Poster MT-1
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Introdução: O trabalho em agencias bancarias tem sofrido profundas mudanças a partir de 1990 devido ao
processo de reestruturação pelo qual passou o sistema financeiro. A informatização acarretou em alterações
qualitativas notrabalho dos bancários, que digitam menos e tem tarefas mais compartilhadas. O trabalho
bancário muitas vezes implica em posições monótonas, utilização da musculatura predominantemente de
MMSS e movimentos repetitivos e contínuos, além de pressão psicológica por metas.
Metodologia: Estudo transversal entre abril e agosto de 2009. A população estudada foi de bancários
pertencentes a rede publica e privada de Porto Alegre. A amostra foi composta de maneira a refletir as reais
proporções na população de bancários de Porto Alegre. Modelo de regressão de Poisson foi utilizado para
descrever a associação entre os desfechos sintomas de MMSS e os preditores.
Resultados: Um total de 356 indivíduos A prevalência de sintomas em membros superiores foi de 56,5% (210)
em toda a amostra. A prevalência entre as mulheres (35%) foi maior do que entre os homens (21,4%).
Dentre aqueles com sintomas em MMSS, 62,1% (126) relacionam o sintoma com atividades que realizam no
trabalho. 56,2% ( 194) não fazem pausas, a exceção do almoço, 17,1%(59) trabalham mais de 8 horas
diárias.
RP IC 95% RP IC 95%
Idade
Horas de trabalho
Monotonia no trabalho
Conclusão:A prevalência de sintomas em MMSSfoi elevada, porem com diferentes fatores associados aos
desfechos. A existência, ou não, de pausas e de horas extras, o tempo de trabalho no banco e a função
exercida não se associaram nessa população com os sintomas em MMSS. Hoje os aspectos psicossociais da
sobrecarga parecem prevalecer, necessitando novos estudos longitudinais para avaliar as hipóteses
levantadas.
Referências: Censo bancário, 1997; Brandão, Horta et al., 2005; Lacerda, Nacul et al. 2005; Oliveira e Campello, 2006.