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Enfermagem em Clínica Médica

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ENFERMAGEM EM

CLÍNICA MÉDICA

Profª Enfermeira Cíntia Santos


O PROCESSO SAÚDE/DOENÇA
 Saúde vem a ser “o estado de completo bem-estar
físico, mental e social, e não apenas a ausência de
doença”.
 Daí a definição de doença como sendo o “conjunto de
fenômenos desenvolvidos em organismos, associados a
uma característica, ou série de características comuns,
que diferenciam esses organismos dos normais da
mesma espécie, e de maneira a situá-los em posição
biologicamente desvantajosa em relação àqueles”.
 A doença é um processo anormal no qual o
funcionamento de uma pessoa está diminuído ou
prejudicado em uma ou mais dimensões. É o resultado
do desequilíbrio entre o homem e o meio físico, mental e
social.
Conceitos de doença

 1. Doença aguda É aquela que têm um curso acelerado,


terminando com convalescença ou morte em menos de três
meses.
 O inicio dos sintomas pode ser abrupto ou insidioso, seguindo-
se uma fase de deterioração até um máximo de sintomas e
danos, fase de plateau, com manutenção dos sintomas e
possivelmente novos picos, uma longa recuperação com
desaparecimento gradual dos sintomas, e a convalescência, em
que já não há sintomas específicos da doença, mas o indivíduo
ainda não recuperou totalmente as suas forças.
Conceitos de doença
 2. Doença crônica é uma doença que não é resolvida
num tempo curto. As doenças crônicas são doenças que
não põem em risco a vida da pessoa num prazo curto,
logo não são emergências médicas. . As doenças
crônicas incluem também todas as condições em que um
sintoma existe continuamente, e mesmo não pondo em
risco a saúde física da pessoa, são extremamente
incomodativas levando à perda da qualidade de vida e
atividades das pessoas. Muitas doenças crônicas são
assintomáticas ou quase assintomáticas a maior parte
do tempo, mas caracterizam-se por episódios agudos
perigosos e/ou muito incomodativos.
Conceitos de doença

 3. Doença crônico-degenerativa predomina na idade


adulta, e sua incidência, prevalência e mortalidade se
elevam à medida que aumenta a vida média da
população. São caracterizadas por uma evolução lenta e
progressiva, irreversível, por um longo período de
latência assintomático, exigindo constante supervisão,
observação e cuidado.
CLÍNICA MÉDICA - conceito
 É um setor hospitalar onde acontece o atendimento integral do
indivíduo com idade superior a 12 anos que se encontra em estado
crítico ou semicrítico, que não são provenientes de tratamento
cirúrgico e ainda àqueles que estão hemodinamicamente estáveis,
neste setor é prestada assistência integral de enfermagem aos
pacientes de média complexidade.
 CLÍNICA: Vem do grego Kline = leito, acamado.
 MÉDICA: Vem do latim medicus = Cuidar de.
 A clínica médica compreende um grupo de especialidades médicas
desenvolvidas dentro de uma unidade hospitalar, organizada
segundo um conjunto de requisitos, onde o paciente internado é
submetido a exames clínicos (anamnese), físicos, laboratoriais e
especiais com a finalidade de definir um diagnóstico e, a seguir um
tratamento específico.
  
OBJETIVOS DO SERVIÇO DE
ENFERMAGEM EM CLÍNICA
MÉDICA

 Proporcionar ambiente terapêutico adequado aos


pacientes com patologias diversificadas, em regime de
internação;
 Manter um padrão de assistência prestada aos
pacientes, o que exige a aplicação de um plano de
cuidados de enfermagem para a patologia específica do
paciente/cliente.
Assistência de enfermagem e as
relações interpessoais com o
cliente, a família e a equipe
multidisciplinar
 A enfermagem profissional ou moderna teve início na
segunda metade do século XIX, quando passa a
integrar-se ao trabalho do hospital, e tem por finalidade
a recuperação do corpo biológico dos doentes, ou seja, o
modelo clínico de assistência - até hoje dominante na
assistência à saúde.
 Condições sociais desfavoráveis implícitas, tais como
acesso aos serviços de saúde, emprego, alimentação,
transporte, etc.
 Tendo em vista a complexidade do cuidado ao doente
crônico, faz-se necessário considerar a interação entre a
equipe multidisciplinar, o cliente e sua família, visando
proporcionar-lhes segurança e conforto no decorrer do
tratamento.
 Como o período de adaptação é contínuo, e onde surgem
as mais variadas necessidades, obviamente um único
profissional não conseguirá atender a todas as
demandas. c
DIREITOS DO PACIENTE
1. O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso
e respeitoso, por parte de todos os profissionais de saúde.
Tem direito a um local digno e adequado para seu
atendimento.
2. O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e
sobrenome. Não deve ser chamado pelo nome da doença
ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou
quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas ou
preconceituosas.
3. O paciente tem direito a receber do funcionário
adequado, presente no local, auxílio imediato e oportuno
para a melhoria de seu conforto e bem-estar.
DIREITOS DO PACIENTE
4.O paciente tem direito a identificar o profissional por
crachá preenchido com o nome completo, função e cargo.
5. O paciente tem direito a consultas marcadas,
antecipadamente, de forma que o tempo de espera não
ultrapasse a trinta (30) minutos.
6. O paciente tem direito de exigir que todo o material
utilizado seja rigorosamente esterilizado, ou descartável e
manipulado segundo normas de higiene e prevenção.
7. O paciente tem direito de receber explicações claras
sobre o exame a que vai ser submetido e para qual
finalidade irá ser coletado o material para exame de
laboratório.
DIREITOS DO PACIENTE
8.O paciente tem direito a informações claras, simples e
compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as ações
diagnósticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a duração
do tratamento, a localização, a localização de sua patologia, se
existe necessidade de anestesia, qual o instrumental a ser utilizado
e quais regiões do corpo serão afetadas pelos procedimentos.
9. O paciente tem direito a ser esclarecido se o tratamento ou o
diagnóstico é experimental ou faz parte de pesquisa, e se os
benefícios a serem obtidos são proporcionais aos riscos e se existe
probabilidade de alteração das condições de dor, sofrimento e
desenvolvimento da sua patologia.
10. O paciente tem direito de consentir ou recusar a ser submetido
à experimentação ou pesquisas. No caso de impossibilidade de
expressar sua vontade, o consentimento deve ser dado por escrito
por seus familiares ou responsáveis.
DIREITOS DO PACIENTE

11. O paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos,


diagnósticos ou terapêuticas a serem nele realizados. Deve
consentir de forma livre, voluntária, esclarecida com adequada
informação. Quando ocorrerem alterações significantes no estado
de saúde inicial ou da causa pela qual o consentimento foi dado,
este deverá ser renovado.
12. O paciente tem direito de revogar o consentimento anterior, a
qualquer instante, por decisão livre, consciente e esclarecida, sem
que lhe sejam imputadas sanções morais ou legais.
13. O paciente tem o direito de ter seu prontuário médico
elaborado de forma legível e de consultá-lo a qualquer momento.
Este prontuário deve conter o conjunto de documentos
padronizados do histórico do paciente, princípio e evolução da
doença, raciocínio clínico, exames, conduta terapêutica e demais
relatórios e anotações clínicas.
DIREITOS DO PACIENTE

14. O paciente tem direito a ter seu diagnóstico e


tratamento por escrito, identificado com o nome do
profissional de saúde e seu registro no respectivo Conselho
Profissional, de forma clara e legível.

15. O paciente tem direito de receber medicamentos


básicos, e também medicamentos e equipamentos de alto
custo, que mantenham a vida e a saúde.

16. O paciente tem o direito de receber os medicamentos


acompanhados de bula impressa de forma compreensível e
clara e com data de fabricação e prazo de validade
DIREITOS DO PACIENTE
17. O paciente tem o direito de receber as receitas com o nome
genérico do medicamento (Lei do Genérico) e não em código,
datilografadas ou em letras de forma, ou com caligrafia
perfeitamente legível, e com assinatura e carimbo contendo o
número do registro do respectivo Conselho Profissional.

18. O paciente tem direito de conhecer a procedência e verificar


antes de receber sangue ou hemoderivados para a transfusão, se o
mesmo contém carimbo nas bolsas de sangue atestando as
sorologias efetuadas e sua validade.

19. O paciente tem direito, no caso de estar inconsciente, de ter


anotado em seu prontuário, medicação, sangue ou hemoderivados,
com dados sobre a origem, tipo e prazo de validade.
DIREITOS DO PACIENTE
20. O paciente tem direito de saber com segurança e
antecipadamente, através de testes ou exames, que não é
diabético, portador de algum tipo de anemia, ou alérgico a
determinados medicamentos (anestésicos, penicilina, sulfas,
soro antitetânico, etc.) antes de lhe serem administrados.

21. O paciente tem direito à sua segurança e integridade


física nos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.

22. O paciente tem direito de ter acesso às contas detalhadas


referentes às despesas de seu tratamento, exames,
medicação, internação e outros procedimentos médicos.
DIREITOS DO PACIENTE
23. O paciente tem direito de não sofrer discriminação nos serviços de
saúde por ser portador de qualquer tipo de patologia, principalmente no
caso de ser portador de HIV / AIDS ou doenças infecto- contagiosas.
24. O paciente tem direito de ser resguardado de seus segredos, através
da manutenção do sigilo profissional, desde que não acarrete riscos a
terceiros ou à saúde pública. Os segredos do paciente correspondem a
tudo aquilo que, mesmo desconhecido pelo próprio cliente, possa o
profissional de saúde ter acesso e compreender através das informações
obtidas no histórico do paciente, exames laboratoriais e radiológicos.
25. O paciente tem direito a manter sua privacidade para satisfazer suas
necessidades fisiológicas, inclusive alimentação adequada e higiênica, quer
quando atendido no leito, ou no ambiente onde está internado ou
aguardando atendimento.
26. O paciente tem direito a acompanhante, se desejar, tanto nas
consultas, como nas internações. As visitas de parentes e amigos devem
ser disciplinadas em horários compatíveis, desde que não comprometam as
atividades médico/sanitárias. Em caso de parto, a parturiente poderá
solicitar a presença do pai.
DIREITOS DO PACIENTE

27. O paciente tem direito de exigir que a maternidade, além


dos profissionais comumente necessários, mantenha a
presença de um neonatologista, por ocasião do parto.
28. O paciente tem direito de exigir que a maternidade
realize o "teste do pezinho" para detectar a fenilcetonúria
nos recém- nascidos.
29. O paciente tem direito à indenização pecuniária no caso
de qualquer complicação em suas condições de saúde
motivadas por imprudência, negligência ou imperícia dos
profissionais de saúde.
30. O paciente tem direito à assistência adequada, mesmo
em períodos festivos, feriados ou durante greves
profissionais.
31. O paciente tem direito de receber ou recusar assistência
moral, psicológica, social e religiosa.
DIREITOS DO PACIENTE

32. O paciente tem direito a uma morte digna e serena,


podendo optar ele próprio (desde que lúcido), a família ou
responsável, por local ou acompanhamento e ainda se quer
ou não o uso de tratamentos dolorosos e extraordinários
para prolongar a vida.
33. O paciente tem direito à dignidade e respeito, mesmo
após a morte. Os familiares ou responsáveis devem ser
avisados imediatamente após o óbito.
34. O paciente tem o direito de não ter nenhum órgão
retirado de seu corpo sem sua prévia aprovação.
35. O paciente tem direito a órgão jurídico de direito
específico da saúde, sem ônus e de fácil acesso.
(Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93-
art.8º e nº74 de 04/05/94).
UNIDADE II –

ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM EM
AFECÇÕES DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO
AFECÇÕES DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO

 Anatomia: É formado por um conjunto de órgãos


responsáveis pela absorção de oxigênio do meio
ambiente e a eliminação de dióxido de carbono para o
meio ambiente.

 Órgãos do sistema respiratório:


 - vias aéreas superiores: fossas nasais, boca, faringe.
 - vias aéreas inferiores: laringe, traquéia, brônquios,
pulmões.
DOENÇA PULMONAR
OBSTRUTIVA CRÔNICA
(DPOC)
 Estado de doença pulmonar no qual o fluxo de ar está obstruído. É
constituída pela bronquite crônica, enfisema, asma. Acelera as
alterações fisiológicas da função pulmonar que são causadas pelo
envelhecimento. A obstrução do ar pode ser reversível ou
irreversível.

 Fisiologia:
Obstrução aérea que reduz o fluxo de ar varia conforme a doença
adjacente.
→ Bronquite crônica: o acúmulo excessivo de secreções bloqueia as vias
respiratórias;
→ Enfisema: a troca gasosa comprometida (oxigênio, carbono) resulta
da destruição das paredes do alvéolo superestendido;
→ Asma: as vias aéreas inflamadas e constritas obstruem o fluxo aéreo.
ENFISEMA
 É uma doença crônica irreversível, caracterizada por obstrução
brônquica e distensão alveolar. Há perda da elasticidade dos
pulmões, destruição alveolar e capilar por acúmulo de ar nos
alvéolos. À medida que a destruição alveolar progride, as trocas
gasosas diminuem. Há uma adaptação progressiva com a
convivência de menor taxa de oxigênio no organismo, tornando,
por isso mesmo, a pessoa intolerante a altas taxas de oxigênio.
Dentre os fatores de risco, destacamos o fumo e a poluição
ambiental persistente.
 A asma, a tuberculose e o envelhecimento favorecem o
surgimento do enfisema em conseqüência da fibrose, com perda
da elasticidade pulmonar. Essa doença caracteriza-se por
evolução lenta e gradual. Na fase tardia, o paciente apresenta
cansaço aos esforços rotineiros, tosse produtiva, desconforto
relacionado com a menor capacidade de respirar (dispnéia), uso
abusivo da musculatura acessória, definindo o tórax em barril
agitação/sonolência, dificuldade de concentração, tremor das
mãos e anorexia com perda de peso.
Tórax em barril Uso da musculatura
acessória
Manifestações clínicas:

- dispnéia (em repouso, pode ser grave);


- tosse (uso de músculos acessórios);
- aumento no trabalho respiratório;
- perda de peso (interferência na alimentação);
- intolerância os esforços/exercícios.
- Ruídos Adventícios (sibilos,roncos,estertores:sons anormais
percebidos na ausculta pulmonar)
- Baqueateamento dos dedos ( aumento do volume das pontas
dos dedos das mãos e perda do ângulo de emergência da
unha)
- A gravidade da doença é determinada por exames de
avaliação da função pulmonar.
Fatores de risco:

- exposição à fumaça do fumo (fumante, tabagista passivo);


- poluição do ar ambiente;
- infecções respiratórias;
- exposição ocupacional;
 anormalidades genéticas.

 Complicações:
 podem variar dependendo do distúrbio adjacente:
pneumonia; atelectasia; pneumotórax; enfisema;
insuficiência e falência respiratória; hipertensão pulmonar.
TRATAMENTO

 - oxigenioterapia (contínua ou intermitente);


 - broncodilatadores (melhorar o fluxo aéreo, prevenir a dispnéia);
 - corticosteróides;
 - reabilitação pulmonar (componentes educacionais, psicossociais,
comportamentais e físicos);
 - exercícios respiratórios (tosse assistida, respiração profunda,
drenagem postural, entre outros);
 - retreinamento/exercícios.
 - ensino do paciente e da família;
 - medidas de enfrentamento do estresse
 - educação em terapia respiratória
 - terapia ocupacional para conservação da energia durante as
atividades da vida diária. Pontos importantes para a
assistência:
- orientar para deixar de fumar (intervenção terapêutica mais
importante). O tabagismo deprime a atividade macrófaga das
células e afeta o mecanismo ciliar de limpeza do trato respiratório,
cuja função é manter as passagens respiratórias livres de
irritantes inalados, bactérias e outras matérias estranhas. O
tabagismo também causa um crescente acúmulo de muco, que
produz mais irritação, infecção e dano para o pulmão.
- orientar para vacinação;
- evitar contato com alta concentração de pólen no ar e poluição
ambiental;
- evitar exposição a extremos de temperatura (elevadas com alto
grau de umidade ou frio intenso);
- resgate da auto-estima e da sensação de limitação e de
impotência (valorização, esperança, bem-estar);
- monitorizar ritmo respiratório (dispnéia e hipoxemia);
- atentar para efeitos colaterais da medicação;
- atentar para sinais de infecção (bacteriana ou virótica), que
agravam o quadro e aumentam os riscos de falência respiratória;
- oximetria de pulso;
- cuidados específicos na intubação e ventilação mecânica;
 em estado grave - alterações cognitivas, dispnéia, taquipnéia
e taquicardia.

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