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Aula Bombeiro

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PRIMEIROS SOCORROS:

Afogamento

Caso a prevenção falhe…


Siga os passos abaixo:
1º – Reconheça que uma pessoa esta se afogando e precisa de ajuda
• Banhista não se desloca, tem uma forma errática de flutuar ou nadar e se mantém na posição vertical.
• Ao contrário do que a maioria pensa, pessoas se afogando não acenam ou gritam por socorro, e parecem muitas vezes
que estão apenas brincando na água.
2º – Assim que você reconheceu um afogado peça a alguém que chame por socorro ligando 193
• Só depois de chamar por Socorro você deverá tentar ajudar sem se arriscar.
3º – Forneça qualquer material flutuante interrompendo o processo de afogamento
• Até 4m do afogado – Utilize varas, galhos ou cordas. Em piscinas, por exemplo, sempre existem as varas de alumino de
peneiras e aspirações que podem ser usadas para ajudar as pessoas.
• Distancias maiores de 4m – atire uma bóia, garrafa PET, pranchas, bola, tampas de isopor ou outro material que flutue.
4º – Remova o afogado da água somente se for seguro a você
• Tente sempre ajudar mantendo-se fora da água. Assim você não se torna um segundo afogado
• Entre na água somente se tiver absoluta segurança de não correr risco de ser um segundo afogado.
• Se você decidiu entrar na água para socorrer
Leve consigo sempre que possível algum material de flutuação.
Retire roupas e sapatos que possam pesar na água e dificultar seu deslocamento. É válida a tentativa de se fazer das
calças um flutuador, porém isto costuma não funcionar se for sua primeira vez.
Entre na água sempre mantendo a visão na vítima.
Pare a 2 m antes do afogado e lhe entregue o material de flutuação. Sempre mantenha o material de flutuação entre você
e ele.
Nunca permita que o afogado chegue muito perto, de forma que possa lhe agarrar. Entretanto, caso isto ocorra, afunde
que ele lhe soltará.
Deixe que o afogado se acalme, antes de chegar muito perto.
Se você não estiver confiante em sua natação, peça ao afogado que flutue e você então acena
pedindo ajuda. Não tente rebocá-lo até a borda da piscina, pois isto poderá gastar suas últimas
energias.
Durante o socorro, mantenha-se calmo, e acima de tudo não se exponha a riscos desnecessários.
Caso a pessoa a ser socorrida esteja presa ao sistema de aspiração. A única forma de solta-la e
realizar a sua retirada de dentro da água para proceder os primeiros socorros é desligando a
energia da bomba. Ainda assim por vezes o vácuo mantém a pessoa presa ao local, necessitando
abrir o Skimmer ou o bocal de aspiração lateral da piscina para e as torneiras correspondentes
para então interromper o vácuo criado.
• Se você for o afogado, não entre em pânico, apenas tente flutuar e acene por socorro
IMEDIATAMENTE.
5º – Forneça os primeiros socorros na borda da piscina:
1. Ao chegar à borda da piscina coloque o afogado com a cabeça e o tronco na mesma linha
horizontal. A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois esta
tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente, alem de facilitar a
ocorrência de vômitos.
• Cheque a resposta da vítima perguntando, “Você está me ouvindo?”
2. Se houver resposta (fala, movimenta ou qualquer outra resposta) do afogado ele está vivo
(respiração e coração batendo). Coloque em posição lateral de segurança e aguarde o socorro
chegar.
Se não houver resposta do afogado ele esta inconsciente, e isto implica em 2 possibilidades
principais: Ele esta vivo mas não responde OU ele esta em parada da respiração e do coração
(parada cárdio-respiratória(PCR))
SE AINDA NÃO FOI CHAMADO O 193 ou 192, ESTA É UMA HORA INDICADA
3. Abra as vias aéreas, colocando dois dedos da mão direita no queixo e a mão esquerda na
testa, e estenda o pescoço
4. Cheque se existe respiração – ver, ouvir e sentir – ouça e sinta a respiração e veja se o
tórax se movimenta – Se houver respiração coloque em posição lateral de segurança e
aguarde o socorro da ambulância chegar.
5. Se NÃO houver respiração – inicie a ventilação – Obstrua o nariz utilizando uma das
mãos na testa e com os dois dedos da outra mão e realize 5 ventilações ,iniciais
observando um intervalo entre cada uma que possibilite a elevação do tórax, e logo em
seguida o seu esvaziamento.
É recomendável a utilização de barreira de proteção (máscara), mas a sua ausência não é
impedimento, pois o risco, quando não há sangue na boca, para o socorrista é desprezível.
6. Se NÃO houver resposta do afogado (movimentos ou reação à ventilação) assuma que o
coração esta parado,realize a RCP.
•A velocidade destas compressões deve ser de 100 a 120 vezes em 60 segundos. Em
crianças de 1 a 9 anos utilize apenas uma mão para as compressões. Mantenha alternando
2 ventilações e 30 compressões e não pare até que:
•Haja resposta e retorne a respiração e os batimentos cardíacos. Coloque então a vítima de
lado e aguarde o socorro médico solicitado;
•Você entregue o afogado a uma equipe médica; ou
•Você fique exausto.
Após os primeiros 5 ciclos completos de compressão e ventilação, reavalie a ventilação e os
sinais de circulação. Se ausente, prossiga a RCP e interrompa-a para nova reavaliação a
cada 2 minutos ou 5 ciclos.
Sempre inicie todo processo com apenas um socorrista, para então após 2 a 3 ciclos
completos de RCP, iniciar a alternância com dois socorristas.
Em caso de dois socorristas presentes e somente em casos de afogamento, o
protocolo de RCP após o primeiro ciclo poderá passar a 15 compressões para 2
ventilações.
Os socorristas devem se colocar lateralmente ao afogado e em lados opostos. Em caso
de cansaço realize a troca rápida de função com o outro.
Aquele responsável pela ventilação deve manter as vias aéreas desobstruídas.
A RCP deve ser realizada de preferência no local do afogamento, pois é aonde a vítima
terá a maior chance de sucesso. Nos casos do retorno da função cardíaca e
respiratória acompanhe a vítima com muita atenção, durante os primeiros 30 minutos,
até a chegada da equipe médica, pois ainda não esta fora de risco de uma nova parada
cárdio-respiratória.
Nos casos onde não houver efetividade da manobra de ventilação boca-a-boca, refaça
a hiperextensão do pescoço e tente novamente.
As próteses dentárias só devem ser retiradas caso estejam dificultando a ventilação.
QUANDO VALE A PENA TENTAR A RCP EM AFOGAMENTO ?
O tempo é fator fundamental para um bom resultado na RCP, e os casos de
afogamento apresentam uma grande tolerância à falta de oxigênio, o que nos estimula
a tentar a RCP além do limite estabelecido para outras patologias.
Inicie a RCP em:
1. Todos os afogados em PCR com um tempo de submersão inferior a uma hora – Três fatos juntos ou isolados
explicam o maior sucesso na RCP de afogados – o “Reflexo de mergulho”, a continuação da troca gasosa de O2 –
CO2 após a submersão, e a hipotermia. O Centro de Recuperação de Afogados (CRA) tem registrado 13 casos de PCR
com submersão maior do que 7 minutos, sendo 8 com mais de 14 minutos ressuscitados com sucesso.
2. Todos os casos de PCR que não apresentem um ou mais dos sinais abaixo;
• Rigidez cadavérica
• Decomposição corporal
• Presença de livores
A AMBULÂNCIA E O HOSPITAL – Todo e qualquer atendimento pela ambulância e em seqüência o
hospital só será possível se o socorrista realizar o primeiro atendimento. Portanto você é a parte
mais importante de todo atendimento na sobrevivência do afogado.
COMPLICAÇÕES NO ATENDIMENTO AO AFOGADO
O vômito é o fator de maior complicação nos casos de afogamento onde existe inconsciência. A sua ocorrência deve
ser evitada utilizando-se as manobras corretas:
• Posicione o afogado na borda da piscina com a cabeça ao mesmo nível que o tronco – Evite colocá-lo inclinado de
cabeça para baixo.
• Desobstrua as vias aéreas antes de ventilar – Evite exagero nas insuflações boca-a-boca, evitando distensão do
estômago.
• Em caso de vômitos, vire a face da vítima lateralmente, e rapidamente limpe a boca.
• Lembre-se que, o vômito é o pior inimigo do socorrista.
CONDUTA APÓS O RESGATE AQUÁTICO
O socorrista pode enfrentar a dúvida de quando chamar o socorro médico e quando encaminhar a vítima ao
hospital após o resgate. Em casos graves a indicação da necessidade da ambulância e/ou do hospital é óbvia, porém
casos menos graves sempre ocasionam dúvidas. Na dúvida encaminhar ao atendimento médico.
PRIMEIROS SOCORROS:
Amputação Traumática

As amputações são definidas como lesões em que há a separação de


um membro ou de uma estrutura protuberante do corpo.
Podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou por
forças de tração.
Seu tratamento inicial deve ser rápido pela gravidade da lesão, que
pode causar a morte por hemorragia, e pela possibilidade de
reimplantado membro amputado.
O controle da hemorragia é crucial na primeira fase do atendimento
de primeiros socorros.
O membro amputado deve ser preservado sempre que possível,
porém a maior prioridade é a manutenção da vida.
São três os tipos de amputação:
1. Amputação completa ou total: o segmento é totalmente separado
do corpo.
2. Amputação parcial: o segmento tem 50% ou mais de área resolução
de continuidade com o corpo.
3. Desenluvamento: quando a pele e o tecido adiposo são arrancados
sem lesão do tecido subjacente.
PRIMEIROS SOCORROS:
Abrir vias aéreas e prestar assistência ventilatória, caso necessário.
Controlar a hemorragia.
Tratar o estado de choque, caso este esteja presente.
Cuidados com o segmento amputado:
Limpeza com solução salina, sem imersão em líquido.
Envolvê-lo em gaze estéril, seca ou compressa limpa.
Cobrir a área ferida com compressa úmida em solução salina.
Proteger o membro amputado com dois sacos plásticos.
Colocar o saco plástico em recipiente de isopor com gelo ou água gelada.
Jamais colocar a extremidade em contato direto com o gelo.
Lesão por objetos perfurantes, a pele e tecidos mais profundos ficam parcialmente
exteriorizados.
Proceder da seguinte forma:
Expor a lesão.
Nunca remover objetos encravados. Existe o risco significativo de precipitar hemorragia, devido
ao destamponamento de vasos sanguíneos.
Estabilizar o objeto com curativo apropriado.
Não tentar partir ou mobilizar o objeto, exceto nos casos em que isto seja essencial para
possibilitar o transporte.
Em casos de braços ou mãos extirpados, o limite é de seis horas, segundo os médicos. Já
quando se perde um dedo ou parte dele, por exemplo, o limite aumenta para até 20 horas.
Isso se as condições do paciente permitirem e se o membro for conservado adequadamente
até a chegada ao hospital.
PRIMEIROS SOCORROS:
Animais Peçonhentos

Animais peçonhentos são aqueles que produzem peçonha (veneno) e têm condições naturais
para injetá-la em presas ou predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de
dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos entre outros.
Os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil são algumas espécies de:
Serpentes; Escorpiões; Aranhas; Abelhas;
Esses animais possuem presas, ferrões, cerdas, entre outros, capazes de envenenar as vítimas.
Serpentes
O envenenamento ocorre quando a serpente consegue injetar o conteúdo de suas glândulas
venenosas, mas nem toda picada leva ao envenenamento. Isso porque há muitas espécies de
serpentes que não possuem presas ou, quando presentes, estão localizadas na parte de trás
da boca, o que dificulta a injeção de veneno ou toxina.
Acidente botrópico (Bothrops e Bothrocophias) - Jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca,
comboia. Grupo que causa maioria dos acidente com cobras no Brasil, com 29 espécies em
todo o território nacional, encontradas em ambientes diversos, desde beiras de rios e
igarapés, áreas litorâneas e úmidas, agrícolas e periurbanas, cerrados, e áreas abertas.
A região da picada apresenta dor e inchaço, às vezes com manchas arroxeadas (edemas e
equimose) e sangramento pelos pontos da picada, em gengivas, pele e urina. Pode haver
complicações, como grave hemorragia em regiões vitais, infecção e necrose na região da
picada, além de insuficiência renal.
Acidente crotálico (Crotalus) - Cascavel. São identificadas pela presença de um guizo, chocalho ou
maracá na cauda e têm ampla distribuição em cerrados, regiões áridas e semiáridas, campos e áreas
abertas.
Na picada por cascavel, o local da picada muitas vezes não apresenta dor ou lesão evidente, apenas
uma sensação de formigamento; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento (fácies
miastênica), visão turva ou dupla, mal-estar, náuseas e cefaleia são algumas das manifestações,
acompanhadas por dores musculares generalizadas e urina escura nos casos mais graves.
Acidente elapídico (Micrurus e Leptomicrurus) - Coral-verdadeira. São amplamente distribuídos no
país, com várias espécies que apresentam padrão característico, com anéis coloridos.
O acidente por coral-verdadeira não provoca, no local da picada, alteração importante. As
manifestações do envenenamento caracterizam-se por dor de intensidade variável, visão borrada ou
dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento. Óbitos estão relacionados à paralisia dos músculos
respiratórios, muitas vezes decorrentes da demora na busca por socorro médico.
Escorpião
Acidente escorpiônico ou escorpionismo é o envenenamento provocado quando um escorpião injeta
veneno através de ferrão (télson). Os escorpiões são representantes da classe dos aracnídeos,
predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo, com maior incidência nos meses em que
ocorre aumento de temperatura e umidade.
Escorpião-amarelo (T. serrulatus) - com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país,
representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do
envenenamento e pela expansão em sua distribuição geográfica no país, facilitada por sua reprodução
partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano.
Escorpião-marrom (T. bahiensis) - encontrado na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) - espécie mais comum do Nordeste, apresentando
alguns registros nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) – encontrado na região Norte e Mato Grosso.
Sintomas de acidentes com escorpiões
A grande maioria dos acidentes é leve e o quadro local tem início rápido e duração limitada. Os
adultos apresentam dor imediata, vermelhidão e inchaço leve por acúmulo de líquido, piloereção
(pelos em pé) e sudorese (suor) localizadas, cujo tratamento é sintomático. Movimentos súbitos,
involuntários de um músculo ou grupamentos musculares (mioclonias) e contração muscular
pequena e local (fasciculações) são descritos em alguns acidentes por Escorpião-preto-da-
Amazônia. Já crianças abaixo de 7 anos apresentam maior risco de alterações sistêmicas nas
picadas por escorpião-amarelo, que podem levar a casos graves e requerem soroterapia
específica em tempo adequado.
Aranhas
Os acidentes causados por aranhas são comuns, porém a maioria não apresenta repercussão
clínica. Os gêneros de importância em saúde pública no Brasil são as seguintes espécies:
Três gêneros de aranhas consideradas de importância médica no Brasil:
1. Aranha-marrom (Loxosceles) - Não é agressiva, pica geralmente quando comprimida contra o
corpo. Esconde-se em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés,
caixas ou objetos armazenados em depósitos, garagens, porões, e outros ambientes com pouca
iluminação e movimentação.
A Picada é pouco dolorosa e uma lesão endurecida e escura costuma surgir várias horas após,
podendo evoluir para ferida com necrose de difícil cicatrização. Em casos raros, pode ocorrer o
escurecimento da urina.
2. Aranha armadeira ou macaca (Phoneutria) - Bastante agressiva, assume posição de defesa
saltando até 40 cm de distância.Pode se alojar em sapatos, atrás de móveis, cortinas, sob vasos,
entulhos, materiais de construção, etc..
A Picada causa dor imediata e intensa, com poucos sinais visíveis no local. Raramente pode
ocorrer agitação, náuseas, vômitos e diminuição da pressão sanguínea.
3. Viúva-negra (Latrodectus) - Não é agressiva. É encontrada próxima ou dentro das casas, em
ambientes sombreados, como frestas, sob cadeiras e mesas em jardins.
A Picada dor na região da picada, contrações nos músculos, suor generalizado e alterações na
pressão e nos batimentos cardíacos.
Caranguejeiras (Infraordem Mygalomorphae) - As aranhas caranguejeiras, embora grandes e
frequentemente encontradas em residências, não causam acidentes considerados graves.
Abelhas
Acidente por abelha é o quadro de envenenamento decorrente da inoculação de toxinas por
meio do ferrão. As manifestações após uma ferroada variam de pessoa para pessoa, pela
quantidade de veneno aplicada e se o indivíduo tem reação alérgica ao veneno.
Normalmente, após uma ferroada há dor aguda local, que tende a desaparecer
espontaneamente em poucos minutos, deixando vermelhidão, coceira e inchaço por várias horas
ou dias.
Em casos de múltiplas picadas, podem ocorrer manifestações sistêmicas, devido à grande
quantidade de veneno inoculada. Os sintomas são irritação e ardência da pele, vermelhidão, calor
generalizado, pápulas, urticárias, pressão baixa, taquicardia, dor de cabeça, náuseas e/ou
vômitos, cólicas abdominais e broncoespasmos.
Em casos mais graves pode ocorrer choque, insuficiência respiratória aguda, e insuficiência renal
aguda. As manifestações alérgicas locais são caracterizadas por um inchaço que persiste por
alguns dias. As reações alérgicas sistêmicas podem variar de urticária generalizada e mal-estar até
edema de glote, broncoespasmos, choque anafilático, queda da pressão arterial, colapso, perda
da consciência, incontinência urinária e fecal, e cianose. Às vezes, até mesmo fatal.
O que fazer em caso de acidente com animais peçonhentos
Manter o acidentado calmo e em posição confortavél
Limpar o local com água e sabão.
A remoção dos ferrões pode ser feita por raspagem com lâminas, e não com pinças.
Se possível, manter membros atingidos em posição elevada
Se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde junto com a vítima.
O que NÃO fazer em caso de acidente com animais peçonhentos
Não amarrar ou fazer torniquete.
Não aplicar qualquer tipo de substância sobre o local da picada (fezes, álcool,
querosene, fumo, ervas, urina, borra de café), nem fazer curativos que fechem o local,
pois isso pode favorecer a ocorrência de infecções.
Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada.
Não beber bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos.
Não tente “chupar o veneno”.
PRIMEIROS SOCORROS:
Acidente Vacular Cerebral (AVC )

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao
cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou
sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens e é uma das
principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo.
Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as
chances de recuperação completa. Desta forma, torna-se primordial ficar atento aos
sinais e sintomas e procurar atendimento médico imediato.
Existem dois tipos de AVC, que ocorrem por motivos diferentes:
AVC hemorrágico.
O AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral,
provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral
ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os
casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC
isquêmico.
AVC isquêmico.
O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a
passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução
pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVC
isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos.
Quais os sintomas e como começa um AVC?
Existem alguns sinais que o corpo dá que ajudam a reconhecer um Acidente Vascular
Cerebral.
Os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são:
fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado
do corpo; confusão mental;
alteração da fala; alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
Em caso de suspeita de AVC é importante seguir as seguintes medidas o mais rápido
possível:
Manter a calma, acalmando também a pessoa com suspeita de AVC;
Deitar a pessoa, colocando-a em posição lateral de segurança para evitar que a língua
obstrua a garganta;
Identificar as queixas da pessoa, tentando saber se tem alguma doença ou se faz uso
de medicamentos;
Acione o serviço de emergência, informando os sintomas da pessoa, o local do
ocorrido, número de telefone de contato e explicar o que aconteceu;
Se a pessoa ficar inconsciente e parar de respirar, é importante: Iniciar o protocolo de
RCP, até a chegada do socorro.
PRIMEIROS SOCORROS:
Choque Elétrico

É o fenômeno da passagem da corrente elétrica pelo corpo quando em contato com partes
energizadas.
Causas Principais
Nos ambientes de trabalho encontramos este acidente quando há:
Falta de segurança nas instalações e equipamentos, como: fios descascados, falta de aterramento
elétrico, parte elétrica de um motor que, por defeito, está em contato com sua carcaça, etc.
Imprudência
Indisciplina
Ignorância
Acidentes, etc.
Observação:
Corrente alternada - tetanização com tempo de exposição
Corrente contínua - contração muscular brusca com projeção da vítima, podendo ocorrer
traumatismo grave.
Sintomas
Mal estar geral, Náusea, Cefaléia, Vertigem
Sensação de angústia, Falta de ar (dispnéia).
Cãibras musculares de extremidades
Parestesias (dormência, formigamento)
Ardência ou insensibilidade da pele
Escotomas cintilantes (visão de pontos luminosos)
Principais Complicações
Parada cardíaca / Parada respiratória / Queimaduras / Traumatismo (de crânio, ruptura de
órgãos internos, etc.)
Óbito.
Primeiros Socorros
Antes de socorrer a vítima, cortar a corrente elétrica, desligando a chave geral de força,
retirando os fusíveis da instalação ou puxando o fio da tomada (desde que esteja
encapado).
Se o item anterior não for possível, tentar afastar a vítima da fonte de energia utilizando
luvas de borracha grossa ou materiais isolantes, e que estejam secos (cabo de vassoura,
tapete de borracha, jornal dobrado, pano grosso dobrado, corda, etc.), afastando a vítima
do fio ou aparelho elétrico.
Não tocar na vítima até que ela esteja separada da corrente elétrica ou que esta seja
interrompida.
Se o choque for leve realizar avaliação primária, (grau de consciência, respiração e
pulsação).
Em caso de parada cardío-respiratória iniciar imediatamente as manobras de ressuscitação.
Depois de obtida a ressuscitação cardío-respiratória, deve ser feito um exame geral da
vítima para localizar possíveis queimaduras, fraturas ou lesões que possam ter ocorrido no
caso de queda durante o acidente.
Deve-se atender primeiro a hemorragias, fraturas e queimaduras, nesta ordem.
PRIMEIROS SOCORROS:
Convulção

Convulsão
Trata-se de um estímulo inadequado de várias partes do cérebro. Uma das
principais causas de convulsão é a epilepsia, mas o problema pode acontecer
por diversos outros fatores, entre eles:
• Febre alta, diminuição da glicose no sangue, batidas fortes na cabeça,
hemorragia, tumores e intoxicações.
A crise convulsiva é facilmente identificada pelos seguintes sintomas:
Perder a consciência, seguida por confusão;
ter espasmos musculares incontroláveis;
Babar ou espumar pela boca;
cair, ficar com um gosto estranho na boca;
Cerrar os dentes, morder a língua, que pode sangrar;
Ter movimento ocular rápido e súbitos;
Fazer ruídos estranhos;
Perder o controle da função da bexiga ou intestino;
Mudar de humor repentinamente.
Como agir:
- Se possível, evite que a vítima caia no chão
- Deite-a no chão, de lado, para evitar que se engasgue com saliva, vômito ou
secreções
- Não jogue água fria no rosto da vítima
- Proteja a cabeça dela com um travesseiro, para evitar que se machuque
- Afrouxe um pouco as roupas da vítima para que ela respire melhor
- Jamais coloque a mão dentro da boca da vítima para puxar a língua. Ela está sofrendo
contrações musculares e certamente irá mordê-lo
- Após a convulsão, é normal que a vítima sinta dor no corpo, sonolência e durma
- Em alguns casos a convulsão pode causar danos cerebrais se for recorrente, por isso
deve ser tratada de imediato
LEVE A VÍTIMA PARA UMA UNIDADE HOSPITALAR MAIS PROXIMA.
PRIMEIROS SOCORROS:
Diabetes

Para fazer os primeiros socorros para diabéticos é preciso saber se se trata de um


episódio de excesso de açúcar no sangue ou de falta de açúcar. Por isso, se for possível,
é importante verificar com um aparelho para medir a quantidade de açúcar no sangue,
qual o valor da glicemia.
Além disso, também é importante saber quais os primeiros socorros em outras situações
que podem acontecer no dia-a-dia e que representam maior risco de consequências
para o diabético, como ter uma ferida na pele ou torcer o pé, por exemplo.
O que fazer quando o açúcar está alto
Nos casos em que o açúcar está alto no sangue, chamado de hiperglicemia, ou seja,
quando o valor do aparelho está acima de 180 mg/dL em jejum ou acima de 250 mg/dL
ou H I(acima de 500) a qualquer hora do dia, ou a vítima apresenta confusão, sede ou
hálito de maçã, deve-se:
Procurar alguma seringa de insulina que a vítima possa ter para situações de
emergência;
Injetar a seringa na região ao redor do umbigo ou na parte superior do braço, fazendo
uma prega com os dedos, mantendo-a até ao final da injeção;
Se passado 1 hora, o valor do açúcar continuar igual, chamar emergência, ou levar a
vítima imediatamente para o hospital.
Caso a vítima esteja inconsciente, colocá-la na posição lateral de segurança, enquanto
O que fazer quando o açúcar está baixo
Já quando o açúcar está baixo no sangue, chamado de hipoglicemia, ou seja, quando o
aparelho mostra glicemia inferior a 70 mg/dL ou LO ( abaixo de 20) o indivíduo
apresenta sintomas como tremores, pele fria, ou desmaio, é importante:
Oferecer algo doce para comer, como 1 colher de sopa cheia ou 2 pacotes de açúcar
com um pão;
Caso o açúcar no sangue não aumente ou os sintomas não melhorem em 30 minutos,
voltar a dar açúcar à vítima (caso ela esteja consciente);
Se passado mais 30 minutos o açúcar continuar igual, chamar emergência ou levar a
vítima imediatamente para o hospital;
Se a vítima estiver inconsciente, colocar na posição lateral de segurança enquanto
espera pela ajuda médica.
Nos casos em que o açúcar no sangue não sobe, é necessário ajuda médica de
emergência para a vítima receber remédios pela veia.
PRIMEIROS SOCORROS:
Ferimentos (Curativos)

É o rompimento da pele, podendo atingir camadas mais profundas do organismo,


órgãos, vasos sangüíneos e outras áreas.
Pode ser provocado por vários fatores, dentre eles: faca, arma de fogo, objetos perfuro-
cortantes, arames, pregos, pedaços de metais, etc.
Todos os ferimentos, logo que ocorrem, causam dor, sangramento e são vulneráveis a
infecções
Tipos de ferimento
A incisão é um corte bem definido feito por um material cortante. Quando nos
membros, pode danificar estruturas como tendões.Exemplo cirurgia.
A laceração é uma ruptura irregular causada por esmagamento ou dilaceração.
Geralmente, sangra menos, mas lesa muito mais.
A abrasão ou escoriação é um ferimento leve em que as camadas mais superficiais da
pele são raspadas, deixando a região em carne viva. Ocorre geralmente em quedas.
A contusão ou equimose ocorre quando o sangue escapa para os tecidos, após um
golpe brusco. Pode geralmente ocultar danos mais profundos.
O ferimento perfurante apresenta uma pequena abertura externa, mas pode provocar
grandes lesões internas. É o que ocorre quando pisamos em um prego.
Ferimento por transfixação é quando há perfuração por bala ou qualquer outro projétil
com abertura do ferimento pequena e limpa, mas sua saída é irregular e muito maior.
Em ferimentos por Objeto Encravado
Não retire objetos encravados, ( madeira, ferro, arame, vidros, galho, etc. ). A retirada
pode provocar lesões nos órgãos e graves hemorragias, pois libera o ponto de pressão
que está fazendo.
Proteja a área com pano limpo, sem retirar o objeto, fixando-o para evitar
movimentação durante o transporte.
Aguarde a chegada do socorro. Fique ao lado da vítima e conforte-a.
Em Perfuração de Vísceras
Não recoloque as vísceras para dentro da cavidade abdominal.
Coloque um pano limpo em cima.
Umedeça com água limpa para evitar a ressecação.
Aguarde a chegada do socorro.
Limpeza de Ferimentos Superficiais
Priorizar o controle do Sangramneto.
Lavar bem as mãos com água e sabão.
Lavar abundantemente a ferida com água limpa e sabão.
Se preciso realizar tricotomia (corte dos cabelos e pêlos).
Cuidado ao retirar sujeira. Não esfregar os ferimentos para não piorar a solução de
continuidade da pele, e não remover possíveis coágulos existentes.
• Cobrir com gaze estéril para secar, limpando a ferida no sentido de dentro para
fora, para não levar microrganismos para dentro.
• Colocar compressas de gaze sobre a ferida. Não usar algodão, que se desmancha e
prejudica a cicatrização.
• Não tentar retirar corpos estranhos, tais como: farpas ou pedaços de vidro ou
metal, a não ser que saiam facilmente.
• Fazer uma atadura ou bandagem sobre o ferimento com curativo.
• Definição de Curativo
• É um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura
estéril em uma ferida, quando necessário, com a finalidade de promover a
cicatrização (auxiliar o processo fisiológico) e prevenir a contaminação ou infecção.
• Objetivo do curativo
• Proteger e tratar a lesão;
• Reduzir:
• Mortalidade e morbidade
• Infecções
• Custos hospitalares;
• Promover:
• Conforto físico
• Psicológico
• Estético
PRIMEIROS SOCORROS:
Fraturas

Fraturas são lesões que causam rompimento ou tricamento de um osso.


Existem dois tipos:
Fechada: sem exposição óssea;
Exposta: o osso está ou esteve exposto;
Em caso de suspeita de fratura, que é quando o osso se parte provocando
dor, incapacidade de movimentos, inchaço e, algumas vezes, deformidade,
é muito importante manter a calma, observar se há outros ferimentos mais
graves, como sangramentos.
Compare o membro supostamente fraturado com o correspondente não
comprometido.
Procure a presença de:
Dor intensa; ferida; palidez; Inchaço ou deformação;
Diminuição de sensibilidade; redução de temperatura;
Formação de uma área arroxeada; encurtamento do membro afetado
Sons de crepitação ao movimentar ou incapacidade de movimentar o
membro;
Primeiros Socorros
Manter o membro afetado em repouso, numa posição natural e confortável;
Imobilizar as articulações que ficam acima e abaixo da lesão, com o uso de talas, como
mostra as imagens. Não havendo talas disponíveis, é possível improvisar com pedaços
de papelão, revistas ou jornais dobrados ou pedaços de madeira, que devem ser
acolchoadas com panos limpos e amarrados ao redor da articulação;
Nunca tentar endireitar uma fratura ou colocar o osso no lugar;
Em caso de fratura exposta, deve-se cobrir o ferimento, de preferência com gaze
esterilizada ou um pano limpo. Se houver um sangramento muito intenso, é
necessário fazer compressão acima da região fraturada para tentar impedir a saída do
sangue.
Aguardar do resgate. Caso não seja possível, recomenda-se levar a vítima para o
pronto-socorro mais próximo.
Como imobilizar:
Na fratura fechada: A fratura fechada é aquela em que o osso quebrou, mas a pele
está fechada, não permitindo observar o osso. Nestes casos, deve-se colocar uma tala
de cada lado da fratura e passar uma ligadura desde o início até o fim das talas, como
mostra a imagem. Idealmente, as talas devem passar acima e abaixo das articulações
próximas ao local.
Na fratura exposta: Na fratura exposta o osso está à mostra e, por isso, não se deve
cobrir o local com a ligadura no momento de fazer a imobilização, já que além de
poder piorar a dor também favorece a entrada de microrganismos para a ferida.
Nestes casos, deve-se passar uma tala por trás do local afetado e depois, com uma
ligadura, atar acima e em baixo da fratura, deixando-a exposta.

Alguns Tipos de imobilização:


PRIMEIROS SOCORROS:
Hemorragias

A hemorragia é a perda de sangue que acontece após um ferimento, pancada ou


alguma doença, devido ao rompimento de vasos da circulação sanguínea. A
hemorragia pode ser externa, quando o sangramento é visualizado para fora do corpo,
ou interna, quando acontece para dentro de alguma cavidade do organismo, como no
abdômen, crânio ou pulmão, por exemplo.
Uma vez que na hemorragia externa pode haver uma grande perda de sangue em
pouco tempo, é importante ir ao pronto-socorro o mais rápido possível, especialmente
se for uma ferida muito extensa ou se não parar de sangrar ao fim de 5 minutos.
Já no caso da hemorragia interna o sangramento pode ser mais difícil de identificar,
mas ainda assim deve ser avaliado por um médico. Por isso, se existir suspeita de uma
hemorragia, deve-se sempre ir ao hospital.
A hemorragia acontece devido a uma lesão de diferentes vasos da circulação
sanguínea, podendo ser classificada como:
Arterial
É o tipo de hemorragia em que são atingidas as artérias, isto é, os vasos que levam
sangue do coração ao resto do corpo e, por isso, têm sangue vermelho vivo, com
grande fluxo e intensidade. O sangramento arterial é o tipo mais grave, e pode, até,
provocar jatos de sangue para locais distantes do corpo e risco de morte.
O que fazer: como é um sangramento grave, deve ser parado o mais rápido possível,
com a compressão forte do local com panos limpos ou com a realização de um
torniquete, pois é uma hemorragia de mais difícil controle. Deve-se ir rapidamente ao
pronto-socorro ou ligar para o 192. Se o sangramento for em um braço ou perna,
pode-se elevar o membro para facilitar a contenção.
O torniquete não deve ficar muito tempo impedindo a circulação, pois, se esta ficar
ausente por um longo período, pode causar morte dos tecidos desse membro, o que
reforça a importância de chegar rapidamente ao pronto socorro.
Venosa
É a hemorragia que acontece devido a algum corte grande ou mais profundo, com
sangramento em fluxo contínuo e lento, por vezes de grande volume, através da
ferida.
O que fazer: este tipo de sangramento só é grave quando se atinge uma veia de grosso
calibre, e, por isso, costuma parar com a compressão do local, com um pano limpo.
Deve-se procurar o pronto-socorro pois, geralmente, é necessária a realização de uma
sutura da ferida para que não haja risco de infecção ou novo sangramento.
Capilar
É o sangramento mais comum, que acontece no dia-a-dia, geralmente, devido
a pequenos cortes ou escoriações, em que apenas os pequenos vasos que
chegam até a superfície do corpo, chamados de capilares, são atingidos.
O que fazer: como este tipo de hemorragia é leve e de pequena quantidade,
o sangramento costuma parar apenas com a aplicação de alguma pressão no
local por 5 minutos. Após parar, pode-se lavar o local com cuidado, utilizando
água e sabão e, depois, cobrir com um curativo limpo e seco.
Sinais e sintomas da hemorragia
Os sintomas provocados por um sangramento dependem não só da origem,
mas também da sua localização, podendo ser classificada em:
Hemorragia externa
Quando a hemorragia é externa pode-se, facilmente, notar a sua presença,
pela exteriorização de sangue. Sua quantidade e intensidade depende do tipo
de vaso afetado, e se é uma região do corpo com muitos vasos. Por exemplo,
cortes no couro cabeludo causam mais sangramento, mesmo sendo
pequenos, pois é uma região muito vascularizada.
Hemorragia interna
Quando é interna, pode ser mais difícil de identificar, porém os sinais que indicam a
presença de uma hemorragia deste tipo são:
Palidez e cansaço; Pulso rápido e fraco;
Respiração acelerada; Muita sede;
Queda da pressão; Náuseas ou vômitos com sangue;
Confusão mental ou desmaios;
Muita dor do abdômen, que fica endurecido.
Na suspeita de uma hemorragia interna, deve-se procurar o pronto-socorro o mais rápido
possível, para que sejam feitos os procedimentos ou cirurgias necessárias para que seja
contida.
Uma das formas de hemorragia interna mais frequente é a cerebral, que leva ao
surgimento de um AVC hemorrágico.
Existem ainda, alguns exemplos de hemorragias internas que se exteriorizam, e os mais
comuns incluem:
Nas fezes, devido a uma lesão no intestino ou hemorroidas, por exemplo, que é a
hemorragia digestiva baixa;
Na tosse, também conhecida como hemoptise, que acontece devido a infecções
respiratórias, lesões nos pulmões ou câncer, por exemplo;
No útero, devido a alterações menstruais ou miomas, por exemplo;
Na urina, causado por infecções ou cálculos urinários;
No nariz, ou epistaxe, devido a espirros ou irritação da mucosa do nariz, por exemplo.
Para parar o sangramento nasal, deve-se começar por manter a calma e pegar em um
lenço, devendo:
Sentar e inclinar ligeiramente a cabeça para a frente;
Apertar a narina que está sangrando durante pelo menos 5 minutos: pode-se
empurrar com o dedo indicador a narina contra o septo ou apertar o nariz com o
polegar e indicador;
Aliviar a pressão e verificar se parou de sangrar ao final de 5 minutos;
Limpar o nariz e, se necessário a boca, com uma compressa ou pano molhado.
Durante a limpeza do nariz não deve fazer força, podendo enrolar um lenço e limpar
apenas a entrada da narina.
​Caso, o sangramento seja muito intenso, o sangue pode sair pela boca, sendo uma
situação normal.
Além disso, se após a compressão continuar sangrando pelo nariz, deve-se aplicar gelo
na narina que está a sangrar, embrulhando-o num pano ou compressa. A aplicação de
gelo ajuda a parar o sangramento, pois o frio leva os vasos sanguíneos a comprimirem,
diminuindo a quantidade de sangue e, fazendo parar a hemorragia.
PRIMEIROS SOCORROS:
Intoxicação e Envenenamento

O envenenamento pode acontecer quando a pessoa ingere, inala ou entra em contato


com uma substância tóxica, como acontece com produtos de limpeza, monóxido de
carbono, arsênico ou cianeto, por exemplo, gerando sintomas como vômitos
incontroláveis, dificuldade para respirar e confusão mental.
Nestes casos, é importante que:
Diminua a exposição ao agente tóxico:
Ingestão: a melhor forma consiste em fazer lavagem gástrica no hospital, no entanto,
enquanto se espera pela ajuda médica pode-se beber 100 g de carvão vegetal ativado
em pó diluído num copo de água, para adultos, ou 25 g desse carvão, para crianças. O
carvão vegetal gruda na substância toxica e evita que seja absorvida no estômago. Pode
ser comprado em farmácias e algumas lojas de produtos naturais;
Inalação: tente remover a vítima do ambiente contaminado;
Contato com a pele: lave a pele da vítima com água e sabão e remova roupas
manchadas pela substância;
Contacto com os olhos: lavar os olhos com água fria durante 20 minutos.
Coloque a pessoa em posição lateral de segurança, especialmente se estiver
inconsciente para evitar que sufoque caso precise vomitar.
Procure informações sobre a substância que provocou o envenenamento, lendo o
rótulo da embalagem da substância tóxica;
Enquanto se espera pela chegada do socorro é importante ficar atento se a vítima continua respirando,
iniciando massagem cardíaca caso deixe de respirar. Nos casos de envenenamento por ingestão, caso a
vítima tenha queimaduras nos lábios, deve-se molhá-los suavemente com água, sem deixar a vítima
engolir, porque a ingestão de água pode favorecer a absorção do veneno.
Sintomas que podem indicar envenenamento
Sinais evidentes, na boca ou na pele, de que a vítima tenha mastigado, engolido, aspirado ou estado
em contato com substâncias tóxicas, elaboradas pelo homem ou animais
Hálito com odor estranho (cheiro do agente causal no hálito)
Modificação na coloração dos lábios e interior da boca, dependendo do agente causal.
Dor, sensação de queimação na boca, garganta ou estomago.
Sonolência, confusão mental, ou outras alterações de consciência.
Vômitos; Convulsões; Paralisia.
Lesões cutâneas, queimaduras intensas com limites bem definidos ou bolhas.
Depressão da função respiratória.
Oligúria ou anúria (diminuição ou ausência de volume urinário).
Distúrbios hemorrágicos manifestados por hematênese (vômito com sangue escuro e brilhoso),
melena (sangue escuro brilhoso nas fezes) ou hematúria (sangue na urina).
Queda de temperatura, que se mantém abaixo do normal.
Evidências de estado de choque eminente.
Além disso, outros sinais, como embalagens de comprimidos vazias, comprimidos partidos ou cheiros
intensos vindos do corpo da vítima, podem ser sinal de que estava utilizando alguma substância tóxica,
devendo-se chamar imediatamente ajuda médica.
O que não fazer em caso de envenenamento
Dar líquidos à vítima, pois pode favorecer a absorção de alguns venenos;
Provocar o vômito se a vítima ingeriu um corrosivo ou um solvente.
As informações recolhidas da vítima, ou do local, devem ser fornecidas aos profissionais de
saúde assim que chegarem ao local.
Primeiros Socorros
· Isolar a área;
· Identificar o tipo de agente que está presente no local onde foi encontrado o acidentado;
· Quem for realizar o resgate, deverá estar utilizando EPI próprios para cada situação, a fim de
proteger a si mesmo;
· Remover o acidentado o mais rapidamente possível para um local bem ventilado;
· Solicite atendimento especializado;
Verificar rapidamente os sinais vitais. Aplicar técnicas de RCP.
utiliza máscara ou outro sistema de respiração adequada.
Manter o acidentado imóvel, aquecido e sob observação. Os efeitos podem não ser imediatos.
Observação:
Estes procedimentos só devem ser aplicados se houver absoluta certeza de que a área onde se
encontra, juntamente com o acidentado, está inteiramente segura.
É importante deixar esclarecido o fato de que a presença de fumaça, gases ou vapores, ainda
que pouco tóxicos, em ambientes fechados, pode ter conseqüências fatais, porque estes
agentes se expandem muito rapidamente e tomam o espaço do oxigênio presente, provocando
asfixia.
PRIMEIROS SOCORROS:
Obstrução de Vias Aéreas (Manobra de Heimlich)

A manobra de Heimlich é uma técnica de primeiros socorros utilizada em casos de


emergência por asfixia, provocada por um pedaço de comida ou qualquer tipo de
corpo estranho que fique entalado nas vias respiratórias, impedindo a pessoa de
respirar.
Nesta manobra, utilizam-se as mãos para fazer pressão sobre o diafragma da pessoa
engasgada, o que provoca uma tosse forçada, que faz com que o objeto seja expulso
dos pulmões.
O que fazer antes da manobra
Após se detectar que a pessoa não consegue respirar corretamente, devido a um
engasgamento, o primeiro passo é pedir para ela tossir com força e em seguida aplicar
5 pancadas secas nas costas com a base de uma mão. Caso isso não seja suficiente,
deve-se preparar para aplicar a manobra de Heimlich, que pode ser feita de 3 formas:
Posicionar-se por detrás da vítima, envolvendo-a com os braços;
Fechar uma das mãos, com o punho bem fechado e o polegar por cima, e posicioná-la
na região superior do abdômen, entre o umbigo e o a caixa torácica;
Colocar a outra mão sobre o punho fechado, agarrando-o firmemente;
Puxar com força ambas as mãos para dentro e para cima. Caso essa região seja de
difícil acesso, como pode acontecer em obesos ou gestantes nas últimas semanas,
uma opção é localizar as mãos sobre o tórax;
Repetir a manobra por até 5 vezes seguidas, observando se o objeto foi expelido e se a vítima
respira.
Na maioria das vezes, estes passos são suficientes para que o objeto seja expelido, entretanto,
em alguns casos, a vítima pode continuar sem conseguir respirar corretamente e acabar
desmaiando. Neste caso, deverá ser feita a manobra adaptada para a pessoa desmaiada.
Quando a pessoa está inconsciente ou desmaiada, e com as vias aéreas obstruídas, a manobra
de Heimlich deve ser abandonada e deve-se chamar a ajuda médica imediatamente, iniciando-
se de seguida as massagem cardíaca do suporte básico de vida.
Normalmente, a pressão causada pela massagem cardíaca também pode levar à saída do objeto
que está causando a obstrução, ao mesmo tempo que mantém o sangue circulando pelo corpo,
aumentando as chances de sobrevivência.
Na própria pessoa
É possível que uma pessoa se engasgue estando sozinha, e, caso isso aconteça,é possível aplicar
a manobra de Heimlich em você mesmo. Neste caso, a manobra deve feita da seguinte forma:
Cerrar o punho da mão dominante e posicioná-la na parte superior do abdômen, entre o
umbigo e o final da caixa torácica;
Segurar esta mão com a mão não dominante, conseguindo um melhor apoio;
Empurrar com força, e de forma rápida, as duas mãos para dentro e para cima.
Repita o movimento quantas vezes for necessário, mas caso não seja efetivo, a manobra deverá
ser feita com mais força, utilizando-se o apoio de um objeto firme e estável, que alcance a
região da cintura, como uma cadeira ou um balcão. Assim, com as mãos ainda sobre o
abdômen, deve-se empurrar o corpo com força contra o objeto.
Em caso de bebê engasgado
Caso o bebê sofra um sério engasgamento com algum objeto ou alimento, que o impeça de respirar, a
manobra é feita de forma diferente. O primeiro passo é deitar a criança sobre o braço com a cabeça
um pouco mais baixa que o tronco e observar se existe algum objeto em sua boca que possa ser
removido.
Caso contrário, e ela continuar engasgada, deve-se incliná-la, com a barriga sobre o braço, com o
tronco mais baixo que as pernas, e dar 5 palmadas com a base da mão nas suas costas. Se ainda assim
não for suficiente, deve-se virar a criança de frente, ainda sobre o braço, e efetuar 5 compressões com
os dedos médio e anular sobre o tórax da criança, na região entre os mamilos.
PRIMEIROS SOCORROS:
Parto de Emergência

Mesmo que você não seja pai ou mãe, não pense em ter um filho e nunca tenha
trabalhado em algum serviço de saúde pode ser que um dia você precise ajudar uma
mulher em trabalho de parto. Trata-se de momento natural de gestantes que apresentam
contrações cada vez mais regulares.
Chegando ao final da gestação, a gestante passa a apresentar sinais indicativos do início
do trabalho de parto. São eles:
contrações fortes e regulares a cada dois minutos
enrijecimento da musculatura abdominal ou uma espécie de cólica menstrual forte com
pontadas no baixo ventre de forma irregular, ficando mais intensas entre um e dez
minutos
sensação intensa de evacuação
saída de secreção vaginal sanguinolenta
visualização da cabeça do bebê no canal de nascimento
ruptura da bolsa amniótica, percebendo saída de líquido transparente
gestante multípara, com vários partos normais.
Primeiros Socorros
O primeiro ponto a ser destacado é que, em casos de primeiros socorros em partos de
emergência, é necessário manter a calma e transmiti-la à gestante. Mesmo que um
trabalho de parto já tenha iniciado, o processo pode durar várias horas, por isso, é
Sempre verificando os sinais vitais da gestante, afaste os curiosos, no intuito de manter a
privacidade. Verifique a presença de alguém próximo, como amigos ou familiares. Descubra o
período da gestação e se houve problemas anteriores, como sangramentos ou cólicas de maior
gravidade.
Ao constatar sinais de parto iminente, não deixe que a gestante vá ao banheiro. Entre em contato
com o serviço de emergência e se possível, com o obstetra que acompanha a gravidez. Se, de tudo,
perceber que o bebê não esperará o atendimento chegar, mantenha a calma e inicie, calmamente,
a assistência de parto, sem acelerar ou retardar.
•higienize as mãos antes de iniciar qualquer procedimento, se possível coloque luvas.
•deite a gestante, de costas, em um lugar limpo, de preferência sobre um lençol;
• eleve os joelhos da mãe e afaste suas pernas, como na posição ginecológica;
•remova as peças de roupas que possam atrapalhar o nascimento do bebê, sem expor a gestante;
•se for possível, faça uma limpeza na região genital e nas coxas da gestante, com água e sabão;
•oriente-a para respirar fundo e fazer força durante as contrações, como se estivesse evacuando,
deixando-a descansar entre elas (fazer força na contração e descansar no período de relaxamento) .
•à medida em que o parto progride, o socorrista verá a cabeça do feto a cada contração, por isso,
deverá ampará-la, evitando que saia de uma vez só e se machuque;
•jamais puxe a cabeça da criança para apressar o parto, dando apenas sustentação
•depois que a cabeça sai totalmente, fará um movimento de giro para que saia ombros e resto do
corpo,
•não puxe a criança nem o cordão umbilical, deixando que a mãe os expulse naturalmente
•se perceber que o cordão umbilical está em torno do pescoço do bebê, afrouxe-o e remova-o no
sentido da nuca para o abdome do bebê.
•apenas neste caso, segure a cabeça do bebê em forma de “V”, forçando-a suavemente para baixo, até
passar o ombro superior e o resto do corpo
•com cuidado para não deixar o bebê cair, limpe o muco do nariz e boca, além de assegure-se de que
ele esteja respirando
•se a criança não chorar ou respirar, segure-a de cabeça para baixo, pelas pernas, e dê alguns tapinhas
nas costas para estimular a respiração
•se, ainda assim, o bebê não estiver respirando, aplique a respiração artificial delicadamente,
insuflando apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança, como um movimento
respiratório normal. Aja com delicadeza.
•envolva o bebê em panos limpos e espere o socorro chegar
O cordão umbilical sairá com a placenta, cerca de 20 minutos após o nascimento. Não é necessário
removê-lo caso o resgate chegue em até 30 minutos. Caso contrário, deite a criança de costas e, com
fio previamente fervido, faça nós no cordão umbilical. O primeiro, a aproximadamente quatro dedos
da criança (10 cm).
O segundo deve distar 5 cm do primeiro. Cortar entre os dois nós com uma tesoura, lâmina ou outro
objeto limpo. As extremidades do cordão não devem sangrar. Não é necessário limpar a gordura
branca, chamado de vérnix caseoso, do corpo do bebê, pois ela desaparecerá em até 24 horas.
Após a saída da placenta, faça uma massagem suave sobre o abdômen da mãe para provocar a
contração do útero e diminuir a hemorragia, algo normal após o parto. Coloque o bebê em contato
com a mãe, em seu colo, assim que liberar a placenta. Mantenha ambos agasalhados e os transporte
para atendimento médico.

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