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Apresentação NR 31 Unifra

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NR 31

NORMA REGULAMENTADORA
Objetivo da NR-31

Estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de


trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das
atividades com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.

Campo de Aplicação

quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e


aqüicultura, verificadas as formas de relações de trabalho e emprego e o local das
atividades, e também às atividades de exploração industrial desenvolvidas em
estabelecimentos agrários.

Responsabilidades

Compete à Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT, através do Departamento


de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST, definir, coordenar, orientar e
implementar a política nacional em segurança e saúde no trabalho rural.
A Norma Regulamentadora está assim estruturada:
1. Objetivo
2. Campos de Aplicação
3. Disposições Gerais – Obrigações e Competências – das Responsabilidades
4. Comissões Permanentes de Segurança e Saúde no Trabalho Rural
5. Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural
6. Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural (SESTR Externo e
SESTR Coletivo)
7. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - CIPATR
8. Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos Afins / Medidas Complementares de proteção no
uso de agrotóxicos
9. Meio Ambiente e Resíduos
10.Ergonomia
11.Ferramentas Manuais
12.Máquinas, Equipamentos e Implementos
13.Secadores
14.Silos
15.Acessos e vias de circulação
16.Transportes de trabalhadores
17.Transportes de cargas
18.Trabalho com animais
19.Fatores Climáticos e Topográficos
20.Medidas de Proteção Pessoal
21.Edificações Rurais
22.Instalações Elétricas
23.Áreas de Vivência
Cabe ao empregador rural:

Garantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto, para todos os


trabalhadores; realizar avaliações dos riscos, adotar medidas de prevenção e
proteção;

Elaboração, revisão periódica e divulgação de instruções gerais e ordens de


serviço específicas sobre segurança e saúde;

Coleta de assinaturas em ficha de controle de treinamento, comprovando que as


informações adequadas sobre segurança e saúde foram transmitidas aos
trabalhadores, etc.

Prestadores de Serviço devem adotar em favor de seus empregados as mesmas


medidas de segurança praticadas em benefício dos trabalhadores do
estabelecimento do tomador de serviço, mediante prática de intercâmbio de
informação, por exemplo.
Cabe ao trabalhador:

Cumprir as determinações sobre as formas seguras de desenvolver suas


atividades, especialmente quanto às Ordens de Serviço para esse fim;
Adotar as medidas de proteção determinadas pelo empregador, em conformidade
com esta Norma Regulamentadora, sob pena de constituir ato faltoso a recusa
injustificada;

7- Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural – SESTR

Composto por profissionais especializados;

Tem como principal objetivo tornar o ambiente de trabalho compatível com a


promoção da segurança e saúde e a preservação da integridade física do
trabalhador rural.

Obrigatoriedade:
O empregador rural ou equiparado que mantenha vinte ou mais empregados
contratados por prazo indeterminado, fica obrigado a manter em funcionamento,
por estabelecimento, uma CIPATR.
O dimensionamento da CIPATR é definido na Tabela 1 e é feito com base no
número de empregados contratados por prazo indeterminado

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CIPATR


Obrigatoriedade:
O empregador rural ou equiparado que mantenha vinte ou mais empregados
contratados por prazo indeterminado, fica obrigado a manter em funcionamento,
por estabelecimento, uma CIPATR.
8- Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos Afins

Trabalhadores em exposição direta:


Os que manipulam os agrotóxicos e produtos afins, em qualquer uma das etapas
de armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte, e descontaminação
de equipamentos e vestimentas.
Trabalhadores em exposição indireta:
Os que não manipulam diretamente os agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins,
mas circulam e desempenham suas atividade de trabalho em áreas vizinhas aos
locais onde se faz a manipulação dos agrotóxicos em qualquer uma de suas
etapas e, ou ainda os que desempenham atividades de trabalho em áreas recém-
tratadas.
É vedada a manipulação de quaisquer
agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins
que não estejam registrados e autorizados
pelos órgãos governamentais
competentes. Para saber se o produto é
registrado e tem seu uso autorizado, pode
ser consultada a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária - ANVISA no seguinte
endereço:
www.anvisa.gov.br/toxicologia/sia.htm
É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins por
menores de dezoito anos, maiores de sessenta anos e por gestantes.

É obrigatória a obtenção de “Receita Agronômica”, cuja cópia deve ficar


arquivada, de preferência, junto com a nota fiscal de compra do produto. A receita
é emitida por profissional habilitado, normalmente Engenheiro Agrônomo.

É vedada a entrada e permanência de qualquer pessoa na área a ser tratada


durante a pulverização aérea. Geralmente utiliza-se uma pessoa no solo para
“balizar” a faixa em que a aeronave deve pulverizar.

O empregador rural ou equiparado deve


disponibilizar a todos os trabalhadores
informações sobre o uso de agrotóxicos no
estabelecimento, abordando os seguintes
aspectos:

área tratada: descrição das características


gerais da área da localização, e do tipo de
aplicação a ser feita, incluindo o
equipamento a ser utilizado;

PULVERIZAÇÃO
A limpeza dos equipamentos de aplicação dos agrotóxicos será executada de
forma a não contaminar poços, rios, córregos e quaisquer outras coleções de
água.
Os produtos devem ser mantidos em suas embalagens originais, com seus
rótulos e bulas, sendo vedada a reutilização das embalagens após o término
do produto.

As embalagens retornáveis, como “bulks”, devem receber o tratamento


especificado pelo fabricante ou fornecedor.
As não-retornáveis devem ser lavadas imediatamente depois de esvaziadas,
para evitar o ressecamento do produto. Após a lavagem, as embalagens devem
ser inutilizadas e guardadas.

Quando o número de embalagens lavadas e inutilizadas atingir volume


significativo, deve ser feita a remessa para uma das entidades credenciadas para
o recebimento na região. www.abnt.org.br

É vedada a armazenagem de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins a céu


aberto. O transporte de agrotóxicos deve obedecer as regras aplicáveis ao
transporte de produtos perigosos contidas no Decreto Federal Nº 96.044, de 18
de maio de 1.988 e Resolução Nº 420/04 da Agência Nacional de Transportes
Terrestres – ANTT.
AGROTÓXICOS
O termo agrotóxico, segundo a Lei Federal no. 7.802, de 11/07/1989, é definido
como:
O conjunto dos produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos
destinados ao uso nos setores de produção, armazenamento, beneficiamento de
produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas
e de outros ecossistemas.

Os pesticidas ou praguicidas são substâncias químicas destinadas a matar,


repelir, atrair, regular ou interromper o crescimento de pragas, que são organismos
incluindo insetos, fungos, ervas, pássaros, mamíferos, peixes, micróbios,
nematóides, que competem com os humanos pela obtenção de alimentos,
destruindo as semeaduras e propagando enfermidades. Os pesticidas não são
necessariamente venenos, porém quase sempre são tóxicos.
Os pesticidas são classificados de acordo com a praga que eles atacam:
Inseticidas: insetos.
Fungicidas: fungos.
Herbicidas: ervas.
AGROTÓXICOS
Raticidas: ratos.
Bactericidas: bactérias.
Acaricidas: ácaros.
Nematicidas: nematóides.
Vermífugos: vermes.
Diante da diversidade de agrotóxicos e estudo em questão, vamos no ater apenas
aos seguintes pesticidas:

Inseticidas; Herbicidas; Fungicidas.

1. Inseticidas: são agentes, ou formulações, destinados a destruir os insetos.


Podem ser aplicados como névoa, se forem líquidos, ou em suspensão, como
uma poeira, ou na forma de gás.
Riscos à saúde: Os organofosforados são os mais utilizados na agricultura. Por
serem altamente lipossolúveis, são absorvidos rapidamente por vias dérmica,
respiratória e trato digestivo, quando da aplicação por técnica de pulverização.
2. Herbicidas: utilizado na agricultura para o controle
de ervas classificadas como daninhas. As vantagens
da utilização deste produto é a rapidez de ação, custo
reduzido, efeito residual e não revolvimento do solo.
Riscos à saúde: Os problemas decorrentes da
utilização de herbicidas são a contaminação ambiental
e o surgimento de ervas resistentes. Todos os
herbicidas são tóxicos para os seres humanos em
alguma medida. Existem também herbicidas naturais.
APLICAÇÃO DE HERBICIDA I
Herbicidas mais usados atualmente:
Imazetapir Imazapic glifosato paraquat 2,4D clopiralida metolacloro dicamba
picloram
3. Fungicidas:
A maioria das culturas é susceptível a sérias doenças causadas por fungos. Um
dos primeiros fungicidas foi a "mistura de Bordeaux", à base de cobre, que foi
primeiramente usada no século XIX, principalmente para o controle de fungo
felpudo de videiras. A primeira geração de fungicidas exercia apenas um efeito
protetor, em vez de reparador.
Entretanto, no início dos anos 70, apareceram os primeiros fungicidas sistêmicos,
ou seja, compostos como carboxina, etirimol, ebenomil, que são transportados
dentro da planta e exercem efeito curativo.

Definição: Fungicida é um pesticida que destrói ou inibe a ação dos fungos que
geralmente atacam as plantas. A utilização de fungicidas sintéticos é muito
comum na agricultura convencional, e representa um sério risco ao homem e ao
meio-ambiente, por se tratar de um produto muito tóxico e perigoso.
No caso da agricultura alternativa, mais conhecida como agricultura orgânica, o
controle dos fungos é realizado com produtos naturais e com técnicas de manejo
alternativas.
APLICAÇÃO DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS

APLICAÇÃO DE HERBICIDA III


APLICAÇÃO DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS OU
AGROTÓXICOS
De acordo com Garcia, (2005) a aplicação de APLICAÇÃO VENENO
produtos fitossanitários ou agrotóxicos só deve ser
realizada por pessoal treinado especificamente para
esta atividade. APLICAÇÃO DE HERBICIDA II

Aplicação de Produtos Fitossanitários“ - emprego


de todos os conhecimentos científicos que
proporcionem a correta colocação do produto
biologicamente ativo no alvo, em quantidade
necessária, de forma econômica, com o mínimo de
contaminação de outras áreas.
APLICAÇÃO DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS OU AGROTÓXICOS:

• à praga que se pretende controlar,


• ao produto utilizado,
• à máquina, PULVERIZAÇÃO II
• ao momento da aplicação e,
• às condições ambientais no momento da aplicação.

Caso seja desconsiderado algum desses fatores, ou considerado erroneamente no


momento da regulagem ou calibração do equipamento, pode ocorrer a ineficácia do
controle. AGROTÓXICOS NAS LAVOURAS
PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS
Os produtos fitossanitários são produtos importantes
para proteger as plantas do ataque de pragas, doenças
e plantas daninhas, mas podem ser perigosos se forem
usados de forma errada.
A utilização dos agrotóxicos na agricultura inicia-se na década de 1920 - pouco
conhecidos do ponto de vista toxicológico.
No Brasil - primeiramente utilizados:
em programas de saúde pública,
no combate de parasitas,
utilizados mais intensivamente na agricultura a partir da década de 1960.

Em 1975 - Plano Nacional de


Desenvolvimento - inicio do
comércio de agrotóxicos, o agricultor
é condicionado a comprar o veneno
com recursos do crédito rural, ao
instituir a inclusão de uma cota
definida de agrotóxico para cada
financiamento requerido.
Determinou a disseminação da
utilização dos agrotóxicos no Brasil,
que é atualmente um dos maiores
consumidores mundiais.
Decreto nº 4.074, de 04/01/2002, ocorre a
regulamentação da Lei nº 7.802, de 11 de
julho de 1989, que dispõe sobre:

a pesquisa,
a experimentação,
a produção,
a embalagem e rotulagem,
o transporte,
o armazenamento,
a comercialização,
a propaganda comercial,
a utilização,
a importação,
a exportação,
o destino final dos resíduos e embalagens,
o registro, a classificação, o controle, a
inspeção e a fiscalização de agrotóxicos,
OS CAMPEÕES EM AGROTÓXICO

O pimentão foi o alimento que apresentou o


maior índice de agrotóxico entre 17 variedades de
produtos comuns na mesa dos brasileiros
analisados em 2008 pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).

De 101 pimentões coletados em supermercados para


o exame toxicológico, 65 (64,36%) continham
agrotóxicos em quantidade muito superior ao que é
permitido - um miligrama por quilo, com exigência de
14 dias entre a aplicação e o consumo, de acordo
com a legislação internacional, adotada pelo Brasil.
Chamou a atenção da Anvisa o uso de agrotóxicos não permitidos em todas as
culturas analisadas. Ingredientes ativos banidos nos países desenvolvidos, como
o acefato, o metamidofós e o endossulfam, foram encontrados de forma irregular
em abacaxi, alface, arroz, batata, cebola, cenoura, laranja, mamão, morango,
pimentão, repolho, tomate e uva.

- Desde 2008, o Brasil é o país que mais consome agrotóxico no mundo - disse o
gerente de toxicologia da Anvisa, José Agenor.

Ao todo, a Anvisa analisou no ano passado 1773 amostras de 17 alimentos.


Desde 2001 é feito o monitoramento, mas no começo da experiência, poucos
Estados participavam e eram coletados apenas nove tipos de produtos.
No ano passado, o controle passou a ser feito em todoo país.

Os campeões

Pimentão - 64,36% Morango - 36,05% Uva - 32,67% Cenoura - 30,39%

A popular dupla arroz e feijão, pela primeira vez monitorada, está com índices
baixos: 4,41% e 2,91%, respectivamente.
O índice do tomate caiu de 44,72% para 18,27%.
A batata inglesa também teve uma queda acentuada na contaminação por
agrotóxico: de 22,2%, em 2007, para 2%.
A banana, que em 2007 tinha 6,53%, em 2008 ficou com 1,03%.

FONTE: Zero Hora de 16/04/09

MONITORAMESNTO USO DE AGROTÓXICOS


QUARTA-FEIRA, 6 DE MAIO DE 2009

Ministros anunciam processo para banir 13 agrotóxicos inclusive o glifosato (Roun


dup)

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Dentre os treze


agrotóxicos mais comercializados no Brasil, apresentados na forma de 130
produtos, figuram herbicidas, fungicidas e inseticidas usados em diferentes
culturas e que movimentam um mercado avaliado em R$ 8 bilhões por ano. Das
substâncias a serem banidas no Brasil, apenas 2 ainda não foram proibidos ou
sofreram restrições em países da União Européia, Estados Unidos, China, Índia,
Canadá e no Japão. O Glifosato é um deles. Comercializado pela Monsanto com o
nome de Roundup, é usado em lavouras transgênicas. Se sua comercialização for
proibida, a plantação de sementes transgênicas deixa ser viável, visto que esta
depende do herbicida.
Com pareceres favoráveis do Ministério da Agricultura, empresas brasileiras
produtoras de agrotóxicos e multinacionais conseguiram na Justiça impedir o
exame dos fiscais da Anvisa. Com base nas liminares, a indústria do agrotóxico no
Brasil continua importando e estocando esses produtos.

Os 13 agrotóxicos a serem banidos:

* Metamidofós (methamidophos)1,2
* Parationa-metílica (parathion methyl)1,2
* Forate (Diethyldithiophosphate) (DEDTP)
* Fosmete (phosmet)
* Triclorfom (trichlorphon)
* Endossulfam (endosulfan)1
* Carbofurano (carbofuran)1,2
* Paraquate (paraquat)1
* Glifosato (glyphosate) (Randup)
* Abamectina (abamectin)
* Tiram (thiram)1
* Lactofem (lactofen)
* Cihexatina (cyhexatin)2

1- Banido nos países da União Europeia (UE)


2- Banido nos Estados Unidos

Fonte: www.webmais.com de 15/03/2009


Domingo, 6 de Setembro de 2009

Brasil já recolheu 19,7 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos em 2009

Brazlândia (DF) - Posto de recebimento


de embalagens vazias de
agrotóxicos,que tem 100 metros
quadrados e onde é feita a separação
entre embalagens contaminadas e não
contaminadas.

Brasília - O Brasil é o país que mais recolhe embalagens de agrotóxicos no


mundo. Dados do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias
(inPEV), entidade financiada pelas indústrias do setor, apontam que 24,4 mil
toneladas de embalagens desse tipo foram recolhidas em 2008. Isso significa que
94% das embalagens vendidas são devolvidas para receber tratamento adequado.
“Sozinhos, recolhemos mais da metade do total de embalagens recolhidas em todo
o mundo”, informa o gerente de Logística do inPEV, Mário Fuji, à Agência Brasil.
Segundo ele, até agosto de 2009 o país já recolheu 19,734 mil toneladas desse
tipo de embalagem, número 17,6% superior ao registrado no mesmo período de
2008.

Fuji explica que nos Estados Unidos apenas 20% das embalagens são recolhidas.
No Japão esse índice é de 50%, enquanto na França é de 74%. No Canadá, 73%
das embalagens são recolhidas e na Alemanha, 78%.

“Existe uma lei federal [Lei 7.082] que determina: ao adquirir agrotóxicos, o produtor
tem que devolver em até um ano a embalagem do produto nos postos de
recolhimento”, explica o gerente de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria de
Agricultura do Distrito Federal, Álvaro Caldas.

“Os agricultores brasileiros realmente captaram a mensagem de que essas


embalagens representam grande risco para o meio ambiente e para seres vivos”,
avalia Mário Fuji. “Mas as campanhas publicitárias foram peças muito importantes
para conscientizá-los”, completou.
APLICAÇÃO HERBICIDA AVIÃO

AVIAÇÃO AGRÍCOLA
O uso indiscriminado de agrotóxicos é prejudicial para
consumidores e trabalhadores da agricultura

Um pesquisa desenvolvida por alunos do curso


de farmácia da Universidade de Brasília (UnB),
sob a orientação do professor Luis Isamu
Barros Kanzaki, apontou graves falhas na
utilização de agrotóxicos em fazendas do
Distrito Federal. A pesquisa também apontou
diversos problemas na segurança dos
trabalhadores rurais do DF.

USO ABUSIVO DE AGROTÓXICO

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) agrotóxicos são


produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso
nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos
agrícolas cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de
preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos.
O emprego de agrotóxicos tem implicado em problemas relacionados à
contaminação ambiental e à saúde pública. O uso abusivo de agrotóxicos no
processo produtivo da agricultura brasileira, seu impacto para a saúde e o meio
ambiente, tem natureza complexa e envolve aspectos biossociais, políticos,
econômicos e sócio-ambientais.

Os defensivos agrícolas ou agrotóxicos constituem uma categoria especial de


insumos que promovem benefícios indiretos à produtividade, uma vez que o objetivo
de sua utilização é o de evitar a perda nas safras, causada pelo ataque prejudicial
de pragas e doenças às culturas. De fato, a existência de agroecossistemas e
monocultivos para atender à enorme demanda por alimentos é necessária, porém
essas modalidades de produção agrícola favoreceram o aparecimento de pragas,
doenças, ervas daninhas e microrganismos.
Esse desequilíbrio traz sérios problemas para a produção agrícola de alimentos,
obrigando ao uso de métodos artificiais como pesticidas, fertilizantes e outros.

Os trabalhadores, principalmente no campo estão expostos maciçamente aos


agrotóxicos, assim como a população em geral por meio do consumo de alimentos
contendo resíduos destas substâncias tóxicas ou associação de substâncias. A
exposição pode ocorrer por diferentes vias, de forma direta ou indireta, por
inalação, ingestão ou por contato com a pele.

Estudos também descrevem a transferência de pesticidas em plantas, os quais


mostram modelos de absorção de plantas que permitem a previsão da
acumulação, translocação e transformação do contaminante nas partes
comestíveis de plantas, que representam a principal entrada de pesticidas na
cadeia alimentar.
A toxicidade dos pesticidas, tanto no nível genético quanto no metabólico, ainda
não foi adequadamente descrita. Dados recentes da Organização Internacional do
Trabalho/ Organização Mundial da Saúde estimam que, entre trabalhadores de
países em desenvolvimento, os agrotóxicos causam anualmente 70 mil
intoxicações agudas e crônicas que evoluem para óbito. E pelo menos 7 milhões
de doenças agudas e crônicas não-fatais, devido aos pesticidas.
CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS

Apresentados em várias formulações tendo por objetivo facilitar o aplicador a


efetuar as aplicações no campo.

Quanto à ação:
Através de ingestão - a praga deve ingerir a planta previamente tratada com o
produto;
Microbiano - o produto contém microorganismos que atacarão a praga ou o agente
causador da doença;
Por contato - ao tocar o corpo da praga o produto já faz efeito.

Quanto à origem:

Orgânicos - compreendem os de origem vegetal e os organo-sintéticos.


Origem vegetal são largamente utilizados por algumas correntes da Agroecologia,
sendo de baixa toxicidade e de curta permanência no ambiente.
Organo-sintéticos persistem por maiores períodos nos ecossistemas.

Inorgânicos - muito utilizados no passado, atualmente não representam mais do


que 10% do total de agrotóxicos em uso.
CLASSE TOXICOLÓGICA DOS AGROTÓXICOS

Todos os agrotóxicos apresentam, no rótulo, uma faixa que, de acordo com a


cor, indica a classe toxicológica, ou seja, o grau de toxicidade que cada produto
apresenta.
O FATOR TOXICIDADE

Entre os fatores ambientais estão a temperatura e a umidade, que podem


interferir em determinadas propriedades físico-químicas da substância, como
solubilidade, estabilidade, pressão de vapor e reatividade química. A temperatura
pode afetar a absorção, a distribuição e o modo de ação da substância.

Por exemplo, há indicações de que a absorção do paration (organofosforado) a


partir da pele humana é mais rápida em ambientes mais quentes e que o
aumento da temperatura ambiente torna piores os efeitos tóxicos dos agrotóxicos.
VIAS DE INTOXICAÇÃO OU CONTAMINAÇÃO
Existem três vias de entrada de agrotóxicos no organismo humano. São elas:

Via dérmica – Ocorre através da penetração pela pele, é a mais freqüente e


ocorre não somente pelo contato direto com os produtos, mas também pelo uso de
roupas contaminadas ou pela exposição contínua à névoa do produto, formada no
momento da aplicação.

Em dias mais quentes do ano, aumenta a absorção pela pele.

Via digestiva - é a penetração do produto pela boca;

Via respiratória - o produto penetra quando respiramos sem a utilização de


máscaras.
TRANSPORTE DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS APRESENTAÇÃO

Transportar produtos fitossanitários é uma tarefa de alta responsabilidade e exige


que sejam tomadas várias medidas de prevenção para diminuir o risco de acidentes
em vias urbanas e aumentar as chances de sucesso numa tarefa de atendimento
de emergência. São medidas que visam proteger a integridade física das pessoas e
preservar o meio ambiente.

Qualquer descumprimento ao Regulamento do Transportede Produtos


Perigosos, Resolução N° 420/04 ANTT e normas da ABNT poderá ser
caracterizado como prática de um crime ambiental, sujeito à multa e
pena de reclusão de 1 a 4 anos.

§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem abandona os produtos ou


substâncias referidos no caput, ou os utiliza em desacordo com as
normas de segurança.

EXIGÊNCIAS DA LEGISLAÇÃO

Do veículo e equipamentos
O veículo de transporte deve estar sempre em perfeitas condições de uso. Além
de estar funcionando perfeitamente, deve estar limpo, sem frestas, parafusos,
tiras de metal ou lascas de madeiras soltas, proporcionando um transporte que
evite danificar as embalagens.
TRANSPORTE DE TRABALHADORES RURAIS TERÁ MENOS BUROCRACIA

Fonte: MTE - 19/05/2009 - Adaptado pelo Guia Trabalhista

A INº 76, da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), que dispõe sobre os


procedimentos para fiscalização do trabalho rural. A nova IN atualiza e revoga a
anterior (Nº 65) e traz como principal novidade a Certidão Declaratória de
Transporte de Trabalhadores (CDTT), documento usado para autorizar o
transporte de trabalhadores recrutados para laborar em localidade diversa da sua
origem.

Esse documento substitui a antiga Certidão Liberatória, cuja emissão era


obrigatoriamente solicitada pelo empregador à Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego (SRTE). A partir dessa nova resolução é preciso apenas que
o empregador comunique à SRTE sobre o transporte dos trabalhadores por meio
da Certidão Declaratória.

Nesse documento deve constar, entre outras informações:


CNPJ da empresa;
Endereço completo da sede do contratante;
Número de trabalhadores recrutados;
Data de embarque;
Destino.
RÓTULO DE RISCO
RISCO SUBSIDIÁRIO

PAINEL DE SEGURANÇA
SINALIZAÇÃO DA UNIDADE DE CARGA
1 (UM) PRODUTO E 1 (UM) RISCO
Painel de Segurança Rótulo de Risco
Nas duas laterais, frente e traseira
Nas duas laterais e na traseira
com números

PRODUTOS DIFERENTES E MESMO RISCO


Painel de Segurança Rótulo de Risco
Nas duas laterais, frente e traseira
Nas duas laterais e na traseira
sem números
PRODUTOS E RISCOS DIFERENTES
Painel de Segurança Rótulo de Risco
Nas duas laterais, frente e traseira
Somente nas embalagens
sem números

VAZIO
Painel de Segurança Rótulo de Risco
Retirar Retirar
O uso seguro de produtos fitossanitários exige o uso correto dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI´s). As recomendações hoje existentes para o uso de EPI´s
são bastante genéricas e padronizadas, não considerando variáveis importantes
como o tipo de equipamento utilizado na operação, os níveis reais de exposição e até
mesmo das características ambientais e da cultura onde o produto será aplicado.
Estas variáveis acarretam muitas vezes gastos desnecessários, recomendações
inadequadas e podem aumentar o risco do trabalhador, ao invés de diminuí-lo.

EPI são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador rural,
que utiliza os Produtos Fitossanitários, reduzindo os riscos de intoxicações
decorrentes da exposição.

As vias de exposição são:


A função básica dos EPI é proteger o organismo do produto tóxico, minimizando o
risco. Intoxicação durante o manuseio ou a aplicação de produtos fitossanitários é
considerado acidente de trabalho.
O uso de EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de suas
Normas Regulamentadoras*. O não cumprimento poderá acarretar em ações de
responsabilidade cível e penal, além de multas aos infratores.

Risco
O risco de intoxicação é definido como a probabilidade estatística de uma
substância química causar efeito tóxico. O Risco é uma função da toxicidade do
produto e da exposição.

A toxicidade é a capacidade potencial de uma substância causar efeito adverso à


saúde. Em tese, todas as substâncias são tóxicas, e a toxicidade depende
basicamente da dose e da sensibilidade do organismo exposto. (Quanto mais
tóxico um produto, menor é a dose necessária para causar efeitos adversos).
Sabendo-se que não é possível ao usuário alterar a toxicidade do produto, a
única maneira concreta de reduzir o risco é através da diminuição da exposição.
Para reduzir a exposição o trabalhador deve manusear os produtos com cuidado,
usar equipamentos de aplicação bem calibrados e em bom estado de
conservação, além de vestir os EPI adequados.
RISCO TOXICIDADE EXPOSIÇÃO

ALTO ALTA ALTA

ALTO BAIXA ALTA

BAIXO ALTA BAIXA

BAIXO BAIXA BAIXA

Responsabilidades
A legislação trabalhista prevê que:

É obrigação do empregador

 fornecer os EPI
adequados ao trabalho
 instruir e treinar quanto
ao uso dos EPI
 fiscalizar e exigir o uso
dos EPI
 repor os EPI danificados

É obrigação do trabalhador

 usar e conservar os EPI


O empregador poderá responder na área criminal ou cível, além de ser multado
pelo Ministério do Trabalho. O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas
podendo até ser demitido por justa causa.
É recomendado que o fornecimento de EPI, bem como treinamentos ministrados,
sejam registrados através de documentação apropriada para eventuais
esclarecimentos em causas trabalhistas.

Os responsáveis pela aplicação devem ler e


seguir as informações contidas nos rótulos,
bulas e nas Fichas de Informação de
Segurança de Produto (FISPQ) fornecidas
pelas indústrias, sobre os EPI que devem ser
utilizados para cada produto.

O papel do Engenheiro Agrônomo durante a emissão da receita é fundamental


para indicar os EPI adequados pois, além das características do produto, como a
toxicidade, a formulação e a embalagem, o profissional deve considerar os
equipamentos disponíveis para a aplicação (costal, trator de cabina aberta ou
fechada, tipo de pulverizadores e bicos), as etapas da manipulação e as condições
da lavoura, como o porte, a topografia do terreno, etc.
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Abaixo, estão listados os principais itens de EPI disponíveis no mercado, além de


informações e descrições importantes para assegurar a sua identificação e o uso:

Luvas
Um dos equipamentos de proteção mais importantes, pois
protege as partes do corpo com maior risco de exposição: as
mãos. Existem vários tipos de luvas no mercado e a utilização
deve ser de acordo com o tipo de formulação do produto a ser
manuseado.

A luva deve ser impermeável ao produto químico. Produtos que


contêm solventes orgânicos, como por exemplo os concentrados
emulsionáveis, devem ser manipulados com luvas de
BORRACHA NITRÍLICA ou NEOPRENE, pois estes materiais
são impermeáveis aos solventes orgânicos. Luvas de LÁTEX ou
de PVC podem ser usadas para produtos sólidos ou
formulações que não contenham solventes orgânicos.

De modo geral, recomenda-se a aquisição das luvas de


"borracha NITRILICA ou NEOPRENE", materiais que podem ser
utilizados com qualquer tipo de formulação.
Respiradores
Geralmente chamados de máscaras, os respiradores têm o
objetivo de evitar a inalação de vapores orgânicos, névoas
ou finas partículas tóxicas através das vias respiratórias.
Existem basicamente dois tipos de respiradores:
sem manutenção (chamados de descartáveis) que
possuem uma vida útil relativamente curta e recebem a
sigla PFF (Peça Facial Filtrante), e os de baixa
manutenção que possuem filtros especiais para reposição,
normalmente mais duráveis.

Os respiradores são equipamentos importantes mas que


podem ser dispensados em algumas situações, quando
não há presença de névoas, vapores ou partículas no ar,
por exemplo:

a) aplicação tratorizada de produtos granulados


incorporados ao solo;
b) pulverização com tratores equipados com cabines
climatizadas.
Devem estar sempre limpos, higienizados e os seus
filtros jamais devem estar saturados. Antes do uso de
qualquer tipo de respirador, o usuário deve estar
barbeado, além de realizar um teste de ajuste de
vedação, para evitar falha na selagem.

Quando estiverem saturados, os filtros devem ser


substituídos ou descartados. É importante notar que, se
utilizados de forma inadequada, os respiradores tornam-
se desconfortáveis e podem transformar-se numa
verdadeira fonte de contaminação.

O armazenamento deve ser em local seco e limpo, de


preferência dentro de um saco plástico.

Boné árabe
Confeccionado em tecido de algodão tratado para tornar-
se hidro-repelente. Protege o couro cabeludo e o
pescoço de respingos e do sol.
Jaleco e calça hidro-repelentes
São confeccionados em tecido de algodão tratado para se
tornarem hidro-repelentes, são apropriados para proteger o
corpo dos respingos do produto formulado e não para conter
exposições extremamente acentuadas ou jatos dirigidos.

É fundamental que jatos não sejam dirigidos


propositadamente à vestimenta e que o trabalhador
mantenha-se limpo durante a aplicação.

Os tecidos de algodão com tratamento hidro-repelente


ajudam a evitar o molhamento e a passagem do produto
tóxico para o interior da roupa, sem impedir a transpiração,
tornando o equipamento confortável.
Estes podem resistir até 30 lavagens, se manuseados de
forma correta.

Os tecidos devem ser preferencialmente claros, para reduzir


a absorção de calor e ser de fácil lavagem, para permitir a
sua reutilização. Há calças com reforço adicional nas pernas,
que podem ser usadas nas aplicações onde exista alta
exposição do aplicador à calda do produto (pulverização com
equipamento manual, por exemplo).
Jaleco e calça em não tecido
São vestimentas de segurança confeccionados em não
tecido. Existem vários tipos de não tecidos e a diferença
entre eles se dá pelo nível de proteção que oferecem.
Além da hidro-repelência, oferecem impermeabilidade e
maior resistência mecânica à névoas e às partículas sólidas.

O uso de roupas de algodão por baixo da vestimenta


melhoram sua performance, com maior absorção do suor,
melhorando o conforto ao trabalhador com relação ao calor.
As vestimentas confeccionadas em não tecido têm
durabilidade limitada e não devem ser utilizadas quando
danificadas.
Capuz ou touca
Peça integrante de jalecos ou macacões, podendo ser
em tecidos de algodão tratado para tornar-se hidro-
repelente ou em nãotecido.
Substituem o boné árabe na proteção do couro cabeludo e
pescoço.

Avental
Produzido com material resistente a solventes
orgânicos (PVC, bagum, tecido emborrachado aluminizado,
nylon resinado ou nãotecidos), aumenta a proteção
do aplicador contra respingos de produtos
concentrados durante a preparação da calda ou de eventuais
vazamentos de equipamentos de aplicação costal.
Viseira facial
Protege os olhos e o rosto contra respingos durante o
manuseio e a aplicação.
A viseira deve ter a maior transparência possível e não
distorcer as imagens. Deve ser revestida com viés para
evitar corte. O suporte deve permitir que a viseira não fique
em contato com o rosto do trabalhador e embace.

A viseira deve proporcionar conforto ao usuário e permitir o


uso simultâneo do respirador, quando for necessário. A
substituição do óculos pela viseira protege não somente os
olhos do aplicador mas também o rosto.

Botas
Devem ser impermeáveis, preferencialmente de cano alto
e resistentes aos solventes orgânicos, por exemplo, PVC.
Sua função é a proteção dos pés. É o único equipamento
que não possui C.A.
Risco X exposição x operação

Os EPI não foram desenvolvidos para substituir os demais cuidados na aplicação e


sim para complementá-los, evitando-se a exposição. Para reduzir os riscos de
contaminação, as operações de manuseio e aplicação devem ser realizadas com
cuidado, para evitar ao máximo a exposição.
Uso dos EPI
Para proteger adequadamente, os EPI deverão ser vestidos e
retirados de forma correta.
Veja como vestir os EPI:

1. Calça e Jaleco
A calça e o jaleco devem ser vestidos sobre a roupa
comum, fato que permitirá a retirada da vestimenta em
locais abertos. Os EPI podem ser usados sobre uma
bermuda e camiseta de algodão, para aumentar o
conforto. O aplicador deve vestir primeiro a calça do
EPI, em seguida o jaleco, certificando-se este fique
sobre a calça e perfeitamente ajustado.

2. Botas
Impermeáveis, devem ser calçadas sobre meias de
algodão de cano longo, para evitar atrito com os pés,
tornozelos e canela. As bocas da calça do EPI
sempre devem estar para fora do cano das botas, a
fim de impedir o escorrimento do produto tóxico para
o interior do calçado.
3. Avental Impermeável
Deve ser utilizado na parte da frente do jaleco durante
o preparo da calda e pode ser usado na parte de traz
do jaleco durante as aplicações com equipamento
costal. Para aplicações com equipamento costal é
fundamental que o pulverizador esteja funcionando
bem e sem apresentar vazamentos.

4. Respirador
Deve ser colocado de forma que os dois elásticos fiquem fixados corretamente e
sem dobras, um fixado na parte superior da cabeça e outro na parte inferior, na
altura do pescoço, sem apertar as orelhas. O respirador deve encaixar
perfeitamente na face do trabalhador, não permitindo que haja abertura para a
entrada de partículas, névoas ou vapores. Para usar o respirador, o trabalhador
deve estar sempre bem barbeado.
6. Boné árabe
Deve ser colocado na cabeça sobre a viseira. O velcro do boné
árabe deve ser ajustado sobre a viseira facial, assegurando que
toda a face estará protegida, assim como o pescoço e a cabeça.

7. Luvas
Último equipamento a ser vestido, devem ser usadas de forma
a evitar o contato do produto tóxico com as mãos.
As luvas devem ser compradas de acordo com o tamanho das
mãos do usuário, (não podendo ser muito justas, para facilitar a
colocação e a retirada, e nem muito grandes, para não
atrapalhar o tato e causar acidentes).

As luvas devem ser colocadas normalmente para dentro das


mangas do jaleco, com exceção de quando o trabalhador
pulveriza dirigindo o jato para alvos que estão acima da linha do
seu ombro (para o alto).

Nesse caso, as luvas devem ser usadas para fora das mangas
do jaleco. O objetivo é evitar que o produto aplicado escorra
para dentro das luvas e atinja as mãos.
Após a aplicação, normalmente a superfície externa dos
EPI está contaminada. Portanto, na retirada dos EPI, é
importante evitar o contato das áreas mais atingidas com o
corpo do usuário. Antes de começar retirar os EPI,
recomenda-se que o aplicador lave as luvas vestidas. Isto
ajudará a reduzir os riscos de exposição acidental.

Veja agora a maneira correta para a retirada dos EPI:

1. Boné árabe
Deve-se desprender o velcro e retirá-lo com cuidado.

2. Viseira facial
Deve-se desprender o velcro e colocá-
la em um local de forma a evitar
arranhões

3. Avental
Deve ser retirado desatando-se o laço e puxando-se o velcro em seguida.
4. Jaleco
Deve-se desamarrar o cordão, em seguida curvar o tronco para
baixo e puxar a parte superior (os ombros) simultaneamente, de
maneira que o jaleco não seja virado do avesso e a parte
contaminada atinja o rosto.

5. Botas
Durante a pulverização, principalmente com equipamento
costal, as botas são as partes mais atingidas pela calda.
Devem ser retiradas em local limpo, onde o aplicador não suje
os pés.

6. Calça
Deve-se desamarrar o cordão e deslizar pelas pernas do aplicador
sem serem viradas do avesso.
7. Luvas

Deve-se puxar a ponta dos dedos das duas luvas aos


poucos, de forma que elas possam ir se desprendendo
simultaneamente.
Não devem ser viradas ao avesso, o que dificultaria o
próximo uso e contaminaria a parte interna.

8. Respirador
Deve ser o último EPI a ser retirado, sendo guardado separado
dos demais equipamentos para evitar contaminações das partes
internas e dos filtros.

Importante: após a aplicação, o


trabalhador deve tomar banho com
bastante água e sabonete, vestindo
roupas LIMPAS a seguir.
Lavagem e manutenção
Os EPI devem ser lavados e guardados corretamente, para assegurar maior vida
útil. Os EPI devem ser mantidos separados das roupas da família.

Lavagem
A pessoa que for lavar os EPI, deve usar luvas a base de Nitrila ou Neoprene. As
vestimentas de proteção devem ser abundantemente enxaguadas com água
corrente para diluir e remover os resíduos da calda de pulverização. A lavagem
deve ser feita de forma cuidadosa, preferencialmente com sabão neutro (sabão de
coco). As vestimentas não devem ficar de molho.

Em seguida, as peças devem ser bem enxaguadas para remover todo o sabão. O
uso de alvejantes não é recomendado, pois vai danificar o tratamento do tecido. As
vestimentas devem ser secas à sombra. Atenção: somente use máquinas de lavar
ou secar, quando houver recomendações do fabricante.
EPI SÃO CAROS

Estudos comprovam que os gastos com EPI


representam, em média, menos de 0,05% dos
investimentos necessários para uma lavoura. Alguns
casos como a soja e milho, o custo cai para menos
de 0,01%.

Insumos, fertilizantes, sementes, produtos


fitossanitários, mão-de-obra, custos administrativos
e outros materiais somam mais de 99,95%.

O uso dos EPI é obrigatório e não cumprimento da


legislação poderá acarretar em multas e ações
trabalhistas. Precisamos considerar os EPI como
insumos agrícolas obrigatórios.
QUALIDADE DA APLICAÇÃO

Para obtenção de um resultado positivo na aplicação de um fungicida, devemos


considerar três fatores básicos:

Produto, deve ser o mais adequado para o fungo (alvo biológico) a ser controlado:
Momento da aplicação, quando o patogeno está mais sensível ao produto;
Máquina, produz a aplicação mais adequada, distribuindo o produto de maneira
mais uniforme na área a ser protegida. As interações destes três fatores com as
condições ambientais vão interferir na eficiência ou não do controle.
CUIDADOS COM OS FATORES AMBIENTAIS

Controle de deriva - por definição, é o deslocamento da calda de produtos


fitossanitários para fora do alvo desejado.

Este fenômeno pode se dar pela ação do vento, escorrimentos ou mesmo


volatilização do diluente e do produto.
Ele é uma das principais causas da contaminação do aplicador, do ambiente e de
insucessos nas aplicações.

De acordo com Cunha (2003), a deriva nas aplicações de agrotóxicos é


considerada um dos maiores problemas da agricultura.
PULVERIZADOR COSTAL MANUAL
PULVERIZADOR COSTAL MOTORIZADO
PULVERIZADOR TRATORIZADO COM MANGUEIRA E PISTOLA DE
PULVERIZAÇÃO

Pistolas de Pulverização - as pistolas de pulverização são providas de bicos


hidráulicos operados a alta pressão, onde as gotas se formam e são
arremessadas em direção à planta.

PULVERIZADOR TRATORIZADO DE BARRAS


TURBOPULVERIZADOR
PULVERIZAÇÃO COM AERONAVE
9 - Meio Ambiente e resíduos

Cada resíduo deve ter a destinação estabelecida em legislações e regras próprias


de meio ambiente em níveis federal e estadual.
Especialmente para o caso de emissões de queimadas, cada região possui regras
próprias que devem ser observadas – comunicação, publicação de editas, tomada
de providências preliminares etc.

Para o caso dos resíduos orgânicos, como alimentos, palha, dejetos de animais
etc, onde é comum a formação de gases combustíveis e/ou asfixiantes, devem ser
tomados cuidados especiais contra incêndio, explosão e asfixia de pessoas.
ALERGIAS - POEIRA ORGÂNICA AGRÍCOLA
O trabalho agrícola envolve vários riscos à
saúde. Os agroquímicos com sua toxicidade
direta são o exemplo típico.
O trabalhador rural esta sujeito a câncer de
pele, doenças dermatológicas, zoonoses,
etc., mas nenhuma é mais séria que as que
afligem o trato respiratório.
Estudos nos EUA, Inglaterra e países
escandinavos revelam que a mortalidade de
fazendeiros por doenças respiratórias é
maior que a de trabalhadores na cidade.

O cloro, sulfídrico, amônia, diesel queimado, solventes, fumos de solda, também


agentes infecciosos derivadas de animais, esporos de fungos e outros
microorganismos que se alimentam dos produtos das colheitas estão presentes nas
chamadas poeiras orgânicas e inorgânicas.

Indivíduos expostos à poeira orgânica agrícola têm 3 vezes mais chance de


desenvolver doenças respiratórias como asma e bronquite que outros trabalhadores
da cidade.
Micro ameaças. Bactérias como os
Actinomycetes (esquerda) e mofos como o da
Alternaria e Botrytis (direita) estão entre os
microorganismos encontrados na poeira do
feno.

O problema nota-se em todo o trato respiratório, desde o nariz à região mais


profunda dos brônquios. Esta poeira altamente penetrante com partículas com
menos de 10 micra de diâmetro inclui fungos e bolores, pólen, poeira de silos de
armazenamento, etc..
Encontra-se poeira orgânica em explorações de frangos, suínos e laticínios
associada a material inorgânico em suspensão. Esta poeira pode conter ainda
materiais vegetais como ração, camas, pele, pelos, penas, fezes, urina, bactérias e
fungos.
Na poeira encontram-se ácaros e outros artrópodes, insetos fragmentados, aditivos
alimentares, antibióticos, pesticidas, micotoxinas, endotoxinas, fração de células de
bactérias, etc..
Os vários problemas respiratórios são resposta
imunológica do pulmão que produz anticorpos
para neutralizar as substâncias a que esta em
contato com o caso do fungos do pó de feno.
Trabalhadores de criação de cogumelos,
colhedores de cortiça com problemas
respiratórios são exemplos deste tipo de
resposta alérgica. A alta sensibilidade
Poeira orgânica em silos pneumônica com a exposição continuada levará
elevatórios de grãos. a uma bronquite crônica, encurtamento da
respiração e perda de volume pulmonar.

De 5 a 8% dos trabalhadores rurais expostos a pó orgânico desenvolvem a


hiper - sensitividade pneumônica.
Testes de exposição a pó orgânico de uma usina beneficiadora de algodão
demonstrou que níveis até 200 microgramas/m³ de ar [ g/m³] de pó orgânico é
seguro para os trabalhadores, sendo altamente crítico quando a exposição passa
dos 750 g/m³.

Sinais de problemas respiratórios por a endotoxinas são encontrados em


trabalhadores de silos graneleiros ou em suinocultura e granjas com pouca
ventilação. A prevenção pode ser feita com exaustão de ar e uso de máscaras.

O armazenamento de algodão é a única atividade regulamentada nos EUA


permitindo até 200 g/m³ nas áreas de operação têxtil. Especifica também que as
poeiras orgânicas em geral devem obedecer à concentração máxima de 15 g/m³
para poeira total e até 5 g/m³ para a micro poeira abaixo de 10 micra.
10 - Ergonomia

Deve ser exigido do médico que realiza os exames


admissional e periódicos que ateste a aptidão do trabalhador
para levantamento e transporte manual de cargas, nos pesos
especificados.
Todo trabalhador designado para o transporte manual
regular de cargas deve receber treinamento ou instruções
quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar.

OBS.: Embora não sendo mandatório para o meio rural, o


roteiro do “Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora
Nº 17”, é um bom guia.
GINÁSTICA LABORAL
CORTE DE CANA I

CORTE DE CANA II
11 - Ferramentas Manuais

O empregador deve disponibilizar, gratuitamente,


ferramentas adequadas ao trabalho e às
características físicas do trabalhador, seguras e em
bom estado de uso, substituindo-as sempre que
necessário gerando, ainda, documentos contendo a
descrição do material fornecido, datas e assinaturas
dos usuários, similar ao sistema de controle de EPI.
Dia do Trabalhador Rural
25 de Maio
12 - Máquinas, equipamentos e implementos

As máquinas, equipamentos e implementos, devem


atender aos seguintes requisitos:

- utilizados unicamente para os fins concebidos,


segundo as especificações técnicas do fabricante;
- operados somente por trabalhadores capacitados e
qualificados para tais funções;
- utilizados dentro dos limites operacionais e
restrições indicados pelos fabricantes.
- somente devem ser utilizadas máquinas e
equipamentos móveis motorizados que tenham
estrutura de proteção do operador em caso de
tombamento e dispor de cinto de segurança.
As cabines podem aparecer com as seguintes denominações:

ROPS = Rollover Protective Structure (estrutura protetora contra acidentes na


capotagem - EPCC);

FOPS = Falling Object Protective Structure (estrutura protetora contra objetos


cadentes);

OPS = Operator protective structure (estrutura protetora do operador);

TOPS = Tip-over protective structure (estrutura protetora contra tombamento);

FOG = Falling Object Guard (guarda de proteção contra objetos cadentes);

OROPS = Omited ROPS (Não tem a Estrutura protetora contra acidentes na


capotagem).
COLHEITADEIRAS
RISCOS NO USO DA PICADEIRA E DESINTEGRADORA

As máquinas agrícolas providas de engrenagens e rolos


cortantes, como a despolpadora de sisal (usada no interior da
Bahia, principalmente), as moendas de cana, as picadeiras de
forragem e muitas outras, quando não têm dispositivos de
segurança, são causa de acidentes mutilantes, como pode ser
visto na foto abaixo:
Outras vezes, ocorre o esmagamento do braço e, pior
que tudo é o caso do trabalhador estar sozinho e não
ter quem o ajude, sequer, a desligar a tomada de
força.

O risco se apresenta quando o homem alimenta a


máquina (em movimento) com a planta a ser
triturada. A máquina gira, digamos, a uma
velocidade de 30 cm por segundo; a distância do
seu braço à engrenagem é de 1 metro; mas o seu
tempo de reação é menor do que a velocidade da
máquina. Assim, qualquer descuido pode ser
fatal.
Quando são usadas máquinas que possam, por seus elementos girantes (como as
roçadeiras), lançar pedras à distância e outros objetos com suas pás, convém
manter distância das mesmas.
ACIDENTES TRATORES
Regras de segurança

• Conheça e obedeça as regras de segurança,


• Não tome bebidas alcoólicas ou remédios estimulantes para trabalhar,
•Leia o manual do operador do trator.

• Causas de acidentes com máquinas agrícolas:


Atitude insegura - 80%
Condição insegura - 20%

• Principais tipos de acidentes:


Capotamento
Partes móveis
Condição extrema
Regras de segurança na manutenção:

1 - Limpe sempre o combustível e o lubrificante derramado, e possua um local


destinado ao depósito desses fluídos usados,
2 - não fume ou utilize qualquer tipo de chama quando trabalhar com combustíveis
e lubrificantes,
3 - não reabasteça o trator com motor funcionando,
4 - tome cuidado com o líquido da bateria, se entrar em contato com o mesmo lave
imediatamente a pele ou a roupa, e também sempre remova primeiro o cabo do
pólo negativo da mesma,
5 - todos os fluídos devem ser manuseados com segurança, fora do alcance de
crianças e não devem ser ingeridos,
6 - sempre que suspender o trator use cavaletes de segurança e não o próprio
macaco,
7 - não abra jamais a tampa do radiador quando este estiver quente.
Interior
17:28 - 18/12/2008 Motorista morre após pular de trator desgovernado Ele teve
morte instantânea e não houve tempo de receber atendimento médico. José Marcos
teve morte instantânea. O motorista José Marcos Rodrigues da Silva, 23 anos,
morreu na tarde desta quinta-feira, após pular de um trator desgovernado que
ele dirigia.
O acidente ocorreu no Povoado Gavião, situado no município de Atalaia, distante 48
km de Maceió. De acordo com testemunhas, o trator descia uma ladeira, quando
teria perdido o freio e, José Marcos pulou para se salvar. Na queda, ele teria batido
com a cabeça e morreu instantaneamente, sem que houvesse tempo para receber
atendimento médico.
Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009 › 08:30
Capataz morre prensado por trator, em
Nova Alvorada

Acidente de trabalho matou ontem o capataz


e tratorista da Fazenda Estrela Dalva, Ademir
de Melo, 52 anos, conhecido como Tio Neca,
morador em Nova Alvorada do Sul.

Segundo a polícia, ele amarrou um cabo de


aço ao trator e a três árvores, que tentava
derrubar ao mesmo tempo. O Massey
Fergusson 95X empinou, o motorista perdeu o
equilíbrio e o trator caiu sobre ele. Melo
morreu prensado pela máquina.

O corpo foi encontrado ontem, por volta das


18h, por um professor que passava pelo local
e acionou a Polícia Civil e Militar.
Geral | 20/03/2009 | 18h08min

Homem morre esmagado por trator em


Caxias do Sul Acidente aconteceu na
estrada que leva à comunidade Nossa
Senhora das Dores

O pedreiro Gerson Pessato, 42 anos, morreu


esmagado por um trator.

A vítima prestava serviço para o mecânico


Antonio Zeni, 36 anos. Segundo Zeni, o
pedreiro se prontificou em levar o trator que
havia sido consertado para um cliente,
quando teria desmaiado no volante e caído
em um barranco.

— Eu estava de carro atrás dele e vi quando


ele desmaiou e o trator caiu — lembra o
mecânico, que seguia o trator de carro.
Acidente com um CBT (faltou freios)
REVISTA CULTIVAR MÁQUINAS – NÚMERO 49 - FEVEREIRO 2006

Segurança na operação de tratores

As operações com tratores agrícolas expõem o operador a uma série de riscos.


Porém, os acidentes podem ser evitados, tomando-se cuidados básicos na
condução das máquinas e implementos
No mundo, milhões de pessoas estão envolvidas com a agricultura. No Brasil, de
acordo com o último censo demográfico (2002), um percentual de aproximadamente
19% da população vive no meio rural. E, segundo o último censo agropecuário
(1995 –1996), o Brasil possui uma frota de 803, 7 mil tratores (IBGE, 2003). Frota
hoje seguramente maior.

A máquina agrícola mais utilizada no meio rural é o trator, por isso o número de
acidentes que podem muitas vezes levar até o óbito é grande. No Brasil existem
falhas nas estatísticas. Diversos fatores contribuem para isso, desde a extensão
territorial até o desconhecimento de leis trabalhistas, o que faz com que o
trabalhador rural só procure assistência médica quando o acidente é muito grave.
Tal fato faz com que apenas alguns casos cheguem ao conhecimento do órgão
responsável.
REGRAS DE SEGURANÇA
O tratorista deve presenciar a entrega da máquina para receber orientações
técnicas de controle e manutenção, além de conhecer as características
estruturais e funcionais do trator, mantendo sempre atualizada uma caderneta
com informações sobre o estado de manutenção. Além disso, antes de colocar a
máquina em movimento, deverá ler com atenção o manual do operador.
GRA FLORESTAL
Terça-feira, Janeiro 30, 2007
Estatísticas de acidentes com motoserra nos USA
Estatística de acidentes com motoserra de uma
empresa florestal em Minas Gerais
Freqüência de acidentes com operadores de
motoserra

Cabeça – 31,3%
Tronco – 18,7%
Mão –12,6%
Perna –18,7%
Pés – 18,7%

Comentário

Existe discrepância entre os dados de acidentes


ocorridos nos USA e da empresa brasileira tais
como:

Acidentes na cabeça e tronco da empresa


(50%) muito maior do que a freqüência de
acidentes nos USA (9,13%).

Acidentes nas mãos da empresa (12,6%) muito


menor do que a freqüência de acidentes nos USA
(41,87%).

Acidentes nas pernas e pés da empresa (37,4%)


menor do que a freqüência de acidentes nos USA
141 TRABALHADORES EM CONDIÇÃO DEGRADANTE SÃO LIBERTADOS –

Trabalhadores em condições degradantes foram resgatados por um grupo de


fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em usina de cana-de-
açúcar localizada na cidade de Paracuru

Setembro 25, 2008

Trabalhadores sem os equipamentos de proteção individual - como luvas, óculos


ou mangotes- descalços ou apenas com sandálias, sem alimentação adequada e
sem água para beber, sequer um banheiro ou local para a higiene, além de
transporte irregular – os caminhões que carregavam cana-de-açúcar eram os
mesmos que transportavam as pessoas. Entre os adultos, adolescentes
trabalhando.

Do total de resgatados, 55 estavam no canavial e 86 no parque industrial da usina. Entre


os adolescentes, quatro estavam no corte da cana-de-açúcar e um na indústria. “Todos são
do Ceará. A maioria é de Paracuru e muitos da cidade de Tianguá, onde há uma unidade
da usina”, informa José Francisco de Almeida Carneiro, secretário de Política Salarial da
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece). Ele
acompanhou a equipe do Grupo de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) que fez o resgate dos 141 trabalhadores.
Entre os trabalhadores, só três tinham registro em
carteira. A usina de cana-de-açúcar realizava o
pagamento semanal pelo corte da cana que era
feito a partir das 5 horas e até as 13 horas. Consta
no relatório feito pelo grupo de fiscalização que o
transporte dos homens era feito no mesmo
caminhão que levava os feixes de cana-de-açúcar e
as ferramentas para o corte. Os fiscais lembram que
a lei exige que o transporte seja feito em ônibus. É
obrigatório um local reservado para as ferramentas.

De acordo com o Ministério do Trabalho, os funcionários receberam seguro-


desemprego e o valor das verbas rescisórias foi de R$ 245 mil. Mas a usina de
cana-de-açúcar recusou-se a fazer o pagamento das rescisões e deverá ser
acionada na Justiça pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Procuradoria
Regional.
INTRODUÇÃO
Considerada como uma das ferramentas de maior importância na exploração
florestal, a motoserra veio substituir o machado nas mais diversas culturas de corte,
desgalhamento, etc, executadas não só nesse tipo de exploração, mas também nas
diversas propriedades rurais por ocasião do desmatamento e limpeza do solo para
plantio.
MOTO SERRA I
Apesar da grande utilidade, a motoserra, quando mal utilizada ou de forma
incorreta, torna-se muito perigosa ocasionando graves acidentes.

SERRA CIRCULAR DO FUTURO I


Para que isto não aconteça e o trabalhador possa desenvolver sem nenhum perigo
a sua atividade, a motoserra deve possuir, entre outros, os seguintes Equipamentos
de Proteção Coletiva.

A motoserra deve ser usada corretamente, sempre de acordo com as instruções


do fabricante e as medidas
preventivas recomendadas
MOTO SERRA II
Segunda-feira, Março 19, 2007
Cuidado com a motoserra

Foto 1 – Trabalhador sem luvas, sem óculos de segurança e protetor auditivo.


Observa-se que o trabalhador está numa posição instável, o pé direito apoiado num
tronco de diâmetro menor (área de apoio menor) que poderá provocar desequilíbrio
e acidente

Foto 2 - Abaixo, idem, com agravante; a motoserra em funcionando lançando


cavaco ou lasca de madeira em direção ao corpo do trabalhador.
MOTO SERRA III
O que diz a norma NR-12 sobre Motoserra

Treinamento obrigatório para operadores de motosserra. Deverão ser atendidos


os seguintes:

1.Os fabricantes e importadores de motosserra instalados no País, através de


seus revendedores, deverão disponibilizar treinamento e material didático para os
usuários de motosserra, com conteúdo programático relativo à utilização segura
de motosserra, constante no Manual de Instruções.

2.Os empregadores deverão promover a todos os operadores de motosserra


treinamento para utilização segura da máquina, com carga horária mínima de 8
(oito) horas, com conteúdo programático relativo à utilização segura da
motosserra, constante no Manual de Instruções.
3.Os certificados de garantia dos equipamentos contarão com campo específico, a
ser assinado pelo consumidor, confirmando a disponibilidade do treinamento ou
responsabilizando-se pelo treinamento dos trabalhadores que utilizarão a
máquina.

4.Todos os modelos de motosserra deverão conter rotulagem de advertência


indelével resistente, em local de fácil leitura e visualização do usuário, com a
seguinte informação: “O uso inadequado da motosserra pode provocar acidentes
graves e danos à saúde”.
Os riscos na operação de uma motosserra estão associados, principalmente a:
■ ferimentos com a lâmina (sabre)
■ ruídos e vibrações
■ corte e queda da árvore

Estatísticas de acidentes
■ 91% dos acidentes atingem as mãos, pernas e pés
■ 9% cabeça e tronco

Condições de saúde devido ao trabalho


Operadores - sentem dores no corpo durante ou após o trabalho. As regiões mais
afetadas: coluna e braço.
Segundo estudo de especialistas, a lombalgia constitui um dos principais problemas
de saúde dos operadores de motosserra.

Principais dores após o trabalho


Os operadores relatam; dores nas pernas, tórax e nos braços.
Segundo especialistas, as dores são provocadas com adoção de posturas incorretas
no trabalho, o que pode causar problemas graves nas costas e pernas dos
trabalhadores.
Uso dos E.P.I.
Nos trabalhos com motosserra, torna-se necessário (e obrigatório) o uso de
Equipamentos de Proteção Individuais, tais como:
■ capacete
■ protetor de ouvidos do tipo concha
■ óculos (de preferência viseira)
■ luvas de couro
■ macacão e botas

Ruído em motoserra no local de trabalho


Sem carga – 71 dBA
Com Carga – 101 dBA

MOTO SERRA IV
Aprenda a avaliar a árvore que vai ser abatida:
observe o seu tamanho,
diâmetro,
estado,
posição em relação às vizinhas, etc.

Assim, por exemplo, se o seu diâmetro for cerca de duas vezes maior do que o
tamanho da lâmina da motosserra, isto irá requerer uma técnica especial de corte.

Antes do corte, há 12 itens a considerar:

inclinação do tronco
distribuição da copa
limpeza em redor da árvore (área de trabalho)
escolha da direção de tombamento
escola da rota para uma possível fuga
localização do companheiro de trabalho
posição do veículo ou de benfeitorias
presença de linhas de energia próximas
uso da técnica de corte apropriada
a presença de áreas podres ou ocas no tronco
velocidade e direção do vento, e
observar quaisquer objetos (frutos, galhos, etc.) que possam vir de cima.
Observe a posição correta da mão esquerda
durante o corte, tanto para fixar bem a motosserra,
como para acionar com o dedo indicador, quando
preciso, o mecanismo de segurança.

O equilíbrio do operador é muito importante, para


controlar a máquina e mantê-la segura com firmeza.
Há o perigo de ricochete e mesmo de tombamento
do homem, devido ao peso da motosserra. Evite
cortes acima do ombro.
Deve-se sempre acelerar a máquina antes do
corte.

Se o operador é iniciante e não tem experiência, deve


inicialmente treinar a derrubada de árvores pequenas,
para aprender e praticar, antes de se aventurar a
cortar as árvores de maior porte.
Remoção do Tronco e Pilhas

Os riscos de acidente no uso da motosserra não param depois que a árvore é


tombada e já se encontra no chão. Uma vez no chão, o tronco deve ser removido,
ocasião em que a árvore será desgalhada. O tronco é, em geral, dividido em toras,
que serão devidamente empilhadas ou transportadas.

As árvores caídas estão, em geral, sob tensão, dependendo do modo como esteja
apoiada no chão. Via de regra o tronco fica submetido a duas forças de sentidos
opostos: a tensão numa extremidade e a compressão na extremidade oposta.
A foto ao lado mostra a técnica correta para
fracionar o tronco caído. Observa-se que o tronco
está apoiado sobre roletes formados com galhos
de diâmetro pequeno e, assim, a extremidade do
tronco está em balanço e, portanto, sob tensão,
não havendo (no caso), perigo de quebra da
lâmina da motosserra.

MOTO SERRA V
13 - SECADORES

Os secadores devem possuir revestimentos


com material refratário e anteparos
adequados de forma a não gerar riscos à
segurança e saúde dos trabalhadores. O
processo de secagem é utilizado para
reduzir o teor de umidade de produtos
agrícolas. Para as condições brasileiras, o
teor de umidade ideal para a armazenagem
de grãos e sementes é de 13%. Este valor
inviabiliza o desenvolvimento de fungos e
bactérias.

Modalidades de secagem:

Secagem natural: radiação solar (café, cacau, milho e feijão – pequenos


agricultores);

Secagem artificial: uso de secadores. Em baixas temperaturas (ar natural ou


levemente aquecido), em altas temperaturas (provocados por fluxos de
aquecimentos artificiais)
Secador de Grãos
Secadores artificiais:

Sistemas de aquecimento do ar: fornalhas à lenha ou queimadores de gás.


Sistema de movimentação do ar: ventiladores.
Sistema de movimentação dos grãos: elevadores de caçamba, transportadores
helicoidais.

Secagem a baixa temperatura


Características:
Fundo perfurado;
Capacidade estática máxima de 300 t ou 5.000 sacas;
Altura de cilindro máxima de 6 metros.

A secagem pode durar de 15 a 30 dias. O ar é aquecido em, no máximo, 10 graus


acima da temp. ambiente. Usada principalmente na secagem de arroz.

Tipos de secagem à alta temperatura:

Secadores de Leito fixo: a carga de grãos permanece estática durante a


secagem; revolvimento dos grãos a cada 3 horas; tempo de secagem estimado em
5 horas; secagem de milho em espigas, café em ramas, café e arroz.

Secador de leito fixo


Secadores de fluxos cruzados: os fluxos de grão e ar de secagem cruzam sob
um ângulo de 90 graus na câmara de secagem. É o mais difundido mundialmente.
Secador de fluxos mistos ou Secador do tipo Cascata: modelo mais utilizado no
Brasil. Capacidade horária de secagem de 15 a 250 t/horas. Estruturalmente esses
secadores possuem uma torre central montada pela superposição vertical de caixas
dutos. Uma caixa dutos é formada por dutos montados em uma fileira horizontal.
Temperatura do ar entre 80 e 100 graus.
14 - SILOS
Tipos de silos

Silos horizontais: são grandes depósitos horizontais cobertos de formato cônico.


O depósito de material é realizado ao longo do cume da cobertura e os grãos são
acumulados em forma de pirâmide. A descarga do silo é feita por um sistema de
transportadores situados ao nível do piso.

Silos Cúpula

Nos caminhões graneleiros abertos deve ser proibido que os trabalhadores


subam sobre a carga em descarregamento.
Silos semi-esféricos: são grandes depósitos horizontais cobertos no formato de
calota. O piso e a parte da construção lateral situa-se abaixo do nível do solo para
aproveitar o talude como reforço. Proporciona uma capacidade de estocagem de
45000 toneladas de soja.

Silos Horizontais
“Graneleiros
Silos verticais: são silos cilíndricos, construídos em concreto ou em chapas de
aço. A área ocupada é relativamente pequena porque as dimensões de altura são
muitas vezes maiores que as de seu diâmetro. Possuem capacidade de armazenar
de 4 a 6 mil toneladas de grãos. São recomendados para grãos de soja que
escoam facilmente e sementes de algodão ou amendoim são adequadamente
estocadas em silos verticais.
Terça-feira, Maio 19, 2009 Trabalhador morre soterrado em silo de cereal

O trabalhador G.C.V.S. 21 anos, morreu asfixiado em um silo de cevada da


fábrica da Cervejaria Schincariol, localizada na Guabiraba, na Zona Norte do
Recife, Pernambuco, na tarde de sábado, 01 de outubro de 2005. George, que
trabalhava há apenas um mês na fábrica, estava fazendo uma limpeza no silo de
50 m de altura, quando foi coberto pelos grãos.

Resgate
A brigada de incêndio da fábrica tentou retirar o trabalhador, mas não conseguiu
resgatar o corpo. O Corpo de Bombeiros chegou à fábrica da Schincariol por volta
das 14h30. O trabalhador George estava preso no silo, apenas com a cabeça para
fora da cevada.

“A equipe da fábrica chegou afastar um pouco os grãos, mas não conseguiu salvar
o rapaz. Ele já estava morto quando chegamos. Tentamos retirá-lo pela janela
lateral do silo, mas foi impossível, porque muito material continuava caindo das
paredes”, relatou o tenente Márcio Tenório. Márcio Tenório explicou que foi preciso
subir até o topo do silo, que tem aproximadamente 50 metros de altura, e descer
amarrado a um cabo de aço para desenterrar o trabalhador. “Passei cerca de três
horas para conseguir liberar a vítima. O cabo de aço levantou o corpo cerca de dez
metros e o restante da equipe conseguiu puxar-nos pela janela de comunicação
entre os silos”, concluiu o oficial.
Morte

De acordo com o perito do Instituto de Medicina Legal (IML), Alcides Buarque, que
realizou a perícia do corpo, o rapaz morreu por asfixia mecânica (quando algo
provoca o sufocamento da pessoa).

O silo onde aconteceu o


acidente foi interditado e foi
feita uma extensa notificação
à empresa.

Os auditores também
começaram a levantar os
primeiros dados como, por
exemplo, em relação à
atuação da Comissão
Interna de Prevenção de
Acidentes (Cipa), ao ponto
de vista físico do local e à
realização de treinamento
dos funcionários.
Como ocorreu o acidente

1-Por volta das 14 h, o trabalhador entrou no silo 2 de cevada para fazer varrição na
instalação

2-A cevada acumulada nas paredes do silo caiu de repente e soterrou-o. A brigada
de incêndio da fábrica tentou retirá-lo por uma janela entre os silos, mas ele ficou
preso.

3-Um bombeiro precisou descer amarrado a um cabo de aço pelo topo do silo para
alcançar a vítima. Depois de 3 horas de trabalho, o bombeiro conseguiu desenterrá-
lo e já estava morto e içar o corpo.

SOTERRAMENTO EM SEMENTES
Definição de Espaços Confinados

É qualquer área não projetada para ocupação contínua, à qual tem meios limitados
de entrada e saída, e na qual a ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que podem
existir ou se desenvolverem.

Os problemas dos Espaços Confinados

■ Baixa ocorrência;
■ Acidentes Fatais;
■ Quase sempre fatais;
■ Diversidade de riscos envolvidos;
Os acidentes fatais ou não fatais envolvendo ambientes confinados revelaram
dados alarmantes:

■ Em 100% dos casos o ambiente não foi analisado;


■ Em 95% dos casos não havia um plano de resgate;
■ Em 85% dos casos não havia programa de treinamento para a entrada em
espaços confinados (permissão de acesso);
■ Em 65% dos casos os executantes não sabiam sequer de que se tratava de um
espaço confinado;
■ Em 60% dos casos fatais, ocorreram mais de uma morte vitimando pessoas que
tentavam resgatar colegas;

Há quatro principais riscos em espaços confinados;

■ Deficiência/enriquecimento de oxigênio
■ Incêndio ou explosão
■ Toxicidade e
■ Afogamento em líquidos ou partículas sólidas em suspensão (poeiras)
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SILOS ARMAZENADORES
FORNALHA
TRANSPORTADORES
CORREIAS TRANPORTADORAS
ESPALHADORES GRÃOS
VENTILADORES
AERAÇÃO
ROSCAS VARREDORAS
ROSCA TRANSPORTADORA
Captação pó

Ciclofiltro
Silos para Ração
Esteiras
UNIDADE DE ARMAZENAGEM E SECAGEM
Seagro realiza incineração de
arroz contaminado por fungo
causador do Beribéri
Por: Rejane Freitas - Seagro
Data de Publicação: 20 de agosto de
2008

Cerca de 80 toneladas de arroz em casca,


vindas das regionais de Imperatriz, Açailândia,
Barra do Corda e Santa Inês, contaminadas
pelo Beribéri, foram trazidas para São Luís,
para serem incineradas. Esse processo foi
realizado nesta quarta-feira (20), às 10 horas,
pela Serquip – empresa de tratamento de
resíduos, localizada no Distrito Industrial, para
onde foi direcionado o arroz interditado.
É obrigatória a prevenção dos riscos de
explosões, incêndios, acidentes
mecânicos, asfixia e dos decorrentes
da exposição a agentes químicos,
físicos e biológicos em todas as fases
da operação do silo. Não deve ser
permitida a entrada de trabalhadores no
silo durante a sua operação, se não
houver meios seguros de saída ou
resgate. Nos silos hermeticamente
fechados, só será permitida a entrada
de trabalhadores após renovação do ar
ou com proteção respiratória adequada.

Antes da entrada de trabalhadores na fase de abertura dos silos deve ser medida
a concentração de oxigênio e o limite de explosividade relacionado ao tipo de
material estocado.

Os trabalhos em silos devem ser realizados com no mínimo dois trabalhadores,


devendo um deles permanecer no exterior e, com a utilização de cinto de
segurança e cabo vida. (Trabalhos em Espaços Confinados)
Todas as instalações elétricas e de iluminação no interior dos silos devem ser
apropriados à área classificada.
Serviços de manutenção por processos de soldagem, operações de corte ou que
gerem eletricidade estática devem ser precedidas de uma permissão especial onde
serão analisados os riscos e os controles necessários.

Riscos no trabalho em silos e armazéns

Por serem os silos locais fechados, enclausurados e perigosos, são conhecidos


como espaços confinados.
Na Agricultura, existem ainda os chamados espaços confinados móveis: os
tanques que são levados para o campo, onde são armazenados os agrotóxicos
usados na lavoura; e os caminhões-tanque transportadores de combustível ou de
água (carros-pipa).

Outros exemplos de espaços confinados que podem ser encontrados nas


diversas atividades ligadas à agroindústria são:

tonéis (de vinho / aguardente),


reatores,
colunas de destilação,
vasos, cubas, tinas,
misturadores, secadores, moinhos, depósitos e outros.
Um espaço confinado apresenta sérios riscos com danos à saúde, seqüelas e
morte. Alguns dos riscos dos acidentes em Silos e Armazéns agrícolas:

explosões;
problemas ergonômicos;
lesões do trato respiratório (poeiras) e do globo ocular;
riscos físicos (ruído, iluminação, umidade, vibrações, etc.); e
acidentes em geral (quedas, sufocamento, etc.).

Risco de explosões:
A decomposição de grãos pode gerar vapores inflamáveis. Se a umidade do
grão for superior a 20%, poderá gerar metanol (álcool metílico: líquido
inflamável e muito venenoso; quando queima, não emite chamas),
Propanol (álcool: líquido inflamável) ou Butanol (álcool: líquido inflamável).

Os gases metano (gás inodoro e incolor e, quando adicionado ao ar se


transforma em mistura de alto teor explosivo) e etano (gás sem cor e sem
cheiro), também são produzidos pela decomposição de grãos e são igualmente
inflamáveis, podendo gerar explosões.
No caso de explosões, a maior parte dos acidentes ocorre nas regiões em que a
umidade relativa do ar atinge valores inferiores a 50% (ar mais seco), e onde se
armazenam produtos de risco como: trigo, milho e soja, ricos em óleos
inflamáveis.
1. Explosões

Para diminuir o risco de explosões, deve-se evitar a solda e o fumo no interior e nas
proximidades dos silos. Alguns fumigantes contêm produtos inflamáveis: dissulfeto
de carbono, dicloreto de etileno, fosfina e outros. Fumigantes e pesticidas são um
risco habitual para os trabalhadores das unidades armazenadoras de grãos.

Normalmente implicam na exposição ao tetracloreto de carbono, dissulfeto de


carbono, dibrometano, fosfeto de alumínio e dióxido de enxofre, todos
potencialmente perigosos.

A maior parte dos acidentes ocorre nas regiões em que a umidade relativa do ar
atinge valores inferiores a 50%, e onde se armazenam produtos de risco como:
trigo, milho e soja, ricos em óleos inflamáveis.
Explosões em unidades armazenadoras de grãos

"Sob aspectos militares, explosivos podem ser definidos como substâncias ou


misturas suscetíveis a sofrerem bruscas transformações químicas sob influência de
calor ou ação mecânica. Destas transformações geram-se gases aquecidos sob alta
pressão, que tendem a expandir rapidamente levando: a) romper estruturas; b)
destruir equipamentos; c) ceifar vidas humanas".

"As explosões em unidades armazenadoras, geralmente possuem por material


explosivo as misturas das substâncias, ar atmosférico e partículas sólidas em
suspensão, as quais neste caso são denominadas como os agentes comburente e
combustível, respectivamente. As partículas originam-se das impurezas que
acompanham a massa de grãos, o esfacelamento e pó dos grãos ou resíduos finos".

A detonação dessa mistura será processada caso em algum local ocorra a


temperatura do ponto de detonação, o que pode ser causado por uma fonte de
ignição tipo:

a) acúmulo de carga eletrostática; b) curto circuito;


c) sobreaquecimeto de lâmpadas; d) descarga atmosférica;
e) atrito de componentes metálicos; f) descuidos quanto ao uso de aparelhos de
solda; g) acionamento em que a correia patina na polia, e aquece até o ponto de
ignição; h) cigarro aceso;"
Operadores retiram grãos de soja
queimados utilizando barras de ferro.
Os funcionários fizeram um furo no
fundo cônico, através do qual
procuraram remover os grãos
carbonizados.

Munidos de longos ferros reforçados,


utilizados como alavancas e pás, após
ter sido inserido, de baixo para cima,
uma rosca helicoidal do tipo utilizada
para a abertura de covas para o plantio
de árvores em reflorestamento. Foram
dias de luta para remover os grãos
carbonizados.

Os funcionários, para retirar do local a


soja carbonizada, utilizam uma
retroescavadeira, que movimenta e
transporta toneladas de soja
queimada, e as coloca em caminhões
que leva ao novo e triste destino.
RISCOS INTERNOS DE OPERAÇÃO DOS SILOS

Afogamento e Sufocamento em Silos


Afogamento e sufocamento são tipos de acidentes em que as vítimas são
submetidas à asfixia mecânica por ação da massa de grãos. Sendo que
no primeiro caso as vítimas são arrastadas, como ilustra a Figura á
esquerda, enquanto no segundo as vítimas são encobertas, visto na
ilustração da Figura á direita.
O afogamento acontece quando operários estão trabalhado sobre a massa e
desavisadamente, colegas abrem o registro inferior de saída dos grãos para a
alimentação da correia transportadora de expedição, também vista de forma
esquemática na figura.

A ilustração mostra os dois momentos, no primeiro, um operário caminhando na


parte alta da massa, e logo a seguir, no segundo momento, o operário é sugado e
afogado na massa de grãos devido a abertura do registro inferior de descarga.
Acidente semelhante com morte, também pode ocorrer, e infelizmente tem ocorrido,
mesmo com o registro de descarga fechado, caso em que um ou mais operários
caminhando sobre a massa, e sem saber pode estar armada uma armadilha sob os
seus pés, estando prestes a sofrer um grave acidente.
Em determinadas condições de umidade no momento da armazenagem e do
estado de conservação, falta de controle termométrico e de aeração, os grãos
podem formar aglomerados e estes tendem a constituir estruturas como superfícies
aproximadamente horizontais, formando vazios.

A depender das dimensões das estruturas, quando do descarregamento dos silos,


elas podem bloquear o fluxo de grãos. Ao tentar desintegrá-las, caso não sejam
tomadas medidas de prevenção, acidente como sufocamento pode acontecer. Isto
geralmente ocorre pelo fato destas estruturas serem estaticamente instáveis e
tendem a entrar em colapso mediante a aplicação de esforços.

Mesmo fora dos momentos de descarga, estas estruturas representam riscos, pois
o peso dos operadores sobre os grãos, podem destruir e romper vindo os operários
abaixo, ocasião em que se dá o sufocamento, com asfixia e morte.

Em tulhas, geralmente existentes nas propriedades rurais, junto aos arrozeiros e no


beneficiamento de sementes, ao descarregar, pode ocorrer acidentes com esta
mesma gravidade. As vezes crianças brincam sobre os grãos, casos, que de fato
acontecem e resultam na morte por afogamento.
O corpo somente é descoberto quando chegando a arte mais baixa da tulha, retém
a saída dos grãos e no momento em que é verificado o motivo, encontram o corpo.

Acidente com morte por sufocamento. A vítima é encoberta pela massa de grãos e
morre por asfixia.
A figura á direita mostra um trabalhador, sobre a massa existente na tulha,
enquanto outro abre o registro para alimentar a carreta da propriedade, fazendo
com que a pessoa que se encontrava na parte superior, fosse sugada e afogada e
termina morrendo por asfixia.
Acidente com morte por afogamento em tulha
geralmente existente nas fazendas.

Por este motivo, é indispensável que as pessoas


que andam sobre os grãos armazenados a granel,
utilizem cinto de segurança e cordas que as
possam sustentar em caso de rompimento da
partes ôca no interior do silo.

Crianças ou adolescentes e qualquer outra pessoa


não qualificada e sem materiais indispensáveis de
segurança, não poderão ter acesso a nenhum local
da unidade de beneficiamento e armazenagem que
não unicamente os passeios e calçadas liberadas
e demarcadas para tanto.

A responsabilidade sobre um acidente com um


visitante sempre será da empresa, cooperativa ou
do dono do negócio.
Os gases tóxico, com relação a seus efeitos sobre o organismo humano,
pode ser classificado como:

A) Asfixiantes simples: são gases inertes, porém em altas concentrações em


ambientes confinados reduzem a disponibilidade de oxigênio. Enquadram-se
nesta categoria os gases: metano, etano, butano e gás carbônico.

B) Asfixiantes químicos: são gases que agem bloqueando a fixação das


moléculas de oxigênio pelas hemoglobinas do sangue. Como exemplo, tem-se
o monóxido de carbono (CO).

C) Irritantes: são substâncias que agridem os tecidos das vias aéreas (nariz,
garganta e laringe), os pulmões e os olhos, podendo provocar sérias lesões,
como também expor o organismo a ação de microrganismos patológicos. Nos
caso em que os pulmões são atingidos, geralmente as vítimas são acometidas
de pneumonia, bronquite, broncopneumonia e no caso das vias respiratórias
superiores: renite, faringite e faringite. Nesta modalidade têm-se os óxidos de
nitrogênio (NOx).
Ação de Agentes Tóxicos Sobre o Organismo Humano

O aparelho respiratório humano tem por função propiciar que todas as células
constituintes do organismo executem o processo de respiração. Para a
manutenção desse processo, o sangue ao passar pelos pulmões é abastecido com
oxigênio, o qual é conduzido até as células dos diferentes tecidos do corpo.

Em processo inverso, o sangue traz das células até os pulmões, o gás carbônico.
Os níveis desses gases como de outros na corrente sanguínea irá depender das
condições do ambiente, ou seja, altas concentrações destes compostos no ar
ambiente implicam no aumento de seus níveis no sangue.

No caso, por exemplo, de altas concentrações de oxigênio uma pessoa pode ter
vertigens, enquanto altas concentrações de gás carbônico podem levar ao óbito.
Entre outros, um dos grandes problemas encontrados nas Unidades de
Beneficiamento e Armazenagem de grãos, diz respeito à questão da segurança
pessoal dos funcionários e dos equipamentos que também estão sujeitos à danos
por uso indevido. Muito destes acidentes se deve à falta de treinamento e
informação quanto ao uso correto dos equipamento de proteção pessoal (EPIs) e
da correta operação dos equipamentos de beneficiamento.

Tem sido inúmeros os casos de acidentes e muitos com perdas de vidas, por
choque elétrico, quedas, afogamento na massa de grãos, inclusive de crianças que
brincam em tulhas cheias de grãos muitas vezes existentes nas propriedades
rurais.

Explosões, morte por asfixia, por falta de oxigênio em poços de elevadores ou de


gás tóxico tem sido causa de acidentes com mortes.
Antes de entrar num silo para executar qualquer tarefa, recomenda-se que:

O operário nunca entre sozinho num silo;


Use equipamento de descida;
Tenha permissão prévia do seu superior;
Verifique se há gases e poeiras perigosas;

Sempre que houver necessidade, pode-se lançar mão de aparelhos de


comunicação, seja para transmitir orientações por alguém que esteja do lado
de fora do silo, como quando obstáculos físicos impeçam a sinalização visual
entre parceiros.
1 - Acidente em silo mata homens em Cruz Alta

Dois trabalhadores morreram soterrados no milho em um silo da unidade da


Cooperativa Agropecuária Alto Uruguai (Cotrimaio), ontem à tarde, em Cruz Alta, no
noroeste do Estado. Na função de operacionais de armazém, Ademar Saldanha dos
Santos, 41 anos, e Jorge Luis Castro dos Santos, 26 anos, trabalhavam no
carregamento de milho de um silo para um vagão ferroviário.

O produto seria levado para o porto de Rio Grande. No silo, havia cerca de 6 mil
toneladas do produto. O acidente foi às 15h, mas até a noite de ontem os
bombeiros e empregados da Cotrimaio tentavam resgatar os corpos. Para isso,
removiam o grão. A previsão era de que eles seriam retirados até a manhã de hoje.

As causas do acidente estão sendo investigadas. Um dos funcionários teria descido


até o local do silo onde o milho é descarregado, uma espécie de funil, e ficado
preso entre os grãos. O outro tentou ajudar e acabou não conseguindo sair. Foram
cobertos pelo produto. Os grãos, nas laterais, formaram paredes de cerca de 15
metros de altura.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros em Cruz Alta, tenente
Glademir da Silva Pinto, um médico e bombeiros conseguiram a se aproximar das
vítimas, com cordas, para prestar socorro, mas elas já estavam mortas. Quem
chegasse por entre os grãos corria o risco também se ser soterrado.

- É muito difícil sair por causa do próprio peso do produto. Tem toda a pressão do
grão convergindo para um mesmo ponto - explica o tenente.

Uma das vítimas, Saldanha trabalhava no armazém havia apenas uma semana. Ele
tinha cinco filhos. Familiares de ambos se desesperaram ao chegar na cooperativa.
Como os corpos ainda não haviam sido resgatados, não foi possível verificar se as
vítimas usavam equipamentos de segurança.
2 - Operário Morre ao Cair Num Silo de Grãos / PR

Notícia publicada no Portal Agolink em setembro de 2003, conta:

O operário (...), 38 anos, morreu na tarde do ontem no interior do terminal (...).


Conforme testemunhas ele caiu quando abastecia um silo da empresa (...), caindo
em seu interior sendo soterrado pela soja que estava no compartimento.

Comentário: É urgente, é indispensável que material de seguranças esteja


disponível nas empresas armazenadoras, seja de fácil acesso aos funcionários e
que estes sejam treinados quanto aos riscos e a utilização dos equipamentos de
proteção individual, os EPI’s.
Sistema de revolvimento de grãos
Máquinas agrícolas, via de regra, são equipamentos de alta periculosidade
potencial, em parte pela escassa formação em segurança por parte dos
fabricantes.
Onde?
– Falta de proteção e defletores em árvores, correias, engrenagens, rodas
dentadas.
– Corrimãos, estribos e degraus mal dimensionados.
– Apoios e engates deficientes.
– Plataformas altas e derrapantes

Origem dos riscos:

Comuns a qualquer máquina


Órgãos em movimento
Vibrações
Característica de terreno
Tipo de trabalho
Tipo de máquina, mecânica do chassi
Incompetência, imprudência
Manutenção deficiente
As pessoas jovens, sem experiência e as pessoas mais
velhas, com a capacidade física diminuída pela idade, tem
maior risco de acidentes.
Origem dos riscos:

• Aprisionamento
• Perigos mecânicos (projeção de partes, instabilidade)
• Eletricidade estática
• Erros de montagem
• Variação de temperatura
• Incêndios
• Explosões
• Ruído excessivo
• Vibrações de alta e baixa freqüência
• Radiações
• Pó, gases, etc

Atitude de risco

• Fabricante não coloca meios de proteção, para diminuir o preço final.


• Usuário os retira, para facilitar o trabalho de manutenção.
• Usuário não o repõe quando este se desgasta, porque não influi no
rendimento
Atitude de risco

• Fabricante não coloca meios de proteção, para diminuir o preço final.


• Usuário os retira, para facilitar o trabalho de manutenção.
• Usuário não o repõe quando este se desgasta, porque não influi no
rendimento
Características do trabalho agrícola

Que o diferenciam do trabalho industrial:


• Irregularidade do trabalho,
• Variabilidade de funções,
• Pressa na execução de trabalhos,
• Manutenção deficiente,
• Exposição ao clima
• Trabalho sem supervisão

Problema característico das máquinas agrícolas

A reposição de peças e componentes se dá, via de regra, pelos critérios de economia.


Estruturas de proteção ao capotamento

• Riscos derivados do capotamento


• Tipos estruturas de proteção
• Ensaios estáticos e dinâmicos
Acidentes no setor agrícola

• 30 a 40% dos acidentes no setor agrícola, envolvem máquinas.


• 50% destes envolvem o trator
• 50% dos capotamentos incide em morte do operador.
• Risco de morte é dez vezes maior no acidente com trator que no total
dos acidentes contabilizados.
• 3 de cada 100 trabalhadores agrícolas terão como mínimo um acidente
por ano.
COLHEITADERA DE CANA DE AÇUCAR
Nunca abasteça a colheitadeira perto de
depósitos de combustível ou de qualquer
outro material inflamável. Verifique antes do
abastecimento se há alguém fumando nas
proximidades ou outras situações que possam
dar inicio a um incêndio

COLHEITADEIRA DE TOMATE
COLHEITADEIRA DE MILHO
16.Transportes de trabalhadores

TRANSPORTE RURAL I
17.Transportes de cargas

Baseado na lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1.997 – Código de Trânsito


Brasileiro – artigos 105, 117 e 140 a 160.
Resolução CONTRAN Nº 91/99, que dispõe sobre “Cursos de Treinamento
Específico e Complementar para Condutores de Veículos Rodoviários
Transportadores de Produtos Perigosos”.
Nos caminhões graneleiros abertos deve ser proibido que os trabalhadores subam
sobre a carga em descarregamento.
18 - Trabalho com Animais

As doenças mais comumente transmitidas por animais e seus fluidos corpóreos ou


insetos comuns nos locais de trato destes animais são a brucelose, tuberculose,
histoplasmose, leishmaniose, doença de lyme e raiva.

Para as doenças para as quais existem vacinas para humanos, o empregador


deve encaminhar os trabalhadores para vacinação e manter documentação de
comprovação. No transporte com tração animal devem ser utilizados animais
adestrados e treinados por trabalhador preparado para este fim.

Eng. Agríc., Jaboticabal, v.27, n.2, p.326-335, maio/ago. 2007

A qualidade do ar em ambientes de produção animal vem sendo referenciada


como ponto de interesse em estudos de sistema de controle ambiental, focando
tanto a saúde dos animais que vivem em total confinamento, quanto a dos
trabalhadores que permanecem de 4 a 8 horas por dia nesse ambiente de
trabalho. Dentro do contexto da avicultura moderna, pesquisas mostram a
influência direta do ambiente inadequado de criação como um dos fatores que
predispõem ao desenvolvimento de doenças respiratórias nas aves.
TRABALHO COM ANIMAIS I
As doenças respiratórias em aves, geralmente resultado das condições
inadequadas da qualidade do ar dentro do aviário, são a segunda maior causa de
anormalidades que levaram à condenação total ou parcial de carcaças nos
abatedouros. Por outro lado, as referências sobre os poluentes dentro dos aviários
e sua influência sobre a saúde animal, em sua grande maioria, são relacionadas à
produção de frango em países de clima temperado, onde as construções são
completamente fechadas e o resultado final do ambiente difere das condições
brasileiras.
Existem quatro riscos básicos originados pela geração de poeiras ou particulados
nas instalações de produção animal: a saúde do trabalhador, a saúde animal, a
deterioração de equipamentos e das instalações, e a saúde dos vizinhos.

No que se refere às condições ambientais para a produção animal, estudo


detalhado realizado nos países escandinavos, com o objetivo de avaliar a
composição da poeira, através da análise microscópica revelou que as amostras
eram compostas, principalmente, de fragmentos de penas (> 10%) e cristais (>
10%, sendo provavelmente cristais de urato), e secundariamente por ração (< 1%)
e microrganismos e bolores (< 1%).

Não sendo encontrados fragmentos de excrementos nas amostras. A análise do


tamanho das partículas revelou que os tamanhos de partículas mais freqüentes se
encontravam nas faixas maiores que 9 μm (61,4%) e entre 5,8 - 9,0 μm (21,0%), e
as demais faixas até 0,43 μm, representando 17,6% das contagens efetuadas.
A concentração de poeira nos aviários apresenta uma das maiores médias, sendo
de 3,83 a 10,4 mg m-3 para poeiras inaláveis e de 0,42 a 1,14 mg m-3 para
poeiras respiráveis, quando comparadas às condições de produção de outras
espécies. O CO (monóxido de carbono), resultante da queima incompleta do gás
GLP, pode afetar os sistemas cardiovascular, nervoso central e reprodutivo das
aves, quando presente em altas concentrações no ar. O CIGR (1989) recomenda
o limite máximo de exposição de 10 ppm de CO para os animais. O limite mínimo
de O2 é de 19,5%, sendo normalmente encontrado na composição do ar
atmosférico a 20,9% (OSHA, 1994b).
Considerando a importância do conhecimento das condições brasileiras de
alojamento de frangos de corte, este trabalho teve como objetivo determinar a
variação da qualidade da ambiência aérea em aviários ventilados de duas formas:
ventilação tipo túnel e convencional.
No galpão ilustrado no esquema da figura anterior, estão associados: densidade
convencional das aves (13 aves m-²); três linhas de bebedouros tipo “nipple” e duas
linhas de comedouros automáticos; ventilação natural por manejo convencional de
cortinas (cor amarela); ventilação forçada (seis ventiladores axiais tipo Tufão de 0,5
cv, com vazão de 300 m³ min-¹ colocados a 120 cm do piso) na direção oeste-leste
Os valores de poeira total obtidos em ambos os galpões indicam que os mesmos
ofereceram condições adequadas às aves, entretanto as concentrações de poeira
respirável no ar estão acima do limite recomendado para humanos.

A concentração de monóxido de carbono observada nos aviários, na fase de


aquecimento das aves, esteve acima dos 10 ppm máximos recomendados, em
todo o período avaliado, sendo superior na época de frio e no galpão com sistema
de ventilação tipo túnel (30 ppm), quando comparado ao galpão com ventilação
convencional (18 ppm).

Os picos de concentração de amônia no ar estiveram acima dos 20 ppm, máximo


recomendado às aves a partir do 20o dia de produção, em ambos os galpões e
na média diária, por período superior no galpão com ventilação tipo túnel (4h30),
quando comparado ao galpão com
ventilação convencional (2h45).

Foram encontrados apenas traços de óxido nítrico e metano, enquanto a


concentração de gás carbônico, avaliada em condições diurnas, atendeu aos
limites máximos permitidos, tanto para as aves quanto para os trabalhadores.
19.Fatores Climáticos e Topográficos

Quinta-feira, Março 01, 2007 Trabalho sob sol

Com 63.000 novos casos em 2002, o câncer de pele é


o que mais ocorre no País e vem crescendo à taxa de
8% ao ano. Cerca de 80% de rugas e manchas da pele
são provocadas pelo sol e 2/3 dos brasileiros ainda não
usam o filtro protetor solar. Os agricultores, por
trabalharem ao sol, são os mais prejudicados. Também
estão expostos: os pescadores, os pecuaristas, os que
trabalham com reflorestamento e outros.

O trabalho sob o sol é uma rotina comum nas


atividades agrícolas, pecuárias, florestais e da
pesca. O desconforto térmico em ambientes
quentes é responsável pela perda de:
produtividade, motivação, velocidade,
precisão, continuidade e o conseqüente
aumento da incidência de acidentes e
doenças.
Cerca de 75% da radiação solar recebida
durante a vida, ocorre nos primeiros 20 anos,
portanto, quanto mais cedo começar a se
proteger do sol, melhor. Os efeitos da radiação
solar ultravioleta (UV), em geral, só se
manifestam com o passar do tempo, pois vão
se acumulando no organismo. As lesões
começam a aparecer, na maioria das vezes,
por volta dos 40 anos de idade. Por isso,
proteja as crianças e estimule os adolescentes
a se protegerem.
O diagnóstico precoce é muito importante para se obter à cura. O câncer de pele
pode e deve ser tratado. A grande maioria dos cânceres de pele localiza-se na face
logo, proteja-a sempre. Procure um médico dermatologista se existem manchas na
sua pele que estão se modificando, formam "cascas" na superfície, sangram com
facilidade; feridas que não cicatrizam ou lesões de crescimento progressivo.

O trabalho sob o sol requer o planejamento das atividades e a adoção das


seguintes soluções:

■ Chapéu de palha: preferência com aba larga


■ Filtro solar (creme de proteção): com fator de proteção (alto valor) que abranja
todos os tipos de pele
■ Roupas leves: cor branca e tecido de algodão
■ Água potável em abundância
■ Alimentação leve e balanceada
■Pausas freqüentes e sob a sombra
■ Programar atividades noturnas, quando possível

Fonte: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro


Sábado, Março 08, 2008
Raio mata trabalhador rural em Alagoas
Funcionários da Usina Utinga Leão identificaram os dois homens que foram
atingidos por um raio na tarde de quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008, na fazenda
Queimado, na cidade de Murici, Alagoas, José Cícero Pereira dos Anjos, de 27
anos, e José Vieira da Silva, 40, receberam uma descarga elétrica de um raio. Os
dois estavam com outros 400 trabalhadores em um grande campo aberto quando
começou a chover muito, seguido de ventos fortes, quando raios começaram a
cair.

A ocorrência de uma centelha externa


amplamente evidenciada, é confirmada
nos relatos do acidente. Se ela ocorre fora
do corpo ou através ou na parte externa
da roupa, o cabelo e a barba podem ficar
chamuscados.
Pode haver marcas de queimaduras na
sola dos pés e também nas roupas, e
estas podem incendiar-se. Metais sobre o
corpo, podem fundir provocando
queimaduras.
Se a centelha passa entre a roupa e o corpo,
a corrente fluindo sobre a superfície da pele,
pode converter o suor e a umidade da pele
em vapor e, em conseqüência, a pressão
resultante pode arrancar fora a roupa e as
botas.

A caneleira com metal foi rasgada

José Cícero e José Vieira estavam com


um facão na mão e o metal atraiu o raio.
José Cícero teve morte imediata com a
forte descarga elétrica, José Vieira que
também foi atingido, mas com uma carga
bem menor foi levado pelos trabalhadores
para a unidade hospitalar da usina, foi
liberado em seguida e passa bem.
Comentário:

Ao atingir a superfície do solo, a corrente da descarga se difunde radialmente.


Assim, uma pessoa ou animal não precisam necessariamente ser diretamente
atingidos por um raio para ocorrer acidente. As correntes superficiais são elevadas
e provocam tensão entre os pés da pessoa ou animal, ocasionando uma corrente
que pode levar à morte.

Os animais, por possuírem uma distância maior entre as patas, estão sujeitos a
uma tensão de passo maior e, portanto, são mais susceptíveis a acidentes fatais. A
tensão de passo entre as patas dianteiras e traseiras do bovino é maior que a do
homem, e com o agravante do seu coração estar no trajeto da corrente de choque.
Além disso, o raio cai durante uma tempestade e a chuva deixa o solo molhado.

Deste modo, as patas do boi ficam enterradas, produzindo bom contato com a terra,
isto é, um bom aterramento. Assim, com a mesma tensão de passo, a corrente de
choque é maior nesses animais. Após uma tempestade com trovoada, é comum a
morte de animais, principalmente a do gado criado a campo e que se abriga sob
árvores.

Árvore alta e isolada em uma pastagem é um verdadeiro pára-raios natural. Como a


árvore é alta e forma um caminho condutor à terra, há maior probabilidade de
ocorrência de raios sobre ela.
20 - Medidas de Proteção Pessoal

É obrigatório o fornecimento aos trabalhadores, gratuitamente, de equipamentos de


proteção individual (EPI), adequados aos riscos e mantidos em perfeito estado de
conservação e funcionamento.

Proteção da cabeça, olhos e face:


chapéu ou outra proteção contra o sol, chuva e
salpicos;
protetores impermeáveis e resistentes para trabalhos
com produtos químicos;
óculos contra a ação da poeira e do pólen;
óculos contra a ação de líquidos agressivos.
Proteção auditiva:
protetores auriculares
Proteção das vias respiratórias:
respiradores com filtros mecânicos para trabalhos
com exposição a poeira orgânica;
respiradores com filtros químicos, para trabalhos
com produtos químicos;
Proteção dos membros superiores:
luvas e mangas de proteção contra: produtos
químicos tóxicos, picadas de animais peçonhentos.
Proteção dos membros inferiores:
botas impermeáveis e antiderrapantes para trabalhos em terrenos úmidos,
lamacentos, encharcados ou com dejetos de animais;
calçados impermeáveis e resistentes em trabalhos com produtos químicos.

Proteção do corpo inteiro nos trabalhos que haja perigo de lesões


provocadas por agentes de origem térmica, biológica, mecânica,
meteorológica e química:
aventais; jaquetas e capas; Macacões.
Número de acidentes de trabalho cai no setor sucroalcooleiro, mas ainda existem
usinas despreocupadas com a segurança do colaborador. Especialistas garantem
que falta maior conscientização sobre o problema.

Aos 58 anos, o cortador de cana Elpídio da Costa


Nogueira sofre de dores crônicas nas costas, seqüela
provocada pelo esforço repetitivo exigido pela
atividade. Mas esse é praticamente o único problema
herdado durante as quatro décadas de profissão. No
período, viu vários companheiros se aposentarem por
invalidez. Ele, ao contrário, se feriu apenas uma vez,
quando machucou um dos olhos com palhiço. “Mas
isso foi há muito tempo. Embora o número de
acidentes de trabalho apresente redução no setor
sucroalcooleiro, o panorama atual ainda está distante
de uma realidade animadora.

Não há dados estatísticos precisos. As informações


mais novas dispostas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego datam de 2001 – e mesmo assim revelam
apenas índices das áreas agrícolas das usinas,
omitindo os acidentes ocorridos nos setores
industriais. Muitas empresas fazem economia na hora
de comprar EPI’s.
USO DE EPIS EVITA PREJUÍZO NA COLHEITA DA CANA

Fuligem de queimada, acidentes com o podão, cobras, altas temperaturas. Esses


são alguns dos problemas enfrentados pelos trabalhadores no corte da cana de
açúcar crua. Periodicamente, fiscais do Ministério do Trabalho visitam lavouras em
busca de irregularidades. De acordo com os especialistas, o gasto com o
equipamento de segurança não deve entrar na planilha de custo e, sim, na de
investimentos, já que além de evitar multas, gera menos acidentes e menos
prejuízo aos negócios.

De acordo com o Senar (Serviço Nacional de


Aprendizagem Rural), dos 39% de acidentes
com cortadores de cana no Estado de São
Paulo, 14,4% referem-se a problemas nos
olhos, 10,4% nos pés e 9,2% nos braços. “O
custo de EPIs (Equipamentos de Proteção
Individual) fica em torno de R$ 0,40 por dia
para a empresa. Já um cortador de cana
parado deixa de produzir R$ 500,00 por dia
para a usina”, diz Jorge Augusto Barbieri de
Andrade, supervisor de Vendas da Bracol
EPIs, empresa que possui uma linha de
calçados e luvas específica para o setor.
O uso dos EPIs é obrigatório, segundo a Lei no 6.514/77. Os cortadores de cana
devem utilizar botina de canavieiro, caneleira (perneira), luvas, óculos de
segurança, touca árabe (boné), mangote e protetor de lima. O Ministério do
Trabalho atesta a qualidade dos EPIs com a emissão do CA (Certificado de
Aprovação). O fornecimento e a comercialização destes materiais sem o CA é
considerado crime.

O setor canavieiro do Brasil não tem quantificado quantos acidentes anuais o país
tem com seus trabalhadores. Mas segundo Mário Márcio dos Santos, do GSO
(Grupo de Saúde Ocupacional), ligado a 233 usinas de açúcar e álcool brasileiras,
os números de acidente diminuíram, principalmente depois da NR31 (norma que
regulamenta o trabalho na agricultura) e do aumento de fiscalização.
CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR

FASES DA CULTURA
Preparo do solo;
Calagem, nutrição e adubação;
Preparo das mudas;
Plantio;
Controle de plantas daninhas;
Controle de pragas;
Aplicação de maturadores;
Colheita;
Readubação;
Destruição das soqueiras.
1. PREPARO DO SOLO
Descrição: Fase basicamente mecanizada com utilização de pouca mão-de-
obra.Consiste em aração (revolvimento do solo), gradação (quebra de blocos
de terra), confecção de terraços, demarcação de curvas de nível e de
carreadores.
Riscos: ergonômicos, acidentes com máquinas e equipamentos, exposição solar,
ruído, gases, vibração e poeiras.
Máquinas e equipamentos: tratores, arados, grades, sulcadores, motoniveladoras.

2. CALAGEM, NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO


Descrição: Fase basicamente mecanizada. Consiste na correção da acidez do
solo (calagem) e adubação do seu estado nutricional. São utilizados produtos
ricos em cálcio, magnésio, fósforo, nitrogênio e potássio.

Riscos: além dos citados anteriormente, exposição a esses produtos químicos.


Máquinas e equipamentos: trator, grade, adubadeira
3. PREPARO DAS MUDAS
Descrição: é feito o corte manual da cana em uma área já plantada. O
trabalhador vai formando feixes de cana, amarrando-os com a própria palha.
Os feixes são colocados em cima do caminhão adaptado para o plantio e
encaminhado para as áreas já preparadas.

Riscos: cortes nas mãos e nos membros inferiores, acidentes com animais
peçonhentos, ferimentos nos olhos e pele com a palha da cana, exposição solar,
poeiras, ergonômicos e quedas.
Máquinas e equipamentos: trator, carregadeira, facão (machete).

4. PLANTIO
Descrição: com um trator, são feitos os sulcos em que serão jogados os feixes de
cana. Concomitantemente à abertura dos sulcos é feita a adubação com produtos
a base de NPK. Os trabalhadores vão em cima dos caminhões desfazendo os
feixes de cana e atirando-as nas trilhas sulcadas. Outros trabalhadores vão a pé,
atrás dos caminhões, ajeitando as canas nos sulcos e cortando-as em pedaços
com o facão. Logo após, vem um outro trator para realizar o processo denominado
de cobertura e que consiste em jogar a terra que está em torno do sulco por cima
das mudas, enterrando-as. Neste processo, ao mesmo tempo, são colocados
mais fertilizantes e inseticidas, principalmente a base de Fipronil. Atrás deste
trator vai um grupo de trabalhadores com enxada para enterrar as mudas que,
porventura tenham ficado descobertas (recobertura manual).
Riscos: quedas, intoxicação com produtos químicos, acidentes com máquinas e
equipamentos, ergonômicos, poeiras, ruído, vibração, animais peçonhentos,
exposição solar.
Máquinas e equipamentos: trator, plantadeiras, facão (machete), enxadas,
caminhões.

5. CONTROLE DAS PLANTAS DANINHAS


Descrição: aplicação de herbicidas (manual e mecanizada) de pré e pós
emergência (Combire,Velper, Gesapax, entre outros) para erradicação de
plantas que possam competir com a cana.

Riscos: máquinas e equipamentos, intoxicações por agrotóxicos.


Máquinas e equipamentos: trator, pulverizador.

6. CONTROLE DE PRAGAS
Descrição: combate à broca da cana com malathion ou através de controle
biológico com a vespa Cotesia flavips que são introduzidas na cultura.
Também se faz o combate de formigas com formicidas granulados (iscas) a
base de sulfuramidas.

Riscos: intoxicações, exposição solar, animais peçonhentos.


7. APLICAÇÃO DE MATURADORES
Descrição: aplicação de produtos para anteciparem e facilitarem a colheita. É feita
através de pulverizações por aviões agrícolas. Produtos mais usados: Ethel,
Modus, Randap e Curavial.

Riscos: intoxicações do trabalhador (bandeirinha) que sinaliza o local de aplicação


de agrotóxico pelo avião e no caso de trabalhadores que entram na área no
período de carência.

8. COLHEITA
Descrição: pode ser totalmente mecanizada ou manual. Na colheita manual, cerca
de 24 a 48 horas antes, é feita a queimada do canavial, para reduzir a folhagem e
diminuir o risco de acidente com animais peçonhentos. A partir daí, os
trabalhadores cortam a cana com facões e vão fazendo feixes para a medição da
produtividade. Na colheita mecanizada, são utilizadas máquinas específicas para o
corte da cana. Em seguida, são utilizadas máquinas para o carregamento de
caminhões transportadores.

Riscos: cortes nas mãos e nos membros inferiores, acidentes com animais
peçonhentos, ferimentos nos olhos e pele com a palha da cana, exposição solar,
poeiras, ergonômicos e quedas.
Máquinas e equipamentos: colheitadeiras, carregadeiras, caminhões, facões.
9. READUBAÇÃO
Descrição: após a primeira colheita faz-se a adubação das linhas com produtos a
base de NPK e aplicação de herbicida nas entrelinhas, preparando para a próxima
safra. É uma fase mecanizada.

Riscos: acidentes com máquinas e equipamentos e intoxicações.


Máquinas e equipamentos: trator, pulverizador.

10, DESTRUIÇÃO DAS SOQUEIRAS


Descrição: após 4 a 5 colheitas, é feita a reforma da área com escarificação do
solo e gradeação para a destruição das soqueiras de cana, fazendo-se também a
adubação, visando um novo plantio. É uma fase mecanizada.

Riscos: acidentes com máquinas e equipamentos e intoxicações.


Conjunto secador e silo armazenador
2 – Problemas ergonômicos

Os problemas ergonômicos, normalmente, estão associados às reduzidas


dimensões do acesso ao espaço confinado (exigindo contorsões do corpo, o uso
das mãos e dificultando o resgate em caso de acidente) e ao transporte de grãos
ensacados. São eles:

• portinhola de acesso
• agressões à coluna vertebral
• lombalgias
• torções
• esmagamento de discos da vértebra

As figuras esquemáticas abaixo mostram a forma errada (ou não ergonômica) de


levantar peso, à esquerda e a forma correta, à direita.
3 – Problemas com os pulmões e os olhos

Alguns grãos armazenados, como o arroz em casca, desprendem uma poeira que
pode causar lesão aos olhos ou dificuldades respiratórias.
A soja, por ser uma planta de porte baixo, ao ser colhida com colheitadeira, leva
consigo muita terra. Assim, ao ser armazenada, ao movimentar-se, desprende essa
poeira, que pode provocar uma doença terrível chamada silicose ou o
empedramento dos pulmões.

Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI's recomendados são:


• máscaras contra poeiras
• óculos de segurança

4 – Riscos físicos (ruídos, iluminação etc.)

Além dos riscos físicos já relacionados anteriormente, juntam-se: a falta de


aterramento de motores, o uso de lâmpadas inadequadas e a temível eletricidade
estática.

Os EPI's recomendados são:


• protetores auriculares
• óculos ray-ban (para raios ultravioletas) nas fornalhas à lenha
• capacete de segurança.
5 – Acidentes em geral

Vários tipos de acidente podem acontecer com os trabalhadores de silos e


armazéns. Nos silos grandes, como o do croqui abaixo, quando o operário entrar
sozinho no seu interior e tentar andar sem o cinto de segurança sobre a superfície
dos grãos, aparentemente firmes.

O interior de um silo é um ambiente hostil. Há necessidade que a pessoa


designada para executar qualquer tarefa em seu interior esteja devidamente
treinada, orientada quanto aos riscos de acidentes e com boa saúde. Antes de
entrar num silo para executar qualquer tarefa, recomenda-se que:

• O operário nunca entre sozinho num silo


• Use o equipamento de descida
• Tenha permissão prévia do seu superior
• Verifique se há gases e poeiras perigosas
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

A Revista Proteção (N.158, fev./05), que trás como reportagem de capa os


ESPAÇOS CONFINADOS, relaciona os equipamentos de proteção individual
(EPIs) e equipamentos de proteção coletiva (EPCs).

EPIs:
• Capacete com jugular
• Luvas (PVC ou raspa)
• Trava-quedas e acessórios
• Botas de segurança
• Óculos de segurança

EPCs:
• Ventilador/insuflador de ar
• Rádio para comunicação
• Tripé
• Detector de gases e/ou poeiras
• Lanternas apropriadas
• Sistema autônomo com peça facial
Falta de conhecimento operacional e ações seguras

A foto abaixo mostra um ventilador axial de aspiração do pó


ligado ao túnel de uma bateria de silos com a finalidade de
renovar o ar na galeria e remover o pó dos grãos em
suspensão, um elemento perigoso pois se trata de um
produto explosivo dada a sua velocidade de queima.

Ventilador axial
A seqüência de fotos abaixo mostram aspectos
em que ficou um silo Graneileiro fundo "V", da
COTRIROSA, na cidade de Santa Rosa, RS.
Devido a explosão do pó nas galerias e nos
poços dos quais existe um túnel contendo a
correia transportadora para a descarga ou a
transilagem dos grãos. Nestes túneis, também
denominados galerias, se deposita significativa
porção de pó e outra tanta quantidade se
encontra em suspensão, que é o gás perigoso
capaz de explodir contanto que haja uma fonte
de calor denominado de ignição.

Explosão em Santa Rosa - RS


Também são encontrados gases tóxicos gerados pela reação de produtos orgânicos
com a umidade do piso ou água acumulada,além da falta de oxigênio e do pó de
grãos.

Os gases geralmente mais pesados do que o ar,, permanecem nas partes mais
baixa dos poços dos elevadores expulsando para cima o oxigênio do ar que é mais
leve. Os operadores quando se encontram nas partes inferiores, desmaiam e por
falta de socorro e de oxigênio, podem morrer.

O percentual de oxigênio no ar que deveria ser em torno de 21%, pode cair para até
5% ou ainda menos, asfixiando o operador que desce até o local.

Um agravante no caso dos gases como o metano, advindo da compostagem, é que


são inodoros e por não possuírem odor, os operadores desconhecem a sua
existência, inalam e morrem. Por este motivo, poços de elevadores e galerias devem
ser providos de sistema de renovação forçada de ar.

O ventilador será ligado antes da decida de operadores ao fundo dos poços dos
elevadores e ao fundo da galeria dos silos, para que remova o pó e os gases,
renovando os locais com ar puro.
Em alguns casos, temos visto, constatada a demora e o silêncio do funcionário no
fundo do poço e a falta de resposta aos chamados, outro colega entra no local
pensando em ajudar, e também desmaia e pode morrer.

As Unidades deverão ter ventiladores fixos na parte posterior da unidade, ligado ao


túnel, como na figura ao lado, e deve ser ligado trinta minutos antes da entrada dos
operadores, e na extremidade oposta, próximo ao local em que se localizam as
moegas, as aberturas deverão ser mantidas abertas para a entrada livre e
abundante de ar novo facilitando a renovação do ar.

Quando da varredura das galerias, o ventilador deverá estar ligado mesmo antes
do início do trabalho para remover os gases e o pó em suspensão. O pó de grãos é
altamente explosivo, motivo pelo qual as galerias e poços dos elevadores devem
estar ao máximo isento de pó.

O pó a ser varrido existente no chão deverá ser levemente umedecido para que
não levante e forme volumes de pó seco em suspensão, capaz de entrar em
reação química de oxidação e conseqüente explosão de grande gravidade.
CASOS DE ACIDENTES

Veremos vários casos que certamente nos servirão como exemplo, e nos desafiam
a melhorar o gerenciamento e a operação das unidades de beneficiamento.
Projetos tecnicamente corretos e que contemplem as possibilidades de acidentes,
inclua as proteções indispensáveis e evite, ao máximo quedas, concentração de
gases tóxicos, pós explosivos, instalações elétricas mal feitas ou mal isoladas, etc.

3 - MORTE NA EMPRESA ...


(Correio do Povo – data não registrada)
"O promotor da cidade, denunciou ontem à Justiça três pessoas da Empresa ..., por
homicídio culposo pela morte do operário, que morreu asfixiado pela inalação de
gás tóxico na data de 22 de novembro de 1994. De acordo com o promotor, a
empresa foi negligente em relação aos cuidados necessários para que o operário
realizasse o serviço de manutenção no silo de armazenagem...".
Comentário: Os gases muitas vezes existentes no interior dos silos, no poço dos
elevadores ou nas galerias inferiores, são letais e muitas vezes inodoros, de tal
forma que os operários não desconfiam de sua existência. Apenas inalam o ar
contaminado e em poucos minutos desfalecem e morrem.
4 - GÁS TÓXICO PROVOCA MORTE DE TRÊS PESSOAS EM SILO

(Zero Hora – 14/03/96)

Três trabalhadores de uma empresa ..., morreram ontem pela manhã intoxicados
com sulfeto de alumínio, um gás altamente tóxico usado para evitar traças e
carunchos em cereais armazenados. Os operários e o gerente morreram ao aspirar
o gás que estava no poço do elevador do armazém graneleiro. Os operários faziam
uma manutenção de rotina no elevador do armazém.

O pânico tomou conta dos colegas já que não retornaram sinalizando que alguma
coisa grave havia acontecido. O poço do elevador tem uma profundidade de 11
metros.... Os bombeiros lamentaram a precariedade dos equipamentos.

O médico que fez a necropsia, disse que "com a aspiração do sulfeto de alumínio,
em poucos segundo uma pessoa desmaia e morre", como aconteceu com os três
trabalhadores, e se outras pessoas tivessem entrado, teriam morrido igualmente.
5 - EXPLOSÃO DEIXA CINCO OPERÁRIOS FERIDOS EM COOPERATIVA

(Zero Hora, 19/03/97)


Uma explosão no complexo de armazenagem da Cooperativa ..., deixou cinco
funcionários feridos ontem. A explosão ocorreu sob o pátio da cooperativa, em um
dos túneis que interliga as moegas.

A explosão abriu uma cratera de aproximadamente 10 metros de diâmetro por dois


metros de profundidade. Na ora do acidente, 43 funcionários trabalhavam nas
proximidades. Os funcionários foram atingidos pelo deslocamento de terra, pedras,
tijolos e ar quente. Os feridos, foram removidos para o hospital de caridade com
fraturas e queimaduras.

O comerciante ... de 22 anos, conta que o prédio onde trabalha, ... distante cerca de
um quilômetro dos armazéns da cooperativa, estremeceu chegando a pensar que
fosse uma explosão próxima, de dinamite.
O deslocamento de ar foi tão grande que quebrou parte dos vidros da sede da
cooperativa que fica a 150 metros.

Uma das hipóteses cogitadas sobre a causa da explosão, é a formação de gases


no interior do túnel....Já o corpo de bombeiros acredita que a causa tenha sido o
acúmulo de poeira. Poeira em grande quantidade, em ambiente fechado e em
contato com alguma fagulha torna-se explosiva, explica".
6 - EXPLOSÃO EM SILO ALERTA COOPERATIVAS
(Correio do Povo, 17/07/97)

Explosões e rompimento de silos são uma ameaça constante para quem opera com
armazenagem, beneficiamento e moagem de produtos agrícolas. O
superintendente ... suspeita que a explosão nos silos da cooperativa tenha ocorrido
devido ao acúmulo de gases. Para o engenheiro agrônomo perito no assunto, o gás
não é a causa mais provável da explosão, da última terça-feira, que feriu gravemente
quatro funcionários da empresa. Ele acredita que o acúmulo da poeira no interior dos
silos tenha causado o acidente.

Em um ambiente saturado de pó e com umidade relativa baixa do ar, uma simples


faísca causada por um problema mecânico nos equipamentos ou o
superaquecimento de uma lâmpada, teria o poder de detonar a explosão. Quanto
mais fino o pó, mais violenta a explosão.

A outra explicação para o acidente seria causada por saturação de gás. Neste caso,
a detonação também ocorreria por uma fonte de energia qualquer, como uma faísca,
uma solda ou uma simples batida de um equipamento. O milho, por ter alto
percentual de carboidrato, é mais predisposto para a concentração de gás
carbônico..... Na explosão, voaram para o alto pedaços de zinco, ferro e tijolos.....
Até a noite de ontem, dos seis funcionários feridos, quatro permaneciam em estado
grave. ... O acidente afetou máquinas de limpeza e de classificação, elevadores
secadores, e mesas densimétrica de classificação de trigo".
7 - QUATRO OPERÁRIOS MORREM NUM SILO
(Correio do Povo, 14/03/2000)

"Jovem de 19 anos é uma das vítimas do acidente de trabalho em granja ..."


"A inalação de gás tóxico é a causa mais provável da morte de quatro operários em
uma granja de arroz ... O acidente aconteceu na manhã de ontem quando o grupo
de doze trabalhadores preparava-se para realizar a limpeza de um silo utilizado
para a secagem de arroz ... Segundo a Brigada Militar, um dos operários entrou no
elevador e sentiu-se mal.

Os demais correram para acudir o colega e também começaram a passar mal. Três
deles morreram no local, sendo que apenas um sobreviveu até o hospital, mas
morreu antes de receber atendimento. .... Segundo os soldados da BM, o cheiro de
produtos químicos era muito forte dentro do poço de 2 metros de diâmetro e 5,50
metros de profundidade por onde corre o elevador do silo e mesmo com a utilização
de máscara de proteção era impossível não sentir náuseas ou tonturas .....

Os corpos dos operários mortos foram encaminhados para o Departamento Médico


Legal onde foram necropsiados e submetido a exames toxicológicos. .... "Os doze
operários trabalhavam sem máscara ou qualquer outro equipamento de segurança.
Infelizmente isto é muito comum nas granjas da região, onde não há preocupação
com relação a adoção de equipamentos de segurança", declara.
GÁS VENENOSO MATOU OS OPERÁRIOS

(Correio do Povo, 01/04/2000)


"Foi divulgado ontem os Laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP), sobre a morte
de quatro operários ... as análises laboratoriais comprovaram que os operários
foram vítimas de intoxicação causada por gás venenoso... Resíduos do veneno
fosfina foram encontrados na água colhida no fundo do silo, e nas vísceras das
vítimas".
8 - FOGO DESTRÓI SILO DA COOPERMOTA EM PALMITAL

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Por volta das 03h26 de ontem, ocorreu na unidade de armazenamento de grãos da


Coopermota em Palmital, um incêndio em um dos silos onde estavam estocadas
milhares de sacas de milho.
Homem morre eletrocutado na zona rural
14/10/2008 23:41h

José Cosme da Costa


O enfornador, José Cosme da Costa, 32 anos, morreu na tarde desta terça-feira, 14,
por volta das 17h00, depois de receber uma descarga elétrica na zona rural da
cidade de Jatobá do Piauí.

Segundo Francisco Pereira de Brito e


Alberto Cosme da Costa, o fato aconteceu
quando José Cosme retirava canos de
irrigação que foram usados para a irrigação
de melancias perto da Barragem dos
Gatos, localizada no Rio Jenipapo, zona
rural do município de Jatobá do Piauí.
"Quando os canos que ele carregava
tocaram na fiação de alta tensão, o mesmo
foi arremessado a alguns metros de
distância, conta Alberto Cosme.
20/03/2009 05:23:00
Podação de árvore é perigo constante e incômodo

Risco que as pessoas correm de serem eletrocutados. Recentemente uma


pessoa morreu na região de Campo Maior e outro em Teresina quando
podavam árvores sem equipamentos de proteção e receberam descarga
elétrica. No caso de arvores que estejam encostando nos fios elétrico, a
CEPISA recomenda que seja chamado os funcionários da empresa.
14/03/2009 08:49:00

Trabalhador que morreu no Monumento não usava equipamentos


O técnico em manutenção Marcos Roberto Florêncio da Silva, que fazia parte
do cerimonial do governo do estado e morreu nesta sexta feira, dia 13, não
usava nenhum equipamento de proteção individual (EPI). Marcos morreu
quando fazia uma ligação elétrica para a ornamentação do Monumento Heróis
do Jenipapo. Marcos estava descalço, sem capacete, luvas e sem o cinto de
segurança. Equipamentos básicos para esse tipo de serviço.
Um vendedor ambulante que se
encontrava no local, disse que estava
assistindo o técnico fazer a ligação e
presenciou tudo. “Ele subiu no poste numa
escada metálica de pé descalço, sem
capacete e sem o cinto de segurança.

De repente ele deu um grande grito e se


apegou com o poste, aí começou a virar a
cabeça aos poucos e de repente caiu de
uma vez” disse o vendedor. Durante as
comemorações da Batalha do jenipapo foi
feito um minuto de silencio em
homenagem ao funcionário do estado,
morto no acidente de trabalho.
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