Aula 04
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PROTEÇÃO E SECCIONAMENTO
Eletrodutos
Em um sistema elétrico, muitos componentes são essenciais. Entre eles, os
eletrodutos, que são um importante método de proteção para fiação.
Os eletrodutos são os tubos pelos quais passam os fios e os cabos de uma
instalação elétrica; seu objetivo é proteger os condutores elétricos de quaisquer
influências, sejam elas a corrosão, o superaquecimento ou os curtos-circuitos, e
servir como proteção externa contra choques elétricos.
Ou seja, podemos dizer que os eletrodutos são os envoltórios que protegem a
fiação elétrica de uma residência, de um prédio, uma indústria ou um escritório.
Classificação
Os eletrodutos são classificados de acordo com o material do qual são feitos, sua
espessura, flexibilidade e formas de conexão, que definem a utilização a que se destinam.
Assim, temos a seguinte classificação para os eletrodutos:
Quanto ao material:
◦ Não metálicos: PVC, fibrocimento, polipropileno, polietileno de alta densidade, plástico com fibra de vidro. Podem ser
rígidos e flexíveis.
◦ Metálicos: aço carbono galvanizado ou esmaltado, alumínio e flexíveis de cobre espiralado. Podem ser com ou sem
costura longitudinal, com paredes de diâmetro e espessura variada. Possuem suas paredes com acabamento externo
e/ou interno, podendo ser fosfatizado, galvanizado, pintado, revestido, polido ou trefilado.
Quanto à flexibilidade:
◦ Rígidos metálicos: são utilizados, com maior frequência, em instalações externas.
◦ Rígidos não metálicos: utilizados em ambientes que sofrem ação de ácidos e materiais corrosivos.
◦ Flexíveis: utilizados em instalações embutidas ou instalações em ambientes ácidos e corrosivos, ou até mesmo
em instalações externas sujeitas a forças mecânicas. Entre eles temos os de PVC (ácido e corrosão) e de cinta de
aço galvanizada (esforço mecânico).
Em que:
IB = corrente de projeto do circuito;
IN = corrente nominal do disjuntor;
IZ = capacidade de condução de corrente dos condutores;
I2 = corrente convencional de atuação do disjuntor.
A condição apresentada na segunda equação, I2 ≤ 1,45 IZ, é aplicável quando for possível assumir que a
temperatura limite de sobrecarga dos condutores não venha a ser mantida por um tempo superior a 100
horas durante 12 meses consecutivos, ou por 500 horas ao longo da vida útil do condutor. Quando isso não
ocorrer, a condição da segunda equação deve ser substituída por: I2 ≤ IZ.
EXEMPLO
Considere um circuito monofásico com corrente de projeto IB = 24,8 A, com um
condutor fase selecionado de seção 4 mm2 com capacidade de condução de
corrente IZ = 32 A. Como determinamos o dispositivo de proteção?
Solução:
Analisando a condição de coordenação de disjuntores, conclui-se que o disjuntor
mais adequado deve ter corrente nominal, dentro de um valor comercial válido,
tal que:
24,8 ≤ IN ≤ 32
Analisando as tabelas de fabricantes de disjuntores da Enerbras (2015),
encontra-se um disjuntor de 25 A, que é um valor que satisfaz a condição acima.
Exercícios
1. Em relação ao material, como são classificados
os eletrodutos?
2. Por que os eletrodutos devem obedecer às
taxas de ocupações?
3. Em relação à cor, como são classificados os
eletrodutos?
4. Observe o trecho de uma rede de eletrodutos
de PVC Flexível leve Tigreflex (com 12 m), que
possui duas curvas e os circuitos mostrados na
figura a seguir. Os condutores da instalação
são do tipo cabo Noflan BWF da Ficap.
Dimensione o eletroduto do trecho.
5 - O que são dispositivos de proteção?
6 - Como funciona um fusível?
7 - Por que os fusíveis são substituídos por disjuntores em residências?
8- Explique o funcionamento térmico de um disjuntor.
9 - Explique o funcionamento magnético de um disjuntor.
10 - Quando se deve utilizar o disjuntor eletromagnético e o disjuntor diferencial residual?
11 - Qual é a forma correta de instalação de um IDR?