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Tira, Charge e Cartum

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Textos Multimodais

Tira
Charge
Cartum
 Em comum, elas têm o fato de ser tradicionalmente publicadas em jornais e revistas,
seja no meio impresso, seja no digital.

 Outra importante característica é que para compreendê-las precisamos levar em conta


tanto a linguagem verbal (das palavras) como a visual (das imagens).

 Por fim, elas também têm em comum o fato de geralmente produzir um efeito
humorístico, podendo, inclusive, utilizá-lo para fazer uma crítica social ou política.
Tira
O ato de narrar uma história por meio de
desenhos é uma prática humana muito
antiga. Ela já estava presente na arte
rupestre, isto é, nas representações de
caçadas e outros eventos que o homem
pré-histórico desenhava em paredes
rochosas.
Foi apenas na Europa do
século XVII, porém, que
surgiram as primeiras
narrativas formadas por
desenhos e texto verbal.
Um herdeiro dessa
tradição foi Angelo
Agostini (1843-1910), um
italiano radicado no Brasil
que lançou, em 1869, As
aventuras de Nhô-Quim,
considerada uma das
primeiras histórias em
quadrinhos brasileiras.
As histórias em
quadrinhos como
conhecemos hoje, sem
narrador e com balões de
fala, surgiram em 1895,
com o Yellow Kid
(Menino Amarelo), uma
criação do norte-
americano Richard
Outcault (1863-1928).
Tira é um gênero discursivo que narra uma pequena história por meio da linguagem
visual, geralmente associada à linguagem verbal.

Muitas tiras têm intenção humorística e, quando isso ocorre, o humor com frequência
nasce de uma quebra de expectativas.

As tiras são tradicionalmente publicadas em revistas, jornais e sites jornalísticos. Na


atualidade, também existem sites e blogs voltados exclusivamente à divulgação de tiras,
sem ligação com veículos jornalísticos.
Uma das formas de produzir o elemento-surpresa das tiras e, assim, criar o efeito humorístico, é lançar mão do exagero.
Afinal de contas, uma situação ou uma pessoa com características intensificadas é, também, algo surpreendente.
Pela fala de Hagar no primeiro quadrinho, entendemos que ele vai ensinar algo importante ao filho. No segundo quadrinho,
parece que ele interrompe seu ensinamento para alertar o menino sobre uma aranha no teto. Porém, no último quadro,
percebemos que o “ensinamento” de Hagar era, na verdade, uma malandragem: ele pretendia distrair a atenção do filho para
lhe roubar o bolo de chocolate.
Interjeições e onomatopeias na construção da expressividade
Polissemia na construção do humor
A ironia como forma de empregar a linguagem verbal para produzir humor
Charge
Charge é um gênero discursivo que busca fazer uma interpretação crítica e bem-
humorada de um fato recente. Para tanto, vale-se de uma combinação entre
linguagem verbal e visual, muitas vezes apresentando caricaturas.
O uso do humor para fazer uma crítica, denunciando certo problema
social ou político da atualidade, é a marca mais característica da charge.
A história da charge se confunde com a própria
história da imprensa moderna. Nos séculos XVIII e
XIX, os primeiros jornais europeus já traziam
ilustrações que debochavam de aristocratas e líderes
políticos. Um dos alvos prediletos era o militar
francês Napoleão Bonaparte (1769-1821). A palavra
charge, aliás, tem origem francesa: significa “carga”
e se refere ao fato de que, ao produzi-la, o artista
“carrega” nos traços e na crítica.
Por se referirem a um acontecimento específico, charges podem ficar “datadas”,
isto é, perder a graça meses ou anos após sua publicação.

Do mesmo modo, uma charge referente a um fato ocorrido em certa cidade ou país
pode não ser compreendida em outro lugar.
Essa charge foi publicada
em abril de 2017, mês em
que houve uma sequência
de dois feriados
prolongados.

Situação inesperada, cômica e exagero,


utilizados para produzir o humor.
Uma forma de exagero típica das charges são
as caricaturas — ilustrações que exageram as
características físicas do retratado, a fim de
torná-lo cômico e facilmente reconhecível.
Cartum
As imagens podem
simbolizar, de um lado, os
humoristas e comediantes e,
de outro, os poderosos.

O cartum sugere uma


reflexão de que o humor é,
literalmente, uma forma de
desestabilizar o poder
Assim como as charges, os cartuns geralmente se compõem de
uma única cena, que apresenta uma combinação surpreendente
e divertida de elementos. Porém, diferentemente das charges, os
cartuns não se relacionam a um fato específico do noticiário.

Eles podem fazer uma crítica ou levar a uma reflexão, mas


também podem ter intenção puramente humorística. Nesse caso,
funcionam como uma “piada visual”. É o caso do cartum ao lado,
que brinca com os braços desproporcionalmente curtos dos
tiranossauros.
Por não se vincularem a um fato
específico, os cartuns geralmente
têm um alcance mais amplo do que
as charges, podendo ser
compreendidos em épocas diferentes
e por pessoas de países e culturas
distintas.

Por outro lado, o humor dos cartuns não necessariamente será


compreendido por todos os leitores, pois muitas vezes se baseia
em referências culturais específicas.
Para produzir humor, o artista faz referência a três personagens de filmes: Darth Vader, o vilão de Guerra nas Estrelas,
Bane, adversário do Batman, e o próprio Batman. Os três têm uma característica em comum: não falam com clareza,
por isso estão no consultório de fonoaudiologia. Uma pessoa que não conheça esses personagens terá dificuldades para
reconstruir os sentidos do cartum e, assim, identificar o humor proposto.
Cartum
Charge
Chargistas
Brasileiros
Charge de Ziraldo, originalmente publicada em 1968.
A charge também pode
ser construída em
quadrinhos

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