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Sistema Vegetativo Apresentação Sobre Sementes

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Sistema Vegetativo

Pesquisa 1
Armazenamento e conservação das sementes

Sementes recalcitrantes Sementes Ortodoxas

• Sementes recalcitrantes são as sementes que não sobrevivem à secagem e • Sementes ortodoxas são as sementes que sobrevivem a
congelamento durante a conservação. secagem e congelamento durante a conservação.
• O armazenamento de sementes recalcitrantes apresenta um desafio maior • Ortodoxas são sementes que podem ser desidratadas a níveis
que o das sementes ortodoxas. Isto se deve à sua alta suscetibilidade à baixos de umidade (5 a 7% de umidade) e armazenadas em
perda de água, o que faz com que seja necessário o armazenamento com ambientes de baixas temperaturas, como por exemplo,
alto grau de umidade. sementes de Myracrodruon urundeuva – aroeira-verdadeira
• Esta umidade interna favorece o ataque de microrganismos e a ocorrência (Medeiros, 1996).
de germinação durante o armazenamento. • Para sementes que apresentam comportamento ortodoxo
• E usar baixas temperaturas para o armazenamento, o que poderia inibir quando armazenadas com grau de umidade entre 9 e 13%, mas
estes dois últimos problemas, não é uma solução, pois as sementes quando desidratadas a 7% perdem significativamente a
recalcitrantes também sofrem danos por temperaturas próximas ou abaixo viabilidade, Dickie & Smith (1992) classificaram as sementes
de zero. dessas espécies como sub-ortodoxas ou intermediárias.
• As sementes de abacate, manga e cacau são exemplos de sementes • ORTODOXA: TEM PROTETORES DE MEMBRANA (PROTEÍNAS
recalcitrantes. Recalcitrantes são aquelas sementes que não podem ser LEIA, ETC) A semente vai perder a umidade que vai ficar entre
desidratadas abaixo de um determinado grau de umidade, sem que ocorram 7 % ou até menos. Quando o processo de embebição ocorre,
danos fisiológicos, como por exemplo, as sementes de Araucaria ela pode quebrar as ligações da bicamada lipídica
angustifolia, que morrem ao serem desidratadas a valores inferiores a 37%
(Tompsett, 1984)
RECALCITRANTE: NÃO APRESENTAM PROTETORES DE MEMBRANA. A semente vai perder a Nas sementes ortodoxas, que possuem protetores de membrana, a
umidade que vai ficar entre 7 % ou até menos. Quando o processo de embebição ocorre, embebição não quebra a bicamada, o contrário da recalcitrantes;
ela pode quebrar as ligações da bicamada lipídica. Nas sementes ortodoxas, que possuem
protetores de membrana, a embebição não quebra a bicamada, o contrário da
recalcitrantes; 7 % 7 %
Pesquisa 2

A semente e sua germinação

  As sementes têm a função de perpetuação e multiplicação das espécies. É o elemento principal no
estabelecimento, expansão, diversificação e desenvolvimento da agricultura.
      As sementes iniciam nas flores, com a fertilização dos óvulos, ou seja, a recombinação genética
de gametas masculino e feminino, estabelecendo uma variabilidade genética favorável à adaptação
das espécies. Uma semente é um óvulo fertilizado e desenvolvido, com grandes diferenças físicas
entre as espécies, porém suas semelhanças são muitas e talvez mais importantes. Muitas vezes, o
termo semente é usado em seu sentido funcional, indicando toda e qualquer estrutura vegetal capaz
de reproduzir uma planta.
Processo de germinação das sementes
 As sementes grandes ou pequenas são constituídas de três componentes integrados: cobertura; tecido de reserva e eixo embrionário. A
cobertura da semente tem como funções manter unidas as partes internas da semente, bem como fornecer proteção mecânica contra
choques, microrganismos e insetos. Também, lhe são atribuídas às funções reguladoras no processo de germinação. A cobertura da semente
regula a entrada de água e oxigênio, necessários à germinação, podendo causar uma impermeabilidade da cobertura a esses elementos, o que
é reconhecido como um mecanismo de dormência.
  
 O tecido de reserva serve de suprimento nutritivo para o eixo embrionário, suportando seu crescimento inicial. Nas plantas superiores, como
nas Poáceas (arroz, milho, trigo), as reservas estão no endosperma das sementes. Entretanto, em muitas espécies de importância
agronômica, o endosperma é parcial ou totalmente absorvido durante o desenvolvimento da semente em favor dos cotilédones, que assume a
função de tecido de reserva, nas Fabáceas (feijão, soja).
  
 O eixo embrionário é a unidade de propagação (mini planta), cuja função é retomar o crescimento e formar um novo indivíduo adulto. O eixo
embrionário mais o(s) cotilédone(s) formam o embrião. Os cotilédones são estruturas seminais, de formato variável, ligadas ao eixo
embrionário, com função de absorver e reservar alimentos do endosperma e/ou perisperma, que serão usados durante a germinação.
     A perda de vigor e viabilidade das sementes envolve principalmente alterações no eixo embrionário. As sementes de alta qualidade
possuem boa capacidade para germinar, emergir, produzir uma população adequada de plantas vigorosas e saudáveis, facilitando a
implantação das culturas. O termo qualidade aplicado à semente envolve quatro aspectos: genético, físico, fisiológico e sanitário.
  
 As características genéticas têm influência dominante na produtividade da colheita, pois é o conjunto do genoma que contém as qualidades
específicas atribuídas a cada cultivar. A qualidade física diz respeito à composição dos lotes, pois aqueles compostos apenas por sementes da
espécie e cultivar escolhida, de tamanho uniforme facilitam o manuseio e influenciam na decisão do comprador. A qualidade fisiológica
indica a capacidade das sementes germinarem e estabelecerem uma população adequada de plantas. É a qualidade mais considerada e
avaliada pelos produtores e que causa maior preocupação, porque sementes sem qualidade fisiológica não servem para a semeadura. A
qualidade sanitária indica a presença, junto das sementes, de microrganismos patogênicos ou insetos, os quais podem ser carregados nas
sementes, afetando o desempenho das plantas e a produtividade.
  
Processo de germinação das sementes

 O cumprimento da função biológica, ou seja, a propagação da espécie ocorre com a germinação da semente. A germinação é o processo de retomada do crescimento ativo
do eixo embrionário. Consiste da sequência ordenada de atividades metabólicas, que inicia com a embebição das sementes, estabelece a retomada do desenvolvimento do
embrião até a formação de uma plântula normal, depende de umidade, temperatura e oxigênio.

O grau de umidade exigido para a germinação varia entre as espécies. Sementes monocotiledôneas (Poáceas), como os cereais, devem atingir 35 a 40%, para que haja
germinação. As dicotiledôneas (Fabáceas), devido às diferenças na morfologia e composição química só germinam após alcançar 50 a 55% de água. A velocidade de
reidratação é influenciada por fatores tais como a permeabilidade da cobertura da semente, o grau de umidade inicial, a temperatura e a área de contato semente/substrato.
     As variações de temperatura afetam não só o total de germinação, como também a velocidade e a uniformidade do processo. A temperatura ótima para a germinação das
sementes é aquela em que o maior número de sementes germina no mais curto período, para a maioria das espécies cultivadas, encontra-se entre 20 e 30°C. Ao se reduzir
a temperatura, a partir da ótima, reduz-se a velocidade de germinação, enquanto o aumento, em direção aos valores máximos suportados pela espécie, proporciona redução
tanto na velocidade quanto no percentual de germinação.
 
   O oxigênio é necessário para o grande aumento na atividade respiratória exigida no processo de germinação e subsequente crescimento e desenvolvimento da plântula. A
atmosfera contém oxigênio suficiente (± 21%), para a germinação das sementes, este somente se torna limitante quando sua disponibilidade para o embrião é bloqueada ou
impedida por um fator ambiental ou condição da semente, como o excesso de umidade no substrato e impermeabilidade da cobertura, respectivamente.
     A germinação pode não ocorrer devido à dormência, danos mecânicos severos ou deterioração das sementes.
Dormência das sementes

A dormência de sementes é um recurso de adaptação evolutiva utilizado pelas plantas para


germinarem na época mais propícia ao seu desenvolvimento, buscando através disto garantir
a perpetuação da espécie. Esse processo é caracterizado pelo endógena das sementes mesmo
quando estas se encontram em condições consideradas favoráveis de umidade, temperatura,
luz e oxigênio.
A dormência é determinada geneticamente no reino vegetal e é instalada na fase de
maturação das sementes ainda na planta-mãe quando esta sofre algum tipo de estresse que a
faça “entender” que sua espécie pode estar ameaçada, induzindo assim o mecanismo de
bloqueio nessas sementes.
Essa semente pode ser liberada da planta-mãe já dormente (dormência primária) ou ter essa
dormência quebrada ainda na planta-mãe e, após liberada da planta, ter a dormência
reinstalada por alguma condição adversa (dormência secundária). O bloqueio só será rompido
se condições específicas, variáveis de entre espécies e indivíduos, ocorrerem.
Causas da dormência
A dormência pode ter diversas causas mas, de modo geral, podemos classificar a dormência das sementes em dois tipos, a endógena e a exógena e estas
nos ajudam a identificar as possíveis causas do processo de dormência.
 A dormência endógena é causada por algum bloqueio à germinação relacionado ao próprio embrião como, por exemplo, a presença de inibidores
químicos, o desbalanço hormonal ou mesmo a incapacidade do embrião para superar barreiras físicas e/ou mecânicas representadas pelos tecidos
adjacentes à semente. As sementes também podem estar dispersas com o embrião não-diferenciado ou não completamente desenvolvido,
necessitando passar por um período de maturação após a dispersão ou colheita.
 Já a dormência exógena é causada pelo tegumento, endocarpo, pericarpo ou por órgãos extra-florais. Nesses casos, é possível observar mecanismos
como impermeabilidade dos tecidos à difusão de água ao embrião, impedindo sua expansão e à presença de substâncias inibidoras do crescimento
embrionário, presentes nesses tecidos e translocados ao embrião gerando assim, um impedimento mecânico.
Podemos também dividir as causas de dormência em três outros grupos:
Tegumento impermeável, endocarpo, pericarpo ou por órgãos extra-florais: nesses casos, é possível observar mecanismos como impermeabilidade dos
tecidos à difusão de água ou gases ao embrião, impedindo sua expansão e a presença de substâncias inibidoras do crescimento embrionário, presentes
nesses tecidos e translocados ao embrião gerando assim, um impedimento mecânico. São as famosas sementes de casca dura.
 Substâncias inibidoras: são substâncias que geram algum bloqueio à germinação relacionado ao próprio embrião como, por exemplo, a presença de
inibidores químicos, o desbalanço hormonal ou mesmo a incapacidade do embrião produzir substâncias que o auxiliem na superação de barreiras
físicas e/ou mecânicas representadas pelos tecidos adjacentes à semente.
 Embrião fisiologicamente imaturo ou rudimentar: no processo de maturidade da semente o embrião não está totalmente formado, sendo necessário
dar condições favoráveis para o seu desenvolvimento, no qual a semente passa por um período de maturação após sua dispersão ou colheita até que
esteja apto para continuar o desenvolvimento.
 Combinação de causas: uma mesma espécie pode apresentar mais de uma causa de dormência podendo ser um compilado de duas ou três causas
citadas anteriormente.
 Alguns autores relacionam ainda a dormência a duas principais causas que seriam: impermeabilidade do tegumento a água e balanço entre
substâncias inibidoras e promotoras da germinação que resumiriam todas as outras causas citadas anteriormente, de acordo com algumas pesquisas.
 Processos de quebra de dormência

Diversos métodos podem ser empregados no intuito de superar a dormência das sementes e
assim fazer com que estas germinem. Estes métodos utilizam técnicas que envolvem a
escarificação das sementes, por meio de métodos mecânicos ou químicos, estratificação, choque
de temperatura ou até mesmo, água quente.
 Escarificação química: método que utiliza elementos químicos, como ácidos (sulfúrico,
clorídrico etc.), que possibilita que as sementes realizem trocas com o meio, água e/ou gases.
 Escarificação mecânica: método que utiliza a abrasão das sementes sobre uma superfície
áspera (lixa, piso áspero, dentre outros) com o objetivo de facilitar a absorção de água pela
semente.
 Estratificação: método que utiliza o tratamento úmido à baixa temperatura, auxiliando as
sementes na maturação do embrião, trocas gasosas e embebição por água.
 Choque de temperatura: método que utiliza a alternância de temperaturas variando em até 20
ºC, em períodos de 8 a 12 horas.
 Água quente: método que consiste na imersão das sementes em água na temperatura de 76 a
100 ºC, com um tempo de tratamento específico para cada espécie, comumente utilizado em
sementes que apresentam impermeabilidade do tegumento.
Algumas considerações

 A dormência é um fenômeno muito importante dentro da agricultura por muitos


aspectos. Um desses que deve ser ressaltado é o fato da dormência também
estar diretamente ligada a formação do banco de sementes de plantas daninhas
no solo, que dificulta o manejo das áreas produtivas.
 Tendo em vista que as sementes possuem diferentes níveis de dormência
(mesmo sendo originadas da mesma planta), as sementes de plantas daninhas
como Digitaria insularis (capim amargoso), por exemplo, irão germinar, de forma
aleatória ao longo do tempo e sem sincronia, quando cada semente tiver sua
dormência quebrada. Isso dificulta muito o manejo das plantas daninhas, no
geral.
A escolha de sementes

 Algumas sementes de hortaliças possuem características que dificultam o processo de


individualização e distribuição durante o plantio, como:
 – Tamanho reduzido;
– Superfície crespa ou com presença de pêlos (tricomas), espinhos e aristas;
– Menor peso
 Para resolver estas dificuldades surgiram os processos de peletização e incrustamento.
Pesquisa 3
Recobrimento das Sementes: Vantagens e Desvantagens
Vantagens Desvantagens

Sementes  A técnica da peliculização foi •  pode reduzir a invasão das • Alguns autores demonstraram que a
Peliculizadas desenvolvida com o objetivo de sementes por fungos de peliculização não alterou a germinação e o
melhorar a aderência do tratamento armazenamento por diminuir a vigor de sementes de feijão (ALVES et al.,
químico nas sementes e possibilitar a absorção de umidade (RIVAS et 2003)
redução das dosagens do produtos al., 1998),
químicos (GIMENEZ–SAMPAIO & • pode reduzir as injúrias • também não interferiu na qualidade
SAMPAIO, 1994; TAYLOR et al., 2001). causadas por embebição em fisiológica destas sementes tratadas com
temperaturas baixas em milho Vitavax–Thiram (CLEMENTE et al., 2003).
doce (RIVAS et al., 1998);
feijão (TAYLOR et al., 2001); • Entretanto, reduz a porcentagem de
algodão (STRUVE& HOPPER, germinação de sementes de beterraba
1996) (DUAN & BURRIS, 1997) e pode aumentar a
• pode também evitar a perda toxicidade dos produtos químicos aplicados
de produto químico em em sementes (GIMENEZ–SAMPAIO &
sementes tratadas (BACON & SAMPAIO, 1994).
CLAYTON, 1986)
Sementes Incrustadas
O incrustamento tem como objetivo aplicar – Facilita à regulagem das maquinas
uma quantidade mínima de material, para semeadoras;
preencher formas e superfícies irregulares da – Proporciona distribuição uniforme;
semente, facilitando o plantio e manuseio – Rendimento maior;
em equipamentos mecanizados de – Proteção de ataque de pragas antes da
semeadura. O processo também pode ser germinação;
utilizado para aumentar o tamanho e peso.
Sementes Peletizadas
A peletização é o revestimento com • Distribuição da semente com maior • A camada de peletização é composta
material inerte ao redor das sementes, precisão e uniformidade; por materiais finos, que retém
que visa torná-las de maior tamanho, fortemente uma camada de água em
uniformizando o formato e peso. No • Melhor o processo de semeadura manual torno da semente peletizada, o que
processo de peletização, se transformam ou mecanizado; dificulta a troca gasosa entre a
sementes nuas em pellets uniformes, • semente e o ambiente externo ao
redondos ou ovulados, aumentando o – Reduzir ou eliminar a operação de pélete, atuando como se as sementes
tamanho e o peso de cada unidade, desbaste ou raleio (que a exemplo da estivessem sido semeadas em uma
permitindo assim o plantio em semeadoras cultura da cenoura pode corresponder a delgada camada de argila (lama).
de precisão. cerca de 12% do custo de produção); • A conservação das sementes
• peletizadas depende do seu grau de
– Rapidez e eficiência de plantio; umidade, que, por sua vez, tende a
• entrar em equilíbrio com a umidade
– Possibilidade de se utilizar sementeiras relativa do ambiente. Em condições
de precisão; inadequadas, as sementes peletizadas
• perdem mais rapidamente a
– Redução do gasto de sementes; viabilidade, o que implica em cuidado
• maior no armazenamento e manuseio
– Redução dos impactos que as sementes deste tipo de sementes,
sofrem durante a semeadura principalmente após a abertura das
embalagens. Portanto, é recomendado
que as embalagens de sementes
peletizadas sejam utilizadas para um
único semeio.
Basicamente qualquer semente que apresenta dificuldade de distribuição
na semeadura. As mais tradicionalmente peletizadas e incrustadas são:

 Peletizadas: Alface, almeirão, agrião, rúcula


 Incrustadas: Cenoura, cebola, salsa

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