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AÇÕES DE ENFERMAGEM NA

PREVENÇÃO DA DIFTERIA
(CRUPE)

Prof. Iací Proença Palmeira


O QUE É?

Doença transmissível aguda, toxiinfecciosa,


imunoprevenível, causada por um bacilo
toxicogênico que se aloja nas amígdalas,
faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente em
outras mucosas e na pele. É caracterizada
por placas pseudomembranosas típicas.
AGENTE ETIOLÓGICO:

Corynebacterium diphteriae, que é um bacilo


gram positivo. Não é invasivo e se multiplica
na faringe, porém a doença tem efeitos
sistêmicos, devido a produção e
disseminação no sangue de sua toxina.
RESERVATÓRIO: O homem doente ou o
portador assintomático.

MODO DE TRANSMISSÃO:
Contato direto da pessoa doente ou do
portador com pessoa suscetível (gotículas de
secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao
falar). A transmissão por objetos recém
contaminados com secreções do doente ou
de lesões em outras localizações é pouco
freqüente.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 1 a 6 dias,
podendo ser mais longo.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:

Em média até duas semanas após o início dos


sintomas. A antibioticoterapia adequada
erradica o bacilo diftérico da orofaringe, de
24 a 48 horas após a sua introdução, na
maioria dos casos. O portador crônico não
tratado pode transmitir a infecção por seis
meses ou mais e é extremamente importante
na disseminação da doença.
QUADRO CLÍNICO:

A manifestação típica é a presença de placas


pseudomembranosas branco-acinzentadas aderentes
que se instalam nas amígdalas e invadem estruturas
vizinhas. Essas placas podem se localizar na faringe,
laringe (laringite diftérica) e fossas nasais (rinite
diftérica), e menos freqüentemente na conjuntiva, na
pele, no conduto auditivo, na vulva, no pênis (pós-
circuncisão) e no cordão umbilical.
Há um comprometimento do estado geral do
doente com prostração e palidez; a dor de garganta é
discreta e a febre não é muito alta (37,5 a 38,5°C).
Nos casos mais graves há intenso edema no
pescoço e aumento dos gânglios linfáticos dessa
área (pescoço taurino).

Dependendo do tamanho das placa


pseudomembranosas pode ocorrer
asfixia mecânica, necessitando de
traqueostomia urgente.

Os casos graves e muito tóxicos são denominados de


difteria hipertóxica (malígna) e apresentam, desde o
início, significante comprometimento do estado
geral, placas com aspecto necrótico e pescoço
taurino.
TRATAMENTO

A) Específico: SAD, cuja finalidade é de inativar a


toxina circulante o mais rápido possível e
possibilitar a circulação de anticorpos para
neutralizar o bacilo. A aplicação do SAD tem que
ser urgente por não ter ação sobre a toxina já
impregnada no tecido.

B) Antibioticoterapia
C) Tratamento de suporte: repouso, manutenção do
equilíbrio hidroeletrolítico, nebulização, aspiração e
freqüente de secreções.

Vigilância epidemiológica

1- Definição de Caso:
- Suspeito: toda pessoa que, independente da idade e
estado vacinal apresenta quadro agudo de infecção
do orofaringe, com placas aderentes nas amígdalas,
com ou sem infiltração de outras áreas
Caso Confirmado:

a)Critério laboratorial: todo caso suspeito com


isolamento do bacilo.

b) Critério Clínico: quando houverem placas


comprometendo pilares ou úvula, além das
amígdalas, placas suspeitas na traquéia ou laringe
simultaneamente, toxemia importante; febre baixa
desde o início do quadro.
MEDIDAS DE CONTROLE

A medida segura mais adequada é a


proteção da população com toxóide
diftérico.

1- ESQUEMA VACINAL
BÁSICO:

Os menores de um ano deverão receber 3 doses da


vacina combinada DTP + Hib (contra difteria, tétano
e coqueluche e infecções graves causadas pelo
Haemophilus influenzae), a partir dos 2 meses de
idade com intervalo de pelo menos 30 dias entre as
doses (o ideal é intervalo de dois meses).
De seis a doze meses após a terceira dose, a criança deverá
receber o 1º reforço com a vacina DTP (tríplice bacteriana),
sendo que o 2º reforço deverá ser aplicado de 4 a 6 anos de
idade.

A vacina DTP não deve ser aplicada em crianças com 7 anos ou


mais de idade. A vacina DTPa (tríplice acelular) é indicada em
situações especiais e deve-se observar as recomendações do
Ministério da Saúde.
As crianças com sete anos ou mais, adultos e idosos
não vacinados ou sem comprovação de vacinação
prévia devem receber três doses da vacina Dt (dupla
adulto), com intervalo de pelo menos 30 dias entre as
doses (o ideal é intervalo de dois meses). Se
comprovar esquema de vacinação incompleto,
aplicar as doses necessárias (três) para completar o
esquema vacinal preconizado.
2- VACINAÇÃO DE BLOQUEIO

Após a ocorrência de um ou mais casos de difteria,


deve-se vacinar todos os contatos não vacinados,
inadequadamente vacinados ou com estado vacinal
desconhecido. Nos comunicantes, adultos ou
crianças, que receberam há mais de cinco anos o
esquema básico ou dose(s) de reforço, deverá ser
administrada uma dose de reforço de DTP (em
crianças menores de 7 anos) ou de dT (em crianças
com 7 anos ou mais e adultos).
CONTROLE DE COMUNICANTES

Todos os comunicantes susceptíveis deverão ser


mantidos em observação durante 7 dias contados a
partir do momento da exposição.

Isolamento - Persistir em isolamento até que duas


culturas de exsudato de naso e orofaringe sejam
negativas (colhidas 24 e 48 horas após a suspensão
do tratamento).

Vacinação após a alta - A doença não confere


imunidade e a proteção conferida pelo (SAD) é de
curta duração (em média duas semanas), portanto,
todos os casos devem ser vacinados de acordo com
os esquemas preconizados, após alta hospitalar.

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