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Aula 3 - Westfalia

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HISTÓRIA DAS

RELAÇÕES
INTERNACIONAIS

A G U E R R A D O S 3 0 A N O S , A PA Z D E V E S T E F Á L I A E A S
P R I M E I R A S C O N C E P Ç Õ E S D O E S TA D O M O D E R N O
• RADY, Martin, Os Habsburgos. Ascensão e queda de uma potência global, Lisboa, Círculo de
Leitores/Temas e Debates, 2021.
• OSIANDER, Andreas, ”Sovereignty, International Relations, and the Westphalian Myth” in
International Organization, Vol.55, n.º2, 2001, p.251-287.

BIBLIOGRAFIA
DOMÍNIO
DOS
HABSBURGO
• Após 1500, reinos províncias e
ducados espalhados por todo o
continente europeu, governados por
membros espanhóis e austríacos da
Família Habsburgo.

• Esta família queria tornar-se


predominante na Europa
G U E R R A D O S T R I N TA
ANOS (1618-1648)
• Guerra religiosa e europeia/crise
mais geral que se abate sobre o Velho
Continente

• 300 000 mortos nos campos de


batalha

• 2/3 da população alemã morta

• 5/6 das aldeias do Império destruídas

• Em 1600 – 15 milhões de habitantes

• Em 1650 – 10 milhões de habitantes


A ALEMANHA NO SÉCULO XVII
QUE ALEMANHA ?
• Não havia uma nação alemã – divisão do território em mais de 300 estados semi-autónomos, cada
um governado por um príncipe, bispo ou conde. Unidade aparente sob o Sacro Império Romano-
Germânico
• Esta região foi o berço da Reforma religiosa. Cenário de luta entre católicos e protestantes.
• A Reforma religiosa quebrou a unidade religiosa católica da Europa medieval e deu origem à
Guerra dos 30 anos e à Paz de Vestefália
O SAGRADO
IMPÉRIO
ROMANO-
GERMÂNICO
(1618)
1 6 0 8 / 1 6 0 9

União Coligação de Estados protestantes alemães (1608-1621)


Evangélica
Constituída pelo Calvinista Frederico IV
A aliança incluía estados Calvinistas e estados
Luteranos

Liga Coligação de Estados Católicos do Sacro Império


Católica Romano-Germânico (1609-1635)
Maximiliano II da Baviera
E U R O PA D A S R E L I G I Õ E S
PRAGA,
JANELA DO
PA L Á C I O
REAL
D E F E N E S T R A Ç Ã O
D E P R A G A 1 6 1 8

• 23 de Maio de 1618 membros da


nobreza da Boémia, protestantes,
atiram pela janela do Palácio Real,
em Praga, 3 representantes do
imperador do sacro-império romano-
germânico

• Revolta da Boémia, mais tarde


Guerra dos 30 Anos.
O QUE FOI
A GUERRA
DOS 30
ANOS ?
• Conflito entre os Habsburgo e os
Bourbon de França pelo domínio do
continente europeu

• Todas as grandes potências da


Europa estão envolvidas

• Guerra mais destruidora de todas as


guerras religiosas
I N VA S Ã O D A
BOÉMIA
1620

B ATA L H A D A
M O N TA N H A
BRANCA

200 MORTOS
G R A V U R A D E J A C Q U E S C A L L O T
•Eclodem levantes um pouco por toda a Europa; parcelas da população
insurgem-se contra as autoridades locais
•Surgem ladrões e salteadores um pouco por toda a Europa
•Conflito mais destruidor das guerras religiosas
• Destruição da Alemanha – Sagrado-Império-Romano-Germânico
• Primeira Paz Pan-Europeia
• Espanha vai desaparecer como potência hegemónica na Europa
• Os Habsburgos austríacos vão sobreviver mais enfraquecidos
• A França vai lutar para se tornar a nova potência hegemónica na
CONSEQUÊNCIAS Europa
DA GUERRA DOS
30 ANOS • Secularização da política internacional
RICHELIEU E O
REI DA SUÉCIA

• A França começa a semear a discórdia no Sacro


Império, tendo em vista alcançar a supremacia na
Europa

• Richelieu vai apoiar financeiramente o rei da


Suécia, protestante

• França entra na Guerra com tropas regulares ao


lado dos suecos
AGUERRA DOS 30 ANOS NA
L I T E R AT U R A
RENDIÇÃO
DE BREDA
R E P R E S E N T A N T E
D A H O L A N D A À
C H E G A D A A
M U N S T E R
PA Z D E
VESTEFÁLIA
(1648)
• Fim da Guerra dos 30 Anos

• Enquadramento para as Relações Internacionais Modernas

• Surgimento e aplicação dos conceitos de: Soberania de Estado, Mediação entre


Países e Diplomacia

• Tolerância Religiosa do ponto de vista político

• Lançou as bases para o surgimento de comunidades internacionais como a União


Europeia e as Nações Unidas

• Equilíbrio de poder

• Pluralismo Europeu

• Fim da Respublica Christiana

• Lançou as bases para o surgimento dos Estados Unidos da América

• Novo status quo que só vai ser alterado pelo Congresso de Viena
ASSI NAT URA
DO T RATADO
DE
VESTFÁLIA
(1648)

• Resulta de 3 tratados

• 1- Munster, 30 de Janeiro de 1648,


Tratado assinado entre a Espanha e a
Holanda

• 24 de Outubro de 1648 – Munster,


assinado entre a França e o Sacro
Império Romano e outro em
Osnabruck entre a Suécia e o Sacro
Império Romano Germânico
• Franceses pretendem ganhar o controlo das fortalezas militares
de Metz, Toul, Verdun, Breisach e da Alsácia
• O Sacro-Império queria um Império unido sob a liderança do
Imperador
• Os príncipes das províncias do Império queriam a soberania dos
OBJECTIVOS
DA seus próprios reinos
CONFERÊNCIA • Os holandeses queriam a independência da Espanha
D E PA Z • A Suécia queria obter novos territórios
TRANSFORMAÇÃO
DAS RELAÇÕES
E S TA D O / I G R E J A
• Papa Inocêncio X vai denunciar a Paz de Vestefália
as suas resoluções minavam o poder politico Pan-
Europeu da Igreja católica
• Vestfália confirma a Paz de Augsburg – tolerância
religiosa aos luteranos e aos calvinistas
• Católicos, Luteranos e Calvinistas podiam praticar a
sua fé religiosa sem grande intrusão do Imperador
I M PA C T O D O
T R ATA D O D E
VESTEFÁLIA NA
LONGA DURAÇÃO

Liberdade religiosa

Profissionalização da Diplomacia

Soberania dos Estados


• Independentes – França, Espanha, Áustria
• Semi-independentes – Prússia-Bradenburgo; Saxónia, vão
passar a poder conduzir a sua política externa
• Dependentes – Bélgica, Itália fragmentada em cerca de 10
unidades territoriais

PLURALISMO
EUROPEU
1. Derrota das ambições imperiais do Papa e da Casa de Habsburgo. Os
Estados soberanos passaram a substituir a ordem universal e imperial de
Roma e Viena;
2. O interesse do Estado é elevado a princípio condutor da política externa
3. Equilíbrio de poder entre as grandes potências
4. Revogar o Édito de Restituição
A
CENTRALIDAD 5. Manutenção das cláusulas da Paz de Augsburgo

E DE 6. Permite que os príncipes adquiram maior autonoma relativamente ao


Imperador
VESTFÁLIA
7. Ratificar a fragmentação da Alemanha em mais de 200 estados, que não
tinham uma consciência nacional
8. Abre caminho a uma política de engrandecimento da França, que passa a
ser o Estado mais poderoso da Europa
9. Surgimento do Estado Moderno.

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