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Reforma

Psiquiátrica
Brasileira
Marta Evelin
Antecedentes Históricos da Reforma Psiquiátrica no Brasil

1º Período 2º Período 3º Período

O que As críticas à estrutura A comunidade como Ruptura do modelo


priorizavam? asilar lugar de atuação da asilar e do saber
psiquiatria médico sobre a loucura

Movimentos Comunidades Terapêuticas Psiqoterapia de Setor na Antipsiquiatria (David


na Inglaterra e EUA França (Bonnafé ) Cooper)
(Maxwell Jones ) Psiquiatria Preventiva Psiquiatria
Psicoterapia Institucional nos EUA (Caplan) Democrática Italiana
na França (François ( Basaglia e Rotelli)
Tosquelles)
Princípios A horizontalidade das Evitar a segregação Inverter as regras do
relações Evitar o isolamento dos jogo
e a democratização das doentes Não interferência
decisões
Atribuição à comunidade,
técnicos e doentes da
responsabildade pela cura
1º Período 2º Período 3º Período

Aspectos Positivos Denunciaram as Defesa da idéia de que Exerceu grande


precárias condições dos o tratamento deveria influência nos
hospitais, e a ocorrer no contexto no psiquiatras e
necessidade de qual o sujeito estava proporcionou o
transformações internas inserido aumento da produção
destes locais Ampliação do campo teórica-científica
de atuação da saúde
mental
Surgimento dos
serviços
ambulatoriaisExerceu
Aspectos Negativos Não conseguiu retirar os Não houve o Sofreu duras críticas
doentes do estado de rompimento com o
exclusão social modelo
hospitalocêntrico

Conceitos herdados Responsabilização Idéia de Desinstitucionalização


compartilhada territorialidade
Conceitos de atenção
primária, secundária e
terciária e definição de
grupos de risco
Trajetória da reforma
psiquiátrica brasileira
Primeiro momento: Trajetória alternativa

1. Início: Década de 70

1. Características:
• Insatisfações e aumento da participação política dos cidadãos
• Questionamentos sobre a estrutura e a organização do poder
• Ressurgimento dos movimentos sociais e partidos políticos
• Clamor ao governo de melhoria das condições de vida de toda a
população

3. Acontecimentos Históricos
• 1976 – Criação do REME e do CEBES
 1978 - V Congresso Brasileiro de Psiquiatria ( Criação do MTSM)
I Congresso Brasileiro de Psicanálise de Grupos e Instituições
 1979 - I Congresso Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental (SP)
Segundo momento: Trajetória sanitarista

1. Início: Primeira metade da década de 80

2. Características:
 Momento fortemente institucionalizante
 Tinha como princípios a idéia de que a ciência médica e a
administração podem e devem resolver os problemas coletivos.
 Crescimento da importância do saber sobre a administração e o
planejamento em saúde
 No campo da saúde mental observa-se a humanização e
moralização dos hospitais psiquiátricos e a criação de ambulatórios
como alternativa à internação

3. Acontecimentos Históricos

 1980 - II Encontro Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental


Terceiro momento:
Trajetória de desinstitucionalização

1. Inicio: Segunda metade da década de 80

2. Características:
 Incorporação de novos aliados nesse processo
 Transformação não só nas instituições psiquiátricas, mas na cultura, no
cotidiano e na concepção da loucura
 Substituição da saúde mental centrada no hospital por outra, sustentada em
dispositivos diversificados, abertos e de natureza comunitária e territorial

3. Acontecimentos Históricos:
 1986 - 8º Conferência Nacional de Saúde (DF)
Criação do 1º CAPS (SP)
 1987 - I Conferência Nacional de Saúde Mental (DF)
 II Congresso Nacional do MTSM ( Criação do MNLA)
 1989 - Início da implementação da primeira rede de serviços substitutivos
do país (Santos)
Apresentação do Projeto de lei 3657/89
 1990 - Conferência Regional para Reestruturação da Assistência
Psiquiátrica
 1992 - Aprovação das primeiras leis de Reforma Psiquiátrica
Estaduais ( ES e RS)
 II Conferência Nacional de Saúde (DF)
 1993 - I Encontro Nacional da Luta Antimanicomial ( BA)
 III Encontro Nacional de Usuários e familiares da LA

 2000 - Fórum Nacional : “ Como anda a Reforma Psiquiátrica


Brasileira?” (DF)
 I Caravana Nacional de Direitos Humanos
 2001 - Aprovação da lei 10.216 (06/04/2001)
 III Conferencia Nacional de Saúde Mental
 2003 - VI Encontro Nacional do MNLA (Xerém-RJ)
 Constituição da Rede Nacional Internúcleos da Luta
Antimanicomial
 2004 – I Encontro Nacional de CAPS
 2007 – Inversão do
financiamento dos programas
de saúde mental

2002 2007

Gastos Hospitalares 75,18% 24,82%


Gastos Extra-hospitalares 37,07% 62,93%

 2008 – Expansão da rede de


CAPS
Expansão do PVC
Expansão do SRT

 2009 – Implantação dos NASF


Marcha dos Usuários
SERVIÇOS CONSTRUIDOS
DURANTE O PROCESSO DA REFORMA
PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA:
 • CAPS = serviços municipais, abertos,
comunitários, que oferecem atendimento
prioritário às pessoas com transtornos mentais
severos e persistentes. Investem na ampliação de
laços sociais;

• SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPEUTICOS:


Casas localizadas no espaço urbano, para
atender às necessidades de moradia de PcTM
egressas de longas internações psiquiátricas;
• CENTROS DE CONVIVÊNCIA E
CULTURA: serviços que oferecem às
PcTM espaços de sociabilidade, produção
cultural e intervenções na cidade.
Concebidos no campo da cultura;

• UNIDADES/LEITOS PSIQUIÁTRICOS
EM HOSPITAIS GERAIS: 10% dos leitos
de HG para pessoas com transtornos
mentais;
• PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA: Lei Federal nº
10.708/2003 – visa contribuir no processo de inserção
social das pessoas com longa história de internações
psiquiátricas, através de um auxilio financeiro

• NUCLEO DE APOIO À SAUDE DA FAMÍLIA – NASF:


Com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das
ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade,
apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família
na rede de serviços e o processo de territorialização e
regionalização a partir da atenção básica.
Artigo IV/ § 2º Tendo em vista a magnitude
epidemiológica dos transtornos mentais, recomenda-se
que cada Núcleo de Apoio a Saúde da Família conte com
pelo menos 1 (um) profissional da área de saúde
mental.
INSTRUMENTOS CONSTRUIDOS
DURANTE O PROCESSO DA REFORMA
PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA:
• PROGRAMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DO
SISTEMA HOSPITALAR/PSIQUIATRIA:
PNASHPSIQUIATRIA:
Instrumento de avaliação que diagnostica a qualidade da
assistência em hospitais psiquiátricos
• SUPERVISÃO CLINICOINSTITUCIONAL:
Intrumento de orientação técnicapara as equipes. Auxilia
na discussão da dinâmica interativa da própria equipe, e
desta com o território
• PEAD:
A medida tem o objetivo de combater a escalada do
consumo de drogas e de problemas de alcoolismo no
país
ALIANÇAS IMPORTANTES ESTABELECIDAS
DURANTE O PROCESSO DA REFORMA
PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA:

 Ministério da Saúde ( Atenção Básica)

 Ministério do Trabalho ( Secretaria


Nacional de Economia Solidária)

 Ministério da Cultura ( Secretaria da


Identidade e da Diversidade Cultural)
Bibliografia
1. Amarante P, coordenadores. Loucos pela vida: a trajetória da reforma
psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz; 1995.
2. Saraceno B. Reabilitação Psicossocial: Uma prática à espera de uma teoria.
In: Pitta A. organizadora. Reabilitação psicossocial no Brasil. 2ª ed. São
Paulo: Hucitec; 1996.   
3. Vasconcelos EM. Saúde Mental e serviço social: o desafio da subjetividade e
interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez; 2000.    
4. Pitta A, organizadora.Reabilitação Psicossocial no Brasil. São Paulo: Hucitec;
2001
5. Nicácio F, organizadora. Desinstitucionalização. São Paulo: Hucitec; 2001
6. Lobosque AM. Clínica em movimento: por uma sociedade sem manicômios.
Rio de Janeiro: Garamond; 2003.     
7. Conselho Federal de Psicologia, organizadores. Loucura, ética e política:
escritos militantes. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2003.        
8. Pacheco, JG. Reforma Psiquiátrica, uma realidade possível. Curitiba: Juruá;
2009

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