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Primeiros Socorros

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Primeiros Socorros

Introdução
INTRODUÇÃO

Explosão demográfica, o crescimento populacional, o


desenvolvimento industrial e a violência crescente nas
grandes cidades, vem expondo cidadãos, a riscos cada vez
maiores, onde um simples atravessar de uma rua pode ser
um acto potencialmente perigoso (Lomba , sd)
Qualquer pessoa poderá ser surpreendida por uma
situação de emergência, que envolva integridade física de
um amigo, parente vizinho, colega de trabalho ou mesmo
um desconhecido na rua (Lomba, sd).

Nem sempre e possível a chegada imediata da equipe de


atendimento emergencial (Lomba, sd).

O lapso temporal entre o instante do acidente e o início do


atendimento médico, poderá representar a diferença entre
a vida e a morte (Lomba, sd).
Objectivos de
aprendizagem
Até o fim desta aula cada participante deve ser capaz de:

1. Definir o que é o primeiro socorro;


2. Acções básicas de primeiros socorros;
3. Explicar a importância dos primeiros socorros;
4. Listar componentes básicos de um kit de primeiros
socorros;
5. Orientações gerais de um socorrista;
6. Passos a seguir na prestação dos primeiros socorros;
7. Posição lateral de segurança
Primeiros socorros
Definição: Primeiro socorro é a primeira assistência ou
ajuda imediata que é prestada à vítimas de acidentes ou de
doença súbita, sendo aplicada no local de ocorrência até à
chegada de ajuda profissional; Pascal Cassan (2011).

Centra-se não só no dano físico ou de doença, mas também


no atendimento inicial, incluindo o apoio psicológico para
pessoas que sofrem emocionalmente devido a vivência ou
testemunho de um evento traumático; Pascal Cassan (2011).
Acções básicas de primeiros socorros

Para saber como e quando actuar no caso de acidente foi


desenvolvido um método de comportamento chamado
PAS (que corresponde a ordem das 3 funções que devem
ser realizadas por quem actue em caso de acidente).
P=proteger; A=avisar; e S=socorrer.
1- Proteger:
Quer dizer evitar que o acidente se torne mais grave, tanto
para vítimas afectadas, assim como para outras pessoas
que possam ver-se envolvidas.
2- Avisar:
Estabelecer os contactos em função do tipo de acidente
(hospitais mais próximos, polícias, bombeiros etc.).

Rapidez com que se dá aviso dependerão os resultados do acidente.


No aviso todos detalhes são importantes
Tipo de acidente (automóvel, queda, choque, etc),
Local do acidente,
Número de feridos e o seu estado aparente,
Posição e sintomas da vitima,
Tratamento e/ou métodos utilizados,
Poluentes evidentes no cenario do acidente.
3-Socorrer:
Assistir em primeira instância às pessoas envolvidas no
acidente até à chegada do pessoal sanitário qualificado.

Ao assistir uma vitima, deve se ter em conta:


Não mover a vitima sem ter verificado previamente as lesões
sofridas (a não ser no caso vitima correr perigo no lugar onde
estiver),
Não dar de beber a vitima com ferimentos na cabeça, pescoço, tórax
ou abdomen o liquido pode seguir em vias não naturais ou provocar
afogamento se a vitima vomitar em estado de inconsciência.
O socorrista deve estar tranquilo mas actuar rapidamente,
Não deixar que a vitima que se arrefeça, cobrir bem
Tranquilizar a vitima e não a deixar sózinha.
Importância dos primeiros socorros
A importância dos primeiros socorros reside exactamente
no facto de ocorrerem sempre em situações inesperadas
(seja um acidente ou caso se trate de uma doença súbita),
que requerem cuidados urgentes ao nível do estado de
saúde.

Servem para:
. Salvar ou manter a vida até a chegada de serviços
profissionais,
. Minimizar os efeitos da lesão e prevenir lesões adicionais,
Kit básico de primeiros socorros
Recomenda-se a ter em casa, no trabalho, no carro ou em
estabelecimentos públicos.
É composto basicamente por:
Composição do kit Utilidade
Compressas Podem servir para fazer pensos
(esterilizadas);
Ligaduras de gaze Podem servir para imobilizar um
ou elástica, membro
Adesivo, Podem servir para fazer pensos
Tesoura sem Para cortar ligaduras ou aliviar a roupa
ponta, de uma vítima
Pinça Pode auxiliar a extrair um corpo
estranho
Frasco de álcool à Para esterilizar instrumentos ou
70%, desinfecção da área lesionada
Frasco de soro Para limpar feridas
fisiológico ou
á́ gua destilada,
Luvas de Servem como barreira protectora de
procedimentos, infecção para o socorrista e para a pessoa
socorrida
Lanterna Para prestar apoios na escuridão, verificar a
presença de corpos estranhos na boca,
garganta, para verificar presença de
hemorragias, etc.
Analgésicos Para aliviar a dor
Antialérgico, ou Em caso de reacções alérgicas, exemplos:
anti- histamínicos reacções por picada de abelha, etc.
Composição do kit Utilidade

Bolsas para pachos Bolsas para pachos frios servem para


frios ou quentes. ajudar a aliviar a dor e o edema em
casos de contusões (lesão dos tecidos
moles produzida por um golpe ou
queda).
Bolsas para pachos quentes podem
ajudar a aquecer uma vítima com
hipotermia (temperatura baixa) ou
exposta a temperaturas baixas
Orientações gerais de um socorrista
Regra de ouro: Não piorar a situação
Associado a esta regra, socorrista tem série de
responsabilidades:

Avaliar o cenário com rapidez e segurança


. Proteger a vítima, os observadores, e a si próprio,
. Identificar a lesão ou doença,
. Prestar socorro e estabilizar o paciente,
. Promover a deslocação e chamar ajuda qualificada ,
. Confortar a vítima,
. Falar atenciosamente mas de forma clara.
Passos a seguir na prestação dos
primeiros socorros
Primeiro Passo:
Avaliação rápida do cenário e da vítima:
a) O que fazer na avaliação rápida:
Diante de uma situação de emergência o socorrista deve
fazer uma avaliação rápida do cenário e da vítima, o que
lhe vai permitir avaliar a segurança da situação para a
vítima e para o socorrista e para definir as prioridades de
actuação.

Deve verificar no local onde se encontra a vítima possíveis


riscos para a vítima e para si próprio, tais como
atropelamentos, afogamento, desabamento,
electrocussão, agressão, etc.
Afaste a vítima do perigo, deve ter atenção a forma de
transportar a vítima para evitar lesões futuras irreversíveis.

Lembre-se de ter atenção aos riscos que corre, pois se o


socorrista for ferido no processo de prestar primeiro
socorros, contribui para piorar a situação.
Como deve fazer a avaliação rápida?
Observação e Diálogo.

Observar as situações de perigo como mencionadas


acima.
Depois de assegurar-se das condições de segurança do
cenário, o socorrista deve aproximar-se da vítima para
prestar assistência.
Delegar uma ou duas pessoas para ajudar no processo:
Uma ajuda nos cuidados com a vítima (ressuscitação,
estancamento de hemorragias, etc) e
Outra poderá deslocar-se para chamar ajuda especializada.

Mantenha observadores distantes da situação para


possibilitar a circulação de ar.
Diálogo

Diálogo com a vítima deve ser tomando em conta como


forma de interagir com a vítima de modo a acalmá-la e
avaliá-la quanto ao nível de consciência, localização da
dor, incapacidade de movimentação do corpo ou parte
dele, perda de sensibilidade em alguma parte do corpo,
etc.
Diálogo
Diálogo com outras pessoas presentes é também útil para
saber o que aconteceu à vítima para identificar a presença
de possíveis perigos, e para avaliar a condição da vítima.
(Por exemplo, se o paciente estiver inconsciente podem
indicar a quanto tempo é que perdeu consciência)
Segundo Passo: Avaliação primária
da vítima (ABCDE)
Avaliação primária da vítima obedece os critérios abaixo
descritos, examinar;
A. Vias Aéreas
B. Ventilação
C. Circulação
D. Consciência
E. Exposição
A. Vias Aéreas ou Airways
Consiste em verificar se existe um corpo estranho na
boca, garganta ou outras vias aéreas, caso haja,
retire
Serve para desobstruir vias aéreas e prevenir a asfixia da
vítima quer pela depressão da língua (frequente nos
casos de inconsciência profunda) ou pela presença de
corpos estranhos.

Deve-se fazer movimentos controlados para evitar


agravar a lesão da coluna cervical (caso haja).
B. Ventilação ou respiração, Breathing
Consiste em verificar se o paciente respira.
Caso não, é importante iniciar procedimentos de respiração
artificial.

(Manter a vitima deitada de costas.


Abrir a via aérea – colocar uma mao na testa e outra na mandibula
inclinando a cabeça da vitima para tras, obtendo a hiperextensão do
pescoço.
Também pode se manter a via aérea aberta colocando objecto
debaixo dos ombros da vitima.
Método mais usado de respiração artificial é boca a boca.
C. Circulação, Circulation
Consiste em verificar a presença ou ausência da função
cardíaca.
Usa-se a medição do pulso carotídeo ou pulso radial.
Também pode tentar ouvir batimentos cardíacos no tórax da vítima.
Caso não haja funcionamento cardíaco deve iniciar procedimentos
de ressuscitação cardio-pulmonar (RCP).
D. Consciência

Caso a vítima esteja consciente ou a recuperar a consciência


nesta fase deve-se avaliar o nível de consciência pela escala
de Glasgow (abertura de olhos, resposta verbal, resposta motora).
Escala de Glasgow
PARÂMETROS RESPOSTAS PONTUAÇÃO

Espontâneo 4
Resposta de abertura
dos olhos À voz 3
À dor 2
Nenhuma 1
Orientado 5
Confuso 4
Melhor resposta
verbal Palavras inadequadas 3
Sons incompreensíveis 2
Nenhuma 1
Escala de Glasgow
PARÂMETROS RESPOSTAS PONTUAÇÃO

Obedece a comandos 6

Localiza a dor 5
Melhor resposta
motora 4
Retrai-se
Flexão 3

Extensão 2

Nenhuma 1
E. Exposição
Mesmo em casos em que vítima aparentemente esteja
fisicamente bem, esta, pode ter lesões internas ou
escondidas.

Deve-se fazer a palpação procurando lesões como: hemorragias,


lacerações, fracturas ou deformidades do corpo,
É necessário retirar a roupa da vítima e em certos casos quando
necessário pode-se rasgar ou cortar,

Deve-se ter cuidado de fazer de modo a que seja possível tapar a


vítima evitando sua exposição ao frio e com potencias riscos de
hipotermia.
Posição lateral de segurança
É a posição usada em várias situações que necessitam de
primeiros socorros, em que a vítima esteja inconsciente
mais com pulso e a respirar normalmente
Indicações
Esta posição é indicada para evitar obstrução das vias
respiratórias, permitindo assim a respiração da vítima.

Contra-indicações
Fractura da coluna vertebral ou do pescoço,
Ferimentos graves,
Ausência de respiração.
Procedimentos
Com a vítima deitada no chão, ajoelhe-se ao lado da vítima e vire a
cara da vítima para si,

Incline a cabeça desta para trás, colocando-a em hiperextensão,


para abrir as vias áreas e impedir a queda da língua para trás e a
sufocação,

Coloque o braço da vitima que estiver mais próximo de si ao longo


do corpo desta e prendendo-o por debaixo das nádegas deste,
Coloque o outro braço da vítima no peito deste.
Cruze as pernas da vítima colocando a perna que estiver mais
afastada de si por cima da canela da outra perna,

Dê apoio à cabeça da vítima com a mão e segure a vítima pela


roupa, na altura da anca virando-a para si,

Dobre o braço e a perna da vítima que estiverem na parte superior


do corpo, até que formem um certo ângulo em relação ao corpo,

A perna deve estar de forma a que se forme um ângulo recto entre


a anca e joelho, e o braço pode ser colocado por baixo da
bochecha inferior da vítima
Puxe o braço inferior da vítima, e coloque-o em ângulo
recto ou estendido.

Certifique-se de que a cabeça se mantém inclinada para


trás de forma a manter as vias aéreas abertas.
HEMORRAGIA
Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim desta aula cada participante deve ser capaz de:
1.Descrever medidas a adoptar perante uma hemorragia
externa, incluindo a minimização da perda de sangue:
a.Manobras de compressão (compressão local, compressão
arterial directa e torniquete);
b.Posição de Trendelenburg.
2. Definir o estado de choque, e explicar medidas de
suporte de uma forma geral,
3. Explicar as medidas de prevenção do choque
hipovolémico,
4. Descrever a conduta específica perante uma hemorragia
nasal,
5. Descrever a conducta específica perante uma hemorragia
na palma da mão.
6. Executar manobras de compressão em diferentes
localizações corporais;
7. Demonstrar a posição de Trendelenburg.
Hemorragia
Definição:
É a perda de sangue que ocorre quando há ruptura de veias
ou artérias.

Esta hemorragia pode ser causada por cortes, fracturas,


úlceras, etc.

As hemorragias podem ser:


Hemorragia externa;
Hemorragia interna.
Hemorragia externa
Hemorragia externa é um sangramento que pode ser
visualizado a partir de uma ferida.

Exemplos: sangramento a partir de fracturas expostas,


feridas por corte, sangramento nasal (epistaxe).
Hemorragia interna
Hemorragia interna: são aquelas em que sangue
acumula-se dentro das cavidades do corpo, e por isso
podem ser ocultadas, resultar em consequências mais
graves e levar a vítima à morte por choque se não for
atempadamente socorrida.

Exemplos: hemorragia por lesões ou lacerações de vísceras


como o fígado e baço, trauma craniano, etc.
As manifestações clínicas resultantes da hemorragia,
correspondem aos sinais e sintomas de Choque
hipovolémico, em diferentes níveis de gravidade, e se não
houver intervenção atempada levam a morte.

Na maioria dos casos o sangramento cessa naturalmente,


porque o organismo possui vários mecanismos de defesa.

Contudo, noutros casos em que há uma grande lesão dos


vasos o processo de coagulação não acontece
naturalmente, sendo necessário intervir para controlar a
hemorragia.
O controlo do sangramento externo pode ser feito através
da compressão dos vasos rompidos (aplicando-se pressão
no local da ferida, efectuando torniquete, ou comprimindo
directamente a artéria) e da elevação simultânea dos
membros feridos (manobra de Trendelenburg).
Choque
É síndrome clínica cujos sinais e sintomas são decorrentes
de uma perfusão inadequada e de deficiente oxigenação
dos tecidos por uma disfunção do sistema cardiovascular.

Existem várias causas/tipos de choque: hipovolémico


(mais comum), anafiláctico, neurogénico, séptico,
cardiogénico, eléctrico.

Nesta aula vamos tratar especificamente do choque


hipovolémico que está relacionado com a hemorragia
Choque Hipovolémico
É uma emergência médica, na qual, a perda severa de
sangue e/ou líquidos faz com que o coração seja incapaz
de bombear suficiente sangue ao corpo.

As causas mais frequentes são hemorragias abundantes


sobretudo as causadas por traumatismos.

As outras causas são: desidratação por vómitos ou


diarreias, queimaduras graves, peritonites, etc.
As manifestações clínicas do choque
hipovolémico são:
Agitação psicomotora ou ansiedade
Sonolência (fase avançada);
Extremidades frias e húmidas;
Hipotensão arterial;
Mucosas descoradas;
Pulso rápido e fino;
Taquipneia e taquicardia;
Sede excessiva
Confusão mental
Medidas gerais a adoptar perante
uma vítima em estado de Choque
As medidas gerais que um socorrista deve adoptar perante
uma vítima em estado de choque são variáveis
1.Verificar se não há risco para si e para outras pessoas não
feridas.
2.Aproximar-se da vítima, colocá-la numa posição
confortável ou em decúbito dorsal.
3.Chamar ajuda e promover transporte para levar a vítima à
unidade sanitária.
4.Verificar o estado de alerta da vítima.
5. Identificar as possíveis causas do choque.
6. Controlar todos sangramentos evidentes através da
compressão local da área, compressão da artéria acima da
lesão ou torniquete.
7. Executar a manobra de Trendelenburg, caso não haja
fracturas nos membros,
8. Evitar a manipulação excessiva e abrupta (repentina) da
vítima, acalmar a vítima para evitar movimentos que
podem agravar ainda mais a situação;

9. Imobilizar as fracturas para reduzir a dor, sangramento e


desconforto que podem agravar o choque;

10. Manter a vítima agasalhada com cobertor, lençol ou


capulana para evitar a perda de calor corporal (hipotermia),

11. Não administrar líquidos ou alimentos pela boca;


TÉCNICAS DE CONTROLE
DE HEMORRAGIA EXTERNA

1. Pressão no Local da Ferida


Pressão directa sobre a ferida, através de um penso
compressivo, com gaze ou pano.

Eleve o membro afectado de modo a conter a hemorragia


(manobra de Trendelenburg).

Penso compressivo só poderá ser removido para avaliação


do técnico ou na unidade sanitária.
Material
Compressa ou pano limpo e ligaduras ou lenço.
Luvas de procedimentos
Procedimento
Calce as luvas de procedimentos.
Aproxime-se da vítima, observe a ferida ou o local da hemorragia e
com a compressa, comprima a ferida com firmeza de modo a estancar
a hemorragia.
Fixe a compressa com uma ligadura ou lenço com firmeza.
Se o ferimento for nos membros superiores ou inferiores eleve-os
para ajudar a controlar a hemorragia.
Se este procedimento não for suficiente:
Faça compressão da artéria comprometida, exercendo pressão da
artéria contra o osso subjacente, acima da lesão ou ferida.
2. Compressão nas artérias afectadas
Esta técnica pode ser aplicada nos casos em que não é
possível fazer pensos compressivos.

A pressão é exercida sobre a artéria acima da lesão ou


ferida.

Comprime-se a artéria contra o osso subjacente e o fluxo


sanguíneo será reduzido.

Lembre-se de usar luvas de procedimento.


Exemplo: na artéria femoral, radial, cubital, carotidea,
facial.
3. Torniquete
Esta técnica é usada como último recurso para controlar
hemorragias abundantes que ocorrem quando a vítima teve
uma parte do corpo amputada ou quando outras técnicas
não resultam no controlo de hemorragia.

Geralmente esta técnica não é recomendada porque pode causar


danos irreversíveis à vítima, como por exemplo: perda total dum
membro devido à compressão excessiva do torniquete no membro
afectado, e se forem deixados longos períodos sem o devido controlo
poderá resultar em diminuição da irrigação sanguínea.
Precauções com o Uso do Torniquete
Não aplique o torniquete em local próximo da articulação.
Alivie o torniquete a cada 10 ou 15 minutos ou caso a
vítima apresente extremidades frias ou com cianose.

Mantenha a vítima deitada com o membro elevado e


agasalhada.

Não cubra o torniquete com gaze ou pano, de modo a


observar qualquer alteração durante o transporte da vítima à
unidade sanitária.
Torniquete
Hemorragia Nasal

Hemorragia nasal ou epistaxe é causada pela ruptura de


vasos sanguíneos do nariz, que pode ser devido as traumas,
lesões com químicos erosivos, ou irritação das narinas,
rinites alérgicas e outros processos inflamatórios.
Conduta
Sentar a vítima com a cabeça para frente para evitar que a
mesma engola o sangue, evitando náuseas e vômitos.

Calce luvas de procedimento.


Aperte a narina que sangra, firmemente sem
interromper por 5 minutos.
Se continuar o sangramento, faça tamponamento da narina
com uma bola de algodão ou gaze
(este procedimento é contra-indicado em vítimas com suspeita de traumatismo do
crânio).
Transporte a vítima à unidade sanitária caso não cesse o
sangramento.
Hemorragia da Palma da Mão

A palma da mão é uma região muito vascularizada, portanto


qualquer golpe pode ocasionar uma perda abundante de
sangue, por isso esta hemorragia merece uma actuação
muito especial pelo socorrista.

Faça suspensão do membro superior afectado, com uma ligadura


ou lenço e encaminhe imediatamente a vítima à uma unidade
sanitária
Posição de Trendelenburg

Consiste em colocar a vítima em decúbito dorsal com os


membros inferiores elevados aproximadamente 30º ou mais,
ou seja, a cabeça permanece baixa em relação ao resto do
corpo.

Esta posição é indicada para melhorar o retorno venoso (controlo de


hemorragias, choque, etc.), drenar secreções brônquicas, prevenção de
abortos, e outros.

É contra-indicada em pessoas com problemas pulmonares e cardíacos.


Medidas preventivas do choque hipovolémico

Inspeccione a vítima para ter uma noção global da causa do


choque.

Elimine ou controle a causa do choque, por exemplo:


controlar uma hemorragia ou queimaduras, etc.

Avalie os sinais vitais (respiração e pulso).

Verifique a respiração e os batimentos cardíacos e o nível


de consciência da vítima.
Coloque a vítima na posição Trendelenburg (se estiver
consciente e a respirar bem), excepto quando houver
suspeita de fracturas no crânio.
Coloque a vítima com a cabeça virada para um lado se
houver sangramento pela boca ou nariz, vómito ou muita
salivação para evitar asfixia.
Alivie a roupa da vítima para facilitar a circulação
sanguínea.
Mantenha a vítima protegida de correntes de ar.
Encaminhe a vítima para uma unidade sanitária.
Bibliografia
• Brunner LS; Suddarth DS. Tratado de enfermagem médico-
cirúrgica. 10ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.
• Bruno P, Oldenburg C. Enfermagem em pronto-socorro. 8ª
Reimpressão. Rio de Janeiro: SENAC;2009.
• Silveira J, MS et al. Primeiros socorros: como agir em situações de
emergência. 2ª Edição. 3ª Reimpressão. Rio de Janeiro: SENAC;
2009
Princípios para o transporte correcto da vítima

O transporte da vítima é de extrema importância e pode ser


decisivo para a sua sobrevivência,

Existem várias formas de transportar uma vítima, porém, é


importante considerar o estado em que esta se encontra
depois da avaliação.
Antes de transportá-la verifique
SEMPRE

Se está a respirar
Se tem hemorragia
Se tem fracturas
Se existe traumatismo da coluna
As condições do local e a presença de
outro socorrista para apoiar.
Se o transporte não for adequado, a vítima pode sofrer
danos irreversíveis ou mesmo perder a vida.

É fundamental não mover a vítima, a menos que esteja num


local de risco por exemplo: incêndio, explosão,
desabamento.

Antes do transporte deve-se imobilizar a vítima no local do


acidente, enquanto aguarda-se pelo socorro clínico.
O transporte pode ser numa maca a ser improvisada ou
convencional e nos casos de falta de maca pode ser por
apoio, nas costas, nos braços, de bombeiro, de arrasto, em
cadeirinha, pelas extremidades, por cadeira, em rede e no
colo.
Para a mobilização do acidentado são necessárias três
pessoas agindo simultaneamente: a primeira segura com
firmeza a cabeça e o pescoço da vítima, para evitar que
dobre o pescoço; a segunda apoia a região da bacia; a
terceira segura pelos pés, evitando dobrar as pernas da
vítima.
Contra-indicações no transporte das
vítimas

Vítimas com suspeita de fracturas não imobilizadas


Vítima com lesão vertebral grave.

Nestas condições o transporte só deve ser feito se se estiver


num local de risco (incêndios, água funda, desabamento).
Existem muitas formas de transportar a
vítima nomeadamente
A respiração

é um critério para a sobrevivência do organismo, e garanti-la


é ponto fundamental de qualquer procedimento dos
primeiros socorros, pois uma interrupção da respiração no
máximo de 6 minutos pode levar a lesões cerebrais
irreversíveis e após 10 minutos a morte cerebral é quase
certa.
Paciente Está Consciente

Grite ordens ou perguntas. Por exemplo “abra os olhos”


ou “consegue me ouvir?”
Ou pegue e agite os ombros ou o braço do paciente
Se a pessoa responde, coloque-a na posição lateral de
segurança (descrita na aula anterior)
Se na há resposta, prossiga com os passos seguintes
Lembre-se de que os movimentos do pescoço devem ser
limitados, e com o máximo cuidado, para evitar agravar
possíveis lesões na medula, que podem causar danos
irreparáveis.
Também é bom ressaltar:
nunca aproxime a mão ou os dedos na boca de uma
vítima que esteja sofrendo convulsões ou ataques
epilépticos, pois pode ferir-se
Extracção do corpo estranho

Posicione a vítima em decúbito dorsal com a cabeça virada


para si (socorrista), mantendo a cabeça e o pescoço no
mesmo plano do corpo da vítima.

Limpe o nariz e a parte externa da boca


Abra a boca da vítima
Verifique se tem qualquer objecto estranho da boca

Caso hajam objectos estranhos, introduza o dedo


indicador na boca do paciente, retirando, com rapidez
num movimento firme e preciso, o material que esteja
obstruindo.
Imagem cortesia de wfku.net
Manobra de tracção do queixo (para
reposicionar a língua)

Apóie com uma das mãos a testa da vítima evitando


que a cabeça se mova;

Segure o queixo da vítima com o polegar e o indicador


da outra mão, traccione-o para cima e em seguida
efectue a abertura da boca.
Manobra de elevação da mandíbula
(para reposicionar a língua na presença
ou suspeita de lesão cervical)
Posicione-se atrás da cabeça da vítima;
Coloque as mãos espalmadas lateralmente a sua
cabeça, com os dedos indicadores e médios no
ângulo da mandíbula;
Posicione os dois dedos polegares sobre o mento
(queixo) da vítima;
Fixe a cabeça da vítima com as mãos, ao mesmo
tempo que eleva a mandíbula com os indicadores e
médios, abrindo a boca com os polegares
Procedimento para verificar a
respiração:
Certifique-se de que as vias aéreas estão
desobstruídas ou permeáveis;
Coloque o seu ouvido próximo à boca e narinas da
vítima e ao mesmo tempo observe o movimento do
tórax;
Ouça e sinta se há ar saindo pela boca e pelas
narinas da vítima. Veja se o tórax se eleva,
indicando movimento respiratório. Deve avaliar a
respiração por aproximadamente 10 segundos.
Se não houver movimentos respiratórios, isso indica
que houve paragem respiratória;
Se houver paragem respiratória deve imediatamente
passar reavaliar as vias aéreas para ver se não há
obstrução;
Caso as vias aéreas estejam permeáveis, mas a
paragem respiratória persita, proceda com a
respiração artificial (descrita abaixo)
Nota: ás vezes uma vítima nos primeiros
minutos duma paragem cardíaca apresenta
respirações agónicas (respirações ofegantes
súbitas e irregulares). Estas não devem ser
confundidas com respiração normal, e se
presentes deve iniciar ressuscitação cardio-
pulmonar imediatamente
Métodos de Respiração Artificial

Respiração boca-a-boca,
Respiração boca-a-nariz
Respiração boca-a-nariz-boca
Respiração boca-a-máscara
Imagens cortesia de Rama, Wikimedia Commons
Procedimento da Respiração Boca-a-
nariz-boca (aplicável em bebés e
crianças menores):
Coloque a vítima em decúbito dorsal.
Posicione uma mão sobre a testa da vítima.
Abra a boca, faça uma inspiração profunda e
coloque a sua boca na boca e nariz da vítima e
expire até sentir a expansão dos pulmões
Procedimento da Respiração Boca–a-
nariz

Coloque a vítima em decúbito dorsal.


Feche a boca da vítima e coloque a sua boca no
nariz da vítima e ventile.
Abra a boca da vítima para permitir a saída do
ar.
ASFÍXIA E SUFOCAÇÃO

A asfixia é definida como a falta de oxigénio


e/ou excesso de dióxido de carbono nos tecidos
do corpo, resultantes da impossibilitação das
trocas gasosas
Dependendo da gravidade da Asfixia, os
sinais podem ser:
Tosse
Sensação de opressão torácica
Respiração rápida e ofegante ou ruidosa
Cianose
Agitação ou letargia
Sensação de morte eminente
Convulsões
Depressão do nível de consciência
Asfixia de causa mecânica

Pode ser causada pelos seguintes factores:


Factores exógenos: traumas cervicais,
enforcamento, estrangulamento, corpos
estranhos nas vias aéreas, tumores compressivos
vizinhos.
Factores endógenos: crise asmática, edema da
laringe, espasmos da laringe (crupe, difteria),
broncoespasmos severos.
Asfixia de origem química:

Relacionada com a inalação de gases, vapores ou


outras substâncias químicas (exemplo: monóxido
de carbono, dióxido de carbono)
Asfixia por confinamento:

Resultante do acesso limitado ao ar devidamente


oxigenado. Ex:pode acontecer em locais com
superlotação de pessoas e insuficiente aeração.
Introdução à Extracção de Corpos
Estranhos
Não introduzir qualquer instrumento inadequado
para extrair o corpo estranho, caso não consiga
pelas manobras específicas de cada caso. Isto
porque na tentativa de retirar pode introduzir
ainda mais o corpo estranho.
Não introduzir o dedo na boca da vítima
consciente quando o corpo estranho não estiver
visível.
Encaminhar imediatamente a vítima à uma
unidade sanitária, caso não consiga expelir após
as manobras aplicadas.
manobras de remoção de corpos estranhos
das vias aéreas superiores
no contexto dos primeiros socorros são:
•Manobra de Heimlich;
•Extracção de objecto com dedo (quando
visível);
•Taponagem.
Se a remoção do corpo estanho não resulta em
estabelecimento da respiração natural devemos
iniciar rapidamente a respiração artificial
enquanto esperamos ajuda qualificada.
Crise Asmática

Asma é uma doença obstrutiva crónica das vias


aéreas por aumento da reactividade da mucosa
brônquica.
Dependo do nível de gravidade,
caracteriza-se por;
• Tosse seca e repetitiva;
• Sensação de opressão torácica;
• Dificuldade em respirar;
• Pieira (respiração sibilante, audível, ruidosa);
• Ansiedade;
• Pulso rápido, palidez e suores.
Conduta Que um Socorrista Deve
Adoptar Perante uma Crise Asmática
Solicitar apoio de um clínico ou ambulância,
enquanto aguarda ajuda;
Promover a tranquilidade do paciente de modo
a reduzir a angústia e a ansiedade;
Mantê-lo sentado ou em posição semi-Fowler
para facilitar a respiração.
Manter o ambiente arejado;
Contactar e informar a família.
Taponagem

Consiste em aplicar golpes entre as escápulas da


vítima com a mão.
Este procedimento pode ser aplicado com a
vítima sentada, em pé ou deitada.
Manobra de Heimlich:

É um procedimento que consiste em realizar


compressões a nível da parte superior do
abdómen, abaixo de apêndice xifóide, com
objectivo de desobstruir as vias aéreas
superiores.
Manobra de Heimlich em vítima consciente
Extracção de Corpo Estranho no Nariz

Mantenha a vítima com a boca fechada e


comprima a narina não afectada.
Solicite que a vítima tente expelir o ar,
ligeiramente, pela narina obstruída.
Encaminhe a vítima à unidade sanitária, caso não
consiga expelir o objecto.
Extracção de corpo estranho do
nariz
Extracção de Corpo Estranho na
Garganta
Encoraje a vítima a tossir para expelir o corpo
estranho pela boca, sem aplicar golpes.
Encaminhe a vítima à unidade sanitária, caso não
consiga expelir o objecto.
Para extracção de corpo estranho na garganta em
vítimas conscientes, também poderá ser aplicada
a manobra de Heimlich.
Não introduzir pinça ou outro instrumento para
extrair o corpo estranho, caso não consiga pelas
manobras descritas, encaminhe a unidade sanitária
mais próxima.
Tanto a técnica de taponagem como a de Heimlich
podem deslocar o corpo estranho, porém a vítima
pode não conseguir expeli-lo, sobretudo em
pacientes inconscientes, daí que o socorrista
deverá remover com os dedos.
A avaliação da circulação corresponde ao 3°
passo da avaliação primária da vítima (A, B,
Circulation*, D, E) no contexto dos primeiros
socorros.
A avaliação do pulso (radial, carotídeo e
femoral) deve ser feita após a avaliação das vias
aéreas e da respiração, e depois se necessário
proceder com:
– Ressuscitação Cardio-pulmonar - RCP
– Controle de hemorragias.
Procedimentos de Avaliação do Pulso
Incluem análise dos pulsos
Imagens cortesia de Dr. Thomas Gest,
University of Michigan
O enfarto do miocárdio

É uma emergência médica que ocorre quando


não há suprimento de oxigénio para o miocárdio
(músculo cardíaco) por estreitamento da artéria
coronária, por aterosclerose (lesão das artérias)
ou por oclusão completa da artéria provocada
por um trombo (coagulo sanguíneo).
Sinais e sintomas de um infarto do
miocárdio
Dor torácica irradiando para o lado esquerdo
•Dor no abdómen, ombro, braço ou mandíbula
•Fraqueza, náuseas
•Sudorese sem causa aparente,
•Palidez, ansiedade, agitação,
•Arritmia súbita com síncope (desmaio),
•Sinais e sintomas respiratórios resultantes de
edema pulmonar.
Massagem cardíaca

É um conjunto de manobras realizadas para


restaurar a circulação e os batimentos cardíacos
através de meios artificiais.
É frequentemente feito em conjunto com a
respiração artificial.
Indicações para aplicação de uma
massagem cardíaca
Ausência dos batimentos cardíacos (paragem
cardíaca);
Pulso fraco ou imperceptível;
Cianose acentuada.
Procedimento de ressuscitação cardio-
pulmonar (RCP)
Convulsões

São contracções musculares involuntárias


decorrentes da descarga excessiva e súbita dos
neurónios cerebrais.
As convulsões podem ser focais (quando envolvem
uma área específica do córtex), ou generalizadas
(quando envolvem regiões difusas do cérebro,
bilateralmente).
Sinais e sintomas
Perda da consciência e perda de tónus muscular
ou movimento.
Contracções musculares violentas ou rigidez,
generalizadas ou localizadas em parte do corpo
Pode ocorrer desvio dos olhos e eliminação de
saliva espumosa pela boca
Pode ocorrer palidez intensa e cianose nos lábios.
Pode ocorrer incontinência fecal ou urinária
(eliminação involuntária de fezes e urina).
Conduta do socorrista perante uma crise
convulsiva
Indicações de transferência ao hospital
Longos períodos de convulsão (com mais de 5 a 10
minutos de duração), em pacientes epilépticos
conhecidos.
Convulsões acompanhadas de febre, vómitos ou
outros sinais e sintomas.
Em casos de ser a primeira convulsão.
Prolongado estado de confusão mental após o
episódio.
Episódios recorrentes, com menor intervalo e mais
agressivos do que o habitual.
PERDA DE CONSCIÊNCIA

Diz-se que uma pessoa está inconsciente ou que


perdeu consciência quando não desperta e não
responde aos estímulos dolorosos, luminosos,
auditivos, visuais e outros.
causas mais frequentes de perda de
consciência são:
Convulsões (epilepsia, malária cerebral,
meningite), estado de choque, enfarto do
miocárdio, dor intensa, hipoglicémia, acidente
vascular cerebral, intoxicação (envenenamento,
drogas, alcoólicas e toxinas), embriaguez,
traumatismos cranianos, diabetes
descompensada.
medidas que um socorrista deve adoptar
perante uma vítima inconsciente são
Verificar se não há risco para si e para outras
pessoas não feridas.
Chamar ajuda e promover transporte para levar a
vítima à unidade sanitária.
Aproximar-se da vítima e verificar se está
consciente ou não.
Para tal, devemos verificar se
Responde à comunicação verbal: faça perguntas
simples, ou ministre comandos.
Ex: abra os olhos/ Como se chama?
Responde ao toque: movimente delicadamente a
vítima no ombro por exemplo;
Responde à dor: faça uma prega cutânea na pele
sobre o mamilo ou clavícula, e veja se há alguma
resposta ou movimento.
Se a vítima está inconsciente, não responde
nem ao estímulo verbal, nem ao toque e nem à
dor, devemos prosseguir com os seguintes
passos:
Mantenha arejado o local onde se encontra a
vítima e alivie a sua roupa;
Coloque a vítima em decúbito dorsal com a
cabeça em hiperextensão (manobra de extensão
da cabeça) para desobstruir as vias respiratórias
e facilitar a respiração, (manobra contra-
indicada nas vítimas com fractura da coluna
cervical);
Verifique se as vias aéreas estão permeáveis e
se necessário, proceda com a desobstrução;
Avalie a respiração e o pulso carotídeo ou
femoral.
Realize as manobras de respiração artificial ou
de massagem cardíaca, caso a vítima não respire
ou não tenha pulso, respectivamente;
Inicie as manobras de ressuscitação cardio-
pulmonar caso se confirme paragem
cardiorrespiratória.
Transporte a vítima imediatamente à unidade
sanitária. Continue com as manobras de
ressuscitação enquanto espera por ajuda e
durante o transporte da vítima.
Choque eléctrico

É a reacção do organismo perante uma passagem


da corrente eléctrica pelo organismo. As
manifestações clínicas são variáveis, pois
dependem da intensidade de energia eléctrica
(amperagem) que passa pelo organismo.
São as seguintes:
Mal-estar
Sensação de angústia
Náusea
Cãibras musculares nas extremidades
Parestesias (dormência, formigamento).
Ardência ou insensibilidade da pele
Escotomas cintilantes (visão de pontos
luminosos)
Cefaléia
Vertigem
Arritmias cardíacas (alteração do ritmo
cardíaco)
Falta de ar (dispneia).
Conduta específica perante um choque
eléctrico
Verificar se não há risco para si e para outras
pessoas não feridas.
Chamar ajuda e promover transporte para levar
a vítima à unidade sanitária.
Desligar a fonte de corrente eléctrica, antes de
prestar os primeiros socorros.
Se não for possível desligar a fonte eléctrica,
afastar a vítima do contacto com cabos eléctricos
usando objectos firmes, pouco condutores de
energia e secos (madeira, plásticos, ou borracha)
Colocar a vítima em decúbito dorsal com a
cabeça em hiperextensão (contra-indicado no
traumatismo cervical) para facilitar a respiração.
Avaliar a respiração e o pulso (carotídeo, radial
ou femoral).
Realizar as manobras de respiração artificial e de
massagem cardíaca, caso a vítima não respire ou
não tenha pulso, respectivamente.
Iniciar as manobras de ressuscitação cardio-
pulmonar caso se confirme paragem
cardiorrespiratória.
Inspeccionar a vítima para verificar se houve
queimaduras ou não.
Em caso de queimaduras proceder de acordo com
as normas de atendimento de vítimas de
queimadura.
Desligar o interruptor
Afastar a vítima da fonte eléctrica com pau
de madeira
Introdução
As feridas são resultado da agressão ao tecido
vivo.
São uma causa comum de afectação do estado de
saúde da população em geral, e uma das
principais causas de procura dos serviços de
urgência.
O não tratamento atempado das feridas pode
levar a complicações graves, como infecção,
choque hemorrágico (perdas de quantidades
elevadas de sangue).
Feridas
Feridas são lesões onde há destruição da pele ou
mucosa em razão da força de ação de um agente
externo.
É uma ruptura de continuidade de qualquer
estrutura (interna ou externa) do organismo,
resultante de agentes físicos (fricção, penetração
de corpos estranhos, impacto); químicos
(queimadura por substâncias corrosivas) ou
biológicos (mordeduras ou picadas de animais).
Por instrumento contundente

A ação contundente dá se pelo impacto:


•Instrumento activo contundente vai ao encontro da
vitima por exemplo um soco, um pontapé, uma
paulada, etc. ou quando o corpo vai ao encontro do
plano de impacto fixo e contundente.

As lesões causadas por instrumento contundente


podem ser: superficiais ou profundas:
a) Feridas Superficiais

1) Equimose
É um tipo de lesão causada nos primeiros vasos
sanguíneos ocasionando pequena infiltração de
sangue.

Inicialmente a pele fica avermelhada, depois


azulada (violeta); em seguida esverdiada e
amarela até desaparecer totalmente. fig77
2) hematoma
É uma lesão de maior nível.
O vaso sanguineo, junto à área atingida, começa a
libertar uma quantidade maior de sangue, de forma
que não há tempo hábil para que se infiltre no
tecido (trama tecidual) provocando um acúmulo de
sangue local. fig78.

3) bossa
Esta lesão ocorre quando há ruptura dos vasos
linfáticos, produzindo derrame liquído linfático
(linfa). Exemplo: bossa na cabeça da criança que
nasce de parto normal.
4) escoriação
É uma lesão na camada superficial da pele
caracterizada por arranhões.

O ser humano dispõe de um instrumento


escoreante natural a unha.
A simple penetração das unhas na pele forma um
desenho de uma meia-lua fig79-82.
5) Ferida contusa
É uma lesão provocada por forte impacto sobre a
pele. Ocorre um esmagamento da carne.
Caracterizando-se uma ferida de pordas irregulares,
e traves de carnes entre uma borda e outra seguidas
de hematomas fig 83
Lesões profundas

1) Fratura
vem a ser a ruptura de osso com a perda de
continuidade da estrutura osseas.
A perda ou a quebra de dentes também se configura
com a fractura.

2) luxação
Trata-se do desvio de uma articulação causando
alteracoçnas articulacoes nas estruturas naturais
destas partes osseas, luxacao do ombro. 84
Lesões viscerais
É o sangramento interno quando ocorre
vazamento de fluxo sanguineo para dentro da
cavidade visceral. Exemplo, baço, figado,
estomago, rins, bexiga etc.
Por instrumento cortante
A acao cortante ocorre por deslizamento do
objecto cortante, sobre o tecido epitelial onde o o
instrumento age atraves de seu gume. Entre os
instrumentos cortantes estao nevalha, lamina de
aco, facas, bem afiado, caco de vidro, folha de
flandre o sangramento interno quando ocorre
vazamento de fluxo sanguineo para dentro da
cavidade visceral. Exemplo, baço, figado,
estomago, rins, bexiga etc.
1) Ferida incisa

Suas bordas sao regulares e nao ha traves de


carne entre uma borda e outra, e nao ha
presenca de sinais de contusão

2) Lesão da defesa
E um ferimento ocasionado no intuito do
individuo defenderer-se contra uma agressao .
Ocorre no antebracos. Palma das mao e na
planta dos pes
Por instrumento cortocontundente
A acao cortocontundente ocorre pelo mecanismo da pressao. Sao instrumentos
que agem atraves do gume afiado e a lesao ocorre em vertude do peso do objecto
e aliado a forca do agente agressor. A ferida causada por um instrumento
cortocontundente chama-se cortocontusa. E uma ferida que corta e contunde e
uma lesao intermediaria por ter caracteristicas de ferida incisa e de ferida contusa
Quanto à ruptura ou não da pele
podem ser:
Fechadas: quando a lesão tecidual ocorre por
debaixo da pele, sem que haja ruptura da mesma.
Abertas: quando os tecidos ficam em contacto
com meio exterior, há ruptura da pele.
Quanto ao agente causador e
mecanismo de lesão, classificam-se em:
Perfuradas ou penetrantes: são lesões
penetrantes causadas por instrumentos
pontiagudos, como flechas, pregos, balas, arma
branca (navalha, facas).
Laceradas:

são lesões caracterizadas pela ruptura da pele


com bordos irregulares, causadas por
instrumentos com bordos irregulares, como
arame farpado, serrote, pedras, mordeduras de
animais.
Incisas

são lesões que apresentam bordos regulares e


bem delimitados, causadas por objectos cortantes
como lâminas, bisturis, arma branca, vidro,
metal afiado.
Escoriações

lesões da camada superficial da pele, resultantes


de atrito com uma superfície rígida e áspera,
arranhões, etc.
Pode haver ligeiro sangramento.
Contusas:

são causadas por objectos rombos (sem ponta)


ou trauma (queda, tropeçamento). A superfície
da pele não perde a sua integridade mas há
lesões nos tecidos abaixo da epiderme.
Exemplo: pancada de martelo, pedra.
Quanto à presença ou não de
microrganismos podem ser:
Assépticas: são feridas limpas, não infectadas
ou seja, não há presença de microrganismos.
Exemplo: ferida cirúrgica.
Sépticas: são feridas infectadas em que há
presença de microrganismos.
Exemplo: feridas causadas por acidentes.
Conduta a adoptar perante ferimentos
– primeiros socorros
Certifique-se de que não há perigo para si e para
outras pessoas não feridas.
Chame ajuda e promova o transporte para a
unidade sanitária.
Use equipamento de protecção individual
disponível.
Verifique se a vítima está consciente.
Caso não esteja consciente, proceda com as
manobras de avaliação primária (ABCDE).
Caso esteja consciente, acalme-a e coloque-a
numa posição confortável.
Para as escoriações, proceda da seguinte
forma:
Lave a ferida com água e sabão, seque-a com
um pano limpo ou compressa.
Verifique se há sangramento, caso haja, faça
um penso compressivo com pano limpo ou
compressa.
Proteja sempre a ferida com um pano limpo
ou compressa para evitar contaminação.
Para as contusões, proceda da seguinte
forma
Após lavar e secar a área ferida, proteja-a com
um pano limpo ou compressa,
Aplique compressas frias ou pachos de gelo
para reduzir a dor e edema.
Para as feridas penetrantes, incisas, ou
laceradas proceda da seguinte forma
Faça manobras de compressão (penso
compressivo ou pressão local) para controlar
hemorragia e evitar o choque hipovolémico
Eleve o membro afectado se for aplicável (contra-
indicado nas fracturas)
Cubra sempre as feridas com pano limpo ou
compressa durante o transporte da vítima para evitar
novos traumatismos e contaminação.
Não remova objectos encravados no corpo da
vítima como faca, bala, pau, etc, porque pode
provocar hemorragia grave ou lesionar os
nervos e músculos próximos da região
afectada.
Cubra o local para estabilizar o objecto
enquanto transporta a vítima à US.
Se o objecto encravado for comprido, apenas
corte-o para reduzi-lo de tamanho. Ao fazer o
curativo tenha o cuidado de mantê-lo estável.
No caso de ferimento no olho, apenas proteja
com compressa ou pano e encaminhe a vítima a
US.
Não tente repor os órgãos expostos, exemplo:
intestinos, fragmentos ósseos.
Cubra-os com panos limpos ou compressas e
mantenha-os humedecidos com água limpa até a
US.
O transporte para a unidade sanitária, deve ser o
mais breve possível.
Lembre-se de que a vítima pode ter ferimentos
internos e hemorragia.
Recomendações gerais:
Promova o transporte urgente da vítima à uma
unidade sanitária, pois as picadas dos insectos
podem levar uma vítima a um quadro clínico
grave dependendo da sensibilidade, localização e
da quantidade de picadas sofridas.
Sempre que possível, identifique bem o animal
implicado, ou leve-o à unidade sanitária, para que
o profissional de saúde possa estimar o risco e
administrar tratamentos específicos (quando
aplicável).
As condutas que um socorrista deve
adoptar perante uma vítima com picadas de
insectos tais como abelhas, vespas, etc. são:

Manter a vítima em repouso, solicitar o apoio de


um técnico e promover o transporte para uma
unidade sanitária para fins de tratamento.
Aplicar pachos frios com compressas geladas na
área afectada para aliviar a dor.
Retirar os ferrões dos insectos, caso consiga
visualizá-los.
A conduta que um socorrista deve
adoptar perante uma vítima com lesões
causadas por animais marinhos é:
Manter a vítima em repouso e solicitar o apoio
de um técnico ou transportar para uma unidade
sanitária para tratamento.
Controlar hemorragia, aplicando manobras de
compressão e imobilizar o membro.
A conduta que um socorrista deve adoptar
perante uma vítima com picadas de escorpiões e
aranhas são:
Manter a vítima em repouso e solicitar o apoio
de um técnico ou transportar para uma unidade
sanitária para tratamento.
Lavar o local com água corrente.
As condutas que um socorrista deve
adoptar perante mordeduras de cães,
gatos e ratos são:

A raiva é o maior risco que a mordida de um


animal pode trazer e os animais como cães e
gatos são os que mais contaminam ao homem. A
conduta a adoptar é a seguinte:
Manter a vítima em repouso e calma.
Lavar o local com abundante água e sabão.
Transportar a vítima para uma unidade sanitária
para tratamento, incluindo a vacina.
Reter o animal confinado, para observação
durante 10 dias.
A observação consiste em avaliar se desenvolve
sinais de raiva, e caso não tenha sinais até ao
final deste período pode ser solto, e a pessoa não
está em risco.
A conduta que um socorrista deve
adoptar perante uma vítima com
picadas de Cobras venenosas é a
seguinte:

Manter a vítima em repouso, não permitir que


faça movimentos para evitar que o veneno se
espalhe mais facilmente por todo o corpo.
Manter a vítima aquecida.
Limpar ou lavar o local afectado com água,
imobilize o membro e mantenha-o numa posição
mais baixa em relação ao resto do corpo (abaixo
do nível do coração).
Controlar a respiração e o pulso da vítima.
Transportar a vítima para uma unidade sanitária.
Contra-indicações

O socorrista não deve:


Fazer torniquete porque pode causar necrose do
tecido.
Deixar a vítima movimentar-se porque faz com
que o veneno se espalhe mais rápido.
Fazer incisões ou cortes no local da picada
porque pode favorecer infecções.
A conduta que um socorrista deve
adoptar perante uma vítima com
mordeduras de Humanos é a seguinte:

Tranquilizar a vítima e lavar o local com água e


sabão.
Fazer manobras de compressão para controlar
hemorragia.
Transportar a vítima à unidade sanitária.
Queimaduras

são lesões do corpo causadas pela acção, curta


ou prolongada, de temperaturas extremas (calor
ou frio).
Classificação das queimaduras

As queimaduras classificam-se quanto à


profundidade, extensão, localização, causa ou
agente causador.
Quanto a Profundidade podem ser

queimaduras de primeiro grau ou superficiais, de


segundo grau e de terceiro grau.
Queimaduras de 1º grau

Atingem a superfície da pele ou seja a epiderme.


Os sinais e sintomas imediatos são a
vermelhidão que desaparece após algumas horas,
edema e dor.
Nos dois ou três dias subsequentes ocorre a
descamação da pele do local lesionado,
acompanhada de prurido.
Queimaduras de 2º grau

Há destruição da epiderme e de uma parte da


derme.
Podem ser superficiais ou profundas,
dependendo do nível de afectação da derme.
Os sinais e sintomas são: aparecimento de
vesículas (bolhas), descamação da epiderme e
dor intensa. São lesões mais graves que as do 1º
grau.
Queimaduras de 3º grau
Há destruição total da epiderme e da derme e
pode atingir o osso.
São lesões graves e podem por em risco a vida
da vítima, sobretudo se atingirem uma grande
extensão do corpo.
Os sinais e sintomas são: dor ligeira ou indolor
devido a destruição das terminações nervosas,
lesões secas, esbranquiçadas ou com aspecto
carbonizado.
Quanto a extensão classificam-se
Região atingida Extensão

Cabeça 9%

Membros superiores 9% cada um

Pescoço e períneo 1%

Tórax e abdómen 18%

Costas e Região lombar 18%

Membros inferiores 18% cada um


Quanto a localização:

São consideradas queimaduras graves, as


seguintes: queimadura da face, mãos, pés, as
dobras das articulações e do períneo.
Causas

Térmico: através do calor, vapor, fogo, frio


excessivo.
Eléctrico: fenómenos naturais (raios) e industrial
(energia eléctrica).
Radiações: radiações naturais (sol) ou artificiais
(RX).
Químicos: soda cáustica, ácido sulfúrico.
Conduta perante uma vítima de
queimadura
Verificar se não há risco para si e para outras
pessoas não feridas.
Retirar a vítima do local de exposição.
Chamar ajuda e promover transporte para levar a
vítima à unidade sanitária.
Para as vítimas inconscientes, seguir os
princípios da ressuscitação dos traumatizados
(ABCDE) e agir segundo os achados.
Nas queimaduras do 1º e do 2º graus o
socorrista deve:
Acalmar a vítima e colocá-la numa posição
confortável.
Lavar a área queimada com água fria corrente ou
soro fisiológico.
Secar com delicadeza as lesões e proteger o local
com uma compressa ou pano limpo humedecido
com água fria, para aliviar a dor.
Nas queimaduras extensas do 1º, do 2º grau
e todas do 3º grau o socorrista deve:

Tirar a roupa ou acessórios do local afectado.


Arrefecer a área queimada com água morna
(para evitar hipotermia).
Caso haja roupa difícil de remover (aderida à
pele), não forçar e humedecer a área como água
limpa ou soro fisiológico (se disponível).
Cobrir o local com compressas ou panos limpos
(humedecidos).
Controlar a respiração e o pulso e transportar
imediatamente a vítima à US.
Em caso de queimaduras por agentes químicos,
irrigar a zona com água abundante por 15-30
minutos evitando a contaminação da pele
intacta.
Em caso de queimaduras por substâncias sólidas
(pós corrosivos), antes de lavar a área remover
com cuidado o remanescente do produto.
Indicações de transferência ao hospital

Em princípio todos os casos de acidentados


devem ser referidos à unidade sanitária, para
avaliação e conduta. No caso das queimaduras,
a única excepção à transferência para unidade
sanitária, são as queimaduras do 1º grau pouco
extensas.
ENTORSES, LUXAÇÕES E
FRATURAS
Entorse
É a ruptura parcial dos ligamentos ao redor de
uma articulação, que ajudam a ligar os ossos do
corpo.
Os locais mais comuns de entorses são

o punho, o tornozelo e o joelho.


As entorses variam em gravidade desde lesões
leves até mais graves que causam danos de todos
os tecidos ao redor da articulação.
Os sinais e sintomas são: dor intensa na
articulação afectada, edema, surgimento de
manchas arroxeadas na pele (caso tenha havido
rotura vascular).
A conduta que um socorrista deve
adoptar perante uma vítima de entorse é
Aproximar-se da vítima, colocá-la numa posição
confortável ou em decúbito dorsal e orienta-la a
não movimentar o membro afectado.
Aplicar compressas frias ou gelo no local
afectado (o gelo deve ser aplicado sobre um
pano ou compressa e não directamente sobre a
pele para evitar queimadura).
Luxação

é a perda (total ou parcial) da congruência


articular, ou seja, as superfícies articulares dos
ossos deixam de se tocar.
Geralmente ocorrem em simultâneo com
fracturas, e têm como principais sinais e
sintomas os seguintes: dor, deformidade
articular, impossibilidade de realizar movimento,
surgimento de hematoma.
A conduta que um socorrista deve
adoptar perante uma vítima de luxação é

Aproximar-se da vítima, colocá-la numa posição


confortável ou em decúbito dorsal e orienta-la a
não movimentar o membro afectado.
Chamar ajuda e promover transporte para levar a
vítima à unidade sanitária.
Para as vítimas inconscientes, seguir os
princípios da ressuscitação dos traumatizados
(ABCDE) e agir segundo os achados.
Imobilizar a articulação com uma tala
improvisada, sem tentar reposicioná-la, pois
pode agravar a lesão dos tecidos.
Encaminhar a vítima à unidade sanitária.
Fractura

é a solução de continuidade de um osso.


Classificam-se em fechadas e abertas.
Fracturas fechadas ou simples: são aquelas em
que a pele não foi perfurada pelas extremidades
ósseas ou seja a pele contínua íntegra.
Fracturas abertas ou expostas, são aquelas em
que o osso é exposto ou seja há perfuração da
pele.
As fracturas abertas são as mais graves porque
para além da perda de sangue ou hemorragia
também favorecem a penetração de
microrganismos que podem causar infecção.

Imagens cortesia da Clínica Deckers


Recomendações gerais

Nem sempre é fácil identificar uma fractura, por


isso perante suspeita, o socorrista deve tomar os
cuidados recomendados para as fracturas.
Sempre após os primeiros socorros, encaminhar
a vítima à uma unidade sanitária.
Antes e depois de fazer qualquer imobilização,
fazer a avaliação neurovascular (analisar artéria
da extremidade da parte atingida)
Conduta a ter perante fracturas:

Verificar se não há risco para si e para outras


pessoas não feridas.
Aproximar-se da vítima, colocá-la numa posição
confortável ou em decúbito dorsal e orienta-la a
não movimentar o membro afectado.
Chamar ajuda e promover transporte para levar a
vítima à unidade sanitária.
Para as vítimas inconscientes, seguir os princípios
da ressuscitação dos traumatizados (ABCDE) e
agir segundo os achados.
Expor o local afectado (cortar a roupa para
facilitar a execução dos procedimentos).
Imobilizar o membro afectado com talas
improvisadas (madeira, paus, etc) para manter o
local imóvel. O comprimento da tala deve
ultrapassar as articulações acima e abaixo da
fractura. Imobilizar na posição em que se
encontra.
Movimentar o membro o menos possível para
evitar dor e desconforto para a vítima.
Envolver as talas com ligaduras ou panos e
prender fazendo tiras (não no local da fractura).

Para as fracturas expostas:


Não tentar repor o osso
Cobrir o local afectado com compressa ou pano
limpo, antes de colocar a tala para imobilizar.
Para imobilizar os membros inferiores são
necessárias duas talas.
As vítimas destas fracturas não devem
locomover-se.
O socorrista deve solicitar transporte ou maca
(também pode ser improvisada).
Ao imobilizar os membros superiores e
inferiores os dedos devem estar visíveis, para
observar qualquer alteração dos mesmos
(cianose, edema).
Nas fracturas do antebraço deve-se providenciar
uma tipóia, da seguinte forma:
Dobrar um lenço em triângulo, envolvê-lo no
antebraço e fechar as pontas atrás do pescoço.
Nas fracturas do braço, clavícula, omoplata,
lesões do ombro ou do cotovelo imobilizar da
seguinte forma:
Colocar o braço da vítima na parte frontal do
corpo ao nível do peito.
Sustentar o braço com um pano em formato
triangular e prendê-lo atrás do pescoço.
Amarrar um pano ou ligadura em torno do tórax,
para fixar melhor o braço.
Nos casos de fracturas da coluna, costelas, fémur,
bacia o risco de lesão de órgãos internos é maior. O
socorrista deve:
Manter a vítima em decúbito dorsal, imóvel,
coberta.
Reavaliar a respiração e o pulso. Fazer massagem
cardíaca e ventilação artificial, se necessário.
Evitar movimentar ou manipular a vítima, enquanto
se espera pelo transporte, porque pode agravar
lesões internas. As vítimas com suspeita de lesão da
coluna cervical devem ser transportadas deitadas
em decúbito dorsal e com o pescoço imobilizado.

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