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Aula 3 - Avaliação Clínica Semiologia Nutricional

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Avaliação Clínica | Semiologia

Nutricional
Avaliação Clínica | Semiologia
Nutricional
Surgimento:

O termo semiologia foi criado a partir do grego


sèmeion (sinal) e logos (estudo, ciência).
Avaliação Clínica | Semiologia
Nutricional

Na área da saúde, a semiologia compreende o


estudo dos sinais e sintomas do indivíduo.

Os sinais representam as manifestações clínicas de


uma doença observadas pelo examinador por meio
da inspeção, palpação ou ausculta.
Avaliação Clínica | Semiologia
Nutricional
Os sintomas são sensações subjetivas, sentidas pelo
indivíduo e não visualizada pelo examinador.
Para avaliação dessas alterações e/ou manifestações
semiológicas, no que se refere aos problemas
nutricionais, o nutricionista dispõe da:
anamnese nutricional para a identificação dos
sintomas clínicos nutricionais.
E do exame físico na avaliação dos sinais clínicos
nutricionais.
Avaliação Clínica | Semiologia
Nutricional
Anamnese Nutricional:
A palavra anamnese vem do grego anmnesis e
significa recordar.
Na prática clínica, significa a rememoração dos
eventos relacionados à saúde e à identificação dos
sintomas, com o intuito principal de possibilitar
entender, com a maior precisão possível, a história
dos motivos que traz o paciente à consulta.
Avaliação Clínica | Semiologia
Nutricional

A anamnese ou história clínica é de grande


relevância para se reconhecer e entender as três
dimensões do diagnóstico:
•O paciente;
•A moléstia;
•As circunstâncias associadas.
Anamnese ou História clínica
O paciente deve então ser interrogado sobre fatores
que interferem direta ou indiretamente no estado
nutricional:
•Perda ou ganho ponderal recente;
•Sinais de doenças gastrointestinais, como: náuseas,
vômitos, diarreia;
•Uso de medicamentos que interferem na absorção e
na utilização dos nutrientes ;
Anamnese ou História clínica
Presença de fatores limitantes na ingestão
adequada, como:
Anorexia, lesões bucais, dificuldades de mastigação.
•Presença de doenças crônicas;
•Intervenções cirúrgicas;
•Etilismo e tabagismo;
•Fatores psíquicos que possam interferir na ingestão
alimentar, como: depressão e ansiedade.
Anamnese ou História clínica
Na maioria das vezes, as dificuldades existentes
estão na deficiência de comunicação entre o
paciente e o profissional de saúde.
Sendo assim, este último deve estar preparado e
saber como irá atuar nas diversas situações listadas
no quadro a seguir.
• Deficiência na fonação ou audição
• Diferenças de linguagem
• Depressão do estado de consciência
• Distúrbios mentais
• Crianças – Falta de objetividade – Incoerência
• Deficiência de memória e observação
• Concepções errôneas sobre a moléstia
• Falta de confiança na nutrição
• Inibição e/ou distração causadas pela presença de outras pessoas

Limitações da anamnese decorrentes do paciente Fonte:


Adaptado de López e Medeiros (2001).
Montando uma
Anamnese Nutricional
o Identificação do paciente:
• Nome
• Idade
• Sexo
• Raça
• Estado civil
• Profissão
• Renda familiar
• Escolaridade
Montando uma
Anamnese Nutricional

oQueixa principal
•Ex. falta de ar, desorientação, dor abdominal,
emagrecimento

oDiagnóstico principal
•Ex. câncer gástrico, obesidade
Montando uma
Anamnese Nutricional
o História da doença atual:
Relato claro e cronológico dos problemas que motivaram a
ida
ao nutricionista / internação.
Os medicamentos devem ser incluídos.

Ex. o paciente relata dor na região epigástrica há cerca de seis


meses, acompanhada de perda de peso (8kg), náuseas,
vômitos e perda de apetite. Faz tratamento regular para
hipertensão.
Montando uma
Anamnese Nutricional
o História patológica pregressa
Devem ser incluídas as doenças da infância, doenças crônicas
(DM2, HAS, etc), informações sobre cirurgias prévias,
acidentes, lesões e transfusões de sangue.

Ex. paciente nega HAS, DM, DCI (doenças comuns de infância)


e relata ter realizado cirurgia para retirada de apêndice há
10 anos.
Montando uma
Anamnese Nutricional
o História familiar
Devem ser consideradas a idade e condições de
saúde e causa de óbito de cada membro da família
imediata (pais, irmãos, cônjuges e filhos).

Ex. pai teve CA intestino, mãe HAS, avó materna


DM2 e irmão CA esôfago.
Montando uma
Anamnese Nutricional
o História social
Registrar dados sobre tabagismo, uso de álcool, drogas,
ocupação e escolaridade, religião, situação domiciliar
(quantas pessoas moram na mesma casa, número de
cômodos, se apresenta água encanada, esgoto).
Ex. fumante há 15 anos de 1 maço de cigarros por dia, ingere
bebida alcoólica (cerveja) diariamente (2 garrafas/dia), nega
uso de outras drogas, mora com 4 pessoas, em casa de
alvenaria com 1 quarto, água encanada e sem rede de
esgoto.
Montando uma
Anamnese Nutricional
o Avaliação do estado mental
Avaliar se o paciente se encontra LOTE (lúcido e orientado no
tempo e espaço).
Essa avaliação pode se dar por meio da abordagem do paciente
com questões do tipo:

• Ex. “Onde você está? ” “Onde mora? ” /“Qual o seu nome? ”


“Qual o nome do seu acompanhante? ” / Qual a data do seu
aniversário?
Principalmente internados, idosos.
Montando uma
Anamnese Nutricional
o Avaliação da função intestinal

• Ex. Como funciona seu intestino?


Quantas vezes evacua por dia?
Tem dificuldades na evacuação?
Seus hábitos intestinais mudaram após o
aparecimento dos sintomas/diagnóstico da
doença?
Montando uma
Anamnese Nutricional
o Avaliação do sono

Ex. Acorda à noite OU dificuldade em dormir?


Quantas horas por noite?
Essa quantidade é suficiente?
EXAME FÍSICO
• Como é feito o exame físico nutricional?
Inicialmente, deve-se registrar a impressão sobre o estado
geral do paciente por meio da observação e relato deste.
Ânimo, depressão, fraqueza, tipo físico, estado de
consciência, discurso e movimentos corporais devem ser
investigados.
EXAME FÍSICO
Em seguida é preciso inspecionar, apalpar e auscultar o
cliente, sendo que é comum utilizar apenas a audição, tato,
olfato e visão durante o exame, sem a necessidade de
equipamentos.
A partir disso o profissional visualiza o formato, textura,
tamanho, cor, estrutura e outros aspectos do corpo.
EXAME FÍSICO
Esse processo todo precisa ser feito por um profissional
capacitado e experiente, visto que é um procedimento
bastante minucioso e específico.
Ele deve ser realizado durante a consulta e combinadas com
os resultados dos exames laboratoriais, coleta de dados da
anamnese alimentar e medidas antropométricas, a fim de ter
um parâmetro completo da saúde do cliente.
EXAME FÍSICO
• Para que serve?

Como dito, o uso desse exame é indispensável para identificar


sinais de que a pessoa não tem se alimentado
adequadamente e dentro das necessidades do organismo a
fim de mudar esse estado e preservar a saúde dela.
EXAME FÍSICO
Mais especificamente, ele serve para identificar
possível desnutrição; deficiências vitamínicas;
edemas; baixos percentuais de gordura e músculos;
alterações nos cabelos, unhas, olhos, pele e
mucosas; indícios de hipoalbuminemia; entre outras
questões relacionadas a uma má alimentação e que
se manifestam na aparência
EXAME FÍSICO
• Qual a sua importância ?

A realização do exame físico, é importante, pois irá


complementar a história clínica e proporcionar
elementos capazes de apoiar hipóteses sobre o
diagnóstico nutricional.
EXAME FÍSICO
Observação:
O tecido adiposo e a massa magra (duas partes bastante
investigadas nesse exame) desempenham funções
importantes no organismo.
Contudo, é preciso que elas estejam em uma quantidade
adequada, sem sobrar ou faltar, para que não prejudicar a
saúde do indivíduo.
EXAME FÍSICO
Além disso, quando existem deficiências nutricionais graves, a
pessoa corre o risco de desenvolver doenças e entrar em um
estado grave de desnutrição que podem levar até mesmo ao
óbito.
Então, a partir dos dados obtidos, o profissional cria um plano
alimentar e readapta a alimentação dentro das necessidades
calóricas, hídricas, proteicas, e outros, para que o cliente
possa ter maior bem-estar.
EXAME FÍSICO
Quando deve ser realizado ?
É interessante realizar o exame físico nutricional em todos os
casos ou de acordo com os objetivos do cliente, sendo
especialmente importante nas consultas com grupos de risco,
como grávidas, idosos, crianças e adolescentes.
Dessa forma, é possível garantir uma avaliação completa da
saúde dele, bem como uma orientação mais adequada.
EXAME FÍSICO
O exame deve ser realizado de forma sistemática e
progressiva, a partir da cabeça até a região plantar.
Inicia-se pelo cabelo, seguido dos olhos, narinas, face, boca
(lábios, dentes, língua), pescoço (tireóide), tórax (abdome),
membros superiores (unhas, região palmar) e inferiores
(quadríceps, joelho, tornozelo, região plantar), pele e
sistemas (cardiovascular, neurológico, respiratório e
gastrointestinal), de acordo com quadro a seguir.
Quadro : Roteiro para exame físico. Fonte: adaptada de Dias et al. (2011)
EXAME FÍSICO
Ao término do exame físico, o avaliador consegue
vários dados essenciais para o diagnóstico
nutricional, tais como:
• Se o paciente está acima ou abaixo do seu peso
habitual
• Sinais de depleção nutricional: perda de tecido
subcutâneo na face e na bola gordurosa de Bichart,
no tríceps, nas coxas e na cintura
EXAME FÍSICO
• Perda de massa muscular nos músculos quadríceps,
bíceps e deltoide
• Existência de edema em membros inferiores,
região sacral e ascite
• Ocorrência de desidratação na avaliação do turgor
da pele
• Alteração da coloração de mucosas, pele
conjuntiva para diagnosticar carências de vitaminas e
minerais.
EXAME FÍSICO

As deficiências nutricionais mais comuns


manifestam-se, principalmente, na pele. Dentre elas,
as de apresentação mais frequente são edema e
xerose;
FIM

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