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Apresentação - Legislação de Impostos II 2

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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO AUDITORIA

LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 A cobrança de impostos no Brasil é feita em cada produto comprado,
no leite, no pão, na bala, em tudo, não apenas no IPTU, IPVA e
impostos de renda como muitos pensam.

 Os impostos são cobrados à pessoas física ou jurídica em moeda


local, no caso do Brasil em reais. Esse dinheiro é arrecadado pelo
governo na intenção de reverter em educação, segurança, saúde,
transportes, etc.

 Finalidade dos impostos: aplicação na implementação, manutenção


ou melhora dos serviços públicos – educação – segurança – saúde –
transporte etc.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
> Impostos estaduais - Tributos Estaduais equivalem a 28,47% de todo imposto
arrecadado:
- ICMS
- IPVA
- ITCMD
> Impostos municipais - E com 5,58% de todo imposto arrecadado, os impostos
Municipais:
- IPTU
- ISS
- ITBI
- Contribuições de Melhoria
- Taxas de Alvará/Licenciamento
- Taxa de Coleta de Lixo
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 OBSERVAÇÃO:

 As taxas são, assim, de competência comum de todos os entes e o seu


exercício dependerá da competência atribuída para a prestação do serviço ou
exercício do poder de polícia pela CF/88. Se determinado serviço não for
acometido pela Constituição a nenhum ente federado, a competência residual
é dos estados. O CTN prevê esta figura tributária, estabelecendo em
seu art.77 que:

 Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Ao contrário dos impostos, as taxas são tributos que tem como fato
gerador uma atividade estatal específica, diretamente ligada ao
contribuinte. São, por isso, tributos vinculados (a uma atividade
estatal). Esta atividade estatal, conforme a dicção legal dos artigos
acima transcritos, poderá ser:

 a) o exercício regular do poder de polícia; ou

 b) a prestação de serviço público específico e divisível, ou colocação


deste à disposição do contribuinte.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 IPVA – imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

 Conforme se extrai do art. 155, III, CF/88, aos Estados e ao Distrito Federal foi
atribuída competência para instituir o IPVA, o qual incide sobre a propriedade de
veículos automotores. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III —
propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 3, de 1993).

 Destaque-se que o IPVA não possui Lei Complementar federal de defi nição de
normas gerais. Dessa forma, até que venha a ser editada a referida lei
complementar, os Estados e o Distrito Federal possuem competência legislativa
plena para disciplinar tal tributo, conforme art. 24, §3º, da CF/88. No que se refere
ao fato gerador do IPVA, pode-se dizer que o conceito de propriedade utilizado
abrange a propriedade plena ou não.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 O critério temporal será a data prevista na Lei Estadual que institui o
IPVA.

 O IPVA é devido ao Município em que registrado e licenciado o veículo


nos cadastros das autoridades de trânsito. Caso não haja necessidade
de registro, o IPVA compete ao Município em que domiciliado seu
proprietário.

 O pólo ativo de cobrança do IPVA é ocupado pelos Estados e o Distrito


Federal. Destaque-se, entretanto, que, de acordo com o art. 158, III, da
CRFB/88, 50% da arrecadação se destinam ao Município no qual o
veículo foi licenciado.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 ITCMD – imposto transmissão causa mortis ou doação.

 A CF/88, em seu artigo 155, I, dispõe que “compete aos Estados e ao Distrito Federal
instituir impostos sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos. O ITCMD não estava previsto na Constituição anterior, razão pela qual igualm
ente não se encontra previsão deste imposto no CTN. Não há, igualmente, lei
complementar nacional para regulamentálo. Assim, tanto a instituição, quanto a
previsão de normas gerais e da regramatriz do ITCMD, dependerá das leis de cada
Estado.

 O Critério Material do ITCMD é transmitir bem ou direito a título gratuito: a) por


sucessão legitima ou testamentária ou b) por doação93. O primeiro caso diz respeito a
bens que, na divisão de patrimônio na partilha ou adjudicação, forem atribuídos aos
cônjuges e herdeiros. Já a doação, segundo o artigo 538 do Código Civil, é o contrato
em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens
para o da outra, havendo, assim mudança de titularidade a título gratuito.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Critério temporal: No caso da transmissão por sucessão causa mortis, o critério
temporal ocorre no momento do óbito, tendo em vista que é neste momento que se
abre a sucessão e que se transmite os bens e direitos aos sucessores. No caso de
transmissão por doação, o critério temporal dependerá da natureza do bem — se
móvel ou imóvel. No primeiro caso, a transmissão acontece com a tradição, no
segundo, com a transcrição no registro imobiliário. Assim, o critério temporal será o
momento em que ocorre a transmissão dos bens.

 Critério pessoal: Ativo - o ITCMD será devido no Estado da situação do bem. Já


quando a transmissão tiver por objeto bens móveis, o sujeito ativo será o Estado
onde se processar o inventário ou arrolamento, no caso de transmissão causa
mortis ou ao Estado onde tiver domicílio o doador, no caso de doação. Passivo -
Em conformidade porém com o critério material e com o princípio da capacidade
contributiva, poderão ser sujeitos passivos do ITCMD o herdeiro ou legatário, na
transmissão em razão da morte; o donatário, na doação ou o cessionário.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Critério quantitativo: a base de cálculo do ITCMD será o valor venal do bem ou
direito transmitido. A súmula 113 do STF dispõe que o ITCMD é calculado sobre o
valor dos bens do espólio na data da avaliação. Já a súmula 114 do STF dispõe que
o ITCMD não é exigível antes da homologação do cálculo em sede dos autos de
inventário. Ressalta-se que não são abatidas as dívidas que recaem sobre os bens
para fins de estipulação da base de cálculo do ITCMD.

 Alíquota: o inciso IV do § 1.º do art. 155 da CF/88, estabelece que o ITCMD terá
suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal. A resolução n° 09/92 do
Senado fixou então a alíquota máxima do imposto em 8%, cada Estado fixa a sua,
no Amazonas é de 7%. Os tribunais não têm admitido a possibilidade de alíquotas
progressivas, sob o fundamento de tratar-se de imposto real e de não haver
previsão pela CF/88. A matéria, entretanto, aguarda julgamento pela sistemática da
repercussão geral94. Ainda com relação à alíquota, a súmula 112 do STF dispõe
que se aplica a alíquota vigente à época da abertura da sucessão.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS – ICMS

 É um imposto não cumulativo – compensando-se no que for devido em cada


operação relativa à circulação de mercadoria ou prestação de serviços com o
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado ou pelo DF.
 Sua função predominante é fiscal, e na maioria dos Estados, é a maior fonte de
recurso.
 Operação – negócio mercantil.
 Circulação – transmissão jurídica de mercadoria. Ex: venda.
 Mercadoria – produto transmitido por pessoa que exerce o comércio com
habitualidade.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 LEGISLAÇÃO.
 Constituição Federal – art. 155, II a XII;
 EC’s – 33/01; 42/03;
 Leis Complementares – 87/96; 92/97; 99/99; 102/00; 114/02; 116/03;
122/06; 18/10;
 Resoluções do Senado Federal – 22/99; 95/96; 13/12;
 Convênios de Secretários de Fazenda dos Estados e do DF;
 Legislação dos Estados e do DF;
 Amazonas – Decreto nº 20.686/99 – RICMS e os demais registrados e
publicados no site: www.sefaz.am.gov.br

 COMPETÊNCIA: Estados e DF (art. 155 CF).


LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Fato Gerador: é aquele descrito na lei estadual ou distrital que
instituir o tributo. É a saída econômica e jurídica da mercadoria,
a mudança de titularidade de uma coisa móvel destinada ao
comércio. Pode se constituir (art. 155, II CF):
a) na circulação de mercadorias – atos ou negócios – natureza
jurídica indiferente – trajeto da mercadoria da produção ao
consumo – perda da titularidade de um sujeito para outro
(circulação jurídica);
b) na prestação de serviços de transportes (interestadual e
intermunicipal) – regime de direito privado – início da prestação
de serviços por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias e
valores – ato final do transporte iniciado no exterior.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
OBS: Somente se pode cogitar da prestação de serviços quando existem
duas ou mais pessoas (física ou jurídica) , qualificando-se como prestador
e tomador (usuário) dos serviços. A empresa que transporta bens de sua
própria empresa não pode ser tributada diante da inexistência de relação
contratual.
> Subcontratação – prestação do serviço de transporte que se realiza
por meio de outra empresa, distinta daquela que foi inicialmente
contratada;
> Redespacho – prestação de serviço que se caracteriza pela realização
do serviço pelo transportador contratado (A) até uma parte do trecho.
Após é contratada por (A) outra pessoa (B) para efetuar o restante.
> Transbordo – retirada de mercadoria de um veículo e colocada noutro
veículo por necessidade de alcançar o destino final.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Transporte rodoviário de carga – incide ICMS por determinação do STF – Adin
nº 2.669qDF, Rel. Min.Marco Aurélio .
 Serviço Postal – ECT – incide – transporte de bens e correspondências.
 Transporte ao mar territorial ou à Zona Econômica Exclusiva – exame
específico – aplicação da lei geral (CCB art. 723), especial e tratados e
convenções internacionais.
 Movimentação de gás canalizado –distribuição do gás – em que pese tenha
essência de transporte de bens, quantificável – tem ponto de partida e de
chegado a usuários livres – ainda não se regulou a sua incidência – estando
esse serviço ainda é tarifado e não tributado.

c) Prestação de serviços de comunicação – geração – emissão – recepção –


transmissão- retransmissão – repetição – ampliação de comunicação de qualquer
natureza – negócio jurídico – obrigação de fazer.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Serviços: radiodifusão (Serviço Especial por Assinatura – TVA); TV a
cabo; incide. – art. 2º, III e 12, VII da Lei Complementar nº 87/96, pois
prestam serviços de transmissão e recepção de sinais de TV.
 Produtoras de programas para tv – o STJ entendeu que não incide
porque elas não fazem a distribuição por nenhum meio físico, mas
somente contratam com a operadora/distribuidora de sinais de TV, não
estando seus serviços previstos na Lei Complementar nº 87/96. (STJ.
Resp 762.103 MG – 2ª T. Rel. Min. João Otávio Noronha.
 Provedores de internet: para o STJ – como a prestação de serviços de
conexão à internet não cuida de prestação onerosa de serviços de
comunicação ou de serviços de telecomunicação, mas de serviços de
valor adicionado, em face dos princípios da legalidade e da tipicidade
fechada, inerentes ao ramos do direito tributário, deve ser afastada a
aplicação do ICMS pela inexistência na espécie do fato imponível.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 “O ICMS não incide no serviço de provedores de acesso à internet” –
Súmula 334 –STJ.
 Serviços de telefonia móvel – incide.
“Tributário. ICMS. Serviço de Telefonia Móvel – Inadimplência dos
usuários – Furto de Sinal (clonagem) – Incidência do tributo.
1. O fato gerador do ICMS na telefonia é a disponibilização da linha em
favor do usuário que contrata, onerosamente os serviços de comunicação
da operadora. A inadimplência e o furto por clonagem fazem parte dos
riscos da atividade econômica, que não podem ser transferidos ao
Estado.
2. Nos termos do art. 118 do CTN, o descumprimento da operação de
compra e venda mercantil não tem o condão de malferir a ocorrência do
fato gerador do ICMS.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Não incide: “O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de telefone
celular” – Súmula 350 STJ.
 Não incide: Serviços de roaming internacional (telefonia celular) – as
prestações de serviços por operadoras estrangeiras no “roaming
internacional receptivo” consistem em receitas de exportações de serviços,
isentas de ICMS. As prestações de serviços por operadoras estrangeiras
para brasileiras no “roaming internacional sainte” sujeitam-se ao ICMS.
(ROMS 16.767 MG. 2ª T. Rel. Min. Eliana Calmon. J. 5.10.04. DJU 17.12.04)
 Serviço de bip – radiochamada. ICMS. Serviço de comunicação.
Radiochamada (bip). Incide ICMS sobre a prestação de serviço de
comunicação de radiochamada. Afasta-se a incidência do tributo municipal
sobre serviços listados de secretaria e de aluguel de equipamento, eis que
não constituem substancialmente o serviço prestado, mas instrumentos da
atividade fim de comunicação. (STJ. AI 63.96-0 RS. Rel. Min. Milton Luiz
Pereira. DJU 1 2.5.95, p. 11.555/6).
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
c) Importação de bem, mercadoria e serviço.

 O art. 155, IX, a, da CF, alterado pela EC 33/01, regulamenta que o


ICMS incidirá sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do
exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte
habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como
sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado
onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário
da mercadoria, bem ou serviço.
 O STF regulou a cobrança na Súmula 661: “É legítima a cobrança do
ICMS de mercadoria importada por ocasião do desembaraço
aduaneiro.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 ICMS e operações de leasing – o leasing é uma modalidade de contrato
(arrendamento mercantil):
Operacional: Produtor de determinado bem ou uma empresa comercial
especializada cede o direito de uso de tal bem, comprometendo-se a
fornecer a manutenção e a assistência técnica eventualmente necessários,
recebendo como contrapartida um valor que engloba o valor do direito de
uso (tipo locação) aos serviços prestados e à margem de lucro (não incide).
Se o arrendatário desejar adquirir o bem ao final do contrato poderá pelo
valor do mercado (incide).
Financeiro: financiamento – locatário (empresa) quer um bem, o locador
(instituição financeira adquire o bem) aluga por prazo certo (não incide). Ao
final do prazo o locatário opta por devolvê-lo (não incide), renovar a locação
(não incide) ou compra pelo preço residual fixado no momento inicial do
contrato (incide).
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
De retorno: empresa precisa de capital de giro, aliena um bem para uma
instituição financeira e, arrenda ao vendedor o bem vendido – arrendamento
de retorno – não incide.

 Conclusão:
a) Nas operações de leasing interno, seja operacional ou financeiro não há
incidência de ICMS, salvo quando efetivada a venda do bem arrendado ao
arrendatário;
b) Nas operações de leasing de retorno não há incidência do ICMS, pois o
alienante e o arrendatário são a mesma pessoa;
c) Na importação realizada mediante operação de leasing internacional, não
incide o ICMS, salvo quando houver o exercício da opção de compra pelo
arrendatário, tornando a mercadoria insuscetível de devolução ao arrendador.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 ICMS e as operações de comodato na importação: não incide
ICMS, pois se trata de contrato equivalente a empréstimo gratuito de
coisa não fungível.
 Súmula 573 STF: não constitui fato gerador do imposto de Circulação
de Mercadorias a saída física de máquinas, utensílios e implementos a
título de comodato.
 Outras Súmulas:

 Súmula 570 STF: O imposto de Circulação de Mercadorias não incide


sobre a importação de bens de capital (bens de produção, é o conjunto de
equipamentos e instalações que podem ser mensurados contabilmente, ou seja, têm um
valor real, e que servem para a produção de bens e serviços).
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II

 Súmula 575 STF: à mercadoria importada de país signatário do GATT


(Acordo Geral de Tarifas e Comércio), ou membro da ALALC
(Associação Latino-Americana de Livre-Comércio), estende-se a
isenção do imposto de Circulação de Mercadorias concedida a similar
nacional.
 Súmula 576 STF: é lícita a cobrança do Imposto de Circulação de
Mercadorias sobre produtos importados sob o regime da alíquota
“zero” (alíquota zero é expressão utilizada pela Administração Tributária, que concede
ao contribuinte situação de não-pagamento - semelhante à isenção - porém, sem
obediência ao princípio da legalidade, que exige que não haja tributação em dois casos:
imunidade e isenção).
 Súmula 579 STF: a cal virgem e a hidratada estão sujeitas ao imposto de
Circulação de Mercadorias.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II

 A incidência do ICMS, mesmo no caso de importação, pressupõe


operação de circulação de mercadoria (transferência da titularidade do
bem), o que não ocorre nas hipóteses de arrendamento, em que há
mera ‘promessa de transferência pura do domínio’ desse bem do
arrendante para o arrendatário (Resp 1.131.718/SP-Primeira Seção –
rel. Min. Luiz Fux – DJe 9/4/10).

 Não há operação relativa à circulação de mercadoria sujeita à


incidência do ICMS em operação de arrendamento mercantil
contratado pela indústria aeronáutica de grande porte para viabilizar o
uso, pelas companhias de navegação aérea, de aeronaves por ela
construídas (RE 461.968-7-SP-Plenário- Rel. Min. Eros Grau –
j.30.05.07-DU 1 24.08.07,p. 56).
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Mercadoria fornecidas conjuntamente com serviços – o ICMS é
residual em relação ao ISS.

SITUAÇÃO LEGAL INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA


O serviço não está previsto na LC O ICMS incide sobre o valor total
116/03 da operação
O serviço está previsto na LC O ISS incide sobre o valor total
116/03, sem ressalva de da operação
cobrança do ICMS
O serviço está previsto na LC O ISS incide sobre o valor do
116/03, com ressalva de serviço.
cobrança do ICMS. O ICMS incide sobra o valor da
Súmulas 163 e 153 STJ mercadoria fornecida.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Sujeito Ativo: Estado ou Distrito Federal – local de ocorrência do fato
gerador – art. 11 LC 87/96.

 Sujeito Passivo: Contribuinte - qualquer pessoa que realize com


habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial,
operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que
as operações e as prestações se iniciem no exterior (art. 4º da LC
87/96).

 Contribuintes: quem importa bens; quem é destinatário de serviços


prestados no exterior ou lá iniciados, quem adquire bens em hasta
pública.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Destaques:

 Incide ICMS na importação de veículo por pessoa física, destinado a


uso próprio;
 A importação de mercadorias por consumidor final está sujeita à
incidência de ICMS pelo Estado do domicílio do importador;
 Não incide ICMS quando não houver efetiva circulação econômica de
mercadorias e prestação de serviços.
 Súmula 166 STJ: Não constitui fato gerador do ICMS o simples
deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do
mesmo contribuinte.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 A lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do
imposto devido pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou
omissões daqueles concorrerem para o não recolhimento do tributo;
como também a depositário a qualquer título, hipótese em que o
contribuinte assumirá a posição de substituto tributário.

 A responsabilidade poderá ser atribuída em relação a imposto


incidente sobre uma ou mais prestações, sejam antecedentes,
concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da
diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e
prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado
em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. A atribuição da
responsabilidade se dará em relação a mercadorias ou serviços
prestados em lei de cada Estado.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Alíquotas interestaduais, incidentes quando a mercadoria ou o serviço é
vendido pra contribuinte do ICMS localizado em outro Estado (ou DF), são
fixadas pelo Senado:
a) a alíquota interestadual geral é de 12%;
b) excepcionalmente, é de 7% nas operações e prestações originadas de
Estados do Sul e do Sudeste com destinos a Estados (e ao DF) das regiões
Norte, Nordeste, Centro Oeste e ao Espírito Santo; e;
c) A partir de janeiro/2013: alíquota interestadual de 4% para produtos
importados (intuito de enfrentar a guerra dos portos).

 As alíquotas interestaduais, menores que as internas, são aplicadas nas


vendas realizadas para adquirentes localizados em outros Estados (ou DF),
não importando se esses destinatários são ou não contribuintes do imposto.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Base de Cálculo: é o valor da operação de circulação ou o preço da
prestação do serviço. Trata-se de valor embutido no preço.
 No caso da importação, a base de cálculo inclui o II, o IPI, o IOF sobre
o câmbio e outras despesas.

> Cálculo por fora: Preço R$100,00 – IPI R$15,00 – Total R$115,00
> Cálculo por dentro: Preço R$100,00 – ICMS R$18,00 – Total R$100,00

 A alíquota interna é fixada por cada Estado e DF; o Senado pode fixar
alíquotas mínimas e máximas.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Emenda Constitucional 87/2015 – todas as operações interestaduais,
inclusive para destinatário não contribuinte do ICMS, sujeitam-se a
alíquota interestadual. Antes dela, somente a operação que se
destinava a contribuinte sujeitava-se à alíquota interestadual menor.

 A alteração se deu a pedido dos Estados majoritariamente adquirentes


de mercadorias, não fornecedores, que eram prejudicados pelas
vendas interestaduais diretas a consumidores localizados em seus
territórios, p. ex. vendas pela internet.

 Trata-se de alteração gradual, conforme previsão no art. 99 do ADCT.


LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II

 Alterações trazidas pela EC 87/2015 – resumo:


SITUAÇÃO ALÍQUOTAS APLICÁVEIS QUEM FICA COM O ICMS

Os 2 Estados.
1º) alíquota interestadual;  Estado de origem fica com o
Quando a pessoa tiver adquirido o valor obtido pela alíquota
produto/serviço como consumidor 2º) diferença entre a alíquota interna interestadual;
final e for contribuinte do ICMS. e a interestadual.  Estado de destino fica com o
valor obtido com a ≠ entre a sua
alíquota interna e a interestadual.
Os 2 Estados.
 Estado de origem fica com o
valor obtido pela alíquota
1º) alíquota interestadual; interestadual;
Quando o adquirente for consumidor  Estado de destino fica com o
final da mercadoria comprada e não 2º) diferença entre a alíquota interna valor obtido com a ≠ entre a sua
for contribuinte do ICMS e a interestadual alíquota interna e a interestadual.
Até 2019 o Estado destino irá
dividir esse valor com o Estado
de origem cf. tabela transitória
prevista no art. 99 ADCT.
Quando o adquirente não for o Estado de origem.
consumidor final do produto Interestadual Aplica-se a alíquota interestadual,
adquirido. mas o valor ficará todo com o Estado
de origem.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Na primeira situação: o adquirente (destinatário) do produto ou serviço é
quem deverá fazer o recolhimento do imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna e a interestadual.
 Na segunda situação: o remetente do produto ou serviço é quem deverá
fazer o recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a
alíquota interna e a interestadual.
 A alíquota interestadual permite a divisão da receita do ICMS entre o Estado
de destino e o Estado de origem. Quanto menor for alíquota interestadual,
manos recursos ficam na origem e mais recursos ficam no destino.
 Quando a operação interestadual é realizada de um Estado considerado
mais desenvolvido economicamente (Sul, Sudeste, excluído o ES) para um
que seria considerado menos desenvolvido economicamente (outras
regiões e ES), a alíquota interestadual é menor (7%), o que favorece estes
últimos.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Descontos: os valores relativos a descontos –
condicionais/incondicionais sempre implicam a diminuição do preço
das mercadorias, e deveriam acarretar a redução da base de cálculo,
mas não é bem assim.

 Súmula 457 STJ – os descontos incondicionais nas operações


mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS.

 O valor dos descontos incondicionais oferecidos nas operações


mercantis deve ser excluído da base de cálculo do ICMS, ao passo
que os descontos concedidos de maneira condicionada não geram
redução do tributo. (Emb. de Div. em REsp. 508.057 SP – 1ª S. – Rel.
Min. Castro Meira – j. 18.10.2004 – DJU 1 de 16.11.2004, p. 181).
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Seguros: não é considerado elemento componente do valor da
mercadoria (art. 13, § 1º, II, a da LC nº 87/96) – é negócio jurídico
autônomo, o que enseja a cobrança do tributo correspondente (art.
153, V, CF).
 Multa: penalidade – aplicada em caso de ilícito contratual –
ressarcimento por ilícito contratual – elemento estranho ao preço da
mercadoria – não deve ser objeto de imposição tributária.
 Correção Monetária e Reajustes: a primeira é mero instrumento de
atualização da moeda, razão pela qual não pode ser imputada ao
contribuinte. Já o segundo, havendo aumento do valor da mercadoria
ou do serviço, há reflexo majorativo, ou seja, havendo reajuste, a
diferença fica sujeita ao imposto no estabelecimento do remetente ou
prestador (art. 13, § 5º, LC nº 87/96).
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Integração do ICMS: além da regra prevista no art. 12, § 1º, I da LC nº
87/96, o STF também decidiu acerca da integração:

“ A Lei Complementar 87/96, ao estabelecer que integra a base de cálculo


do ICMS o montante do próprio imposto, vale dizer, a base de cálculo do
ICMS corresponderá ao valor da operação ou prestação somado ao próprio
tributo, não ofende o princípio constitucional da não-cumulatividade”. (RE
212.209 RS – Rel. Min. Marco Aurélio – Red. p/ acórdão Min. Nelson Jobim
– j. 23.6.99. Informativo STF n. 154, de 21 a 25.6.99).

 A EC nº 33/01 passou a outorgar competência à lei complementar para


“fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integra,
também na importação do exterior do bem, mercadoria ou serviço”.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Pautas: não se admite a fixação legal da base de cálculo estranha ao
preço das mercadorias, e dos serviços, levando-se em conta o artificial
valor de mercado, segundo critérios administrativos, caracterizando-se
como pautas, que nunca condizem com a realidade dos negócios
jurídicos.

 Súmula 431 STJ: É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da


mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal (valores fixados prévia e
aleatoriamente para apuração da base de cálculo do tributo).

 Juros: não compõem a base de cálculo do ICMS por serem estranhos à


quantificação dos referidos negócios jurídicos – só aplicável em caso de
atraso no percentual legal de 1% (mora) – a LC no art. 13, § 1º, II, a,
considerou como integração à base de cálculo, mas não o é.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Alíquota: art. 155, § 2º CF (regra geral) – o ICMS deve ser recolhido pela
alíquota interna, no Estado onde saiu a mercadoria para o consumidor final,
após a emissão da sua fatura, ainda que tenha sido negociada a sua venda
em outro local, através da empresa filial.

 A estipulação da alíquota é de competência do Legislativo, tanto no Senado,


para manter o equilíbrio federativo quanto dos Estados e do DF, preservando
o princípio da autonomia, mas nunca dos Governadores dos Estados e do
DF, que, por intermédio de seus representantes (Secretários de Fazenda e
de Finanças) e, sem a participação do Legislativo (Assembleias),
estabelecem a quantificação das obrigações tributárias.

 Benefícios Fiscais: depende de prévia deliberação conjunta dos Estados e


do DF, tomada no âmbito do CONFAZ (art. 155, § 2º, g, CF)
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Isenção: não incidirá ICMS:
a) Sobre as exportações – art. 155, § 2º, X, a, CF;
b) Sobre combustíveis, lubrificantes e energia elétrica - art. 155, § 2º, X,
b, CF; observada a exceção trazida pela EC 33/01, na qual houve a
previsão de incidência do tributo.
c) Sobre livros, jornais, periódicos, e o papel destinado à sua impressão –
art. 150, VI, d, CF;
d) Sobre o ouro quando definido em lei como ativo financeiro ou
instrumento cambial – art. 153, § 5º, CF;
e) Sobre as prestações de serviço de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita –
art. 155, § 2º, X, d, CF.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 IPTU – imposto sobre prorpiedade territorial urbana.
 O IPTU, tributo de competência dos Municípios, está previsto pela CF/88 no seu
art. 156, I:
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I — propriedade predial e
territorial urbana; A regra-matriz do IPTU tem por critério material “ser proprietário, ter
o domínio útil ou ser possuidor de bem imóvel”, conforme artigo 32 do CTN: Art. 32.
 O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e
territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a
posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na
lei civil, localizado na zona urbana do Município.
 Para bem definirmos tal critério, é preciso se fazer uma incursão em alguns
conceitos típicos de direito civil. O primeiro deles é o conceito de propriedade. O
art. 1.228 do Código Civil dispõe que Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de
usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que
injustamente a possua ou detenha.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Já o domínio útil é o direito de utilização, fruição e disposição, inclusive ode
alienação, decorrente do regime de enfiteuse.
 O regime de enfiteuse configura-se um direito real sobre coisa alheia, na qual o
proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel, mediante recebimento de
pensão, foro, laudêmio. Apesar deste instituto não estar mais previsto no Novo
Código Civil, as enfiteuses estabelecidas anteriormente a esta norma permanecem
vigentes.
 Por fim, cumpre conceituarmos o conceito de posse. A posse está prevista no art.
1196 do CC nos seguintes termos:
“considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de
algum dos poderes inerentes à propriedade”. Há que sublinhar, no entanto, que somente
a posse ad usucapionem, ou seja, aquela que tem o ânimo de ser proprietário, é que
pode ser configurada como critério material do IPTU.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 O critério espacial do IPTU tem a peculiaridade de ser apenas uma parte do território do
Município: a zona urbana. Assim, somente os imóveis localizados dentro dos limites da
zona urbana de determinado Município poderá ser gravado pelo IPTU, pois os demais
(localizados na zona rural), serão tributados pelo ITR — Imposto Territorial Rural — de
competência da União.
 Mas como se pode definir o que é zona urbana? O art. 32, § 1° e 2° do CTN, traz
elementos para a definição de zona urbana. Segundo este artigo, há que haver a presença
de no mínimo dois dos melhoramentos elencados:
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal;
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2
(dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I — meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II — abastecimento de água;
III — sistema de esgotos sanitários;
IV — rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V —
escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel
considerado
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Assim, será urbana a área dotada de equipamentos, tais como hospitais,
centro de saúde, escolas, redes de água, luz, esgoto, etc.
 O § 2º do artigo 32 define que “a lei municipal pode considerar urbanas as
áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos
aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou
ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do
parágrafo anterior”.
 Assim, permite o CTN que os Municípios considerem como urbanas as áreas
nas quais não necessariamente existam os melhoramentos indicados no § 1º,
mas que sejam consideradas como urbanizáveis ou de expansão urbana.
 O STJ73 também tem adotado o entendimento de que quando se tratar de
imóvel localizado em zona considerada urbana, mas que tenha finalidade
agrícola, pecuária ou agroindustrial incidirá o ITR e não o IPTU. Este
entendimento fundamenta-se no artigo 15 do DL 57/66.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 O critério temporal do IPTU dependerá da lei de cada município. Normalmente
se elegem os dias 31 de dezembro ou 1° de janeiro de cada ano para se
considerar ocorrido o critério material do imposto e, por conseguinte, efetuar a
cobrança da exação.

 Para fins de IPTU importa a existência da propriedade, domínio útil ou posse


naquela data. Assim, a imposição não se modifica por fato superveniente no
decorrer do exercício, tais como demolição ou desaparecimento do prédio,
venda e mudança de proprietário, etc. Eventuais mudanças ocorridas após a
data indicada por lei só valerão para o próximo exercício.

 Sujeito ativo os Municípios e como sujeito passivo, segundo o art. 34 do CTN,


o proprietário do imóvel, titular de seu domínio útil ou possuidor a qualquer
título.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Com relação ao contribuinte do IPTU, questões controvertidas podem surgir no
que diz respeito, por exemplo, à situação do locatário, arrendante, comodatário,
usuário e titular do direito de habitação, bem como do promitente comprador. Com
relação ao locatário, arrendante, comodatário, Paulsen afirma que estes, por
somente possuírem a posse direta do bem e não tendo a possibilidade de transferir,
locar ou ceder a terceiros, não podem ser considerados contribuintes.
 O STJ também entende neste mesmo sentido. Mesmo que o contrato de locação
preveja que o pagamento do IPTU será feito pelo locatário, tal cláusula não terá
efeito perante o fisco, tendo em vista o artigo 123 do CTN.
 O critério quantitativo tem como base de cálculo o valor venal do imóvel, segundo o
art. 33 do CTN. O valor venal do imóvel é o valor de mercado, de venda da
propriedade. O valor venal do imóvel é periodicamente apurado pela Prefeitura,
através de normas e métodos específi cos e em função de diversos elementos
(preço de mercado, custo de produção, profundidade, idade, padrão, esquina,
encravamento, etc.), restando consignado na “planta genérica de valores
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Com relação à base de calculo, ressalta-se que a atualização do valor venal,
pela correção monetária, não constitui majoração da base de cálculo do IPTU,
podendo ser feita, por conseguinte, mediante ato do poder executivo e não
exclusivamente por lei. As alíquotas do IPTU serão estabelecidas em lei
municipal. O Município, no entanto, não pode fixá-la em valores exorbitantes,
devendo respeitar o princípio da capacidade econômica e do não-confisco.

 Após a EC 29/00 é possível estabelecer alíquotas progressivas em razão do


valor, da localização e do uso do imóvel.

 A Emenda Constitucional nº 29 de 2000, ao modificar o § 1º do artigo 156 da


CF, inseriu expressamente a possibilidade de progressividade do IPTU em
razão do valor, localização e uso do imóvel.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Assim, a partir da EC 29/2000, o IPTU poderá ser cobrado de forma progressiva em
três casos: quanto maior o valor do imóvel maior poderá ser a alíquota, tal como
acontece na sistemática do Imposte de Renda — Pessoa Física ou pode ter alíquotas
diferenciadas em função da localização do imóvel (imóveis localizados em áreas
nobres teriam alíquotas maiores e localizados em bairros de classe baixa, menores) e
em função do modo de utilização dos mesmos (diferenciação de alíquotas entre
imóveis residenciais, comerciais, destinados a certos fins, etc).

 Em sua redação original, a CF/88 já previa, no art. 182 § 4º, a progressividade do


IPTU no tempo como um instrumento de política urbana.

 A progressividade no tempo permite um agravamento da carga tributária ao


proprietário que não promover um adequado aproveitamento do imóvel ao longo do
tempo. Este instituto tem uma finalidade extrafiscal, com intuito de desestimular a
manutenção de imóveis sem a devida utilização e destino.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
IMPOSTO SOBRE SERVIÇÕS DE QUALQUER NATUREZA – ISSQN

 LEGISLAÇÃO: Constituição Federal (art. 156, III e § 3º); Emendas


Constitucionais nº 03/93 e 37/02; Lei Complementar nº 116, de
31/07/03; Legislação Municipal (
http://semef.manaus.am.gov.br/receita/ementa-leis/).

 MATERIALIDADE: prestação de serviço >negócio jurídico > obrigação


de fazer > prestação de uma utilidade ou comodidade a terceiro, de
modo personalizado e incindível, apartada de outros tributos (ICMS ou
IOF), concernentes à específicas atividades, sejam simultâneas ou
complementares.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 OBS: O serviço considerado como atividade meio, não se constitui serviço distinto
que possa sujeitar-se ao ICMS – Ex: abertura de conta corrente.

 CONCEITO: trata-se de imposto com incidência sobre prestação de serviços de


qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II da CF, definidos em lei
complementar.

 CRITÉRIO MATERIAL: prestação de serviços listados na LC 116/03; lista é taxativa


com interpretação extensiva de seus itens (Súm. 424 TJ); não incide sobre locação
de bens móveis (Súm. Vinculante 31 STF – É inconstitucional a incidência do
imposto sobre serviço de qualquer natureza-ISS sobre operações de locação de
bens móveis).

 OBS: Se o serviço previsto na LC 116/03 é prestado com fornecimento de


mercadorias, incide ISS sobre o preço total, exceto se a própria lista fizer ressalva.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 CARACTERÍSTICAS DA LISTA PREVISTA NA LC N. 116/03:

a) Relacionam negócios jurídicos que não constituem autênticos serviços


(locação; arrendamento mercantil; cessão de bens; franquia; factoring);

b) Mencionam as expressões “congêneres”, “auxiliares” e “semelhantes”,


que não se justificam na tipicidade cerrada;

c) A utilização de vocábulos “quaisquer”, “qualquer natureza” e “qualquer


espécie”, confere amplitude a específicos serviços e demanda a utilização
de método analógico.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 A incidência do imposto:

a) independe da denominação dada ao serviço;


b) da existência de estabelecimento físico;
c) do cumprimento de quaisquer exigências legais,
regulamentares ou administrativas relativas à atividade;
d) do resultado financeiro obtido;
e) do pagamento pelos serviços prestados.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II

 Em regra incide:
 Na produção de softwares;
 Medicamentos manipulados;
 Cartões magnéticos personalizados e sob encomenda (na comercialização de
“bens de prateleira”;
 Na industrialização sob encomenda (matéria prima fornecida exclusivamente
fornecida pelo contratante do serviço);
 Sobre os serviços de tabeliãs e notários;
 Sobre o leasing financeiros e lease back (operação de arrendamento mercantil que
tem por objeto bens do ativo permanente do arrendatário, que os vendeu para a empresa
de leasing e em seguida os arrendou; ou seja, o arrendatário é o próprio fornecedor dos
bens. Pela resolução 2309 do Banco Central, de 28.09.96, essa modalidade só é
permitida para arrendatários pessoas jurídicas).
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II

 Serviços controvertidos:
a) Informática – cessão ou direito de uso de programa de computação – bem
incorpóreo (licença de uso). Na linha do Judiciário, a tipificação tributária
condiciona-se ao específico negócio jurídico realizado, ou seja, produto
acabado (ICMS), programa por encomenda ou adaptado ao tomador de serviço
(ISS);
b) Locação, cessão de direito de uso e congêneres – não incidência – mera
autorização para que terceiros utilizem os direitos do titular originário.
c) Saúde, assistência médica e congêneres – manipulação de medicamentos
(operação mista – farmacêutica), incide ISS; planos de saúde, não incide ISS
(obrigação de dar e não de fazer); prestação de serviços médicos, incide o ISS
(obrigação de fazer);
d) Bens de terceiros – só ocorre após o ciclo operacional (produção, circulação e
consumo). ISS só incide nas atividades dos esforços humanos, em que podem
ou não ser utilizados bens materiais.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
e) Atividades bancárias e financeiras – incide ISS nos serviços de expediente,
considerados auxiliares e acessórios, não revestidos de caráter industrializados,
constituindo fato gerador (REsp 347046RJ, 03/05/2004);
f) Franchising (franquia) Lei nº 8.905/94 – incide em razão do contrato de franquia ir além
da mera prestação de serviço entre franqueador e franqueado – transferência de
tecnologia, imposição de condutas, cessão de direitos, obrigação de aquisição de
quantidade mínimas – objetivo participativo.
 STJ – é pacífico o entendimento dessa Corte que após a vigência da LC 116/03,
incide ISS sobre serviços realizados pelas agências franqueadas dos correios.
g) Factoring – o STJ decidiu que não caracteriza atividade abrangida pelo sistema
financeiro nacional, pois seus serviços não abrigam direito de regresso e nem na
garantia dada pelo aval ou endosso.
h) Serviços funerários – incidência sobre o transporte de corpo cadavérico, desembaraço
de certidão de óbito, embalsamamento, embelezamento, conservação ou restauração de
cadáver, cremação de corpos, manutenção e conservação de jazigos em cemitérios. Não
incidente sobre planos funerários.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 ISS x ICMS – o critério é a listagem da LC 116/03, se o serviço estiver listado,
incide ISS, se não, incide ICMS.

SITUAÇÃO INCIDÊNCIA EXEMPLO


Serviço na lista da LC ISS sobre tudo Serviços gráficos (Súm. 156 STJ)
116/03
Serviço na lista da LC ISS sobre o serviço Conserto de veículos e máquinas
116/03, que faz ressalva ICMS sobre a Recondicionamento de motores
com relação à mercadoria Bufê
mercadoria.
Serviço não constante na ICMS sobre tudo Bares e restaurantes (Súm. 163
lista da LC 116/03 STJ)
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II

 Limitações do poder de tributar – Estado x Município - decorre do


sistema normativo estabelecido pelo art. 155, II, § 2º, IX, b e 156, III da
CF, art. 2º, IV da LC 87/96 e art. 1º, § 2º da LC 116/03, que estabelece
os seguintes critérios:
a) Sobre operações de circulação de mercadorias e sobre serviços de
transporte interestadual e internacional e de comunicação, incide
ICMS;
b) Sobre operações de prestações de serviços compreendidos na lista de
que trata a LC 116/03, incide ISSQN;
c) Sobre operações mistas, assim entendidas como as que agregam
mercadorias e serviços, incide ISSQN sempre que o serviço agregado
estiver compreendido na lista da LC 116/03 e ICMS, sempre que não
estiver (REsp 881.035-RS, 25.03.08).
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Critério espacial do ISS – local da prestação de serviço - em regra no local
do estabelecimento do prestador ou do seu domicílio. Porém, há previsão do
art. 3º da LC 116/03 excepcionando – ex: serviços de vigilância, obras, limpeza,
armazenagem, pedágio, diversões).
 STJ. Para fins de incidência do ISS importará o local onde foi
concretizado o fato gerador, como critério de fixação de competência do
Município arrecadador e exigibilidade do crédito tributário, ainda que se
releve o teor do art. 12, “a”, Decreto-Lei nº 406/68. (Embargos de
Divergência em REsp 130.792-Ce, 12.6.00).
 Critério Temporal – o imposto incide no momento em que o serviço é
disponibilizado ao tomador.
 Critério Pessoal – Sujeitos:
Passivo – prestador de serviços;
Ativo – Município onde o serviço é prestado
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Critério quantitativo – Alíquotas – são fixadas por lei local, observado o limite de 2% a
5%, exceto para obra/construção civil.

 Pelos efeitos da EC 42/03, a partir de 2004 (período nonagesimal), foram impostos


os limites acima, exceto para a construção civil que estão previstos nos itens 7.02,
7.04 e 7.05 da lista da LC 116/03.

 Tributação fixa para profissionais liberais e sociedades uniprofissionais (sociedades


formadas por uma categoria única de profissionais liberais), como escritórios de
advocacia, contabilidade, arquitetura, médicos, dentistas. Valor em reais.

 Somente existe tributação fixa em relação a sociedades com responsabilidade pessoal


dos sócios, sem caráter empresarial. O valor é determinado em reais para cada um dos
profissionais.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Base de cálculo. Deve considerar o preço do serviço, e ser integrado pelos
eventuais reajustes contratuais.
 Quando os serviços forem prestados no território de mais de um Município
(item 3.04 LC 116/03), a base de cálculo será proporcional, conforme o caso à
extensão da ferrovia, condutos e cabos de qualquer natureza ou ao número de
postes existentes em cada Município.
 Não há incidência de ISS em serviços gratuitos, de cortesia, filantrópicos,
familiar.
 Agências de turismo. A incidência do ISS é somente sobre a respectiva
comissão, não incidindo sobre a aquisição de passagens aéreas, estadias,
hotéis, locação de veículos.
 Administração de imóveis. Não incide ISS sobre os valores relativos a
alugueres, tributos e despesas de condomínio.
 Atividades hospitalares. Incide ISS sobre o valor dos serviços de assistência
médica, incluindo-se neles as refeições, os medicamentos e as diárias
hospitalares (Súm. 274 STJ).
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Empresa de mão de obra temporária. Natureza dos serviços prestados, hipóteses:
a) Como intermédio entre o contratante da mão de obra e o terceiro que é colocado
no mercado de trabalho – incide ISS apenas sobre a taxa de agenciamento,
excluídas as importâncias voltadas para o pagamento dos salários e encargos
sociais dos trabalhadores ;
b) Como prestadora de serviço, utilizando de empregados a ela vinculados mediante
contrato de trabalho – se o trabalho temporário é prestado através de pessoal
contratado pelas empresas de recrutamento, afasta a intermediação,
considerando-se a mão de obra empregada na prestação do serviço contratado
como custo dele, não sendo esta despesa dedutível do cálculo do ISS.

 Cálculo do imposto por estimativa – vai acontecer com base em dados


declarados pelo contribuinte ou em outros elementos informativos, parcelando-se
mensalmente o respectivo montante, para recolhimento em prazo e forma
previstos no regulamento.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Findo o exercício civil ou o período da estimativa, serão apurados os preços
efetivos dos serviços e o montante do tributo efetivamente devido pelo
contribuinte (≠ entre a receita efetiva dos serviços e a receita estimada), que
deverá ser recolhida.
 O preços dos serviços poderá ser arbitrado quando:
a) O sujeito passivo não exibir à fiscalização os elementos necessários à
comprovação dos respectivo montante;
b) Quando houver fundada suspeita de que os documentos fiscais não refletem o
preço real dos serviços ou quando o declarado for notoriamente inferior ao
concorrente da praça;
c) Quando o sujeito passivo não estiver inscrito na repartição fiscal competente;
d) Quando o sujeito passivo utilizar equipamento autenticador e transmissor dos
documentos eletrônicos que não atendam aos requisitos legais.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Prestação de serviços de consultoria. Incide conforme previsto na
lista da LC 116/03:

a) 17.20 – Consultoria e assessoria econômica ou financeira.


b) 17.23 – Assessoria, análise, avaliação, atendimento, consulta,
cadastro, seleção, gerenciamento de informações, administração de
contas a receber ou a pagar e em geral, relacionados a operações de
faturização (factoring).
c) 17.14 – Advocacia.
d) 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 Deste modo a incidência do ISS sobre a prestação de serviços de consultoria
deve observar a listagem da LC 116/03, os seus limites e local da prestação de
serviços, que pode ter início em determinado Município e se concluir em outro,
incidindo assim proporcionalmente para cada atividade realizada.

 Observações importantes:
 Função Predominante: Fiscal
 Princípio da legalidade: Está sujeito
 Princípio da anterioridade: Está sujeito
 Princípio da noventena: Está sujeito
 Cumulação de impostos: No caso de prestação de serviços prestados com
mercadorias, é possível a cobrança conjunta de ICMS e ISS se o serviço
estiver previsto na LC 116/03, com ressalva de cobrança de ICMS.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 ITBI – imposto sobre transmissão intervivos sobre imóveis.
 O ITBI, tributo com previsão no art. 156, II, da CF/88 combinado com §2º do mesmo
dispositivo constitucional, de competência dos Municípios, tem seu fato gerador definido
no art. 35, CTN. Art. 35.
O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos
a eles relativos tem como fato gerador:
I — a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por
natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;
II — a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais
de garantia;
III — a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos
quantos sejam os herdeiros ou legatários
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 De acordo com a previsão constitucional, para incidência do ITBI é
necessária a observância de três conceitos, quais sejam: transmissão,
inter vivos e oneroso.

 a) Transmissão — Transmissão de bens imóveis e cessão de direitos


reais sobre imóveis. É indispensável a transmissão do direito de uma
pessoa para outra.
 b) Ato inter vivos — As pessoas entre as quais ocorre a transmissão
devem estar vivas.
 c) Oneroso — A onerosidade exigida para incidência do ITBI não se
concentra necessariamente em uma entrega de dinheiro, podendo, por
exemplo, ocorrer uma permuta, hipótese em que a transmissão
também é onerosa.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 O critério material do ITBI consiste em: (I) transmissão inter vivos, a qualquer
título, por ato oneroso, a) de bens imóveis, por natureza ou acessão física; e b)
de direitos reais sobre bens imóveis, exceto os de garantia e as servidões; (II)
a cessão, por ato oneroso, de direitos relativos à aquisição de bens imóveis.

 Destaque-se que o §2º, inciso I do art. 156, CF/88 prescreve uma hipótese de
imunidade do ITBI, com relação à integralização de capital social com bens
imóveis: § 2º — O imposto previsto no inciso II:

I — não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio


de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou
direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica,
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e
venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil;
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
 O ITBI é devido ao Município onde se localiza o bem imóvel, conforme previsão do art. 156, §2º, II,
CF/88.

 O pólo ativo de cobrança do ITBI é ocupado pelo Município de localização do bem. O pólo passivo, por
sua vez, de acordo com ao art. 42 do CTN, pode ser ocupado pelo alienante ou pelo adquirente. Existe
jurisprudência do STJ no sentido de que o contribuinte do ITBI deve ser o adquirente. Entretanto, a lei
municipal pode escolher quem fi gurará como contribuinte do tributo ora em discussão.

 A base de cálculo do ITBI, de acordo com o art. 38, CTN, é estabelecida pelo valor venal do bem
imóvel ou dos direitos transmitidos.

 No que se refere às alíquotas, estas serão fi xadas pelos Municípios.

 Destaque-se, por oportuno, a previsão da súmula 656 do STF, segundo a qual o ITBI, sendo um
imposto real, não possuirá alíquotas progressivas, vez que isso poderia ferir o princípio da capacidade
contributiva, exceto quando expressamente previsto na CF/88.
LEGISLAÇÃO DE IMPOSTOS II
OBRIGADA POR ESTE TEMPO JUNTOS

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