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Infecções e Desinfecções

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Infecções e Desinfecções

Andréia Paula
Infecção Comunitária
 Infecção constatada ou em incubação na
internação do paciente, desde que não relacionada
com internação anterior no mesmo hospital.
 São também consideradas comunitárias:
◦ infecção associada a complicação ou extensão de
infecção já presente na admissão do paciente;
◦ infecção em paciente proveniente de outro hospital, a
menos que haja troca de germe ou forte indicação de
aquisição de nova infecção.
◦ Infecção congênita em recém nascido
◦ infecção em recém nascido de mãe com bolsa rota há
mais de 24 horas.
Infecção Hospitalar
 Infecção adquirida após a internação, ou mesmo após a
alta, quando puder ser relacionada com a internação ou
procedimentos hospitalares.
 São também consideradas hospitalares:
◦ infecção manifestada após 72 horas da internação, quando
não se conhecer o período de incubação do germe ou não
houver evidência clínica e/ou laboratorial de infecção no
momento da admissão.
◦ Infecção manifestada antes de 72 horas da internação, quando
associada a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos
realizados depois da internação.
PRINCIPAIS CONCEITOS EM INFECÇÃO HOSPITALAR

CONTAMINAÇÃO
Presença transitória de microrganismos em superfície sem invasão tecidual ou relação de
parasitismo. Pode ocorrer em objetos inanimados ou em hospedeiros.
Ex: Flora transitória das mãos.

COLONIZAÇÃO
Crescimento e multiplicação de um microrganismo em superfícies epiteliais do
hospedeiro, sem expressão clínica ou imunológica.
Ex: Microbiota humana normal.

INFECÇÃO
Danos decorrentes da invasão, multiplicação e ação de produtos tóxicos de agentes
infecciosos no hospedeiro, ocorrendo interação imunológica.

INTOXICAÇÃO
Danos decorrentes da ação de produtos tóxicos que também podem ser de origem
microbiana.
Ex: Toxinfecção alimentar.
PORTADOR
Indivíduo que alberga um microrganismo específico, sem apresentar quadro clínico atribuído ao
agente e que serve como fonte potencial de infecção.

DISSEMINADOR
É o indivíduo que elimina o microrganismo para o meio ambiente. Pode se tornar um
disseminador perigoso quando passa a ser fonte de surtos de infecção. Sendo um profissional de
saúde, deve ser afastado das atividades de risco até que se reverta a eliminação do agente.

INFECÇÃO HOSPITALAR (IH)


É aquela adquirida após a admissão do paciente, que se manifesta durante a internação ou após a
alta e que pode ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.

Diagnóstico das IH:


1- Princípios:
- Evidência clínica
- Exames laboratoriais
- Evidências de estudos com métodos de imagem
- Endoscopia
- Biopsias
 Diagnóstico das IH:
◦ Critérios Gerais:
◦ Quando na mesma topografia da infecção comunitária for isolado um outro germe,
seguido de agravamento das condições clínicas do pacente.
◦ Infecção que se apresenta >72 horas após a admissào, quando se desconhece o
período de incubação e não houver evidência clínica e/ou laboratorial no momento
da admissão.
◦ São também convencionadas IH, as que aparecem antes das 72 horas na internação
quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos do período.

 INFECÇÃO COMUNITÁRIA (IC)


◦ É aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não
relacionada com a internação anterior no mesmo hospital.

 São também IC:


◦ Infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente
na admissão, a menos que haja troca de microrganismos.
◦ Infecção do RN cuja aquisição por via placentária é conhecida e tornou-se evidente
logo após o nascimento. Ex: toxoplasmose, herpes simples.
◦ Infecção do RN associada à bolsa rota >24 horas.

 INFECÇÃO PREVENÍVEL
◦ É aquela em que a alteração de algum evento relacionado pode implicar na prevenção
da infecção. Ex: Infecção cruzada.
INFECÇÃO NÃO PREVENÍVEL
É aquela que acontece a despeito de todas as precauções tomadas.

INFECÇÃO ENDÓGENA
É a infecçào causada pela microbiota do paciente.

INFECÇÃO EXÓGENA
É a infecção que resulta da transmissão a partir de fontes externas ao paciente.

SUPER INFECÇÃO
Quando há troca do agente etiológico na mesma topografia. Não deve ser confundida a
colonização que ocorre em pacientes graves hospitalizados com super infecção.

INFECÇÃO METASTÁTICA
É a expansão do agente etiológico para novos sítos de infecção.
CLASSIFICAÇÀO DAS CIRURGIAS
QUANTO AO POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÀO
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
Número de microrganismos presentes no tecido a ser operado.

CIRURGIA LIMPA
- Não ocorre penetração no trato digestivo, respiratório ou urinário.
- É realizada em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação.
- Ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou de falhas técnicas grosseiras.

CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA


- Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação
significante.
- É realizada em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de
difícil descontaminação.
- Ausência de processo infeccioso e inflamatório; com falhas técnicas descritas no
transoperatório.
- Cirurgia com drenagem aberta.
CIRURGIA CONTAMINADA
- Cirurgia de obstrução biliar ou das vias urinárias.
- Cirurgia em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por
flora bacteriana abundante cuja descontaminação seja difícil ou impossível.
- Ocorrência de falhas técnicas grosseiras.
- Ausência de supuração local.
- Inflamaçào aguda na incisào e cicatrizaçào de segunda intenção.

CIRURGIA INFECTADA
É toda intervenção cirúrgica realizada em qualquer tecido ou órgão em
presença de processo infeccioso (supuração) e/ou tecido necrótico.
PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (PCIH)
Conjunto de ações desenvolvidas -> redução máxima da incidência e da
gravidade das IH.

COMISSÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CCIH)


Órgão de assessoria da direção da instituição composta por profissionais de
nível superior, formalmente designados, constituída por:
- Membros Consultores (representantes dos serviços médico, de enfermagem,
farmácia hospitalar, laboratório de microbiologia e da administração do
hospital).
- Membros Executores (obedecendo à relação de 2 técnicos de nível superior-
> 200 leitos, sendo um dos membros preferencialmente da enfermagem).

CCIH EM HOSPITAIS COM LEITOS DE PACIENTES CRÍTICOS (UTI,Berçário de


Alto Risco, Queimados, Transplantados, Hemato-Oncológicos, AIDS)
Membros Executores-> acrescidas 2 horas/semana de trabalho para 10 leitos
ou fração.
Conheça a CCIH...
 1963 – Criada a primeira CCIH (Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar) – Hospital Ernesto Dorneles, no
Rio Grande do Sul
 1972 – 1976 – instituídas portarias determinando a
criação e a organização de CCIH nos hospitais do
Instituto Nacional da Previdência Social – INPS
 Publicado a Portaria 196 do Ministério da Saúde, de 24
de junho de 1983 – “todo hospital, independente da
entidade mantedora, parte ou especialidade, deveria
constituir comissão de controle de infecção”.
 Portaria 140, de 8 de abril de 1987 – Criada a Comissão
Nacional de Infecção Hospitalar
 Portaria 930 do Ministério da Saúde, de 27 de agosto de 1992 – “todos os
hospitais do país, além das Comissões, deveriam também constituir Serviços
de Controle de Infecção Hospitalar, compreendendo, pelo menos, um médico
e uma enfermeira para cada 200 leitos”. Portaria estabeleceu critérios para o
diagnóstico das IH, métodos de vigilância epidemiológica e normas para
limpeza, desinfecção, esterilização e anti-sepsia
 Lei 943/97 Ministério da Saúde do Brasil “obriga os hospitais a manterem um
programa de Controle de Infecções Hospitalares para redução máxima
possível da incidência e gravidade das infecções hospitalares”
 Portaria 2.616, de 12 de maio de 1998 – “para a adequada execução do PCIH,
os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar,
órgão de
assessória à autoridade máxima da instituição - Membros da Comissão
Executiva e Membros da Comissão Consultiva.
 2004 - Portaria 2.529 – cada hospital deverá implantar o Núcleo
Hospitalar de Epidemiologia (NHE), que irá trabalhar em parceria com a CCIH.
Cabe à CCIH do hospital:
Implantar um sistema de vigilância
epidemiológica das infecções hospitalares
(IH);
Implementar, adequar e supervisionar
normas e rotinas técnico-operacionais,
visando à prevenção e ao controle das IH;
Capacitar o quadro de funcionários e
profissionais da instituição no que diz
respeito à prevenção e ao controle das IH;
Racionalizar o uso de antimicrobianos,
germicidas e materiais médico-hospitalares.
A proteção dos funcionários e pacientes gira em
torno da prevenção de infecções hospitalares e
ambientais, de infecções resistentes aos
antibióticos e de infecções causadas pelos
microrganismos transmitidos pelo sangue, bem
como a identificação dos pacientes contagiosos.
A desinfecção do ambiente no qual se encontra
o paciente ajuda a evitar a disseminação da
infecção. Técnicas de isolamento apropriadas
devem ser implementadas, logo que estiverem
indicadas.
MEDIDAS GERAIS DE CONTROLE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR
 Procedimento básico (Profissional)
Evitar o uso de jóias – São possíveis fontes de germes
Não sentar no leito do doente
Manter os cabelos presos
Manter o avental sempre abotoado
Lavar sempre as mãos:
Após qualquer trabalho de limpeza
Após a utilização da papeleta
Ao verificar sujeira visível nas mãos
Antes e após utilizar o banheiro
Após tossir, espirrar ou assoar o nariz
Antes e após atender o paciente
Após o término do dia de trabalho
Não reencapar a agulha
 Acidente com perfurocortantes:
Lavar o local com água corrente
Não “espremer”
Comunicar imediatamente a C.C.I.H. e CIPA
Caso seja necessário, Iniciar a quimioprofilaxia
mais rápido possível (entre 2 horas do ocorrido)
Procedimentos básicos-Pacientes
Admitir o paciente para a enfermaria certa
Manuseá-lo com luvas, caso necessário
Puncionar veia com luvas de procedimento
Verificar a pele do paciente e limpeza
Orientar o acompanhante
Preparar material necessário para só um paciente
Esparadrapo, um para cada finalidade
Luvas só calçar na hora do procedimento
Máscaras de nebulização – retirar logo após o uso
Esvaziar vidro de aspiração
Trocar os “cadarços” diariamente, ou quantas forem necessário
Lavar sempre as mãos
• Procedimento básico - Paciente
Não cobrir ampola de medicação com fitas
Não deixar medicação perto de material de curativo
Desprezar o lixo no destino certo
Separar o deposito de perfurocortante da pia
Caso de caso de suspeita de doença infecto
contagiosa comunicar imediatamente a CCIH
Não ter medo do paciente, e se em suas mãos
Como profissional de saúde,
você pode ajudar a virar a luta
contra as infecções
aprendendo tudo que puder
sobre infecção e aperfeiçoando
suas práticas durante a
assistência aos pacientes.
Uso Racional de
Antimicrobianos na Prática
Hospitalar

Thaís Lôbo Herzer


Uso Racional de Antimicrobianos
 Definição

 Histórico – do princípio até atualidade...

 Porque racionalizar?

 Como racionalizar?
Uso Racional de Medicamentos
 Indicação apropriada
 Droga apropriada
 Administração adequada
 Dose adequada
 Duração adequada
 Menor custo ao paciente e à comunidade
 Escolha empírica adequada
 Ajuste após cultura

WHO, Nairobi, 1985, Rational use of drugs:


Report of the conference of experts, Nairobi 1985.
Antimicrobianos
 Substâncias naturais ou sintéticas que
agem sobre microorganismos inibindo o
seu crescimento ou causando a sua
destruição.
Antimicrobianos
Antibióticos
Penicilinas Clindamicina
Cefalosporinas Metronidazol
Aminoglicosídeos Cloranfenicol
Tetraciclinas Carbapenêmicos
Macrolídeos Monobactamicos
Sulfonamidas Inibidores de Betalactamase
Quinolonas Linezolida
Rifamicinas Streptograminas
Glicopeptídeos Polimixina ...
Antimicobactericidas
Antivirais
Antiretrovirais
Antifúngicos
Mecanismos de Ação ATB
Histórico

 1928 – Fleming descobre a penicilina


 1939 – Inicia-se uso clínico  2ª Guerra
Mundial
 1940 – Howard Florey e Ernst Chain 
produção em escala industrial.
“A era dos antibióticos.”
 1956 – Jawetz reconhece os problemas
causados pela atração dos antibióticos e
propaganda da indústria farmacêutica.

Jawetz E. Antimicrobial chemotherapy. Annu Rev Microbiol. 1956;


10:85
Histórico
 Introdução de novas classes de
antimicrobianos com concomitante aumento
do uso inapropriado.
 Cerca de 50% dos medicamentos usados no
mundo são prescritos, dispensados, vendidos
ou usados de uma maneira inapropriada.
 66% antibióticos são vendidos sem receita.

World Medicines Situation, WHO 2004


Histórico
 ⅓ pacientes hospitalizados recebe curso de
ATB
◦ 50% inapropriado ou desnecessário
 Os antimicrobianos são a 2ª classe de drogas
mais utilizada

Maki DG, Schuma AA. A study of antimicrobial misuse in a university


hospital. AM J Med Sci.1978; 275-271
Scheckler WE, Bennett JV. Antibiotic use in 7 community hospitals.
JAMA. 1970; 213:264
Histórico
 Custos com antimicrobianos podem somar
tanto quanto 30-50% do total dos gastos com
medicamentos em um hospital

 30% dos dias de ATB são desnecessários

Hecker MT, Aron DC, Patel NP, et al. Unnecessary use of


antimicrobials in hospitalized patients. Arch Int Med. 2003;
163:972-78
Histórico

 Em unidades cirúrgicas: 38 a 48% dos


pacientes com ATM não tinham evidência
de infecção
Kunin. Ann Intern Med 1973;79:555-60

 Em hospitais brasileiros o uso incorreto é


cerca de 50%

Marangoni 1979; Martins 1981; Cardo 1989


Causas da prescrição errônea dos
Antimicrobianos
 Pressão da comunidade para prescrição
de drogas
 “ O melhor Tratamento”
◦ Amplo espectro e Alto custo
 Dose inapropriada
◦ “Maior dose e tempo é ainda melhor”
 Uso de múltiplos ATB ou ATb de espectro
extendido
◦ Substitui avaliação diagnóstica
Causas da prescrição errônea dos
Antimicrobianos
 Profilaxia inapropriada
◦ 30% dos pctes hospitalizados que recebem ATB
◦ Dados limitados e conflitantes
◦ 80% fazem mais de 48h

 Custo e falta de disponibilidade de exames


complementares
 Insuficiência de formação técnica nos
cursos de medicina
Shapiro M, Townsend TR, Rosner B, et al. Use of antimicrobial drugs
in general hospitals: Patterns of prophylaxis. N Engl J Med. 1979;
301:351
Causas da prescrição errônea dos
Antimicrobianos
 Falta de reciclagem dos médicos em relação
ao diagnóstico e tratamento de infecções
comunitárias e hospitalares
 Crença de que “pode fazer algum bem e é

improvável que cause danos”


Causas da prescrição errônea dos
Antimicrobianos
 Pressão da Indústria Farmacêutica
◦ “Soluções fáceis”
GINKGO BILOBA - O elixir da juventude
Embora nada possa nos fazer viver para sempre, a natureza tem
nos dado uma erva incrível que pode retardar o processo de
envelhecimento e pode ajudar a sermos mais saudáveis e
enérgicos. 
Estudos confirmam:
GINKGO BILOBA ajuda aumentar a circulação do sangue e o
oxigênio para o cérebro, deste modo inibindo a perda de
memória, sem haver nenhum efeito colateral na administração
de qualquer dosagem. 
GINKGO BILOBA também é usado nos problemas de artrite e
reumatismo, problemas oftalmológicos...
GINKGO BILOBA produz energia mental, melhorando a falta de
memória; ativa as funções mentais e retarda a perda de audição
Terapia Combinada
 Terapia combinada (sinergismo)
◦ In vitro x In vivo
◦ Maior parte dos estudos e meta-análises não
mostram superioridade da terapia combinada sobre
a monoterapia.
Terapia Combinada
Terapia Combinada

Uso combinado de antimicrobianos. Comitê de antimicrobianos


da Sociedade Brasileira de Infectologia
Qual a Situação?
Efeitos:
• Diminuição da eficácia dos • Aumento da resistência
tratamentos
• Aumento dos custos diretos e
• Aumento do tempo de indiretos
internação
• Aumento da Mortalidade

Problema Central: USO INAPROPRIADO ANTIMICROBIANOS

Causas:
Falta de
Mal uso pela Falta de Políticas Falta dados
conscientização
comunidade ou seu exatos e
dos Profissionais
cumprimento completos
de Saúde

Prescrição Falta de controle


Pressão da na qualidade de
Inapropriada Indústria medicamentos
Porque racionalizar o uso de
Antimicrobianos?
 Resistência Bacteriana
◦ Pressão Seletiva
◦ Indução de Resistência

 Efeitos Adversos

 Custos elevados em saúde


Evidências da associação entre o uso
de antimicrobianos e resistência:
 Equivalênia direta: mudanças no uso de
antimicrobianos e a prevalência de
resistência
 Pacientes com cepas resistentes mais
freqüentemente receberam previamente
antibióticos
 Resistência antimicrobiana é maior no
ambiente hospitalar que na comunidade
 Áreas dentro do hospital com maiores taxas
de resistência também apresentam maior
consumo de antimicrobianos (UTI)

SHEA position paper. Infect Control Hosp Epidemiol 1997;18:275


Mecanismos Bacterianos de
Resistência
 Redução da concentração intracelular do ATB

◦ Diminuição da permeabilidade MB (Pseudomonas


resistente à carbapenêmicos)

◦ Bomba de efluxo (macrolídeos, as quinolonas, os


-lactâmicos e o cloranfenicol)
Mecanismos Bacterianos de
Resistência

 Inativação do ATB
◦ Produção de enzimas inativadoras (Beta-
lactamases: ESBL – enterobactérias, AmpC -
Enterobacter spp e Citrobacter freundii)

 Modificação ou eliminação do sítio de ação


do ATB (PBP, ribossomo)
Mecanismos Bacterianos
Transferência de Resistência
Resistência

plasmidial
Mutação Genética
Transposons:

segmentos de DNA
com grande
mobilidade
Resistência Bacteriana no Brasil

• S. aureus
OXACILINA
• SCN
• Klebsiella
CEFALOSPORINAS
• E. coli
• B. cepacia
• P.aeruginosa
• S.malthophilia CARBAPENÊMICOS

• Acinetobacter

Mendes, E.R. et al.,BJID 2003; 7 (October): 282-89


Resistência Bacteriana no IJF

• Perfil de sensibilidade de
antimicrobianos no CTQ-IJF (2004-
2006):
–Oxacilina(45,10%) –Cefepime(64%)
–Gentamicina(52,83%) –Quinolona(69,84%)
–Amicacina(54,25%) –Imipenem(63,71)
–Ceftazidima(45,45%) –Vancomicina (100%)

SILVA,M.C.C.;MATOS FILHO,J.C.;FURTADO,F.V.S.;PACHECO,J.S.
Análise das Infecções Hospitalares num Centro de Tratamento de
Queimados: um estudo retrospectivo. VI Congresso Pan-americano
e X Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia
Hospitalar (Poster)
Novos antibióticos aprovados pelo
FDA a partir de 1998

Droga Ano de Novo mecanismo


aprovação de ação

Rifapentina 1998 Não


Quinupristin-dalfopristin 1999 Não
Moxifloxacina 1999 Não
Gatifloxacina 1999 Não
Linezolida 2000 Sim
Cefditoren pivoxil 2001 Não
Ertapenem 2001 Não
Gemifloxacin 2003 Não
Daptomicina 2003 Sim

Spellberg. Clin Infect Dis 2004;38(9):1279


COMUNIDADE

HOSPITAL
HOSPITAL

UTI
Disseminação de
bactérias Taxas elevadas de
multiresistentes IH e resistência
bacteriana

Archibald. Antimicrobial resistance in isolates from inpatients and


outpatients in the United States: increasing importance of the
intensive care units. Clin Infect Dis 1997;24(2):211-5
Efeitos Adversos
 EUA 1994: 48.000-98.000 óbitos
atribuíveis a eventos adversos a
medicamentos.
 8ª causa de morte nos EUA
 Eventos adversos a drogas são o
tipo mais freqüente de evento
adverso não cirúrgico (20%)

Bonn, 1998
Efeitos Adversos por Classe de
Drogas

Medical Care, 38:261-271,2000.


Síndrome de Steven-Johnsons
Níveis de Controle

Importação Exportação

Produção doméstica CONTROLE


GOVERNAMENTAL

Uso em humanos

Hospitais Farmácias CONTROLE


INSTITUCIONAL
Prescrição médica

CONTROLE
Paciente/Consumidor EDUCACIONAL
Uso Racional de Antimicrobianos no
Brasil
 Ministério da Saúde (portaria 930, 1992)

◦ Estabeleceu a obrigatoriedade do Programa de


Racionalização de Antimicrobianos dentro das
Comissões de Controle de Infecção Hospitalar

◦ ANVISA: Comitê Técnico Assessor para Uso


Racional de Antimicrobianos e Resistência
Microbiana (CURAREM)
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/index.htm
Como instituir política de uso
racional de Antimicrobianos?
 Otimizar o uso de ATM na profilaxia
cirúrgica
 Otimizar a escolha e duração da terapia
antimicrobiana empírica
 Desenvolver protocolos para o uso de ATM
(guidelines)
 Melhorar a forma de prescrever ATM por
meio da educação
 Restrição do uso de ATM
 Monitorar e promover feedback das taxas
de resistência antimicrobiana
Goldman. JAMA 1996;275:234-40
SHEA position paper. Infect Control Hosp Epidemiol 1997;18:275
Nouwen JL. Clin Infect Dis 2006:42:776-7
Esquema Empírico
• Identificar o sítio de infecção
• Determinar qual a microbiota prevalente
– topografia, porta de entrada, faixa etária do cliente,
co-morbidades, internações ou cirurgias prévias,
ambiente de surgimento da patologia
• Estipular gravidade do caso
• Reação alérgica prévia
• Avaliar presença de contra-indicações
– gestação, faixa etária, outras medicações em uso,
insuficiência renal, insuficiência hepática.
• Colher material para investigação do agente
etiológico

Machado, 2002
Flora bacteriana por
topografia
TOPOGRAFIA MICROBIOTA ESPERADA
BOCA e DENTES Staphylococcus, Streptococcus, espiroquetas, actinomiceto, bacteróide,
fusobactéria, fungos.
SEIOS PARANASAIS Streptococcus, Haemophilus influenzae, actinomiceto, bacteróide,
fusobactéria, peptococo, Propionibacterium.
GARGANTA Staphylococcus, Streptococcus, Haemophilus, Corynebacterium,
Neisseriae, Fusobacterium, Bacteróides, Candida.
FLORA CUTÂNEA Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium, Propionibacterium,
Micrococci, fungos.
INTESTINO DELGADO Enterobactérias, Enterococcus, fungos.
INTESTINO GROSSO Enterobactérias, enterococcus, fungos, actinomiceto, Bacteróides,
Clostridium, bifidobactéria.
FLORA VAGINAL Lactobacilo, Streptococcus, corinebactéria, micoplasma, peptococo,
actinomiceto, fungos.
PERÍNEO e URETRA Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium, Propionibacterium,
fungos, micoplasma, actinomiceto, Bacteróides, Clostridium.

Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. COORDENAÇÃO


ESTADUAL DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR .
RECOMENDAÇÕES PARA O USO ADEQUADO DOS ANTIMICROBIANOS
.
Esquema Empírico

• Escolher o antimicrobiano:
– Restringir a cobertura antimicrobiana ao
agente etiológico mais provável
– Penetração e a concentração adequada no
sítio de infecção
– Menor toxicidade
– Menor indução de resistência
– Posologia mais cômoda
– Via de administração mais adequada
– Menor custo

Machado, 2002
Esquema inicial inapropriado
Terapia Empírica Mortalidade (%)
Inadequada
52
Adequada
• Risco relativo de mortalidade em
pacientes com terapia inadequada
12
= 4,3 (IC 95% 3,5–5,2)
• Análise multivariada: fator de risco
independente mais
importantemente relacionado ao
óbito
Kollef et al. Chest 1999;115:462–474
Técnicas de Racionalização
do uso de Antimicrobianos
 Medidas educativas
◦ Aulas, conferências, treinamentos em grupo ou individuais,
impressos, elaboração de protocolos
◦ Consulta a especialista

 Medidas restritivas
◦ Formulário de Restrição
◦ Antibióticos de uso restrito
◦ Justificativa por escrito
◦ Alertas e suspensão pelo computador
◦ Sistemas de suporte decisional
◦ Rodízio de antimicrobianos
◦ De-escalonamento de ATM de acordo com antibiograma
Formulário de restrição
 Não pode prejudicar o paciente
 Respaldo Ético
Parecer CFM 32/1999
“Não configura ilícito ético a exigência de
preenchimento de ficha de liberação de
antibiótico pela CCIH”
 Modelos
◦ Ficha de restrição
◦ Controle em tempo real
 1987- Woodward:
• Economia de $34.597,00/mês
• Uso inadequado de ATM: 37%  2%
Antiobióticos de uso restrito
 Selecionados por cada Hospital: medicações de
amplo espectro, indutores de resistência e de alto
custo.
◦ Cefalosporinas de 2a Geração
◦ Cefalosporinas de 3a Geração
◦ Cefalosporinas de 4a Geração
◦ Vancomicina
◦ Teicoplanina
◦ Carbapenens
◦ Levofloxacina
◦ Aciclovir EV
◦ Fluconazol EV
◦ Polimixina B
◦ Ampicilina/Sulbactam
◦ Piperacilina/Tazobactam
◦ Linezolida
De-escalonamento

 Sempre que
necessário pedir
cultura

 Trocar ou
interromper ATM
após resultado do
antibiograma
◦ Dirigir o tto ao
patógeno evidenciado

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