A Filosofia Da Grécia Clássica Ao Helenismo
A Filosofia Da Grécia Clássica Ao Helenismo
A Filosofia Da Grécia Clássica Ao Helenismo
a) Nada existia;
b) Se existisse, não poderia ser conhecido;
c) Mesmo que fosse conhecido, não poderia ser
comunicado a ninguém.
Dialética
Consiste na afirmação de uma tese qualquer seguida de uma discussão e
negação desta tese qualquer seguida de uma discussão e negação desta
tese, com o objetivo de purificá-la dos erros e equívocos.
Nascido em Estagira, na Macedônia, foi discípulo
de Sócrates.
Discordava do mestre, em sua teoria das idéias.
Para Aristóteles, a partir da observação da
realidade da existência do ser, é que
atingiríamos sua essência. Realidade essa que
seria tudo o que vemos, pegamos, ouvimos e
sentimos.
Aristóteles entendia que o ser individual,
concreto, único não pode ser objeto da ciência.
O objeto próprio das ciências é a compreensão
do universal.
“O ser se exprime de muitos A indução (operação mental que vai do particular
modos, mas nenhum modo para o geral) representa, para Aristóteles, o
exprime o ser. O ser se diz em processo básico intelectual de aquisição de
vários sentidos.” conhecimento.
Para a polêmica entre Heráclito e Parmênides, Aristóteles propôs uma nova
interpretação, segundo a qual em todo ser devemos distinguir:
• o ato – a manifestação atual do ser, aquilo que já existe;
• a potência – as possibilidades do ser (capacidade de ser), aquilo que ainda não é mas
pode vir a ser.
Sendo assim a transitoriedade ou mudança das coisas, se resumiriam na passagem da
potência para o ato.
Segundo Aristóteles devemos distinguir também em todos os seres existentes:
• a substância – aquilo que é estrutural e essencial do ser;
• o acidente – aquilo que é atribuído circunstancial e não-essencial do ser;
A causa
Aristóteles emprega o termo causa em tudo aquilo que determina a realidade de um ser.
Distingue, assim, quatro tipos de causas fundamentais:
• causa material – refere-se à matéria de que é feita uma coisa;
• causa formal – refere-se à forma, à natureza específica, à configuração de uma coisa;
• causa eficiente – refere-se ao agente que produziu diretamente a coisa;
• causa final – refere-se ao objeto, à intenção, à finalidade ou à razão de ser de uma
coisa;
A felicidade humana
Aristóteles define o homem como ser racional e considera a atividade
racional, o ato de pensar, como a essência humana, Por conseguinte.
Investigando a questão ética, ele diz:
“(...) aquilo que é próprio de cada criatura lhe é naturalmente melhor e mais
agradável; para o homem, a vida conforme o intelecto (a razão) é melhor e mais
agradável, já que o intelecto, mais que qualquer outra parte do homem, é o homem.
Esta vida, portanto, é também a mais feliz.”
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, (1178 a.C.), p.203
Para ser feliz, portanto, o homem deve viver de acordo com a sua essência,
isto é, de acordo com a sua razão, a sua consciência reflexiva. E, orientando
os seus atos para uma conduta ética, a razão e conduzirá à prática da
virtude.
Para Aristóteles, a virtude representa o meio-termo, a justa medida de
equilíbrio entre o excesso e a falta de um atributo qualquer.
Ex: a virtude da coragem é o meio-termo entre a covardia e a valentia insana.
O período helenístico teve início com a conquista da Grécia pelos macedônios (322 a.C.), e
caracterizou-se por um processo de interação entre a cultura grega clássica e a cultura
dos povos orientais conquistados. Na história da filosofia, a produção filosófica do
período helenístico corresponde basicamente à continuação das atividades das escolas
platônica e aristotélica.
As principais correntes filosóficas desse período vão tratar da intimidade, da vida interior
do homem.
Entre as novas tendências desse período, devemos registrar correntes filosóficas como: o
epicurismo, o estoicismo, o pirronismo e o cinismo.
Epicurismo
Fundado por Epicuro (324-271 a.C.) propunha que o ser humano deve buscar o prazer pois,
segundo ele, o prazer é o princípio e o fim de uma vida feliz.
Os epicuristas buscavam a ataraxia, termo grego usado para designar o estado de
ausência da dor, quietude, serenidade e imperturbabilidade da alma. Defendendo uma
administração racional e equilibrada do prazer, evitando ceder aos desejos insaciáveis
que, inevitavelmente, terminam no sofrimento.
Estoicismo
Corrente filosófica de maior influência em seu tempo. Foi fundada por Zenão de
Cício (336-263 a.C.).
Os representantes desta escola, defendiam que toda realidade existente é uma
realidade racional.
Assim, em vez do prazer dos epicuristas, Zenão propõe o dever da compreensão
como o melhor caminho para a felicidade.
O ideal perseguido era um estado de plena serenidade para lidar com os
sobressaltos da existência, fundado na aceitação e compreensão dos “princípios
universais” que regem toda a vida.
Pirronismo
O pirronismo, de Pirro de Élida (365-275 a.C.) – segundo suas teorias, nenhum
conhecimento é seguro, tudo é incerto.
O pirronismo defendia que se deve contentar com as aparências das coisas,
desfrutar o imediato captado pelos sentidos e viver feliz e em paz, em vez de se
lançar à busca de uma verdade plena, pois seria impossível ao homem saber se
as coisas são efetivamente como aparecem. Assim o pirronismo é considerado
uma forma de ceticismo, pois professa a impossibilidade do conhecimento, da
obtenção da verdade absoluta.
Cinismo
O cinismo vem do grego kynos, que significa “cão”; cínico, do grego kynicos, significa
“como um cão”. O termo cinismo designa a corrente dos filósofos que se propuseram a
viver como os cães da cidade, sem qualquer propriedade ou conforto. Levavam ao extremo
a filosofia de Sócrates, segundo a qual o homem deve procurar conhecer a si mesmo e
desprezar todos os bens materiais.
Diógenes, foi o pensador mais destacado dessa escola, questionava os valores e as
convenções sociais e procurava viver estritamente conforme os princípios que considerava
moralmente corretos.
Período Greco-romano
O último período da filosofia antiga, conhecido como greco-romano, corresponde, em
termos históricos , à fase de expansão militar de Roma (desde as Guerras Púnicas, iniciadas
em 264 a.C., até a decadência do Império Romano, em fins do século V da era cristã). Trata-
se de um período longo em anos, mas pouco notável no que diz respeito à originalidade das
idéias filosóficas.
Os principais pensadores desse período, como Sêneca, Cícero, Plotino, Plutarco,
dedicaram-se muito mais à tarefa de assimilar e desenvolver as contribuições culturais
herdadas principalmente da Grécia clássica do que de criar novos caminhos para a filosofia.
A progressiva penetração do cristianismo no decadente Império Romano é uma das
características fundamentais desse período. A difusão e a consolidação do cristianismo,
através da Igreja Católica, atuaram no sentido de dissolver a força da filosofia grega clássica
que passou a ser qualificada como pagã (própria dos povos não cristãos).