Apresentação - Legislação de Impostos II 2
Apresentação - Legislação de Impostos II 2
Apresentação - Legislação de Impostos II 2
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
A cobrança de impostos no Brasil é feita em cada produto comprado,
no leite, no pão, na bala, em tudo, não apenas no IPTU, IPVA e
impostos de renda como muitos pensam.
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
Ao contrário dos impostos, as taxas são tributos que tem como fato
gerador uma atividade estatal específica, diretamente ligada ao
contribuinte. São, por isso, tributos vinculados (a uma atividade
estatal). Esta atividade estatal, conforme a dicção legal dos artigos
acima transcritos, poderá ser:
Conforme se extrai do art. 155, III, CF/88, aos Estados e ao Distrito Federal foi
atribuída competência para instituir o IPVA, o qual incide sobre a propriedade de
veículos automotores. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III —
propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 3, de 1993).
Destaque-se que o IPVA não possui Lei Complementar federal de defi nição de
normas gerais. Dessa forma, até que venha a ser editada a referida lei
complementar, os Estados e o Distrito Federal possuem competência legislativa
plena para disciplinar tal tributo, conforme art. 24, §3º, da CF/88. No que se refere
ao fato gerador do IPVA, pode-se dizer que o conceito de propriedade utilizado
abrange a propriedade plena ou não.
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O critério temporal será a data prevista na Lei Estadual que institui o
IPVA.
A CF/88, em seu artigo 155, I, dispõe que “compete aos Estados e ao Distrito Federal
instituir impostos sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos. O ITCMD não estava previsto na Constituição anterior, razão pela qual igualm
ente não se encontra previsão deste imposto no CTN. Não há, igualmente, lei
complementar nacional para regulamentálo. Assim, tanto a instituição, quanto a
previsão de normas gerais e da regramatriz do ITCMD, dependerá das leis de cada
Estado.
Alíquota: o inciso IV do § 1.º do art. 155 da CF/88, estabelece que o ITCMD terá
suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal. A resolução n° 09/92 do
Senado fixou então a alíquota máxima do imposto em 8%, cada Estado fixa a sua,
no Amazonas é de 7%. Os tribunais não têm admitido a possibilidade de alíquotas
progressivas, sob o fundamento de tratar-se de imposto real e de não haver
previsão pela CF/88. A matéria, entretanto, aguarda julgamento pela sistemática da
repercussão geral94. Ainda com relação à alíquota, a súmula 112 do STF dispõe
que se aplica a alíquota vigente à época da abertura da sucessão.
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IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS – ICMS
Conclusão:
a) Nas operações de leasing interno, seja operacional ou financeiro não há
incidência de ICMS, salvo quando efetivada a venda do bem arrendado ao
arrendatário;
b) Nas operações de leasing de retorno não há incidência do ICMS, pois o
alienante e o arrendatário são a mesma pessoa;
c) Na importação realizada mediante operação de leasing internacional, não
incide o ICMS, salvo quando houver o exercício da opção de compra pelo
arrendatário, tornando a mercadoria insuscetível de devolução ao arrendador.
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ICMS e as operações de comodato na importação: não incide
ICMS, pois se trata de contrato equivalente a empréstimo gratuito de
coisa não fungível.
Súmula 573 STF: não constitui fato gerador do imposto de Circulação
de Mercadorias a saída física de máquinas, utensílios e implementos a
título de comodato.
Outras Súmulas:
> Cálculo por fora: Preço R$100,00 – IPI R$15,00 – Total R$115,00
> Cálculo por dentro: Preço R$100,00 – ICMS R$18,00 – Total R$100,00
A alíquota interna é fixada por cada Estado e DF; o Senado pode fixar
alíquotas mínimas e máximas.
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Emenda Constitucional 87/2015 – todas as operações interestaduais,
inclusive para destinatário não contribuinte do ICMS, sujeitam-se a
alíquota interestadual. Antes dela, somente a operação que se
destinava a contribuinte sujeitava-se à alíquota interestadual menor.
Os 2 Estados.
1º) alíquota interestadual; Estado de origem fica com o
Quando a pessoa tiver adquirido o valor obtido pela alíquota
produto/serviço como consumidor 2º) diferença entre a alíquota interna interestadual;
final e for contribuinte do ICMS. e a interestadual. Estado de destino fica com o
valor obtido com a ≠ entre a sua
alíquota interna e a interestadual.
Os 2 Estados.
Estado de origem fica com o
valor obtido pela alíquota
1º) alíquota interestadual; interestadual;
Quando o adquirente for consumidor Estado de destino fica com o
final da mercadoria comprada e não 2º) diferença entre a alíquota interna valor obtido com a ≠ entre a sua
for contribuinte do ICMS e a interestadual alíquota interna e a interestadual.
Até 2019 o Estado destino irá
dividir esse valor com o Estado
de origem cf. tabela transitória
prevista no art. 99 ADCT.
Quando o adquirente não for o Estado de origem.
consumidor final do produto Interestadual Aplica-se a alíquota interestadual,
adquirido. mas o valor ficará todo com o Estado
de origem.
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Na primeira situação: o adquirente (destinatário) do produto ou serviço é
quem deverá fazer o recolhimento do imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna e a interestadual.
Na segunda situação: o remetente do produto ou serviço é quem deverá
fazer o recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a
alíquota interna e a interestadual.
A alíquota interestadual permite a divisão da receita do ICMS entre o Estado
de destino e o Estado de origem. Quanto menor for alíquota interestadual,
manos recursos ficam na origem e mais recursos ficam no destino.
Quando a operação interestadual é realizada de um Estado considerado
mais desenvolvido economicamente (Sul, Sudeste, excluído o ES) para um
que seria considerado menos desenvolvido economicamente (outras
regiões e ES), a alíquota interestadual é menor (7%), o que favorece estes
últimos.
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Descontos: os valores relativos a descontos –
condicionais/incondicionais sempre implicam a diminuição do preço
das mercadorias, e deveriam acarretar a redução da base de cálculo,
mas não é bem assim.
Em regra incide:
Na produção de softwares;
Medicamentos manipulados;
Cartões magnéticos personalizados e sob encomenda (na comercialização de
“bens de prateleira”;
Na industrialização sob encomenda (matéria prima fornecida exclusivamente
fornecida pelo contratante do serviço);
Sobre os serviços de tabeliãs e notários;
Sobre o leasing financeiros e lease back (operação de arrendamento mercantil que
tem por objeto bens do ativo permanente do arrendatário, que os vendeu para a empresa
de leasing e em seguida os arrendou; ou seja, o arrendatário é o próprio fornecedor dos
bens. Pela resolução 2309 do Banco Central, de 28.09.96, essa modalidade só é
permitida para arrendatários pessoas jurídicas).
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Serviços controvertidos:
a) Informática – cessão ou direito de uso de programa de computação – bem
incorpóreo (licença de uso). Na linha do Judiciário, a tipificação tributária
condiciona-se ao específico negócio jurídico realizado, ou seja, produto
acabado (ICMS), programa por encomenda ou adaptado ao tomador de serviço
(ISS);
b) Locação, cessão de direito de uso e congêneres – não incidência – mera
autorização para que terceiros utilizem os direitos do titular originário.
c) Saúde, assistência médica e congêneres – manipulação de medicamentos
(operação mista – farmacêutica), incide ISS; planos de saúde, não incide ISS
(obrigação de dar e não de fazer); prestação de serviços médicos, incide o ISS
(obrigação de fazer);
d) Bens de terceiros – só ocorre após o ciclo operacional (produção, circulação e
consumo). ISS só incide nas atividades dos esforços humanos, em que podem
ou não ser utilizados bens materiais.
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e) Atividades bancárias e financeiras – incide ISS nos serviços de expediente,
considerados auxiliares e acessórios, não revestidos de caráter industrializados,
constituindo fato gerador (REsp 347046RJ, 03/05/2004);
f) Franchising (franquia) Lei nº 8.905/94 – incide em razão do contrato de franquia ir além
da mera prestação de serviço entre franqueador e franqueado – transferência de
tecnologia, imposição de condutas, cessão de direitos, obrigação de aquisição de
quantidade mínimas – objetivo participativo.
STJ – é pacífico o entendimento dessa Corte que após a vigência da LC 116/03,
incide ISS sobre serviços realizados pelas agências franqueadas dos correios.
g) Factoring – o STJ decidiu que não caracteriza atividade abrangida pelo sistema
financeiro nacional, pois seus serviços não abrigam direito de regresso e nem na
garantia dada pelo aval ou endosso.
h) Serviços funerários – incidência sobre o transporte de corpo cadavérico, desembaraço
de certidão de óbito, embalsamamento, embelezamento, conservação ou restauração de
cadáver, cremação de corpos, manutenção e conservação de jazigos em cemitérios. Não
incidente sobre planos funerários.
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ISS x ICMS – o critério é a listagem da LC 116/03, se o serviço estiver listado,
incide ISS, se não, incide ICMS.
Observações importantes:
Função Predominante: Fiscal
Princípio da legalidade: Está sujeito
Princípio da anterioridade: Está sujeito
Princípio da noventena: Está sujeito
Cumulação de impostos: No caso de prestação de serviços prestados com
mercadorias, é possível a cobrança conjunta de ICMS e ISS se o serviço
estiver previsto na LC 116/03, com ressalva de cobrança de ICMS.
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ITBI – imposto sobre transmissão intervivos sobre imóveis.
O ITBI, tributo com previsão no art. 156, II, da CF/88 combinado com §2º do mesmo
dispositivo constitucional, de competência dos Municípios, tem seu fato gerador definido
no art. 35, CTN. Art. 35.
O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos
a eles relativos tem como fato gerador:
I — a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por
natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;
II — a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais
de garantia;
III — a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos
quantos sejam os herdeiros ou legatários
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De acordo com a previsão constitucional, para incidência do ITBI é
necessária a observância de três conceitos, quais sejam: transmissão,
inter vivos e oneroso.
Destaque-se que o §2º, inciso I do art. 156, CF/88 prescreve uma hipótese de
imunidade do ITBI, com relação à integralização de capital social com bens
imóveis: § 2º — O imposto previsto no inciso II:
O pólo ativo de cobrança do ITBI é ocupado pelo Município de localização do bem. O pólo passivo, por
sua vez, de acordo com ao art. 42 do CTN, pode ser ocupado pelo alienante ou pelo adquirente. Existe
jurisprudência do STJ no sentido de que o contribuinte do ITBI deve ser o adquirente. Entretanto, a lei
municipal pode escolher quem fi gurará como contribuinte do tributo ora em discussão.
A base de cálculo do ITBI, de acordo com o art. 38, CTN, é estabelecida pelo valor venal do bem
imóvel ou dos direitos transmitidos.
Destaque-se, por oportuno, a previsão da súmula 656 do STF, segundo a qual o ITBI, sendo um
imposto real, não possuirá alíquotas progressivas, vez que isso poderia ferir o princípio da capacidade
contributiva, exceto quando expressamente previsto na CF/88.
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OBRIGADA POR ESTE TEMPO JUNTOS