Transtornos Alimentares
Transtornos Alimentares
Transtornos Alimentares
alimentares
PROFA. ESP. RAIANE DA COSTA REIS
PSICÓLOGA CRP 22/03974
Transtornos alimentares descrevem doenças que são
caracterizadas por hábitos alimentares irregulares e sofrimento
grave ou preocupação com o peso ou a forma do corpo.
Os distúrbios alimentares podem incluir ingestão inadequada
ou excessiva de alimentos, o que pode, em última instância,
prejudicar o bem-estar de um indivíduo.
As formas mais comuns de transtornos alimentares incluem
Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e Transtorno da Compulsão
Alimentar e afetam tanto mulheres quanto homens.
Transtornos alimentares podem se desenvolver durante
qualquer fase da vida, mas geralmente aparecem durante a
adolescência ou na idade adulta jovem.
Embora essas condições sejam tratáveis, os sintomas e
consequências podem ser prejudiciais e mortais se não
forem abordados.
Transtornos alimentares comumente coexistem com
outras condições, como transtornos de ansiedade, abuso de
substâncias ou depressão.
O comportamento alimentar, apesar de sua aparente banalidade na vida
cotidiana, é um fenômeno humano complexo e de muita importância.
Segundo Bernard e Trouvé, o comportamento alimentar inclui algumas
dimensões complementares:
Dimensão fisiológico-nutritiva: aspectos do metabólicos, endócrinos e
neuronais, que regulam a demanda e a satisfação das necessidades
nutricionais;
Dimensão psicodinâmica e afetiva: a fome e a alimentação vinculam-se à
satisfação e ao prazer oral. Prazer alimentar oral, segundo a Psicanálise, uma
conotação nitidamente pulsional.
Dimensão relacional: no desenvolvimento da criança, a boca é o mediador da
primeira relação interpessoal; a relação mãe-bebê. A incorporação oral pode
representar, simbolicamente diversas coisas: o amor, a destruição,
apropriação do objeto amado.
Tipos de transtornos alimentares
Anorexia nervosa
A anorexia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por uma
busca incessante pelo emagrecimento, uma imagem corporal distorcida,
um medo extremo da obesidade e a restrição do consumo de alimentos,
que resultam em um peso corporal significativamente baixo.
• A anorexia nervosa começa geralmente na adolescência e é mais
comum entre mulheres.
• A pessoa com anorexia nervosa limita seu consumo de alimentos,
mesmo que continue a perder peso, fica sempre pensando sobre
alimentos e, possivelmente, nega que tem um problema.
• A perda de peso grave ou rápida pode ter consequências de risco à
vida.
Tipos de anorexia nervosa
Tipo restritivo: A pessoa limita a ingestão de
alimentos, mas não come compulsivamente nem
pratica purgação de forma regular – por exemplo,
induzindo próprio vômito (uma prática denominada
vômito autoinduzido) ou tomando laxantes. Algumas
pessoas praticam exercícios em excesso.
Tipo compulsão alimentar/purgativo: A pessoa
limita sua ingestão de alimentos, mas também come
compulsivamente e/ou pratica a purgação em
intervalos regulares.
Causas da anorexia nervosa
Fatores genéticos e ambientais (sociais) desempenham um papel
importante no surgimento da anorexia nervosa. O desejo de ser magro
prevalece na sociedade ocidental e muitas pessoas consideram a
obesidade pouco atraente.
Outros fatores, como a susceptibilidade psicológica, predispõem certas
pessoas a apresentarem anorexia nervosa.
Muitas pessoas que apresentam a doença pertencem a um nível
socioeconômico médio ou alto, são meticulosas e compulsivas e são
exigentes quanto ao que consideram uma conquista ou um sucesso.
Lar disfuncional.
Sintomas
Preocupação sutilmente crescente com dietas e peso corporal; Imagem corporal distorcida;
Perda de peso rápida ou mudanças frequentes de peso; Ausência ou alteração da
menstruação em meninas e mulheres (amenorreia) e diminuição da libido em homens;
Desmaio ou tonturas; Mudanças faciais (olhos pálidos, afundados e olheiras);
Enfraquecimento de músculos e ossos; Ansiedade constante e irritabilidade em torno das
refeições; Intenso medo de ganhar peso;
Depressão; Capacidade reduzida de pensar e maior dificuldade de concentração; Baixa auto
estima; isolamento social.
Tratamento
Indivíduos com esse transtorno tem
muita resistência em buscar por ajuda
e não reconhecem sua condição;
O tratamento envolve uma equipe
multidisciplinar: psicólogo, psiquiatra,
nutricionista, educador físico,
nutrólogo, etc.
Indicação de série
Bulimia nervosa
A bulimia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado pelo
consumo rápido e repetido de grandes quantidades de alimentos
(episódios de compulsão alimentar) seguido por tentativas de
compensar o excesso de alimentos consumido (por exemplo, ao
praticar purgação, jejum ou exercício).
A pessoa come grandes quantidades de alimentos e, depois, induz
o próprio vômito, usa laxantes, faz regime, jejua ou se exercita
vigorosamente para compensar.
A bulimia nervosa é influenciada por fatores hereditários e sociais.
A maioria das pessoas que sofre de bulimia nervosa são mulheres
jovens que estão profundamente preocupadas com sua forma física
e peso corporal.
Sintomas da bulimia nervosa
A presença do episódio bulímico consiste na ingestão exagerada de alimentos e calorias seguida
de culpa e utilização de artifícios para minimizar os efeitos, como a autoindução de vômitos e uso
de diuréticos ou laxantes.
Sintomas iniciais estão relacionados ao trato gastrointestinal, como náuseas, refluxo, diarreia e
dor abdominal.
Com a evolução do quadro, podem ocorrer sinais de perda de peso (nem sempre tão evidentes),
sinais de desnutrição, como queda de cabelo, unhas quebradiças e falta de disposição.
Finalmente, nos quadros mais graves, desidratação com desequilíbrio eletrolítico, perda de
dentes, osteopenia e osteoporose, alterações cardíacas.
Sempre há, como pano de fundo, humor instável, ansiedade e baixa autoestima.
Consequências da bulimia ao longo da
vida
Curto prazo: A longo prazo:
•Dor de garganta crônica; • Inflamação e ruptura do esôfago e do
estômago por causa do vômito frequente;
•Azia e refluxo gástrico; • Úlceras intestinais;
•Dores de estômago. • Osteoporose;
• Arritmia cardíaca e maior risco de
insuficiência cardíaca;
A bulimia pode causar deficiências • Desnutrição;
nutricionais, como falta de vitamina D, C, E, • Inflamação e ruptura do esôfago e do
K, B1, B2, B6, B9, B12. estômago por causa do vômito frequente.
Tratamento
Pacientes com esse transtorno apresentam
muita resistência e não reconhecem a
própria doença;
Tratamento envolve uma equipe
multidisciplinar: psicólogo, psiquiatra,
nutricionista, educador físico, médicos, etc.
Transtorno de Compulsão Alimentar
Periódica
O transtornoda compulsão alimentar periódica (TCAP)
é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por episódios
frequentes de ingestão compulsiva de alimentos em
curto espaço de tempo.
Ao contrário do que ocorre na bulimia nervosa, o
paciente com TCAP não apresenta comportamento
purgativo compensatório, ou seja, ele não induz
vômitos, pratica atividades físicas intensas nem
consome diuréticos ou medicamentos para emagrecer
após os episódios de alimentação compulsiva.
Quase todo mundo já teve um ou mais episódios
nos quais acabou comendo muito mais do que o
necessário para matar a fome e depois ficou sentido-
se empanturrado e arrependido.
Férias, datas festivas ou viagens são ocasiões
especiais em que esse tipo de comportamento pode
surgir.
Se esses episódios de alimentação compulsiva
ocorrerem de forma esporádica, e o paciente sentir
que o comer demais foi uma decisão voluntária,
apesar de não muito inteligente, não há motivos
para preocupação.
Por outro lado, se os episódios de compulsão alimentar são
frequentes, incontroláveis e despertam no indivíduo uma
intensa sensação de culpa, angústia e vergonha, podemos
estar diante de uma doença psiquiátrica chamada transtorno
da compulsão alimentar periódica.
No TCAP, o paciente não consegue parar de comer, mesmo
quando já não tem mais fome e está com o estômago
incomodamente cheio. Muitas vezes, por vergonha do seu
comportamento, ele se esconde no quarto ou no banheiro
para poder continuar comendo.
Sintomas e tratamento
O paciente com esse transtorno come de forma descontrolada grandes
quantidades de alimentos, muitas vezes mesmo sem estar com fome.
Sentimento de angústia, descontrole e vergonha estão frequentemente
presentes.
Uso de roupas muito largas para esconder a aparência física; Sintomas
depressivos; Isolamento social; Baixa autoestima; Presença de comida
escondida dentro do quarto; Restos ou migalhas de comida espalhados
por locais inusitados da casa, como banheiros ou armários; Sumiço
frequente de comida da dispensa ou da geladeira.
A forma mais eficaz de tratamento é através da psicoterapia.
Medicamentos também podem ser usados, tais como antidepressivos.
Fatores de risco
•História familiar de distúrbios alimentares; Depressão.
•História de agressão física ou abuso sexual.
•Ter sofrido Bullying.
•Exposição frequente a comentários negativos sobre a forma, peso ou hábitos
dietéticos.
•Baixa autoestima; Ter menos de 25 anos.
Transtorno Alimentar
Restritivo/Evitativo
O transtorno alimentar restritivo evitativo é
um transtorno alimentar caracterizado pelo fato de
que a pessoa come muito pouco e/ou evita comer
determinados alimentos.
Ele não inclui ter uma imagem corporal distorcida
(como ocorre na anorexia nervosa) ou estar
preocupado com a imagem corporal (como ocorre
na bulimia nervosa).
Em alguns indivíduos, a evitação ou a restrição
alimentar podem se basear em características de
qualidade do alimento, como sensibilidade extrema a
aparência, cor, odor, textura, temperatura ou paladar.
A evitação e a restrição alimentar associadas a
ingestão insuficiente ou falta de interesse em
alimentar-se desenvolvem-se mais comumente na fase
de lactente ou na primeira infância e podem persistir
na idade adulta.
A evitação ou a restrição alimentar também podem representar
uma resposta negativa condicionada associada à ingestão
alimentar seguindo, ou antecipando, uma experiência aversiva,
como engasgo/sufocamento ou vômitos repetidos.
A evitação relacionada a consequências aversivas pode surgir
em qualquer idade. A literatura escassa a respeito das
consequências a longo prazo sugere que evitação ou restrição
alimentar baseada em aspectos sensoriais é relativamente
estável e duradoura, mas, quando persiste na idade adulta,
pode estar associada a um funcionamento relativamente
normal.
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