Hemodinâmica Aula1
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Hemodinâmica Aula1
Aula Inaugural
O que é a
Hemodinâmica?
A hemodinâmica é uma área de atuação que se
propõe a diagnosticar e tratar disfunções
neurológicas, endovasculares e cardiológicas, como
obstruções, aneurismas e tromboses. As técnicas de
hemodinâmica utilizam cateteres para analisar os
vasos sanguíneos, o que a torna um procedimento
seguro e minimamente invasivo.
A hemodinâmica é estudada de maneira
mais aprofundada na especialidade de
cardiologia, para avaliar o estado
circulatório das artérias coronarianas.
Como exame, ela identifica possíveis
obstruções das artérias coronárias ou
avalia o funcionamento das válvulas e
do músculo cardíaco.
Para que serve a
hemodinâmica?
O exame de hemodinâmica geralmente é solicitado
com a finalidade de diagnosticar o estado da
circulação das artérias coronarianas, identificar a
possibilidade de um infarto agudo do miocárdio ou
determinar a exata localização da obstrução que está
causando um infarto já estabelecido. As técnicas
utilizadas são minimamente invasivas e oferecem
dados funcionais e anatômicos que permitem
diagnosticar eventuais alterações cardíacas.
• Os métodos hemodinâmicos representam um grande
aliado para a cardiologia. Ao diagnosticar e localizar
uma obstrução arterial por meio de cateterismo, por
exemplo, é possível realizar rapidamente o
procedimento mais adequado.
• A rapidez entre o diagnóstico e o início do tratamento
muitas vezes é um fator fundamental para a
sobrevivência do paciente
O tratamento com recursos da
hemodinâmica evita submeter o
paciente ao risco de uma cirurgia
invasiva e permite uma recuperação
mais rápida, com redução de
sequelas. Ao mesmo tempo, cria a
possibilidade de tratamento de
pacientes idosos e/ou com doenças
crônicas graves. Com esses métodos,
não é necessário submeter o
paciente a intervenções mais
arriscadas.
Como se realiza o
procedimento?
O principal uso da hemodinâmica é o cateterismo
cardíaco. O cateterismo normalmente é realizado no
serviço de hemodinâmica de um hospital, com a pessoa
acordada e deitada numa cama ou maca, sob um
aparelho de radiografia. Para realizá-lo são inseridos
cateteres em vasos sanguíneos das pernas ou dos braços,
a serem guiados até o coração com o auxílio de exames
de imagens e, em seguida, são aplicadas injeções de
contraste iodado pelo cateter, o que permite visualizar as
artérias coronárias, as câmaras e válvulas cardíacas.
• Após o procedimento, são geradas imagens que
permitem diagnosticar alterações cardíacas, num
procedimento que dura, ao todo, cerca de dez
minutos. Na preparação para o exame, o paciente
deve fazer um jejum de quatro horas, pelo menos.
• Em geral, não é necessário suspender os
medicamentos que estejam em uso, embora devam
ser suspensos os anticoagulantes (quatro dias antes
do procedimento) e certos antidiabéticos (dois dias
antes). Pacientes alérgicos ao contraste ou com
disfunção renal devem fazer um preparo especial,
orientado pelo médico.
1. A realização do procedimento começa pela aplicação de anestesia no
local a ser incisado.
2. Em seguida deve ser realizada uma pequena abertura para entrada
do catéter, na pele da virilha ou do antebraço na altura do punho ou
cotovelo.
3. A inserção do catéter, geralmente na artéria radial, femoral ou
braquial, será conduzida pelo médico especialista, até as artérias do
coração e localização dele alternativamente nas entradas das artérias
coronárias direita e esquerda.
4. Então, é feita injeção de um contraste radiopaco à base de iodo, que
permite a visualização por raios X das artérias e de seus pontos de
obstrução.
5. A injeção desse contraste também é feita dentro do ventrículo
esquerdo, permitindo assim a visualização do estado do
bombeamento cardíaco.
O exame causa, no máximo, pequenos incômodos. Não há
dores. A duração do exame varia de acordo com o objetivo,
mas normalmente não demora mais que 30 minutos.
Terminado o exame o paciente deve permanecer em repouso
por algumas horas, podendo, em seguida, seguir seu dia a dia
normal, evitando por um curto período de tempo os grandes
esforços.
Quais são os
riscos do
cateterismo?
Habitualmente, o cateterismo cardíaco é feito sem
complicações. No entanto, em raros casos, pode implicar em
complicações sérias e inclusive fatais. As complicações mais
frequentes são dor, sangramento ou infecção no local onde o
cateter é introduzido, danificação acidental dos vasos
sanguíneos utilizados, reação alérgica aos contrastes, arritmia
cardíaca (batimentos irregulares do coração),
desprendimento de coágulos sanguíneos, diminuição da
pressão sanguínea e acúmulo de sangue ou fluido na bolsa
membranosa que envolve o coração.
A Hemodinâmica constitui o campo chamado Radiologia
Intervencionista e estuda os meios de circulação e pressão
sanguíneas para diagnosticar e tratar doenças vasculares;
por isso, é fundamental em áreas como neurologia,
cardiologia, entre outros setores. A técnica pode ser
aplicada, por exemplo, em procedimentos de embolizações
de vasos em órgão tumorais hepáticos, contenção de
hemorragias, tratamento de aneurismas, retirada de
cálculos biliares e corpos estranhos, aneurismas cerebrais,
além dos mais procedimentos mais conhecidos, o
cateterismo cardíaco e a angioplastia.
A base dos exames está na geração de imagens
que orientam o cirurgião por meio de cateterismo.
Esse termo genérico consiste na inserção de um
tubo fino e flexível (cateter) no sistema
circulatório. Ao chegar ao local onde se pretende
averiguar, por dentro do cateter, injeta-se uma
substância radiopaca que gera contraste com os
raios X emitidos pelo angiógrafo, aparelho em no
qual o paciente está posicionado. As imagens são
transmitidas para monitores.
O Profissional da Radiologia executa
suas funções junto a uma equipe
multiprofissional cujo principal
objetivo é salvar vidas, geralmente
em situação de emergência
Quanto tempo demora o exame?
A duração do exame varia de acordo com o objetivo,
mas normalmente não demora mais que 30 minutos.
Terminado o exame o paciente deve permanecer em
repouso por algumas horas, podendo, em seguida,
seguir seu dia a dia normal, evitando por um curto
período de tempo os grandes esforços.
A área é regulamentada pelas Resoluções CONTER nºs 6/2009 e
2/2012. “Temos papel relevante no preparo do angiógrafo e no
posicionamento do paciente, para garantir a obtenção de imagens
com qualidade durante e após os vários procedimentos”
Profissional-X
A Radiologia é uma das principais ferramentas da Medicina. Esta
realidade coloca o nosso profissional como instrumento fundamental
na estrutura da saúde pública. Além da operação de equipamentos de
imagens, alguns procedimentos complementares são de atribuição
exclusiva de técnicos e tecnólogos em Radiologia.
Existem diversas possibilidades de atuação pouco conhecidas do
grande público. É importante detectá-las para que o profissional da
Radiologia exergue todas as suas possibilidades de atuação e ocupe
todos os seus respectivos espaços de trabalho.
A hemodinâmica é uma análise feita dos
principais sinais vitais dos pacientes que se
encontram em leitos de hospitais. Ela faz o
monitoramento da frequência cardíaca, pressão
arterial e eletrocardiograma. A partir dos dados
obtidos com ela, é possível traçar um panorama
da condição geral em que o paciente se encontra.
Qual a importância
da monitorização
hemodinâmica?
O débito
• Com a monitoração hemodinâmica é possível identificar urinário (DU) é
alterações que causem quadros cardíacos graves, como definido como a
arritmias malignas ou infarto agudo do miocárdio, por quantidade
exemplo. Além disso, fazer a análise correta ainda de urina produzi
ajuda como parâmetro para o tratamento de quadros de da pelos rins em
um período pré-
choque e ressuscitação. definido,
• Outros dados monitorados são o débito urinário (que relacionando
seus valores
ajuda na avaliação da função renal) e oximetria de pulso e
diretamente
frequência respiratória (determinam a necessidade de com a função e
suporte ventilatório invasivo e/ou suplementação de perfusão renal,
oxigênio. podendo sofrer
influências
durante os
procedimentos
anestésicos.
Quando o profissional tem os dados fornecidos pela
monitoração hemodinâmica, ele pode diagnosticar
problemas, avaliar a evolução do quadro e guiar novos
tratamentos, se preciso.
A monitorização hemodinâmica ajuda na obtenção de sinais
fisiológicos por meio de eletrodos e dispositivos
específicos. Os dados têm fácil visualização pois ficam
expostos em tempo real transmitidos para um monitor.
Em outras palavras, podemos dizer que o principal objetivo
da avaliação é reconhecer e avaliar as possíveis
complicações do estado hemodinâmico do
paciente. Assim, é possível intervir em tempo hábil com
terapia adequada, prevenindo maiores complicações.
Dados
analisados
• A monitorização hemodinâmica não invasiva consegue
analisar, em geral, os seguintes dados:
• pressão arterial não invasiva – realizada através do método
escutatório com estetoscópio ou método automatizado;
• frequência cardíaca – verificação dos batimentos por minuto;
• temperatura – mensuração através dos termômetros;
• frequência respiratória – mensurada pela expansão torácica
contando o número de inspirações por um minuto;
• oximetria de pulso – saturação de oxigênio da hemoglobina
arterial e o pulso cardíaco;
• monitorização eletrocardiográfica – para detectar arritmias e
outras complicações;
• Além desses dados, obtidos de forma não
invasiva, sem necessidade de corte ou
perfuração, ainda existem maneiras de
monitorar dados vitais de um paciente.
Algumas delas são:
• pressão arterial invasiva;
• pressão venosa central;
• por cateter de Swan Ganz;
• vigileo.
Alguns
procediment
os:
Cateterismo
Trata-se de um método em que se punciona ou disseca uma
veia ou artéria periférica e se introduz um tubo fino e flexível
chamado catéter até aos grandes vasos e o coração, cujo fim
é analisar dados fisiológicos, funcionais e anatômico