa se restringir a uma atuação


exclusivamente técnica.

• É perfeitamente possível a utilização de argumentação extrajurídica:


social, emocional, político criminal etc.
7. O que significa plenitude de autodefesa?

R: Significa que o acusado também tem o direito de apresentar tese


pessoal por ocasião do interrogatório.
8. O que significa sigilo das votações?

R: Significa que a ninguém é dado saber o sentido do voto do jurado.


9. O que o CPP prevê para proteger o sigilo
das votações?

R: Prevê que a votação ocorra em uma sala especial.


10. Quem deve estar presente nessa sala
especial?
Os jurados

O juiz presidente

O Ministério Público

O assistente

O querelante

O oficial de justiça
11. E na falta de sala especial?

R: O juiz presidente determinará que o público se retire,

permanecendo somente as pessoas mencionadas no caput deste artigo


(art.485,§ 1o do CPP).
12. Os jurados podem se comunicar entre si?

R: Não. Adota-se o sistema da incomunicabilidade dos jurados.


13. Qual a consequência para o caso de eles
conversarem entre si?

• Exclusão do Conselho;

• E multa de 1 a 10 salários mínimos.


14. A violação da incomunicabilidade dos
jurados é causa do que?

R: É causa de nulidade absoluta.


15. Quantas respostas negativas são
necessárias para absolvição do acusado?

R: Três (art. 483, § 1º, do CPP).

• resposta negativa de mais de 3 (três) jurados aos quesitos


• atinentes à materialidade do fato e autoria ou participação encerra a
votação e implica a absolvição do acusado,
• sem que seja necessário se proceder à colheita dos demais votos.
16. O que significa soberania dos veredictos?

R: Significa que um tribunal formado por juízes togados não pode


modificar, no mérito, a decisão proferida pelo Conselho de Sentença.
17. Cabe recurso das decisões do Tribunal do
Júri?

R: Sim. É possível que o Tribunal determine a cassação da decisão do


Júri, para que o acusado seja submetido a novo julgamento perante o
Tribunal do Júri (CPP, art. 593, III, “d”, e § 3º).
18. Com base no fundamento da alínea “d” do inciso III do art. 593 do CPP - decisão dos jurados
manifestamente contrária à prova dos autos -, o Tribunal de Justiça (ou TRF), em grau de apelação,
somente pode fazer o juízo de?

• Somente pode fazer o juízo rescindente (judicium rescindens), ou


seja, cassar a decisão anterior,

• remetendo a causa a novo julgamento, pois, do contrário, estaria


violando a soberania dos veredictos.
19. E quando for uma decisão do juiz-presidente
contrária à decisão dos jurados?
• Neste caso, o juízo ad quem poderá fazer o juízo rescindente como
também o

• rescisório (judicium rescisorium),

• ou seja, substituir a decisão impugnada pela sua (v.g., corrigindo


eventual erro no tocante à aplicação da pena, matéria afeta à
competência do juiz-presidente).
20. Em sede de REVISÃO CRIMINAL (ação autônoma de
impugnação) o Tribunal de Justiça pode fazer qual tipo de
juízo?

• Juízo rescindente: desconstituir a sentença do tribunal do júri.

• Juízo rescisório: substituir a decisão do júri por outra do próprio


tribunal do segundo grau.
21. Quais são os crimes dolosos contra a vida
de competência do Tribunal do Júri?

• homicídio (CP, art. 121),

• induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (CP, art. 122),

• infanticídio (CP, art. 123)

• e abortos (CP, arts. 124, 125 e 126)


22. O legislador pode ampliar o âmbito de
competência do Tribunal do Júri?
• Sim. É isso, aliás, o que já ocorre com os crimes conexos e/ou
continentes.

• Com efeito, por força do art. 78, inciso I, do CPP:

• além dos crimes dolosos contra a vida,

• também compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes


conexos.
23. A separação dos processos é obrigatória
em quais crimes?

• Nos crimes militares e eleitorais


Procedimento bifásico
do Tribunal do Júri
1. O procedimento do Júri é estruturado em
quantas fases?
Iudicium
accusationis
(sumário de culpa)
Duas

Iudicium causae
2. O que é a fase do iudicium accusationis ou
sumário de culpa?

• É a fase em que se reconhece ao Estado

• o direito de submeter o acusado

• a julgamento perante o Tribunal do Júri.


3. Aplica-se à primeira fase do procedimento
do júri o princípio da identidade física do juiz?

• Sim, logo o magistrado que tomou conhecimento da prova continuará


vinculado ao feito, devendo proferir a decisão final da primeira fase
do procedimento do júri.
4. Quando se dá início ao procedimento do
júri?

• Com o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público.


5. O iter procedimental da 1ª fase do Júri é bastante
semelhante ao procedimento comum ordinário:
• oferecimento da peça acusatória;
• juízo de admissibilidade da denúncia (rejeição ou recebimento);
• recebida a peça acusatória, será determinada a citação do acusado
(pessoal, por hora certa ou por edital);
• apresentação da resposta à acusação, oportunidade em que devem ser
arroladas as testemunhas de defesa, sob pena de preclusão, até o número
máximo de 8 (oito);
• oitiva do Ministério Público;
• audiência de instrução, ao final da qual o juiz sumariante poderá proferir
uma de quatro possíveis decisões – impronúncia, desclassificação,
absolvição sumária e pronúncia.
6. Ao contrário do procedimento comum
ordinário, apresentada a resposta à acusação...

• O juiz ouvirá o Ministério Público ou o querelante sobre preliminares


e documentos,

• em 5 (cinco) dias;
7. No procedimento do Júri, existe absolvição
sumária?

• Sim.
8. Qual a diferença da absolvição sumária do procedimento
comum ordinário e do procedimento especial do Júri?
A diferença está no momento no qual se dá a absolvição sumária:

Procedimento comum Procedimento


ordinário: após a especial Júri: após a
apresentação da audiência de
resposta à acusação. instrução.
9. Hipóteses de absolvição sumária:
• Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o
acusado quando verificar:
• I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
• II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
• III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
• IV - extinta a punibilidade do agente.

• Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:


• I – provada a inexistência do fato;
• II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;
• III – o fato não constituir infração penal;
• IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
10. Na primeira fase do júri, há previsão de
requerimento de diligências

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