O documento discute os elementos da comunicação e da linguagem. Apresenta os requisitos para uma boa mensagem, as diferenças entre língua e linguagem, os níveis de língua, as funções da linguagem e os conceitos de texto e textualidade.
O documento discute os elementos da comunicação e da linguagem. Apresenta os requisitos para uma boa mensagem, as diferenças entre língua e linguagem, os níveis de língua, as funções da linguagem e os conceitos de texto e textualidade.
O documento discute os elementos da comunicação e da linguagem. Apresenta os requisitos para uma boa mensagem, as diferenças entre língua e linguagem, os níveis de língua, as funções da linguagem e os conceitos de texto e textualidade.
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CONSIDERAÇÕES SOBRE A
LÌNGUA / LINGUAGEM ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO:
QUEM DIZ: Emissor, remetente
A QUEM DIZ: Receptor ou destinatário O QUE DIZ: Mensagem (Verbal) ou (Não Verbal) COMO SE DIZ: Código (Signos) ou (Símbolos) COM O QUE SE DIZ: Canal ou Veículo EM QUE CIRCUNSTÂNCIA SE DIZ: Contexto REQUISITOS PARA UMA BOA MENSAGEM:
1- Está ajustada ao receptor;
2- Tem conteúdo significativo; 3- Apresenta sentido claro; 4- Não é inconcludente LÍNGUA – É um código que possibilita a comunicação entre povos ou sociedades. Trata-se de um sistema signos e combinações de sons, de carácter abstrato, utilizado na fala.
LINGUAGEM – É todo sistema de sinais convencionais que nos permite
realizar atos de interação e comunicação. Pode ser Verbal ou não Verbal.
FALA – É um ato individual que cada membro pode efetuar como uso da linguagem verbal.
DIALETO – Ocorrem em função das pessoas que usam a língua, ou seja,
dos emissores.(Regional, Idade..)
REGISTRO – Ocorrem em função do uso que se faz da língua, da
mensagem, da situação.(Formalidade) LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA
Não devemos confundir Língua com Escrita, pois
são dois meios de comunicação distintos. A Língua Falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. A Língua Escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido das regras. Níveis de língua: Nível 1: Norma culta/padrão Como sabemos, cada língua possui sua estrutura e muitas delas possuem um conjunto de regras responsável pelo funcionamento dos elementos linguísticos. Esse conjunto de regras é conhecido como gramática normativa. Nela, os usuários da língua encontram a norma-padrão de funcionamento da língua chamada de “padrão ou culta”, a qual deve, ou pelo menos deveria, ser de conhecimento e acessível a todos os falantes da mesma comunidade linguística. Utilizar a norma culta da língua portuguesa, por exemplo, não significa comunicar-se de maneira difícil e rebuscada. Embora à língua padrão seja atribuído certo prestigio cultural e status social, o uso da linguagem culta está menos relacionado à questão estética e muito mais associado à sua democratização, já que esse é o nível de linguagem ensinado nas escolas, nos manuais didáticos, cartilhas e dicionários das línguas etc. • Nível 2: Linguagem coloquial/informal/popular A linguagem coloquial é aquela utilizada de maneira mais espontânea e corriqueira pelos falantes. Esse nível de linguagem não segue a rigor todas as regras da gramática normativa, pois está mais preocupado com a função da linguagem do que com a forma. Ao utilizar a linguagem coloquial, o falante está mais preocupado em transmitir o conteúdo da mensagem do que como esse conteúdo vai ser estruturado. De maneira geral, os falantes utilizam a linguagem coloquial nas situações comunicativas mais informais, isto é, nos diálogos entre amigos, familiares etc. • Nível 3: Linguagem regional/regionalismo
A linguagem regional está relacionada com as
variações ocorridas, principalmente na fala, nas mais variadas comunidades linguísticas. Essas variações são também chamadas de dialetos. O Brasil, por exemplo, apresenta uma imensa variedade de regionalismos na fala dos usuários nativos de cada uma de suas cinco regiões. • Nível 4: Gírias A gíria é um estilo associado à linguagem coloquial/popular como meio de expressão cotidiana. Ela está relacionada ao cotidiano de certos grupos sociais e podem ser incorporadas ao léxico de uma língua conforme sua intensidade e frequência de uso pelos falantes, mas, de maneira geral, as palavras ou expressões provenientes das gírias são utilizadas durante um tempo por um certo grupo de usuários e depois são substituídas por outras por outros usuários de outras gerações. É o caso, por exemplo, de uma gíria bastante utilizada pelos falantes nas décadas de 80 e 90: “chuchu, beleza”, mas que, atualmente, está quase obsoleta. • Nível 5: Linguagem vulgar
A linguagem vulgar é exatamente oposta à linguagem
culta/padrão. As estruturas gramaticais não seguem regras ou normas de funcionamento. O mais interessante é que, mesmo de maneira bem rudimentar, os falantes conseguem compreender a mensagem e seus efeitos de sentido nas trocas de mensagens. Podemos considerar a linguagem vulgar como sendo um vício de linguagem. Veja alguns exemplos bastante recorrentes em nossa língua: • “Nóis vai” • “Pra mim ir” FUNÇÕES DA LINGUAGEM • 1) Função referencial ou denotativa Palavra-chave: referente Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. Exemplo: Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana e um morango. (Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial). • 2) Função expressiva ou emotiva Palavra-chave: emissor Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. Exemplos: a) Ah, que coisa boa! b) Tenho um pouco de medo... c) Nós te amamos! • 3) Função apelativa ou conativa Palavra-chave: receptor Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. Exemplos: a) Você já tomou banho? b) Mãe, vem cá! c) Não perca esta promoção! • 4) Função poética Palavra-chave: mensagem É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade. Exemplos: “... a lua era um desparrame de prata”. (Jorge Amado) • 5) Função fática Palavra-chave: canal Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. Exemplo: Alô? Está me ouvindo? • 6) Função metalinguística Palavra-chave: código Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem. Exemplo: Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado. (Para dar a definição de frase, usamos uma frase.) • Observações: - Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. TEXTO E TEXTUALIDADE • Texto é um conjunto de palavras e frases encadeadas que permitem interpretação e transmitem uma mensagem. Um texto tem tamanho variável e deve ser escrito com coesão e coerência. Pode ser classificado como literário e não-literário. Os textos literários apresentam uma função estética. Geralmente são escritos em linguagem expressiva e poética, com o objetivo de atrair o interesse e emocionar o leitor. O autor segue um determinado estilo e usa as palavras de forma harmoniosa para expressar as suas ideias. Há uma predominância da função poética e da linguagem conotativa (subjetiva). São exemplos de textos literários: romances, poesias, contos, novelas, textos sagrados, etc. Os textos não-literários possuem função utilitária ao informar e explicar ao leitor de forma clara e objetiva. São textos informativos sem preocupação estética. Há uma predominância da função referencial e da linguagem denotativa (objetiva). São exemplos de textos não-literários: notícias e reportagens jornalísticas, textos científicos e didáticos, etc. Coesão e Coerência
Coerência e Coesão são dois mecanismos fundamentais
para a produção de texto. • A coesão é o mecanismo relacionado com elementos que asseguram a ligação entre palavras e frases, de modo a interligar as diferentes partes de um texto. • A coerência, por sua vez, é responsável por estabelecer a ligação lógica entre ideias, para que, juntas, elas garantam que o texto tenha sentido. Ambos são importantes para garantir que um texto transmita sua respectiva mensagem com clareza, seja harmonioso e faça sentido para o leitor. • O que é coesão textual? O significado de coesão está relacionado com mecanismos linguísticos do texto, que são responsáveis por estabelecer uma conexão de ideias. A coesão cria relações entre as partes do texto de modo a guiar o leitor relativamente a uma sequência de fatos. Uma mensagem coesa apresenta ligações harmoniosas entre as partes do texto. Elementos de coesão textual • Substituições Garantem a coesão lexical. Ocorrem quando um termo é substituído por outro termo ou por uma locução como forma de evitar repetições. • Coesão correta: Os legumes são importantes para manter uma alimentação saudável. As frutas também. • Erro de coesão: Os legumes são importantes para manter uma alimentação saudável. As frutas também são importantes para manter uma alimentação saudável. • Explicação: "também" substitui "são importantes para manter uma alimentação saudável". • Conectores Esses elementos são responsáveis pela coesão interfrásica do texto. Criam relações de dependência entre os termos e geralmente são representados por preposições, conjunções, advérbios, etc. • Coesão correta: Elas gostam de jogar bola e de dançar. • Erro de coesão: Elas gostam de jogar bola. Elas gostam de dançar. • Explicação: sem o conectivo "e", teríamos uma sequência repetitiva. • Referências e reiterações Nesse tipo de coesão, um termo é usado para se referir a outro, para reiterar algo dito anteriormente ou quando uma palavra é substituída por outra com ligação de significados. • Coesão correta: Hoje é aniversário da minha vizinha. Ela está fazendo 35 anos. • Erro de coesão: Hoje é aniversário da minha vizinha. Minha vizinha está fazendo 35 anos. • Explicação: observe que o pronome "ela" faz referência à vizinha. • O que é coerência textual? A coerência textual está diretamente relacionada com a significância e com a interpretabilidade de um texto. A mensagem de um texto é coerente quando ela faz sentido e é comunicada de forma harmoniosa, de forma que haja uma relação lógica entre as ideias apresentadas, onde umas complementem as outras. Para garantir a coerência de um texto, é preciso ter em conta alguns conceitos básicos. Conceitos da coerência textual • Princípio da não contradição Não pode haver contradições de ideias entre diferentes partes do texto. • Coerência correta: Ele só compra leite de soja pois é intolerante à lactose. • Erro de coerência: Ele só compra leite de vaca pois é intolerante à lactose. • Explicação: quem é intolerante à lactose não pode consumir leite de vaca. Por esse motivo, o segundo exemplo constitui um erro de coerência; não faz sentido. • Princípio da não tautologia Ainda que sejam expressas através do uso de diferentes palavras, as ideias não devem ser repetidas, pois isso compromete a compreensão da mensagem a ser emitida e muitas vezes a torna redundante. • Coerência correta: Visitei Roma há cinco anos. • Erro de coerência: Visitei Roma há cinco anos atrás. • Explicação: "há" já indica que a ação ocorreu no passado. O uso da palavra "atrás" também indica que a ação ocorreu no passado, mas não acrescenta nenhum valor e torna a frase redundante. • Princípio da relevância As ideias devem estar relacionadas entre si, não devem ser fragmentadas e devem ser necessárias ao sentido da mensagem. O ordenamento das ideias deve ser correto, pois, caso contrário, mesmo que elas apresentem sentido quando analisadas isoladamente, a compreensão do texto como um todo pode ficar comprometida. • Coerência correta: O homem estava com muita fome, mas não tinha dinheiro na carteira e por isso foi ao banco e sacou uma determinada quantia para utilizar. Em seguida, foi a um restaurante e almoçou. • Erro de coerência: O homem estava com muita fome, mas não tinha dinheiro na carteira. Foi a um restaurante almoçar e em seguida foi ao banco e sacou uma determinada quantia para utilizar. • Explicação: observe que, embora as frases façam sentido isoladamente, a ordem de apresentação da informação torna a mensagem confusa. Se o homem não tinha dinheiro, não faz sentido que primeiro ele tenha ido ao restaurante e só depois tenha ido sacar dinheiro. • Progressão semântica É a garantia da inserção de novas informações no texto, para dar seguimento a um todo. Quando isso não ocorre, o leitor fica com a sensação de que o texto é muito longo e que nunca chega ao objetivo final da mensagem. • Coerência correta: Os meninos caminhavam e quando se depararam com o suspeito apertaram o passo. Ao notarem que estavam sendo perseguidos, começaram a correr. • Erro de coerência: Os meninos caminhavam e quando se depararam com o suspeito continuaram caminhando mais um pouco. Passaram por várias avenidas e ruelas e seguiram sempre em frente. Ao notarem que estavam sendo perseguidos, continuaram caminhando em direção ao seu destino, percorreram um longo caminho... • Explicação: note que a frase onde a coerência está correta apresenta uma sequência de novas informações que direcionam o leitor à conclusão do desfecho da frase. No exemplo seguinte, a frase acaba por se prolongar demais e o receptor da mensagem fica sem saber, afinal, o que os meninos fizerem. • Diferença entre coesão e coerência Coesão e coerência são pontos imprescindíveis para garantir a compreensão da textualidade. A coesão está mais diretamente ligada a elementos que ajudam a estabelecer uma ligação entre palavras e frases que unem as diferentes partes de um texto. A coerência, por sua vez, estabelece uma ligação lógica entre as ideias, de forma que umas complementem as outras e, juntas, garantam que o texto tenho sentido. Em outras palavras, a coerência está mais diretamente ligada ao significado da mensagem. Apesar de os dois conceitos estarem relacionados, eles são independentes, ou seja, um não depende do outro para existir. É possível, por exemplo, uma mensagem ser coesa e incoerente ou coerente e não apresentar coesão. Veja os casos abaixo: • Exemplo de mensagem coesa e incoerente: • "Aberto todos os dias, exceto sábado." (A mensagem tem uma ligação harmoniosa entre as frases, porém não faz sentido: se existe uma exceção, então o estabelecimento não está aberto todos os dias.) • Exemplo de mensagem coerente que não apresenta coesão: • "Para de mexer nessa tinta. Vá já para o banheiro! Não toque em nada. Lave bem as mãos. Vá para o seu quarto." (A mensagem é compreensível, porém não existe uma ligação harmoniosa entre as ideias. Faltam as ligações entre as frases para que a mensagem soe natural.) ELEMENTOS DE TEXTUALIDADE - INTENCIONALIDADE: intenção/mensagem que o escritor/falante deseja passar; A meta do autor é informar, impressionar, alarmar e criar um pensamento crítico no interlocutor.
- ACEITABILIDADE: expectativa/modo como o
leitor/ouvinte recebe o texto; Isso dependerá da visão de mundo de quem recebe a informação. Para finalidade da propaganda o outdoor foi aceitável. - SITUACIONALIDADE: elementos responsáveis pela pertinência e relevância do texto (adequação sociocomunicativa); É a adequação do texto à situação sociocomunicativa. O autor usa uma linguagem de fácil compreensão, adequado à ocasião dos fatos.
- INFORMATIVIDADE: dentro de um texto, qual o
assunto ou ocorrência é esperado/conhecido; O autor chama atenção aos problemas sociais, onde a preocupação com outdoor é mais importante que o ser humano. - INTERTEXTUALIDADE: referente aos conhecimentos de outros textos, necessário na utilização do texto usado. Refere-se às diversas maneiras pelas quais a produção e a recepção de um texto dependem do conhecimento do outros textos anteriormente produzidos. VOCABULÁRIO JURÍDICO O discurso forense difere da elaboração discursiva de outros meios de comunicação escrita e nem sempre o sentido comum da palavra equivale à sua significação jurídica. Ex: A palavra transação - Operação em que há troca ou transferência de valores. - Combinação, ajuste - Operação de compra e venda - Jur. Ato jurídico ( obrigações litigiosas ou duvidosas concessões recíprocas das partes; composição) • O que é Forense Forense é uma palavra derivada de “forum”, da língua latina. Na Roma Antiga, fórum era a praça central das cidades, onde ficavam os prédios administrativos e de justiça. Com o tempo, fórum passou a designar o local onde se julgam as disputas e os crimes em primeira instância. Forense é um termo relativo aos tribunais ou ao direito. Na maioria das vezes, a palavra é imediatamente relacionada a desvendamento de crimes. • DENOTAÇÃO Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido real, dicionarizado das palavras. De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função referencial, cujo objetivo é transmitir informações, argumentar, orientar a respeito de diversos assuntos. CONOTAÇÃO Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal) das palavras e expressões. De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano. Entretanto, são nos textos secundários, ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários, que a linguagem conotativa aparece com maior expressividade. A utilização da linguagem conotativa nos gêneros discursivos literários e publicitários ocorre para que se possa atribuir mais expressividade às palavras, enunciados e expressões, causando diferentes efeitos de sentido nos leitores/ouvintes. Lembrando que o discurso forense prima pela clareza, objetividade e precisão, o profissional de direito deverá ter muito cuidado na escolha do seu vocabulário, preferindo sempre a denotação, para que sua mensagem não assuma sentido dúbio ou sentido provocativo. Termos unívocos O termo unívoco é quando ele possui um único sentido no direito, como os nomes jurídicos (nomen juris) furto, roubo e homicídio. • Furto: subtração de coisa alheia móvel, para si ou para outrem. • Roubo: ato de subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa. • Homicídio: Matar alguém, mediante paga ou promessa de recompensa, motivo torpe, fútil, com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que possa resultar perigo comum. Matar alguém à traição, emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. Matar alguém para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. Matar alguém mediante a conduta culposa do agente. Termos equívocos Os termos equívocos possuem muitos significados, portanto são plurisignificantes. Há vários exemplos, porque no direito eles são inúmeros. No Direito é possível verificar esta realidade. • Sequestro pode se referir à pessoa, quando o agente a priva ilicitamente de exercer a sua liberdade, prendendo- a num local do qual não possa sair. • Sequestro pode se referir a um bem, quando o ato processual permite que se apreenda ou deposite um ou muitos bens, porque são objeto de litígio e, como forma de garantir direitos, ficam sub judice (sob apreciação judicial). Termos análogos Análogos são os termos que não possuem étimo comum. Étimo: vocábulo que constitui a origem de outro. Assim, os termos podem pertencer a uma mesma família de ideologias ou podem ser apenas sinônimos. Os exemplos no Direito são múltiplos, mas trazem diversas definições doutrinárias, motivo de acirradas discussões. Eis os exemplos: • Rescisão – desfaz-se o negócio jurídico por defeito anterior à sua formação. • Resolução – inadimplemento do contrato bilateral (em relação às obrigações ou prestações a ser cumpridas) correspondente às causas a posteriori. • Resilição – rescindir, desfazer e distratar, por vontade de uma das partes (ambas) quando é atribuído o direito de a pedir. É uma espécie de resolução . Assim, resilir é sair. Diferenças entre neologismo e estrangeirismo A palavra neologismo é de origem grega: neo = novo + logos = ideia de palavra + ismo = sufixo que forma substantivos. Podemos dizer, portanto, que o neologismo é o processo de criação de novas palavras na língua. Esse processo acontece sempre que os falantes inventam palavras para ampliar o vocabulário ou quando emprestam novos sentidos às palavras que já existem. Esse fenômeno é comum, sobretudo hoje em dia, quando a tecnologia pede a criação de novas palavras e expressões o tempo todo! Exemplo: Deletar, showmício, linkar... Entende-se por estrangeirismo o emprego de palavras, expressões e construções alheias ao idioma tomadas por empréstimos de outra língua. A incorporação dos empréstimos linguísticos acontece por meio de um processo natural de assimilação de cultura e até mesmo por proximidade geográfica. Os estrangeirismos podem conservar sua grafia original ou passar por um interessante processo de aportuguesamento, o que muitas vezes camufla a verdadeira origem do vocábulo. Eles são facilmente encontrados nos termos que fazem referência à tecnologia, e é justamente nesse campo semântico da informática que as dúvidas costumam aparecer, haja vista que muitas palavras do universo da computação são emprestadas do inglês. Exemplo: OK, Brother, Delivery, Fashion... • O que é Pleonasmo: Pleonasmo é uma figura de linguagem usada para intensificar o significado de um termo através da repetição da própria palavra ou da ideia contida nela. A palavra pleonasmo tem origem no latim "pleonasmu" e significa redundância. Exemplo: “E alí dançaram tanta dança, que a vizinhança toda despertou". "Entrar para dentro." "Sair para fora." Erros crassos: São erros grosseiros da escrita. Tais equívocos devem ser evitados a qualquer custo, na medida em que petições redigidas com deficiências desse quilate perdem credibilidade e confiança. Exemplo: Tampouco – reforça uma negação, significa “nem”, “muito menos”. Tão pouco – significa “muito pouco”, “ em pequena quantidade”. Ambiguidade É considerada um vício de linguagem. Ocorre quando há a duplicidade de sentido em palavras ou expressões do texto. Muitas vezes, certas orações não são constituídas com clareza. Acontece isto quando alguns termos apresentam entendimento ambíguo ou duvidoso. Isso pode acontecer quando são usadas palavras ou expressões que não possibilitam uma interpretação precisa. Neste caso há um entendimento duvidoso da sentença e a Ambiguidade se estabelece. • Exemplos de Ambiguidade • A menina disse à colega que sua mãe havia chegado. (A oração deixa um entendimento duvidoso, pois não se sabe ao certo quem chegou. A mãe da menina ou a mãe da colega). • O atleta falou ao treinador caído no chão. (Não há como saber quem está caído. Se é o atleta ou o treinador.) • Perseguiram o porco do meu tio. (Quem foi perseguido? o porco que é um animal ou o tio que está sendo chamado de porco?)