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Alfabetização - Caderno - Jogos

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JOGOS NA ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA

JOGOS NA ALFABETIZAÇÃO
MATEMÁTICA

Autores:

Anne Heloíse C. Stelmastchuk Sobbczak


Emerson Rolkouski
Justina C. Motter Maccarini
APRESENTAÇÃO
O caderno “Jogos na Alfabetização
Matemática” apresenta alguns jogos que
têm como objetivo auxiliar no trabalho com
a Alfabetização Matemática.
Pressupondo que:
– O jogo em sala de aula não pode ser visto como
um mero passatempo;
– Visa a auxiliar o trabalho pedagógico;
– Ampliar as potencialidades do uso de jogos no
desenvolvimento dos conceitos matemáticos.
Parte I – Jogos na Educação
Matemática
A utilização de jogos e brincadeiras na escola, com
a finalidade explícita de ensinar, data de meados do
século XIX. Considerado como o fundador dos
jardins de infância, Friderich Froebel, já naquela
época, defendia o seu uso em sala de aula.

O jogo pode propiciar a construção de


conhecimentos novos, um aprofundamento do que
foi trabalhado ou ainda, a revisão de conceitos já
aprendidos, servindo como um momento de
avaliação processual pelo professor e de
autoavaliação pelo aluno.
• Trabalhado de forma
adequada, o jogo
possibilita aos alunos
desenvolver a
capacidade de
organização, análise,
reflexão e
Para que o ato de
argumentação, uma
jogar na sala de
série de atitudes como:
aula se caracterize
aprender a ganhar e a
como uma
lidar com o perder,
metodologia que
aprender a trabalhar em
favoreça a
equipe, respeitar regras,
aprendizagem, o
entre outras.
papel do professor
é essencial.
Encaminhamentos Metodológicos

• É importante observar que toda metodologia utilizada em sala


de aula requer um planejamento e uma postura coerente de
alunos e professores.
• Ao utilizar os jogos na sala de aula, não é possível exigir
silêncio, sobretudo quando trabalhamos com crianças.
• Tais atitudes também são decorrentes do fato de que jogos, de
modo geral, envolvem competição entre os participantes. No
entanto, o professor poderá direcionar a atenção das crianças
para o conhecimento construído, além de outras
possibilidades.
Na utilização do jogo na sala de
aula é importante:

• Se preparar para as
situações que podem
ocorrer durante o jogo,
tanto do ponto de vista
pedagógico como do
ponto de vista das
atitudes em sala de aula.
• o professor deverá
conhecer o jogo com o
qual irá trabalhar.
Um jogo que a princípio pode parecer ingênuo
pode se revelar um potencial disparador de
situações-problema interessantes, ao mesmo
tempo em que jogos sofisticados podem se
mostrar inadequados ou insuficientes para o
trabalho em sala de aula. Simples jogos de
tabuleiro, podem ser adaptados para
interessantes trabalhos com as seqüências
numéricas, campo aditivo e campo
multiplicativo, etc. Por outro lado, um jogo em
que as regras são complexas, demanda um
valioso tempo somente para que os alunos as
compreendam, diminuindo assim sua
potencialidade.
Iniciando o Jogo
Conforme o nível de desenvolvimento dos
alunos, o professor poderá ler as regras
juntamente com eles ou pedir que leiam
individualmente, para depois discuti-las, tanto
para verificar se todos as compreenderam
quanto, para problematizá-las, se julgar
conveniente. Caso seja um jogo de tabuleiro, é
importante que as crianças procurem identificar
o porquê do tabuleiro ser daquela maneira.
Por exemplo, no jogo “Pintando o sete”, as
crianças são solicitadas a cobrir os números de
acordo com a soma de dois dados comuns. O
tabuleiro do jogo é mostrado a seguir.

2 3 4 5 6
8 9 10 11 12

7 7 7 7 7 7 7
Orientações para o jogo:
• Chama a atenção o fato de o tabuleiro não
possuir o número 1.
• Compreendidas as regras e reconhecidos
o tabuleiro e as peças que o compõem, é
hora de constituir os grupos.
• Hora de iniciar o jogo. A pergunta é
clássica: Quem começa? Eis um bom
motivo para explorar várias maneiras de
sorteio.
Escolhido quem iniciará a partida, poderemos escolher de maneiras
similares quem irá marcar os pontos e como será feito o registro.
Pode-se propor tabelas simples a serem preenchidas com risquinhos.

CARLOS MARIA
Dependendo do jogo, pode ser conveniente transformar a tabela acima

indicada em uma tabela de dupla entrada.

Carlos Maria

Primeira rodada

Segunda rodada

Terceira rodada

Total
Durante o Jogo
Defendemos que o jogo deve ser utilizado em toda
a sua potencialidade pedagógica. Para isso, é
essencial que o professor acompanhe as
equipes durante os momentos em que o estiver
utilizando. É importante ficar atento para as
dificuldades e a postura das crianças em
relação aos problemas matemáticos que
ocorrem naturalmente durante esse tipo de
atividade.
Depois do Jogo
• Ao término do jogo, é importante
proporcionar um momento de socialização
das impressões e de reflexão sobre o que
se aprendeu de Matemática.
• Tal momento se torna importante por
permitir que os conceitos envolvidos
durante o jogo sejam explorados.
Depois do jogo
• Ao término do jogo, é importante proporcionar
um momento de socialização das impressões e
de reflexão sobre o que se aprendeu de
Matemática.
• Tal momento se torna importante por permitir
que os conceitos envolvidos durante o jogo
sejam explorados.
• Pode-se pedir às crianças que socializem suas
pontuações com os colegas da turma,
registrando-as em papel bobina (em algumas
regiões se diz papel craft ou pardo) ou no
quadro.
Em algumas situações é interessante propiciar
maneiras diferentes de representação dos pontos,
explorando diferentes tipos de registro. Por
exemplo, os pontos do jogo de boliche foram
registrados da seguinte forma:
O professor poderá construir com os alunos um
gráfico de colunas no caderno de folhas
quadriculadas, para transpor os pontos da tabela
acima para um gráfico.
• Como forma de avaliação da contribuição do
jogo, pode-se criar uma situação fictícia e
discutir com as crianças sobre qual jogador
está em vantagem, ou ainda qual, entre os
jogadores, eles acreditam que irá ganhar o jogo
e o porquê.
• Ao final dos jogos, é particularmente
interessante a construção de relatórios escritos
sobre o que aconteceu e o que foi aprendido.
Avaliando os alunos
em situação de jogo
Os momentos de jogos podem e devem
também se constituir em momentos de
avaliação. Há possibilidades de avaliação
que são particulares de cada jogo. Para
auxiliar o professor no que diz respeito a
essa situação, criamos uma seção,
denominada Problematizando, na qual
descrevemos alguns questionamentos
que podem ser feitos e ampliados para
cada jogo.
Há, também, possibilidades pertinentes a toda
situação de jogo e que podem servir para a
elaboração de fichas avaliativas de cada aluno.
Para tanto, é importante observar:
a) a postura do aluno com relação à própria
atividade de jogo, no que diz respeito a:
ganhar, perder, colaborar;
b) a postura do aluno com relação ao
desenvolvimento de estratégias. É importante
observar se a criança percebe que muitos dos
jogos não dependem exclusivamente da sorte.
Muitas vezes esta habilidade está relacionada,
também, com o aspecto matemático;
c) a relação do aluno com o saber matemático
envolvido. Avaliar o domínio que a criança
possui do conhecimento matemático
necessário para o jogo e se apresenta
desenvolvimento durante a atividade. Quais
conhecimentos já domina e quais ainda
precisam ser trabalhados;
d) se o aluno é comprometido com a atividade,
se tem zelo pelos materiais, etc.
A Educação Inclusiva
De modo geral, os jogos deste caderno
podem ser utilizados por todas as
crianças, devendo o professor garantir a
comunicação com elas. No entanto, para
crianças cegas, é necessário adaptá-los.
Para isso, você precisará apenas de
materiais com texturas diferentes e cola.
Modelo números em Braille
Modelo números em Braille e sinais
em libras
Referências

ANASTACIO, M. Q. A. Jogo e matemática:


uma associação possível. Duc in Altum,
Muriaé, 2003.

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