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Psicologia Hospitalar Aula 1

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PSICOLOGIA

HOSPITALAR
Professora: Thamires Arruda
Boas Vindas

“Se fosse ensinar a uma criança a beleza


da música não começaria com partituras,
notas e pautas. Ouviríamos juntos as
melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a
música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela
mesma me pediria que lhe ensinasse o
mistério daquelas bolinhas pretas escritas
sobre cinco linhas. Porque as bolinhas
pretas e as cinco linhas são apenas
ferramentas para a produção da beleza
musical. A experiência da beleza tem de
vir antes”.
Quem sou?
Trajetória Profissional:

• Me formei pela Universidade da Amazônia e sou atuante na Psicologia há 12 anos.

• Já atuei nas áreas social e comunitária, escolar, clínica, hospitalar e da saúde.


(Escolas, Hospitais, CAPSi, Trabalho com menores infratores, experiência em saúde mental – HC,
pacientes oncológicos).

• Atualmente sigo na área clínica realizando atendimentos individuais, familiares e de casais. Enfoque
em atendimentos emergenciais.

• Ingressei na UNAMA há cerca de 8 anos.

• Professora Universitária do curso de Psicologia da Unama Parque Shopping, da Unama Alcindo


Cacela e Unama Gentil. Onde já ministrei aula nas disciplinas Fundamentos Psicanalíticos,
Psicanálise Teoria e Técnica, Teorias Psicanalíticas, Técnicas psicanalíticas, Ética e Psicologia,
Psicodiagnóstico, Psicologia da Personalidade, Intervenção em crise, Estágio básico em clínica,
Teorias e Sistemas e atividades práticas e de extensão em psicologia da saúde.
Quem sou?
• Também atuei muitos anos como preceptora de clínica e nessa ocupação já realizei supervisões de
atendimentos de Plantão Psicológico (urgências), Clínica continuada e também atendimentos
grupais à pessoas em situação de violência doméstica (grupo de homens, grupo de mulheres e
grupo Lgbtqi+) - projeto “Sobreviver a violência”, que hoje mudou sua nomenclatura para “Sobre
bem viver”.

• Formada também como Facilitadora de processos circulares pelo TJE-PA.

• Especialista em teoria sistêmica, terapia familiar e de casal.

• Especialista em Psicologia Hospitalar com enfoque Psicanalítico pelo Hospital Israelita Albert
Einstein.

• Curso em Centro de Simulação Realística para atendimentos de urgência.

• Psicanalista em formação pelo Círculo Psicanalítico do Pará.


QUESTÕES
1. O QUE VOCÊS ENTENDEM POR PSICOLOGIA HOSPITALAR?

2. QUAL A DIFERENÇA DA ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA HOSPITALAR PARA PSICOLOGIA CLÍNICA?

3. A PSICOLOGIA HOSPITALAR ATENDE APENAS O PACIENTE?

4. EM QUE MOMENTOS O PROFISSIONAL DA PSICOLOGIA PODE SER SOLICITADO NO HOSPITAL?

5. EM QUAIS SETORES E ÁREAS DO HOSPITAL PODEMOS ATUAR?

6. COMO SURGIU A PSICOLOGIA HOSPITALAR?


VÍDEOS:
1: https://youtu.be/QGCAWsmtUKg

(O que é Psicologia Hospitalar?)

2: https://youtu.be/4j4kdDya_BU

(Psicologia Hospitalar – Uma escuta que acolhe)


PSICOLOGIA
HOSPITALAR
• A atuação da Psicologia Hospitalar

• importância da dimensão psicológica no


processo de adoecimento

• Auxílio na vivência da internação hospitalar,


que pode vir a ser prolongada e clinicamente
complexa.

• Considera os impactos emocionais do


adoecimento e internação a pacientes e
familiares.

• Comunicação com as equipes de saúde e


atenção na recuperação propriamente dita.
PSICOLOGIA
HOSPITALAR
• Família exerce papel de alicerce para o
paciente e também de apoio para a
equipe multiprofissional que o
acompanha.

• Muitas vezes, é preciso contatar os


familiares para obter informações,
orientar e explicar possibilidades de
tratamento.

• Família precisa estar em condições


emocionais para tomar decisões.
PSICOLOGIA
HOSPITALAR
“O psicólogo contribui com a
mediação da comunicação, visando
o acolhimento e a compreensão das
informações. A subjetividade do
paciente, dos seus familiares, as
suas formas de compreender e de
dar significado às experiências
vividas ao longo do processo de
adoecimento e internação são
importantes subsídios para a
atuação do psicólogo”
PSICOLOGIA
HOSPITALAR
• A Psicologia Hospitalar tem o objetivo de promover a
atenção total ao paciente e à sua história de vida.

• Atendimento pode ser realizado em ambulatórios, pronto-


socorros, unidades de internação e unidades de terapia
intensiva.

• O psicólogo realiza a avaliação e o acompanhamento de


pacientes clínicos ou cirúrgicos.

• Avaliação psicológica: são coletadas informações sobre a


história clínica pregressa, histórico de saúde mental e
rede de apoio do paciente.

• Psicólogo estabelece condutas para auxiliar o paciente


nos aspectos de maior vulnerabilidade.
INTERVENÇÕES MAIS
RECORRENTES:
• Promover acolhimento e suporte emocional aos pacientes
e familiares (Notícia de óbito, luto, diagnósticos
impactantes, procedimentos cirúrgicos e quando necessário
internar);

• Identificar motivações e dificuldades na adesão ao


tratamento proposto pela equipe;

• Auxiliar na compreensão e assimilação da condição clínica,


diagnóstico e tratamento;

• Identificar e fortalecer recursos de enfrentamento;

• Realizar preparação psicológica para cirurgia;

• Auxiliar a equipe multiprofissional no cuidado integral ao


paciente;

• Auxiliar no processo de cuidados paliativos;


FAMÍLIA COMO
APOIO
“É importante salientar que os
familiares ficam submetidos a toda
dinâmica hospitalar e representam
uma fonte de apoio significativa ao
paciente. Por isso, eles também são
acompanhados pela equipe de
Psicologia Hospitalar, para receberem
acolhimento, orientações e auxílio
diante das limitações e diagnóstico
do paciente. O atendimento à família
é uma forma de intensificar o cuidado
e suporte ao paciente”
ALGUNS DIAGNÓSTICOS
MUITO ENCONTRADOS
Ansiedade e Depressão

• Procedimentos de grande porte, como


as cirurgias cardíacas e cirurgias
bariátricas, por exemplo, despertam
reações ambivalentes entre pacientes e
familiares.

• Mesmo quando os resultados são


positivos, as repercussões físicas,
psicológicas e sociais exigem adaptações
e mudanças no estilo de vida.
ALGUNS DIAGNÓSTICOS
MUITO ENCONTRADOS
Trabalho da equipe de Psicologia
Hospitalar

• auxiliar na elaboração dos aspectos


relacionados à compreensão e aceitação
das mudanças pré e pós cirúrgicas.

• Ao iniciar o processo de assimilação da


condição clínica e emocional, os
pacientes tendem a apresentar melhora
do humor e postura ativa diante dos
cuidados médicos necessários.
ALGUNS DIAGNÓSTICOS
MUITO ENCONTRADOS

“A ansiedade não é
necessariamente ruim, é uma
reação natural diante de diversas
situações cotidianas. Entretanto, um
paciente com ansiedade
intensificada em função da
internação hospitalar pode
apresentar sofrimento, sobrecarga
emocional e alterações na condição
física”.
ALGUNS DIAGNÓSTICOS
MUITO ENCONTRADOS
• Pós-operatório, a internação
hospitalar, a dependência inicial, os
desconfortos físicos e o afastamento
das tarefas cotidianas como o
trabalho e estudos podem contribuir
com a manifestação de sintomas
depressivos.

• Sentimentos de tristeza, falta de


interesse nos cuidados médicos,
insônia ou excesso de sono são
alguns exemplos.
ALGUNS DIAGNÓSTICOS
MUITO ENCONTRADOS
Trabalho da equipe de Psicologia Hospitalar

• Perceber a presença da ansiedade, da depressão


e de outras manifestações psicológicas durante o
período de internação

• Compreender como cada paciente responde aos


cuidados médicos.

• Buscando estabelecer uma melhor comunicação


não só com o paciente, mas com a sua família e
toda equipe multidisciplinar envolvida,
proporcionando o manejo adequado a cada
situação que possa vir a surgir e a orientação
correta para o período de volta para a casa.
ALGUNS DIAGNÓSTICOS
MUITO ENCONTRADOS
Casos de delírio (delirium)

• O delirium é uma condição na qual o paciente perde, de forma


total ou parcial, a conexão com a realidade.

• Reação comum nas Unidades de Terapia Intensivas (UTIs),


especialmente em idosos e em pacientes com estado de saúde
agravado ou até mesmo pelo uso de alguns remédios.

• Muitas vezes, os casos de delirium envolvem distúrbio na


atenção, pensamento desorganizado, alteração do nível de
consciência e agitação psicomotora.

• Estes sintomas podem gerar dificuldade para a equipe ofertar


os cuidados ao paciente.

• Alguns riscos: levantar do leito sem recomendação, retirar


acesso venoso ou sonda por conta própria, por exemplo.
ALGUNS DIAGNÓSTICOS
MUITO ENCONTRADOS

• Tratamento medicamentoso é o
primeiro recurso utilizado para
amparar o paciente nestes casos.

• Depois, a equipe de Psicologia


Hospitalar pode auxiliar o paciente
e a família à compreender e
elaborar o episódio.
PSICOTERAPIA CLÍNICA
X PSICOTERAPIA BREVE

• Qual a diferença?

• Qual a utilizada em Hospitais?


PSICOTERAPIA BREVE
• Técnica indicada para atender pacientes que apresentam
quadros agudos e reações emocionais diante de uma
situação crítica.

• É constituída por uma avaliação das necessidades


psicoterapêuticas

• Propõe-se a intervir nos sintomas e conflitos


apresentados, priorizando determinada situação
vivenciada pelo paciente.

• Não visa aprofundar aspectos inerentes à construção


social do sujeito ou características da sua personalidade.

• A equipe de Psicologia Hospitalar utiliza a psicoterapia


breve para realizar as intervenções durante o tempo do
paciente no hospital.

• Quando há necessidade, encaminhamos o paciente para


a psicoterapia clínica após a alta hospitalar.
Contrato pedagógico

• Toda experiência de aprendizagem se inicia com


uma experiência afetiva. É a fome que põe em
funcionamento o aparelho pensador. Fome é
afeto. O pensamento nasce do afeto, nasce da
fome. Não confundir afeto com beijinhos e
carinhos. Afeto, do latim "affetare", quer dizer "ir
atrás". É o movimento da alma na busca do
objeto de sua fome. É o Eros platônico, a fome
que faz a alma voar em busca do fruto sonhado.
Rubem Alves

FREQUÊNCIA , COMPROMISSO,
RESPONSABILIDADE
EMENTA:
- Conceituação.

- Histórico da Psicologia Hospitalar.

- O contexto hospitalar e sua significação cultural.

- A psicologia e os diversos tipos de doenças e


pacientes no contexto hospitalar.

- Atribuições do psicólogo.

- Psicologia da morte.

- Questões atuais em Psicologia Hospitalar.


COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS DA
DISCIPLINA:
• Descrever o histórico da Psicologia Hospitalar
no Brasil, especificando a sua regulamentação.

• Introduzir ao campo da Psicologia Hospitalar,


apresentando as principais atividades e teorias
dessa área;

• Conhecer as teorias e as técnicas voltadas para


a área da saúde psicológica no ambiente
hospitalar.

• Debater a função, atuação e características da


atuação do psicólogo hospitalar.
CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
:
UNIDADE I:

• INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA
HOSPITALAR

• TÍTULO DE ESPECIALISTA EM
PSICOLOGIA HOSPITALAR

• LEGISLAÇÃO: REGULAMENTAÇÃO

• HISTÓRICO DA ÁREA NO BRASIL


UNIDADE II:

• DISCUSSÃO EPISTEMOLÓGICA:
CRIAÇÃO DA PSICOLOGIA,
PSICOLOGIA HOSPITALAR

• PSICOLOGIA HOSPITALAR NO
BRASIL X PSICOLOGIA DA SAÚDE
NO MUNDO

• O PSICÓLOGO NO HOSPITAL:
FUNÇÕES E ATUAÇÃO

• O LUGAR DA PSICOLOGIA NO
HOSPITAL
UNIDADE III:

• O HOSPITAL: FUNÇÕES O HOSPITAL:


CARACTERÍSTICAS

• O HOSPITAL: A INSTITUIÇÃO HOSPITALAR

• O HOSPITAL: PROCESSO SAÚDE-DOENÇA

• MORTE E LUTO NO CONTEXTO HOSPITALAR

• SOBRE O TEMOR DA MORTE

• ATITUDES DIANTE DA MORTE E DO MORRER

• ESTÁGIOS DE E. KUBLER-ROSS

• A CRIANÇA E O ADOLESCENTE DIANTE DA MORTE

• MORTE, SEPARAÇÃO, PERDAS E O PROCESSO DE


LUTO

• O PROFISSIONAL DE SAÚDE DIANTE DA MORTE.


UNIDADE IV:

• A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO
HOSPITAL – ATUAÇÃO EM EQUIPE
CUIDADO EM SAÚDE

• ATENÇÃO PSICOLÓGICA EM
PACIENTES HOSPITALIZADOS COM
VARIADAS PATOLOGIAS.
AVALIAÇÃO:
• TRABALHO: 3,0 PONTOS

• PROVA: 7,0 PONTOS


INDICAÇÃO DE LEITURA:
SER PSICÓLOGO

"Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.


Não apenas isso, é também uma notável dádiva.
Desenvolvemos o dom de usar a palavra, o olhar,
as nossas expressões, e até mesmo o silêncio.
O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos
para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.

Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.


Mas não apenas isso, é também um grande privilégio.
Pois não há maior que o de tocar no que há de mais
precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo,
seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.

Somos psicólogos e trememos diante da constatação


de que temos instrumentos capazes de
favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.
Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção
que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir
portas
para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.
Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar,
ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem.
Mesmo na contra-esperança, esperar.
E quando falar, ter consciência do peso da minha
palavra,
do conselho, da minha sinalização.
Que as lágrimas que diante de mim rolarem,
pensamentos, declarações e esperanças
testemunhadas, sejam segredos que me acompanhem
até o fim.

E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio


de
ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.
O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de
alguém que
não tinha com quem contar para dividir sua solidão,
sua angústia, seus desejos.
Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo
descobrir
que isso só começa quando a gente consegue
realmente se conhecer e se aceitar.
Walmir Monteiro

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