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H.P. - 3 e 4 Dinastia

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3ª Dinastia - Dinastia Filipina ou Castelhana

A Perda da Independência (Séculos XVI e XVII)

D. Filipe I - O Prudente (1581-1598)


 Nasceu em 1527 e casou com 4 princesas: Maria de Portugal
(prima); Maria Tudor; Isabel de Valois; Ana de Áustria.
 Era neto de D. Manuel I e filho de Isabel de Portugal, mulher do
Imperador Carlos I de Espanha;
 Subiu ao trono nas Cortes de Tomar em 1581 – Portugal ficou sob o
domínio castelhano e a capital do Império (Portugal + Espanha)
passou a ser Madrid;
 D. Filipe I esteve em Portugal até 1583 e depois partiu para Madrid;
 Lisboa ficou a ser governada por um vice-rei espanhol – Alberto
Habsburgo (sobrinho);
Datas com História…

 1581 - Início dos Trabalhos para ligar Lisboa a Madrid através do Tejo;
 1581/1483 - Revolta açoriana contra o domínio espanhol;
 1588 - Derrota da Invencível Armada;

D. Filipe I organizou uma frota com os barcos espanhóis e


portugueses para ir combater Inglaterra, como católico. A
esta frota deu o nome de “Invencível Armada” que foi
destruída por uma forte tempestade, saindo derrotado.

 1595 - Revolta popular em Lisboa;


 Morreu em 1598, passando os seus poderes para o seu filho D. Filipe II;
D. Filipe II – O Pio (1598-1621)

 Nasceu em 1578 e casou com D. Margarida de Áustria;

 Foi eleito rei em 1598 de Portugal, Castela, Leão, Valência, Aragão, Catalunha
e Navarra;

 Também nomeou apenas Regentes para Portugal (pode dizer-se que durante a
dinastia filipina os portugueses não tiveram um rei presente);

 Em Espanha também passou-se o mesmo – o rei entregou o poder do Estado a


“Validos” (Ministros e Governadores);

 1600 – Filipe II entregou o Governo de Portugal a um vice-rei – Cristóvão de


Moura;

 Foi no seu reinado que se estabeleceu o mito de que D. Sebastião voltaria um


dia para reinar em Portugal.
 O descontentamento do povo aumentava de dia para dia,
pois sentiam fome e viviam na miséria;
 1620 – ano estéril de pão;
 Neste reinado a situação portuguesa piorou:
 Aumento dos impostos;
 Abandono da agricultura, indústria e comércio;
 O império português foi saqueado por ingleses e
holandeses;
 Os soldados portugueses foram obrigados a defender os
interesses espanhóis.
 Morreu em 1621, passando o seu vasto império para o seu
filho Filipe III.
D. Filipe III - O Grande (1621-1640)

 Nasceu em 1605, e casou com Isabel de Bourbon


(filha do rei Henrique IV, de França);
 Herdou, aos 16 anos, o império onde “O sol nunca se punha”;
 O rei gostava de se divertir e como vivia em Madrid entregou o
governo do reino português à Duquesa de Mântua, como
regente.
 Em Espanha, D. Filipe III teve de fazer face a várias guerras ao
mesmo tempo: Inglaterra, França, Países Baixos, Catalunha;
 Era a altura ideal para Portugal voltar a ser independente e, os
portugueses descontentes, prepararam uma revolta;
 Em segredo, um grupo de 40
homens, os Conjurados,
chefiados por João Pinto Ribeiro,
prepararam a revolução a -
Revolução de 1640 para a
Restauração da Independência;

 Convidaram para rei D. João, Duque de Bragança, que chegou a


Lisboa no dia 6 de dezembro;

 Com a sua vinda terminou a dinastia filipina e Portugal recupera a


sua Independência;

 E assim, iniciou-se a 4ª Dinastia: de Bragança ou Bragantina;


D. João IV - O Restaurador (1640-1656)

 Nasceu em 1604, e casou com D. Luísa de Gusmão;


 Teve este cognome por ter sido o restaurador da independência de
Portugal;
 Em 1641 convocou as Cortes em Lisboa e foi aclamado rei;
 Apostou bastante na defesa do país, sobretudo, na preparação dos
exércitos;
 Foi no seu reinado que os reis deixaram de usar coroa, devido à
consagração feita a Nossa Senhora da Conceição – a coroa nacional
foi colocada na imagem desta Nossa Senhora;
 Faleceu em 1656, passando o seu poder para o filho – D. Afonso VI.
D. Afonso VI- O Vitorioso (1656-1683)

 Nasceu em 1643, e casou com D. Maria Francisca Isabel;


 Sucedeu o seu pai com apenas 13 anos. Como era novo ficou a mãe a
governar como regente e, apesar de ser espanhola, manteve-se fiel ao
movimento da Restauração da Independência;
 Assumiu o poder em 1662 e teve este cognome devido às várias
vitórias sobre os espanhóis;
 Reforçou a aliança com Inglaterra de forma a ter a ajuda inglesa contra
os espanhóis;
 Uma das suas irmãs casou-se com um rei inglês – Carlos II;
 Por questões de saúde teve de abdicar do trono, ficando como regente
o seu irmão D. Pedro que, em 1668, assinou a paz entre Portugal e
Espanha, pondo fim à Guerra da Restauração que durara 28 anos.
D. Pedro II - O Pacífico (1683-1706)

 Nasceu em 1648, e casou com D. Maria Sofia;


 Teve este cognome pois foi ele que assinou o acordo de paz entre
Portugal e Espanha;
 Durante o seu reinado Portugal assinou o Tratado de Methwen com
a Inglaterra: ficou acordado que Portugal compraria os tecidos
ingleses e em troca levavam os vinhos portugueses;
 No Brasil foram descobertas minas de ouro e Portugal começou a
receber imenso ouro brasileiro;
 Faleceu em 1706, passando o poder para o seu filho – D. João V.
Aqueduto das Águas Livres Convento de Mafra
D. João V- O Magnânimo (1706-1750)

 Nasceu em 1689, e casou com D. Maria Ana;


 Teve este cognome pelo apoio que deu à cultura artística, científica e
literária que existiu durante o seu reinado, suportado pelo ouro
brasileiro;
 A Corte viveu num ambiente de luxo, pois um quinto do ouro extraído
pertencia à Coroa;
 Mandou construir o Convento de Mafra e o Aqueduto de Águas Livres;
 Fundou vários museus e bibliotecas; Reorganizou o exército e a
marinha;
 Chamou professores estrangeiros para melhorar o ensino;
 Faleceu em 1750, passando o poder para o seu filho – D. João V.
D. José I- O Reformador (1750-1777)

 Nasceu em 1714, e casou com D. Mariana;


 Teve este cognome devido às várias reformas que
foram implementadas durante o seu reinado;
 Algumas destas reformas foram: a abolição da
escravatura em Portugal e a liberdade dos índios
brasileiros;
 Nomeou para Primeiro-Ministro Sebastião José de
Carvalho e Melo, que era conde de Oeiras, mais
tarde conhecido como Marquês de Pombal;
 No dia 1 de novembro de 1755
deu-se um grande terramoto em
Portugal, ficando a capital, Lisboa,
quase toda arrasada;
 Marquês de Pombal não cruzou os
braços: enterrou os mortos,
socorreu os feridos e cuidou dos
vivos;
 O arquiteto Eugénio dos Santos
responsabilizou-se por edificar a
zona ribeirinha da cidade – Baixa
Pombalina;
 Faleceu em 1777, passando o
poder para a sua filha – D. Maria I,
porque não deixou filho varão.
D. Maria I- A Piedosa (1777-1816)
 Nasceu em 1734, e casou com D. Pedro III;
 O seu cognome deveu-se à importância que dava aos
assuntos religiosos;
 Ordenou a construção da Basílica da Estrela e o Palácio de Queluz;
 Mandou construir escolas como a Casa Pia destinadas aos mais pobres;
 Fundou a Academia Militar, construiu vários teatros e hospitais;
 Entre 1799 e 1816, o seu filho D. João VI, assumiu o poder porque a
mãe encontrava-se gravemente doente;
 Em 1807 Portugal foi invadido pelos Franceses a mando de Napoleão
Bonaparte, porque Portugal era aliado a Inglaterra, sua inimiga. A
família real fugiu para o Brasil;
 Em 20 de maio de 1816 morre a rainha e D. João VI foi proclamado rei.
Basílica da Estrela Palácio de Queluz
D. João VI – O Clemente (1816-1826)
 Nasceu em 1767, e casou com D. Carlota Joaquina;
 Teve este cognome porque era simples e bondoso;
 Como a família real tinha fugido para o Brasil devido às invasões
francesas, foi no Brasil que D. João VI foi aclamado rei, em 1816;
 A capital do reino português passou de Lisboa para o Rio de Janeiro, e
D. João VI governou em território brasileiro, deixando uma imagem
muito positiva do seu modo de governo, nos 14 anos que lá viveu;
 Entretanto, em Portugal, quem governava na realidade eram os
ingleses, através do general Beresford;
 O país estava desorganizado, pois haviam algumas revoluções que
defendiam ideias opostas – uma era liberal (influenciada pelos ideais
franceses) e outra absolutista (a favor da monarquia tradicional);
 A família real estava dividida. D. João VI morre em março de 1826.
D. Pedro IV – O Libertador (1826-1828)

 Nasceu em 1798, e casou com D. Leopoldina;


 O seu cognome deveu-se ao facto de ter derrotado o absolutismo
defendido pelo seu irmão – D. Miguel;
 Foi nomeado rei de Portugal pelo Conselho de Regência;
 Em 1822, ainda no reinado de seu pai, concedeu a Independência
do Brasil e tornou-se imperador;
 Entretanto chegara a notícia da morte do pai que já tinha
regressado a Portugal;
 Era impossível Governar Portugal ao longe e por isso
concedeu os seus direitos da coroa portuguesa à filha – D.
Maria da Glória, com 7 anos;

 Em 1826 publicou a Carta Constitucional e a princesa D.


Maria da Glória tinha de jurar cumprir as leis desta carta e
de casar com o seu tio D. Miguel, do partido Absolutista;

 Combinou o casamento entre o seu irmão D. Miguel e a sua


filha por forma a firmar a paz em Portugal;

 Como D. Maria da Glória ainda era menor, ficou D. Miguel a


governar como regente;

 D Pedro IV, morreu em 1866.


D. Miguel I – O Absolutista (1828-1834)

 Nasceu em 1802, e prometera casar com a sobrinha


quando esta atingisse a maioridade;
 O seu cognome justifica-se por ter sido adepto do absolutismo;
 Assim que assumiu o trono enfrentou a revolta dos liberais, e
esta revolta mergulhou o país numa Guerra Civil (1832-1834);
 D. Pedro, seu irmão, atento ao que se passava em Portugal,
abdicou do trono brasileiro e voltou à pátria, colocando o ponto
final na guerra civil através de várias batalhas;
 Nomeou a sua filha, D. Maria da Glória, rainha de Portugal e foi
exilado para Áustria, falecendo só em 1866.
D. Maria II – A Educadora (1834-1853)

 Nasceu em 1819, no Rio de Janeiro e casou com


D. Fernando II;
 Teve esse cognome pela forma cuidadosa como educou os filhos;
 Apoiada pelo ministro Marquês Sá da Bandeira, aplicou várias
reformas, tais como:
- a administração das terras fora de Portugal Continental;
- a abolição da escravatura;
- incentivo das culturas do algodão, da cana-de-açúcar e do café;
- criou vários estabelecimentos de ensino;
- vulgarizou o uso de selos (estampilhas postais);
 Faleceu em 1853, passando o poder para o seu filho D. Pedro V.
D. Pedro V – O Esperançoso (1853-1861)

 Nasceu em 1837 e casou com D. Estefânia;


 Quando a sua mãe morreu tinha apenas 16 anos e como era
muito novo ficou o seu pai D. Fenando, a governar como regente;
 D. Pedro V assumiu o poder em 1855;
 Inaugurou os caminhos de ferro de Lisboa ao Carregado;
 Montou as primeiras linhas de telégrafo elétrico e começou-se a
colocar o cabo submarino entre Lisboa e a América do Norte;
 Nesta época, Portugal foi atingido por duas epidemias : a cólera e
a febre amarela, causando inúmeras vítimas;
 Teve esse cognome porque visitou e consolou os doentes;
 Reinou apenas até aos 24 anos e faleceu em 1861.
Os primeiros telégrafos elétricos…
D. Luís I – O Popular (1861-1889)

 Nasceu em 1838 e casou com D. Maria Pia;


 Sucedeu o seu irmão D. Pedro V e governou muito
bem durante 28 anos;
 Deve o seu cognome pela maneira como convivia com todos os
portugueses;
 Construiu mais estradas, mais pontes e novas linhas de ferro;
alargou a rede de telegrafia elétrica; criou escolas agrícolas,
industriais e várias escolas primárias;
 Aboliu a pena de morte e fundou o Partido Republicano;
 Organizou várias viagens de exploração no interior de África;
 Faleceu em 1889, passando o poder para o seu filho D. Carlos I.
Alguns portugueses ilustres que viveram nesta altura…

Alexandre Herculano
António Feliciano de Castilho Joaquim Pedro de Oliveira
foi um escritor, historiador,
foi um escritor romântico Martins foi um político e
jornalista e poeta português
português, pedagogo. cientista social português.
da era do romantismo.

Antero Tarquínio de Quental foi


um escritor e poeta português
que teve um papel importante no Entre muitos outros…
movimento da Geração de 70.
D. Carlos I – O Diplomata (1889-1908)

 Nasceu em 1863 e casou com D. Amélia de Orleãs;


 Recebeu este cognome porque soube prestigiar o
nome de Portugal, quer no país, quer no Estrangeiro;
 Durante este período a Inglaterra mandou um
Ultimato a Portugal para que abandonasse o
território que ficava entre Angola e Moçambique
– representado pelo Mapa Cor de Rosa;
 Portugal foi obrigado a ceder; foram anos de discórdias e lutas
políticas para instaurar um novo regime político;
 Assassinaram D. Carlos I e D. Luís Filipe e D. Manuel ficou ferido;
 E foi D. Manuel que subiu ao trono, sem experiência de governo.
D. Manuel II – O Patriota (1908-1910)

 Nasceu em 1889 e foi o último rei de Portugal;


 Sucedeu o seu pai, mas não tinha sido preparado
para ser rei, mas sim o seu irmão, também assassinado;
 Mereceu este cognome pelo amor que revelou aos portugueses;
 Os partidos políticos monárquicos continuaram a mostrar
indisciplina e desorganização;
 O Partido Republicano aumentava a sua propaganda e influência;
 D. Manuel II, sem experiência governativa, foi influenciado pelos
homens que tinham servido o seu pai;
 No dia 5 de Outubro de 1910 foi proclamada a República – novo
regime político. A família real fugiu para o estrangeiro(Inglaterra).
Fim…
Realizado por Bianca Calouro

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