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CONSIDERAÇÕES SOBRE A

LÌNGUA / LINGUAGEM
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO:

QUEM DIZ: Emissor, remetente


A QUEM DIZ: Receptor ou destinatário
O QUE DIZ: Mensagem (Verbal) ou (Não Verbal)
COMO SE DIZ: Código (Signos) ou (Símbolos)
COM O QUE SE DIZ: Canal ou Veículo
EM QUE CIRCUNSTÂNCIA SE DIZ: Contexto
REQUISITOS PARA UMA BOA MENSAGEM:

1- Está ajustada ao receptor;


2- Tem conteúdo significativo;
3- Apresenta sentido claro;
4- Não é inconcludente
LÍNGUA – É um código que possibilita a comunicação entre povos ou
sociedades. Trata-se de um sistema signos e combinações de sons, de
carácter abstrato, utilizado na fala.

LINGUAGEM – É todo sistema de sinais convencionais que nos permite


realizar atos de interação e comunicação. Pode ser Verbal ou não Verbal.

FALA – É um ato individual que cada membro pode efetuar como uso da
linguagem verbal.

DIALETO – Ocorrem em função das pessoas que usam a língua, ou seja,


dos emissores.(Regional, Idade..)

REGISTRO – Ocorrem em função do uso que se faz da língua, da


mensagem, da situação.(Formalidade)
LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA

Não devemos confundir Língua com Escrita, pois


são dois meios de comunicação distintos.
A Língua Falada é mais espontânea, abrange a
comunicação linguística em toda sua totalidade.
A Língua Escrita não é apenas a representação da
língua falada, mas sim um sistema mais
disciplinado e rígido das regras.
Níveis de língua:
Nível 1: Norma culta/padrão
Como sabemos, cada língua possui sua estrutura e muitas delas
possuem um conjunto de regras responsável pelo funcionamento dos
elementos linguísticos. Esse conjunto de regras é conhecido como 
gramática normativa. Nela, os usuários da língua encontram a 
norma-padrão de funcionamento da língua chamada de “padrão ou
culta”, a qual deve, ou pelo menos deveria, ser de conhecimento e
acessível a todos os falantes da mesma comunidade linguística.
Utilizar a norma culta da língua portuguesa, por exemplo, não significa
comunicar-se de maneira difícil e rebuscada. Embora à língua
padrão seja atribuído certo prestigio cultural e status social, o uso
da linguagem culta está menos relacionado à questão estética e
muito mais associado à sua democratização, já que esse é o nível de
linguagem ensinado nas escolas, nos manuais didáticos, cartilhas e
dicionários das línguas etc.
• Nível 2: Linguagem coloquial/informal/popular
A linguagem coloquial é aquela utilizada de maneira
mais espontânea e corriqueira pelos falantes. Esse nível
de linguagem não segue a rigor todas as regras
da gramática normativa, pois está mais preocupado com
a função da linguagem do que com a forma. Ao utilizar
a linguagem coloquial, o falante está mais preocupado
em transmitir o conteúdo da mensagem do
que como esse conteúdo vai ser estruturado.
De maneira geral, os falantes utilizam a linguagem
coloquial nas situações comunicativas mais informais,
isto é, nos diálogos entre amigos, familiares etc.
• Nível 3: Linguagem regional/regionalismo

A linguagem regional está relacionada com as


variações ocorridas, principalmente na fala, nas
mais variadas comunidades linguísticas. Essas
variações são também chamadas de dialetos. O
Brasil, por exemplo, apresenta uma imensa
variedade de regionalismos na fala dos usuários
nativos de cada uma de suas cinco regiões.
• Nível 4: Gírias
A gíria é um estilo associado à linguagem
coloquial/popular como meio de expressão cotidiana.
Ela está relacionada ao cotidiano de certos grupos
sociais e podem ser incorporadas ao léxico de uma
língua conforme sua intensidade e frequência de uso
pelos falantes, mas, de maneira geral, as palavras ou
expressões provenientes das gírias são utilizadas durante
um tempo por um certo grupo de usuários e depois são
substituídas por outras por outros usuários de outras
gerações. É o caso, por exemplo, de uma gíria bastante
utilizada pelos falantes nas décadas de 80 e 90: “chuchu,
beleza”, mas que, atualmente, está quase obsoleta.
• Nível 5: Linguagem vulgar

A linguagem vulgar é exatamente oposta à linguagem


culta/padrão. As estruturas
gramaticais não seguem regras ou normas de
funcionamento. O mais interessante é que, mesmo de
maneira bem rudimentar, os falantes conseguem
compreender a mensagem e seus efeitos de sentido nas
trocas de mensagens. Podemos considerar a linguagem
vulgar como sendo um vício de linguagem. Veja alguns
exemplos bastante recorrentes em nossa língua:
• “Nóis vai”
• “Pra mim ir”
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
• 1) Função referencial ou denotativa
Palavra-chave: referente
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá
prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a
linguagem característica das notícias de jornal, do discurso
científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em
evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a
mensagem se refere. Exemplo:
Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã,
uma laranja, uma banana e um morango. (Este
texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função
referencial).
• 2) Função expressiva ou emotiva
Palavra-chave: emissor
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus
sentimentos e emoções. Um dos indicadores da
função emotiva num texto é a presença de
interjeições e de alguns sinais de pontuação, como
as reticências e o ponto de exclamação. Exemplos:
a) Ah, que coisa boa!
b) Tenho um pouco de medo...
c) Nós te amamos!
• 3) Função apelativa ou conativa
Palavra-chave: receptor
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário,
com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe
ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é
comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além
dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos
discursos, sermões e propagandas que se dirigem
diretamente ao consumidor. Exemplos:
a) Você já tomou banho?
b) Mãe, vem cá!
c) Não perca esta promoção!
• 4) Função poética
Palavra-chave: mensagem
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou
seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que
dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas
habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu
texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito
humorístico.
Embora seja própria da obra literária, a função poética não é
exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se
encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor
metafórico e na publicidade. Exemplos:  “... a lua era um
desparrame de prata”.
(Jorge Amado)
• 5) Função fática 
Palavra-chave: canal
Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper
a comunicação. É aplicada em situações em que o mais
importante não é o que se fala, nem como se fala, mas
sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer
dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo.
Aparece geralmente nas fórmulas de
cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões
que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo
ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é
mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e
similares. Exemplo: Alô? Está me ouvindo?
• 6) Função metalinguística
Palavra-chave: código
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando
o emissor explica um código usando o próprio código. É a
poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um
texto que comenta outro texto. As gramáticas e os
dicionários são exemplos de metalinguagem. Exemplo:
Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido
acabado.
(Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)
• Observações:
- Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da
linguagem.
TEXTO E TEXTUALIDADE
• Texto é um conjunto de palavras e
frases encadeadas que permitem
interpretação e transmitem uma
mensagem.
Um texto tem tamanho variável e deve ser escrito
com coesão e coerência. Pode ser classificado
como literário e não-literário.
Os textos literários apresentam uma função
estética. Geralmente são escritos em linguagem
expressiva e poética, com o objetivo de atrair o
interesse e emocionar o leitor. O autor segue um
determinado estilo e usa as palavras de forma
harmoniosa para expressar as suas ideias. Há
uma predominância da função poética e da
linguagem conotativa (subjetiva). São exemplos
de textos literários: romances, poesias, contos,
novelas, textos sagrados, etc.
Os textos não-literários possuem função
utilitária ao informar e explicar ao leitor de
forma clara e objetiva. São textos
informativos sem preocupação estética. Há
uma predominância da função referencial e
da linguagem denotativa (objetiva). São
exemplos de textos não-literários: notícias e
reportagens jornalísticas, textos científicos e
didáticos, etc.
Coesão e Coerência

Coerência e Coesão são dois mecanismos fundamentais


para a produção de texto.
• A coesão é o mecanismo relacionado com elementos que
asseguram a ligação entre palavras e frases, de modo a
interligar as diferentes partes de um texto.
• A coerência, por sua vez, é responsável por estabelecer
a ligação lógica entre ideias, para que, juntas, elas
garantam que o texto tenha sentido. 
Ambos são importantes para garantir que um texto
transmita sua respectiva mensagem com clareza, seja
harmonioso e faça sentido para o leitor.
• O que é coesão textual?
O significado de coesão está relacionado com
mecanismos linguísticos do texto, que são
responsáveis por estabelecer uma conexão de
ideias.
A coesão cria relações entre as partes do texto de
modo a guiar o leitor relativamente a uma
sequência de fatos.
Uma mensagem coesa apresenta
ligações harmoniosas entre as partes do texto.
Elementos de coesão textual 
• Substituições
Garantem a coesão lexical. Ocorrem quando um termo é
substituído por outro termo ou por uma locução como
forma de evitar repetições.
• Coesão correta: Os legumes são importantes para
manter uma alimentação saudável. As frutas também.
• Erro de coesão: Os legumes são importantes para
manter uma alimentação saudável. As frutas também
são importantes para manter uma alimentação saudável.
• Explicação: "também" substitui "são importantes para
manter uma alimentação saudável".
• Conectores
Esses elementos são responsáveis pela coesão
interfrásica do texto. Criam relações de dependência
entre os termos e geralmente são representados por
preposições, conjunções, advérbios, etc.
• Coesão correta: Elas gostam de jogar bola e de
dançar.
• Erro de coesão: Elas gostam de jogar bola. Elas
gostam de dançar.
• Explicação: sem o conectivo "e", teríamos uma
sequência repetitiva.
• Referências e reiterações
Nesse tipo de coesão, um termo é usado para se
referir a outro, para reiterar algo dito
anteriormente ou quando uma palavra é
substituída por outra com ligação de significados.
• Coesão correta: Hoje é aniversário da minha
vizinha. Ela está fazendo 35 anos.
• Erro de coesão: Hoje é aniversário da minha
vizinha. Minha vizinha está fazendo 35 anos.
• Explicação: observe que o pronome "ela" faz
referência à vizinha.
• O que é coerência textual?
A coerência textual está diretamente relacionada
com a significância e com a interpretabilidade de
um texto.
A mensagem de um texto é coerente quando ela
faz sentido e é comunicada de forma harmoniosa,
de forma que haja uma relação lógica entre as
ideias apresentadas, onde umas complementem as
outras.
Para garantir a coerência de um texto, é preciso ter
em conta alguns conceitos básicos.
Conceitos da coerência textual
• Princípio da não contradição
Não pode haver contradições de ideias entre
diferentes partes do texto.
• Coerência correta: Ele só compra leite de soja
pois é intolerante à lactose.
• Erro de coerência: Ele só compra leite de vaca
pois é intolerante à lactose.
• Explicação: quem é intolerante à lactose não pode
consumir leite de vaca. Por esse motivo, o segundo
exemplo constitui um erro de coerência; não faz
sentido.
• Princípio da não tautologia
Ainda que sejam expressas através do uso de diferentes
palavras, as ideias não devem ser repetidas, pois isso
compromete a compreensão da mensagem a ser
emitida e muitas vezes a torna redundante.
• Coerência correta: Visitei Roma há cinco anos.
• Erro de coerência: Visitei Roma há cinco anos atrás.
• Explicação: "há" já indica que a ação ocorreu no
passado. O uso da palavra "atrás" também indica que
a ação ocorreu no passado, mas não
acrescenta nenhum valor e torna a frase redundante.
• Princípio da relevância
As ideias devem estar relacionadas entre si, não devem ser
fragmentadas e devem ser necessárias ao sentido da mensagem.
O ordenamento das ideias deve ser correto, pois, caso contrário, mesmo
que elas apresentem sentido quando analisadas isoladamente, a
compreensão do texto como um todo pode ficar comprometida.
• Coerência correta: O homem estava com muita fome, mas não tinha
dinheiro na carteira e por isso foi ao banco e sacou uma determinada
quantia para utilizar. Em seguida, foi a um restaurante e almoçou.
• Erro de coerência: O homem estava com muita fome, mas não tinha
dinheiro na carteira. Foi a um restaurante almoçar e em seguida foi ao
banco e sacou uma determinada quantia para utilizar.
• Explicação: observe que, embora as frases façam sentido isoladamente,
a ordem de apresentação da informação torna a mensagem confusa. Se
o homem não tinha dinheiro, não faz sentido que primeiro ele tenha ido
ao restaurante e só depois tenha ido sacar dinheiro.
• Progressão semântica
É a garantia da inserção de novas informações no texto, para dar seguimento
a um todo. Quando isso não ocorre, o leitor fica com a sensação de que o
texto é muito longo e que nunca chega ao objetivo final da mensagem.
• Coerência correta: Os meninos caminhavam e quando se depararam com
o suspeito apertaram o passo. Ao notarem que estavam sendo
perseguidos, começaram a correr.
• Erro de coerência: Os meninos caminhavam e quando se depararam com
o suspeito continuaram caminhando mais um pouco. Passaram por várias
avenidas e ruelas e seguiram sempre em frente. Ao notarem que estavam
sendo perseguidos, continuaram caminhando em direção ao seu destino,
percorreram um longo caminho...
• Explicação: note que a frase onde a coerência está correta apresenta uma
sequência de novas informações que direcionam o leitor à conclusão do
desfecho da frase.
No exemplo seguinte, a frase acaba por se prolongar demais e o receptor da
mensagem fica sem saber, afinal, o que os meninos fizerem.
• Diferença entre coesão e coerência
Coesão e coerência são pontos imprescindíveis para garantir a
compreensão da textualidade.
A coesão está mais diretamente ligada a elementos que
ajudam a estabelecer uma ligação entre palavras e frases que
unem as diferentes partes de um texto.
A coerência, por sua vez, estabelece uma ligação lógica entre
as ideias, de forma que umas complementem as outras e,
juntas, garantam que o texto tenho sentido.
Em outras palavras, a coerência está mais diretamente ligada
ao significado da mensagem.
Apesar de os dois conceitos estarem relacionados, eles são
independentes, ou seja, um não depende do outro para existir.
É possível, por exemplo, uma mensagem ser coesa e incoerente
ou coerente e não apresentar coesão. Veja os casos abaixo:
• Exemplo de mensagem coesa e incoerente:
• "Aberto todos os dias, exceto sábado."
(A mensagem tem uma ligação harmoniosa entre as frases,
porém não faz sentido: se existe uma exceção, então o
estabelecimento não está aberto todos os dias.)
• Exemplo de mensagem coerente que não apresenta coesão:
• "Para de mexer nessa tinta. Vá já para o banheiro! Não toque
em nada. Lave bem as mãos. Vá para o seu quarto."
(A mensagem é compreensível, porém não existe uma ligação
harmoniosa entre as ideias. Faltam as ligações entre as frases
para que a mensagem soe natural.)
ELEMENTOS DE TEXTUALIDADE
- INTENCIONALIDADE: intenção/mensagem que o
escritor/falante deseja passar;
A meta do autor é informar, impressionar, alarmar
e criar um pensamento crítico no interlocutor.

- ACEITABILIDADE: expectativa/modo como o


leitor/ouvinte recebe o texto;
Isso dependerá da visão de mundo de quem
recebe a informação. Para finalidade da
propaganda o outdoor foi aceitável.
 - SITUACIONALIDADE: elementos responsáveis
pela pertinência e relevância do texto 
(adequação sociocomunicativa);
É a adequação do texto à situação
sociocomunicativa. O autor usa uma linguagem de
fácil compreensão, adequado à ocasião dos fatos.

- INFORMATIVIDADE: dentro de um texto, qual o


assunto ou ocorrência é esperado/conhecido;
O autor chama atenção aos problemas sociais,
onde a preocupação com  outdoor é mais
importante que o ser humano.
- INTERTEXTUALIDADE: referente aos
conhecimentos de outros textos, necessário na
utilização do texto usado.
 Refere-se às diversas maneiras pelas quais a
produção e a recepção de um texto dependem do
conhecimento do outros textos anteriormente
produzidos. 
VOCABULÁRIO JURÍDICO
O discurso forense difere da elaboração discursiva de
outros meios de comunicação escrita e nem sempre o
sentido comum da palavra equivale à sua significação
jurídica.
Ex: A palavra transação
- Operação em que há troca ou transferência de valores.
- Combinação, ajuste
- Operação de compra e venda
- Jur. Ato jurídico ( obrigações litigiosas ou duvidosas
concessões recíprocas das partes; composição)
• O que é Forense
Forense é uma palavra derivada de “forum”, da
língua latina. Na Roma Antiga, fórum era a praça
central das cidades, onde ficavam os prédios
administrativos e de justiça. Com o tempo, fórum
passou a designar o local onde se julgam as
disputas e os crimes em primeira instância.
Forense é um termo relativo aos tribunais ou
ao direito. Na maioria das vezes, a palavra é
imediatamente relacionada a desvendamento de
crimes.
• DENOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido denotativo,
significa que ela está sendo utilizada em seu sentido
literal, ou seja, o sentido que carrega o significado
básico das palavras, expressões e enunciados de uma
língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o
sentido real, dicionarizado das palavras.
De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na
produção de textos que tenham função referencial,
cujo objetivo é transmitir informações, argumentar,
orientar a respeito de diversos assuntos.
CONOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está
sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras,
expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e
contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido
denotativo (literal) das palavras e expressões.
De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem
conotativa nos gêneros discursivos textuais primários, ou seja, nos
diálogos informais do cotidiano. Entretanto, são nos textos secundários,
ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários, que
a linguagem conotativa aparece com maior expressividade. A utilização
da linguagem conotativa nos gêneros discursivos literários e 
publicitários ocorre para que se possa atribuir mais expressividade às
palavras, enunciados e expressões, causando diferentes efeitos de
sentido nos leitores/ouvintes.
Lembrando que o discurso forense
prima pela clareza, objetividade e
precisão, o profissional de direito
deverá ter muito cuidado na escolha
do seu vocabulário, preferindo sempre
a denotação, para que sua mensagem
não assuma sentido dúbio ou sentido
provocativo.
Termos unívocos
 O termo unívoco é quando ele possui um único sentido no direito,
como os nomes jurídicos (nomen juris) furto, roubo e homicídio.
• Furto: subtração de coisa alheia móvel, para si ou para outrem.
• Roubo: ato de subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem,
mediante grave ameaça ou violência à pessoa.
• Homicídio: Matar alguém, mediante paga ou promessa de
recompensa, motivo torpe, fútil, com emprego de veneno, fogo,
explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que
possa resultar perigo comum. Matar alguém à traição, emboscada
ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne
impossível a defesa do ofendido. Matar alguém para assegurar a
execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.
Matar alguém mediante a conduta culposa do agente.
Termos equívocos
Os termos equívocos possuem muitos significados,
portanto são plurisignificantes. Há vários exemplos, porque
no direito eles são inúmeros. No Direito é possível verificar
esta realidade.
• Sequestro pode se referir à pessoa, quando o agente a
priva ilicitamente de exercer a sua liberdade, prendendo-
a num local do qual não possa sair.
• Sequestro pode se referir a um bem, quando o ato
processual permite que se apreenda ou deposite um ou
muitos bens, porque são objeto de litígio e, como forma
de garantir direitos, ficam sub judice (sob apreciação
judicial).
Termos análogos
Análogos são os termos que não possuem étimo comum. Étimo:
vocábulo que constitui a origem de outro. Assim, os termos podem
pertencer a uma mesma família de ideologias ou podem ser apenas
sinônimos.
Os exemplos no Direito são múltiplos, mas trazem diversas definições
doutrinárias, motivo de acirradas discussões. Eis os exemplos:
• Rescisão – desfaz-se o negócio jurídico por defeito anterior à sua
formação.
• Resolução – inadimplemento do contrato bilateral (em relação às
obrigações ou prestações a ser cumpridas) correspondente às
causas a posteriori.
• Resilição – rescindir, desfazer e distratar, por vontade de uma das
partes (ambas) quando é atribuído o direito de a pedir. É uma
espécie de resolução . Assim, resilir é sair.
Diferenças entre neologismo e estrangeirismo
A palavra neologismo é de origem grega: neo = novo
+ logos = ideia de palavra + ismo = sufixo que forma
substantivos. Podemos dizer, portanto, que o
neologismo é o processo de criação de novas palavras
na língua. Esse processo acontece sempre que os
falantes inventam palavras para ampliar o vocabulário
ou quando emprestam novos sentidos às palavras
que já existem. Esse fenômeno é comum, sobretudo
hoje em dia, quando a tecnologia pede a criação de
novas palavras e expressões o tempo todo!
Exemplo: Deletar, showmício, linkar...
Entende-se por estrangeirismo o emprego de palavras,
expressões e construções alheias ao idioma tomadas por
empréstimos de outra língua. A incorporação dos
empréstimos linguísticos acontece por meio de um processo
natural de assimilação de cultura e até mesmo por
proximidade geográfica. Os estrangeirismos podem conservar
sua grafia original ou passar por um interessante processo de
aportuguesamento, o que muitas vezes camufla a verdadeira
origem do vocábulo. Eles são facilmente encontrados nos
termos que fazem referência à tecnologia, e é justamente
nesse campo semântico da informática que as dúvidas
costumam aparecer, haja vista que muitas palavras do
universo da computação são emprestadas do inglês.
Exemplo: OK, Brother, Delivery, Fashion...
• O que é Pleonasmo:
Pleonasmo é uma figura de linguagem usada para
intensificar o significado de um termo através da
repetição da própria palavra ou da ideia contida
nela. A palavra pleonasmo tem origem no latim
"pleonasmu" e significa redundância.
Exemplo: “E alí dançaram tanta dança,
que a vizinhança toda despertou".
"Entrar para dentro."
"Sair para fora."
Erros crassos:
São erros grosseiros da escrita. Tais equívocos
devem ser evitados a qualquer custo, na medida
em que petições redigidas com deficiências desse
quilate perdem credibilidade e confiança.
Exemplo:
Tampouco – reforça uma negação, significa “nem”,
“muito menos”.
Tão pouco – significa “muito pouco”, “ em pequena
quantidade”.
Ambiguidade
É considerada um vício de linguagem. Ocorre
quando há a duplicidade de sentido em palavras
ou expressões do texto. Muitas vezes, certas
orações não são constituídas com clareza.
Acontece isto quando alguns termos apresentam
entendimento ambíguo ou duvidoso. Isso pode
acontecer quando são usadas palavras ou
expressões que não possibilitam uma
interpretação precisa. Neste caso há um
entendimento duvidoso da sentença e a
Ambiguidade se estabelece.
• Exemplos de Ambiguidade
• A menina disse à colega que sua mãe havia chegado.
(A oração deixa um entendimento duvidoso, pois não
se sabe ao certo quem chegou. A mãe da menina ou a
mãe da colega).
• O atleta falou ao treinador caído no chão.
(Não há como saber quem está caído. Se é o atleta ou
o treinador.)
• Perseguiram o porco do meu tio.
(Quem foi perseguido? o porco que é um animal ou o
tio que está sendo chamado de porco?)

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