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Aula 3

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Hidráulica de escoamentos em condutos

forçados: perda de carga, cavitação,


escoamento permanente em sistemas de
condutos forçados, sistemas de recalque.

Prof. Me. José Atila Matos A. Jr


Quem eu sou?
• Engenheiro civil – UEMA
• Mestre em estruturas – UFPA
• Pós graduado em estruturas metálicas -
FATEC
• Experiência na área atuando em
empresas, como MRV e também
desenvolvendo projetos na área de
saneamento básico
• Professor universitário desde 2022
Roteiro da aula
Consequências da
Conceito sobre o que é Funcionamento da qualidade no sistema
Panorama atual
coleta de resíduos coleta de coleta e transporte
de resíduos

Tipos de sistema de
Acondicionamento de Coleta seletiva x coleta Otimização do sistema
coleta e transporte de
resíduos de rejeitos de coleta de resíduos
resíduos sólidos
Conceitos iniciais
Características

São chamados condutos


Geralmente o conduto está
forçados, aqueles em que a
cheio, devendo resistir à Os condutos forçados são
pressão reinante em seu
pressão interna, ou possuir geralmente circulares e de
interior é diferente (inferior
algum dispositivo para não seção constante (L ≥ 4000D).
ou superior) à pressão
haver ruptura do mesmo.
atmosférica.

De outro modo, constituem-


se condutos livres aqueles
em que a pressão reinante é
a pressão atmosférica,
funcionando sempre por
gravidade.
Esquematização
Condutos livre e condutos fechado
Tipos de escoamento de
acordo com reynolds
Experimento
de reynolds
Laminar

• As partículas do fluido se movem em


camadas ou lâminas segundo
trajetórias retas e paralelas (isto é: não
se cruzam). A força da viscosidade
predomina sobre a força de inércia.
• Para o caso de seções retas circulares,
Rey < 2000.
Zona de transição ou zona crítica

• Região em que a perda de carga não


pode ser determinada com segurança.
• O regime de escoamento não é bem
definido (2000 < Rey < 4000)
Turbulento

• As partículas do fluido se movem de


forma desordenada, podendo ocupar
diversas posições na seção reta (ao
longo do escoamento).
• Para o caso de seções retas circulares,
Rey > 4000. A força de inércia
predomina sobre a força de
viscosidade.
Resumo
Escoamento
permanente
•As características do escoamento no
tempo são constantes, em uma seção
previamente definida.
• Aquele em que as grandezas físicas de
interesse não variam, com o decorrer do
tempo, em um ponto previamente
escolhido do fluido.
• Nesse tanque, a quantidade de água que entra em (1) é
idêntica à quantidade de água que sai por (2); nessas
Exemplo prático condições, a configuração de todas as propriedades do
fluido, como velocidade, massa específica, pressão, etc.,
será, em cada ponto, a mesma em qualquer instante.
Perda de carga
Construindo o raciocínio

• O líquido ao escoar em um conduto é


submetido a forças resistentes
exercidas pelas paredes da tubulação
(atrito devido à rugosidade da
canalização) e pelo próprio líquido
(viscosidade).
• Numa região próxima à parede do
tubo, denominada camada limite, há
um elevado gradiente de velocidade,
que causa um efeito significante.
Construindo o raciocínio

A consequência disso é o surgimento de


forças cisalhantes que reduzem a capacidade
de fluidez do líquido.

O líquido ao escoar dissipa parte de


sua energia, principalmente em forma
de calor.
Conceito!

• A energia dissipada não é mais


recuperada como energia cinética e/ou
potencial e por isso, denomina-se perda
de energia ou perda de carga.
Classificação

PERDAS DE PERDAS DE
ENERGIA ENERGIA
CONTÍNUAS LOCALIZADAS
Perda energia contínua
Características

Distribuída ao longo do comprimento da canalização

Ocorre devido ao atrito entre as diversas camadas do escoamento e


ainda ao atrito entre o fluido e as paredes do conduto (efeitos da
viscosidade e da rugosidade)
Fatores determinantes

Comprimento da canalização

Diâmetro da canalização

Velocidade média do escoamento

Rugosidade das paredes dos TUBOS


Determinação da perda de carga distribuída

A Fórmula Universal é válida para qualquer fluido e a qualquer


temperatura:
em que:
• hf - perda de carga, m c. fluido
• f - coeficiente de atrito, adimensional
• L - comprimento da tubulação, m
• D - diâmetro da tubulação, m
• V - velocidade média do fluido, m/s
• g - aceleração da gravidade, m/s2 .
Nota: O coeficiente f depende do No de Reynolds e da rugosidade relativa (e/D),
tendo-se diversas equações para a sua determinação:

• Regime laminar:

f = 64/Nº Rey

• Regime turbulento:

Tubos lisos :

Tubos rugosos :
Determinação simplificada

As fórmulas práticas ou empíricas consideram apenas a


rugosidade do tubo no cálculo de hf , sendo válidas
somente para água e regime turbulento.

Oferecem maior facilidade para cálculo da perda de


carga e, devido ao grande número de observações
bem-sucedidas, são de ampla aceitação.

A mais utilizada é a Fórmula de Hazen-Williams,


empregada em diversos países
Fórmula de Hazen
- Willians
Determinação dos
coeficientes de
rugosidade C
Perda de energia
localizada
Características

• São chamadas também perdas de carga acidental ou singular e ocorrem em partes específicas das
tubulações (singularidades), tais como: válvulas, curvas, uniões, reduções, ampliações, medidores,
etc.
• De modo diferente aos trechos retilíneos da canalização, as singularidades elevam a turbulência do
fluido e causam maior choque das moléculas, intensificando a perda de carga.
• Podem ser consideradas desprezíveis quando o comprimento da tubulação é significativamente
maior que o diâmetro (L > 4000 D)
• São importantes em sistemas de bombeamento e canalizações curtas com muitas peças
(instalações prediais).
Determinação da perda de
energia localizada

• Equação geral da perda localizada:

• Método do comprimento equivalente:


Determinação de K
– equação geral
Tabela de
comprimento
equivalente
Cavitação
Construindo o raciocínio – Pressão de
vapor

• Pressão na qual um líquido numa dada


temperatura começa a vaporizar, ou seja, o
líquido se transforma em vapor
Construindo o raciocínio

1. Nessa mesma temperatura, quando tivermos


uma pressão maior que a pressão de vapor,
haverá somente a fase líquida e quando
tivermos uma pressão menor, haverá
somente a fase vapor.
2. Analisando a curva de pressão de vapor,
verificamos que podemos passar de uma fase
para outra, de várias maneiras, por exemplo:
• mantendo a pressão constante e variando a
temperatura.
• mantendo a temperatura constante e variando
a pressão.
• variando pressão e temperatura.
• Pv é dependente da temperatura
Variáveis • Pv indica a volatilidade do fluido
importantes • Quanto maior a PV, maior será a
volatilidade
Concluindo o raciocínio
Pelo conceito de pressão de vapor, vimos que mantendo-se um
fluido a uma temperatura constante e diminuindo-se a pressão, o
mesmo ao alcançar a pressão de vapor, começará a vaporizar.

Este fenômeno ocorre nas bombas centrifugas, pois o fluido perde


pressão ao longo do escoamento na tubulação de sucção.

Se a pressão absoluta do líquido, em qualquer ponto do sistema


de bombeamento, for reduzida (ou igualada) abaixo da pressão de
vapor, na temperatura de bombeamento; parte deste líquido se
vaporizará, formando “cavidades” no interior da massa líquida.
Conclusão

As bolhas de vapor assim formadas são conduzidas pelo


fluxo do líquido até atingirem pressões mais elevadas que a
pressão de vapor ( normalmente na região do rotor)

Ocorre a implosão (colapso) destas bolhas, com a


condensação do vapor e o retorno à fase líquida.

Tal fenômeno é conhecido como CAVITAÇÃO.


Processo de cavitação
A região que está susceptível à cavitação é a sucção da bomba, pois é
onde o sistema de bombeamento apresenta a menor pressão absoluta.

O ponto crítico para a cavitação é a entrada do rotor. Nesta região a


quantidade de energia é mínima, pois o líquido ainda não recebeu
nenhuma energia por parte do rotor.

A cavitação, normalmente, inicia-se nesse ponto, em seguida, as


cavidades são conduzidas pela corrente líquida provocada pelo
movimento do rotor, alcançando regiões de pressão superior à de vapor
do fluído, onde se processa a implosão das cavidades (bolhas)
Problemas gerados pela cavitação

Barulho e vibração.

Alteração das curvas


características.

Erosão - remoção de
partículas metálicas -
pitting.
Sistemas de recalque
Considerações iniciais

• O sistema de recalque é o que possibilita o transporte de


fluido de uma fonte inferior para um ponto superior, por
meio de bombeamento.
• A tubulação do sistema de recalque posiciona-se após a
bomba de sucção e efetua o transporte do fluido para um
ponto acima dela
• Este sistema é importante e utilizado em diferentes
estabelecimentos e também em residências.
Aplicação prática

É utilizado para “succionar” ou


transportar águas residuais, por
Num condomínio vertical, onde existem
exemplo, esgotos de residências,
reservatórios de água instalados na
indústrias, prédios e outros
parte superior do prédio, é necessário
estabelecimentos. Utilizando os
verter água de uma cisterna
modelos de bombas submersíveis
subterrânea até o local das caixas de
conseguimos drenar dejetos líquidos
água.
que podem ser um problema para
determinadas atividades
O que compõe

Tubulação de sucção:

Conjunto elevatório:

Tubulação de recalque:
Esquematização
Tipos de bomba
Bomba afogada:
• quando a cota do eixo da bomba < cota do NA do
R1 (inferior)

Bomba não afogada:


• quando a cota do eixo da bomba > cota do NA R1
(inferior)  aqui cuidado com a cavitação!!!
Projeto de um sistema elevatório

Diâmetro da tubulação
de recalque e, Potência necessária do
consequentemente o conjunto motor-
diâmetro da tubulação bomba.
de sucção;
Notas
Fórmulas

• Diâmetro econômico:

Em que:
T = período - número horas de funcionamento da bomba
por dia
Q = vazão - em metros cúbicos por
segundo ou metros cúbicos por hora (m³/s ou
m³/h).
Fórmulas

• Potência da bomba de recalque

Em que:
• Q = vazão necessária
• H = altura manométrica
Exercícios

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