O documento descreve a psicanálise francesa com crianças e seus principais expoentes. Françoise Dolto introduziu conceitos como a importância da verdade para a criança, o sintoma na criança ou da criança, e entrevistas preliminares com os pais. Robert e Rosine Lefort enfatizaram a amarração dos três registros, a suposição de um sujeito e a fundação de uma demanda através da oferta que antecipa o desejo da criança.
O documento descreve a psicanálise francesa com crianças e seus principais expoentes. Françoise Dolto introduziu conceitos como a importância da verdade para a criança, o sintoma na criança ou da criança, e entrevistas preliminares com os pais. Robert e Rosine Lefort enfatizaram a amarração dos três registros, a suposição de um sujeito e a fundação de uma demanda através da oferta que antecipa o desejo da criança.
O documento descreve a psicanálise francesa com crianças e seus principais expoentes. Françoise Dolto introduziu conceitos como a importância da verdade para a criança, o sintoma na criança ou da criança, e entrevistas preliminares com os pais. Robert e Rosine Lefort enfatizaram a amarração dos três registros, a suposição de um sujeito e a fundação de uma demanda através da oferta que antecipa o desejo da criança.
O documento descreve a psicanálise francesa com crianças e seus principais expoentes. Françoise Dolto introduziu conceitos como a importância da verdade para a criança, o sintoma na criança ou da criança, e entrevistas preliminares com os pais. Robert e Rosine Lefort enfatizaram a amarração dos três registros, a suposição de um sujeito e a fundação de uma demanda através da oferta que antecipa o desejo da criança.
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A criança na psicanálise
francesa
A Criança na Psicanálise Francesa
Primórdios da analise com crianças • A psicanálise dá a criança um estatuo diferente. • A questão do infantil está intrinsecamente ligado ao conceito de ICS freudiano. • Modelo de analise infantil “ pequeno Hans” 1909 • Não transferência, a figura do analista conjugada a de pai. • Sabina Spielrein, “Contribuições para o conhecimento da psique infantil”, 1912 • “O pequeno homem galo” Ferenczi ,1913. • Hermine von Hey-Hellmuth • Anna Freud: psicanálise associada a educação, continua as ideas de Freud • Melanie Klein: transferência, associação livre através do desenho, Édipo arcaico, teoria objetal, analise centrada nas questões internas da criança. Psicanálise com crianças na frança • Não influência Kleiniana. • Françoise Dolto, 1939 A criança tem que saber a verdade: suposição de um sujeito; A posição dos pais na doença da criança: sintoma na criança ou sintoma da criança. Anna Freud: entrevista com pais para colher informações sobre a criança para poder orientar os pais, Melanie Klein: Se necessário deve se encaminhar os pais para outros analistas para entrevistas de orientação. A Clinica de Françoise Dolto • Freud (1914) , nesse texto vemos a fonte que a psicanalise francesa de inspiração lacaniana bebeu para sustentar a tese da participação dos pais nos sintomas das crianças. “... se acham sob a compulsão de atribuir todas as perfeições ao filho (...) e de ocultar e esquecer todas as deficiências dele (...). A criança concretizará os sonhos dourados que os pais jamais realizaram (...). O amor dos pais, tão comovedor e no fundo tão infantil, nada mais é senão o narcisismo dos pais renascido, o qual transformado em amor objetal, inequivocamente revela sua natureza anterior.” (p.108). A Clínica de Dolto • Entrevistas Preliminares: Crianças pequenas são atendidas com os pais; • Perguntar tudo sobre a queixa dos pais, sobre a historia daquele pais com a criança, o que eles esperam do tratamento. • São acordados as condições da analise com os pais e com a criança.(enquadre) • Pagamento simbólico: um manejo que Dolto introduz na clinica com crianças A clínica de Dolto • Sessões: Na sessão era oferecida primeira a fala para criança, caso fosse necessário era oferecido papel, lápis e massinha. Dificilmente Dolto oferecia brinquedos para as crianças. Os desenhos e as esculturas de massinhas eram entendidos como projeções de suas fantasias uma projeção de do corpo ics e por isso ela pedia para as crianças contaram sobre os desenhos e as esculturas, pedia para eles associarem livremente . A clínica de Dolto • Triangulação: A relação mae-filho só se torna estruturante para a criança quando a mae mantem interesses além da criança, seja voltado para o parceiro ou para o meio social. • Desejo do pai, da mae e da criança. • Pai é mae tem papeis diferentes. • “ É preciso uma triangulação para que o sujeito fale de sim num Eu referido a um Ele” (Dolto) A clinica de Dolto • Narcisismo: conceito diferente de freud e Lacan, este seria algo muito arcaico já que viria antes da imagem especular. • Imagem ICS do corpo: é um conceito clinico, aqui ela vai articular imagem e palavra. Sendo que essa imagem está associada ao sentido do olfato, do tato e do paladar, e a palavra seria uma matéria sonora. O sensorial marca o psiquismo muito antes da visão. • Imagem de base: coesão • Imagem funcional:movimento do desejo • Imagem Erógena: carrega a historia das relações de prazer /desprazer com os outros • Esquema corporal: seria o corpo atual, leva em consideração o processo de maturação e de desenvolvimento desse corpo/organismo. A clinica de Dolto • Castração simboligenicas: Esse conceito não tem equiparação com a castração Freudiana. • A castração simboligênicas são interdições feitas no modo de satisfação libidinal vigentes ate aquele momento. • Castração Umbilical: • Castração Oral: Desmame • Castração Anal: Controle dos esfíncteres Jenny Aubruy (1903-1987) • Ela defende a tese de que a carência grave de cuidados maternos pode levar a distúrbios mentais, sendo os casos mais preocupantes aqueles ocorridos na primeira infância. • Os pais ocupando a centralidade do sintoma na criança • Parceria com Lacan Caso Armand • Armand, nasce dias depois da morte de seu tio materno. Sua mãe, então, recorre a um procedimento habitual na França. Ela dá ao filho, entre seus três nomes, o deste tio, nome pelo qual ele passa a ser tratado por toda a família. No entanto, Armad se recusa a representar o morto, passando assim, a assumir uma posição destruidora sobre todos à sua volta. Com esse caso, ela mostra como o filho toma lugar nas fantasias dos pais oriundas de experiências passadas. Por isso, escreve a autora, é que o desejo inconsciente dos pais sempre está presente no diálogo entre pais e filhos, seja qual for o nível da comunicação. Maud Mannoni (1923-1998) • Psiquiatra, foi supervisionada por Dolto • A origem dos distúrbios psíquicos estariam nos mitos familiares • O outro(pai, mae...) e Outro(linguagem, nome e discurso social) condicionam a subjetividade do sujeito, antes mesmo do seu nascimento. • Edipo ganha destaque • Bonneuil (1969): uma escola com hospital dia Maud Mannoni • Três gerações são necessárias para se ter um doente mental. • Feixes de Palavras parentais; palavras mal- ditas • “ O filho, enquanto estiver sob o império dessa palavra maldita (mortífera), tem chance emperrada (neurótico), reduzida (psicótico), senão nula (autista) de ter acesso ao desejo próprio”,(1974) Maud Mannoni
• Discurso fechado: e o mito familiar, é o modo
peculiar que a família se concebe se conta. • Discurso dramático: seria uma ação violenta ou dolorosa, fantasiada ou não. O drama esta ligado ao trauma O trauma é uma trombada com o real Maud Mannoni
Na relação ao psicótico, tem-se a
tendência a esquecer um ponto essencial: é diante de um apelo ao qual o indivíduo não pode mais responder que ele faz aparecer uma abundância de modos de ser que suporta uma certa linguagem como tal. (Mannoni, 1971) Robert e Rosine Lefort (1920-2007) • Clinica pautada na amarração dos três registros • Crianças em posição autistica, psicóticas, neuróticas graves, sem fala • Suposição de um sujeito • 1982 criação do núcleo cereda • Fundar uma demanda: oferta que antecipa uma demanda Lefort • O menino louco _____ ------------------ a oferta do Analista Saber suposto no Real S2 • O ato do psicanalista na clínica com crianças pequenas pode se aproximar ao de um agenciamento da função materna, quando: opera supondo um sujeito pelo caminho de acolher a criança no discurso e no desejo, fazendo traduções simbólicas que antecipe a configuração de um "eu sou" na criança, engajando-a num saber a fim de permitir o desenvolvimento do seu funcionamento subjetivo, e por isso também, cognitivo, enlaçando-a no social. Entretanto, sua posição jamais se engana em substituir o par parental. • Ampliação da clinica psicanalitica, AT • Gozo puro Lefort • A 27 de outubro, a sessão se passa como todas as precedentes, no dormitório • onde existem oito leitos. Nádia sorri logo que eu entro, e me reconhece • muito bem. Quando me vê pegar a cadeira para me sentar perto dela, ela ri • e balbucia. Ela vai se instalar confortavelmente em cima de seu travesseiro e, • após hesitações, inclina-se e mete seu dedo em minha boca. • Ela quer que eu a tome em meu colo. Mas de repente, seu rosto se fecha • e se contrai quando, sem pensar, eu coloco a mão na beira do leito do vizinho, • que está vazio, posto das outras crianças estão no jardim de infância. Eu verifico • que se trata mesmo disso quando eu a vejo sorrir logo que eu retiro minha • mão. Quando compreendo o que se passa e não coloco mais minha mão • na beira do leito do outro, Nádia se toma de novo muito ativa e me dá aten- • 1rão. • Ela pega o lápis que sai do bolso de minha bata e joga-o no chão, virando • seu olhar na direção deste lápis para que eu o apanhe, e ri às gargalhadas; • mas ao mesmo tempo ela tem a diarréia. Uma enfermeira vem trocá-la; ela • chora procurando-me com o olhar. Ela pára assim que estou de novo junto dela • e recomeça seu jogo com o lápis, rindo às gargalhadas.