Mecà Nica Transmissà O1
Mecà Nica Transmissà O1
Mecà Nica Transmissà O1
Transmissões
1ª parte
1ª parte: A história das transmissões
A evolução das transmissões
2ª parte: A embreagem
Conhecendo a embreagem
Possíveis sinais de inconvenientes
3ª parte: A caixa de mudanças
Câmbio: os componentes e seu
funcionamento
4ª parte: O diferencial
Entendendo o diferencial
5ª parte: As semi-árvores
O papel das semi-árvores
A junta homocinética
A história das transmissões
A evolução das transmissões
• A transmissão evoluiu juntamente com a
história do automóvel. Foi em 1895, que os
irmãos Lanchester lançaram o eixo de
transmissão.
A evolução das transmissões
• Não muito satisfeitos, lançaram ainda naquela
década, a caixa de mudança de engrenagens
planetárias e a transmissão por eixo Cardan.
A evolução das transmissões
• Mais tarde, a transmissão automática era
lançada nos Estados Unidos por Sturtevant.
A evolução das transmissões
• Muitos sistemas de transmissões foram
desenvolvidos, ocasionando a mudança na posição
dos motores. O motor, juntamente com a
transmissão, pode estar alojado na parte dianteira ou
traseira do veículo...
A evolução das transmissões
• ... ou ainda, posicionado longitudinalmente ou
transversalmente ao chassi.
A evolução das transmissões
• Quando o motor estiver posicionado
transversalmente, não será necessária
nenhuma alteração na direção do movimento,
pois os eixos estarão paralelos aos eixos das
rodas.
A evolução das transmissões
• Entretanto, se o motor estiver montado
longitudinalmente, será necessário o uso de
um diferencial que fará o desvio na direção
num ângulo de 90°.
A evolução das transmissões
• Nas décadas de 20 e 30 surgem as primeiras
caixas de mudanças sincronizadas e as
embreagens automáticas acionadas por
depressão do motor.
A evolução das transmissões
• A transmissão é um conjunto de dispositivos
utilizados para transmitir a força produzida no
motor às rodas motrizes, para que o veículo
entre em movimento.
A evolução das transmissões
• Os componentes do sistema de
transmissão evoluíram e se
tornaram muito importantes para os
veículos.
A evolução das transmissões
• Existem vários tipos de transmissão, como
transmissão de energia mecânica por meio de
fluidos, embreagens hidráulicas e, sobretudo,
as caixas de mudanças automáticas.
A evolução das transmissões
• O movimento de rotação da
árvore comando de manivelas
(virabrequim) do motor,
provocado pelo conjunto biela
e pistão, é transmitido às
rodas por órgãos mecânicos
que compõem o sistema de
transmissão.
A evolução das transmissões
• O sistema de transmissão é composto pela
embreagem, caixa de marchas, diferencial, semi-
árvores, homocinéticas e rodas. Esses componentes
estão ligados e possuem interdependência de
funcionamento.
A evolução das transmissões
• Num automóvel com motor dianteiro, a transmissão
passa por todos esses componentes.
• Eles impõem às rodas a potência do motor
transformada em energia mecânica.
A evolução das transmissões
A embreagem
Conhecendo a embreagem
• É um conjunto de peças articuladas para ligar
e desligar o motor do sistema de transmissão
e efetuar a progressão do torque do motor
permitindo uma partida suave do veículo.
Conhecendo a embreagem
• Está localizada entre a caixa de mudanças e o
volante do motor.
Esses são os principais componentes da
embreagem:
• O platô é composto por uma chapa de pressão,
anéis de aço, mola-membrana e pela carcaça de
montagem do conjunto.
• A ligação entre o motor e a caixa de mudanças
é feita quando o disco de embreagem é
comprimido entre o platô e o volante do
motor, através do sistema de comando
composto pelo pedal, cabo, garfo, guia e
rolamento (colar de embreagem).
• O projeto da embreagem é específico para
cada veículo. É calculado em função de muitas
variáveis, dentre elas, a potência do motor e a
relação de marchas no câmbio, que irão
determinar o dimensionamento desse
componente.
• Quando o pedal da
embreagem não está
acionado, o platô aplica a
mesma força em toda a
superfície da placa que faz a
pressão do disco contra o
volante do motor, permitindo
a transmissão do torque para
o câmbio.
• Quando o pedal é acionado, a placa libera a
pressão exercida e faz o desacoplamento da
embreagem com o sistema de transmissão,
permitindo assim, a passagem de marcha.
• Dentre os componentes da embreagem, o
disco cumpre a importante função de
acoplamento ao volante do motor.
• O disco de embreagem montado na
extremidade da árvore primária é de aço. Em
suas faces estão fixadas guarnições de alto
coeficiente de atrito. Uma das faces do disco,
quando acoplada, adere ao volante e a outra
ao platô.
• Em alguns modelos, o disco possui entalhes na
superfície para permitir a dispersão dos
resíduos dos desgastes que poderiam
provocar a diminuição do atrito.
• Esteja atento! Uma embreagem rumorosa ou
que provoque golpes na caixa de mudanças
pode danificar a transmissão. Para que isso
não aconteça, a embreagem é provida de um
dispositivo para amortecimento de golpes.
• Ao acionar o pedal e, conseqüentemente,
desacoplar o disco de embreagem do volante,
estabelecemos um afastamento chamado de
“debreagem”.
• Para atuar no pedal, a fim de debrear, o
motorista deve imprimir uma força que pode
ser reduzida quando é utilizado um dispositivo
hidráulico auxiliar ao sistema. (Embreagem
hidráulica).
• Assim como no freio, a embreagem, auxiliada
por um cilindro com um êmbolo, atua sobre o
fluido desacoplando o disco de embreagem do
volante do motor. Dessa forma, libera a caixa
de câmbio para as mudanças de marchas.
• Esse dispositivo é composto por uma bomba
de óleo, um cilindro operador e um
reservatório que deverá ser sempre verificado
quanto ao nível do fluido...
A caixa de mudanças
Câmbio: os componentes e seu
funcionamento
• Quando um veículo está em movimento, as
resistências que o opõem são as mais
variadas. Ele está sob resistência do ar, do
solo, do atrito dos pneus, e ainda, do peso do
veículo.
• Devido a isso, o torque fornecido pelo motor
deve variar de acordo com essas resistências.
• A caixa de velocidades tem esse objetivo, ou
seja, fornecer o torque à árvore motriz de
acordo com a resistência que se opõe ao
veículo.
• Para isso, o câmbio de velocidades deve
possuir, geralmente, quatro ou cinco relações
de composições de engrenagens. Essas
relações são obtidas mediante um comando
mecânico, auxiliado por sincronizadores que
facilitam o engate das marchas.
• Os comandos devem proporcionar mudanças
de marchas suaves e seguras, sem permitir
que as marchas escapem.
• O mecanismo de comando é formado por
hastes que acionam os garfos que deslocam as
luvas sincronizadoras.
• Essas luvas estão situadas entre as
engrenagens de velocidades.
• As hastes e os garfos não devem apresentar
deformações ou desgastes, devendo as hastes
deslizarem livremente sem folgas excessivas
em suas sedes na caixa de mudanças.
• O garfo é construído em ferro fundido com as
pontas, que funcionam na luva, revestidas
com uma fina camada de cobre e alumínio
antiatrito que evitam o desgaste.
• A luva é confeccionada de aço ao manganês e
cromo. Ela recebe um tratamento térmico que
a protege contra desgastes e garante o bom
funcionamento nas trocas de marchas.
• As engrenagens que compõem o câmbio são
cilíndricas de dentes helicoidais, com exceção
da marcha à ré que tem os dentes retos e não
possui dispositivos de sincronização.
O câmbio possui três árvores,
além do conjunto de marcha
à ré e os sincronizadores.
São elas:
• árvore primária (1),
secundária (2) e
intermediária da marcha-à-
ré (3). As trocas de marchas
são efetuadas por meio de
garfos que movimentam as
luvas dos sincronizadores.
• Quando a embreagem está acoplada, o
volante do motor está transmitindo
velocidade para a caixa de mudanças. A árvore
primária recebe o movimento de rotação do
motor para transmiti-lo à árvore secundária e
à intermediária.
• A árvore secundária está
acoplada à árvore
primária. É uma
transmissão de rotação
com redução de
velocidade, pois a
engrenagem da árvore
secundária é maior que a
da árvore primária.
• Na árvore intermediária está situada a
engrenagem que inverte o movimento para
marcha à ré.
• A árvore secundária está acoplada à árvore
primária, da qual recebe o torque
transmitindo-o com um valor maior às rodas
motrizes.
• Suas engrenagens estão constantemente
ligadas à árvore primária. Assim, as
engrenagens não poderiam estar fixas às suas
árvores, pois não seria possível a passagem de
marchas.
• Cada marcha corresponde a uma combinação
de engrenagem entre a árvore secundária e a
árvore primária.
• A primeira marcha é de baixa velocidade e de
muito torque, ou seja, menor engrenagem na
• árvore primária e maior na árvore secundária.
• A segunda marcha, assim como as outras, vai
aumentando o diâmetro e o número de
dentes das engrenagens da árvore primária e
diminuindo o diâmetro e o número de dentes
das engrenagens da árvore secundária.
• Estabelece desse modo uma relação de
transmissão, como nesse caso de 5:1 entre a
velocidade de rotação do motor e as rodas.
• Quando o veículo se desloca a uma velocidade
constante que não exige um torque elevado,
uma relação do tipo 2:1 é suficiente...
• É como andar de bicicleta. Quando descemos
por uma via, selecionamos a engrenagem
menor da “caixa de velocidade”, diminuindo a
relação de transmissão e, conseqüentemente,
aumentando o número de voltas que a
engrenagem movida efetuará, já que não será
necessário imprimirmos um torque tão
elevado.
• Para obter a relação de transmissão, basta
dividirmos o número de dentes da
engrenagem movida pelo número de dentes
da motora.
• No sistema redutor, o número de dentes da
engrenagem motora é menor do que o
número de dentes da engrenagem movida.
Geralmente esse sistema equipa os veículos
com transmissão automática.
• O sistema multiplicador, ao contrário, possui o
número de dentes da engrenagem motora
maior que o da movida e no sistema “prize”
direta, as engrenagens possuem o mesmo
número de dentes.
• É possível encurtar ou alongar a relação final
de transmissão. Se temos uma relação de 5:1,
ou seja, cinco voltas da motora por uma volta
da movida e queremos proporcionar mais
velocidade ao veículo, será necessário
encurtarmos a relação.
• É muito simples. Basta selecionarmos um par
de engrenagens em que a movida tenha um
menor número de dentes.
• Para cada velocidade
selecionada, teremos uma
relação de transmissão
diferente. A redução
mínima em uma relação de
transmissão deve elevar o
torque o sufi ciente para
que o veículo possa subir
uma rua íngreme.
• Para selecionar uma marcha, serão usados os
sincronizadores.
• Vamos em frente!
• O sincronizador é um dispositivo que
possibilita o acoplamento, sem trancos, de
engrenagens das árvores primária e
secundária, fixando-as ao eixo para a
transmissão.
• O conjunto sincronizador compõe-se de anel
sincronizador (1), cubo (2), luva (3), rolamento
(4), anel (5) e mola (6).
• A luva transmite rotação ao cubo que está
ligado à árvore secundária através de estrias. É
por isso que a árvore gira com a mesma
rotação que a engrenagem selecionada, de
forma a proporcionar um engrenamento
suave.
• O tipo de sincronizador
que a FIAT utiliza é o
BORG WARNER. Ele
proporciona eficiência nos
engates das marchas e,
conseqüentemente, maior
durabilidade ao conjunto
de transmissão.
• Há um conjunto sincronizador para a primeira
e segunda velocidades localizado na árvore
secundária; outro para a terceira e quarta
localizado na árvore primária e outro para a
quinta velocidade, situado na mesma árvore
próximo à engrenagem da quinta.
• No percurso do movimento desde o volante
do motor até as rodas, um componente tem
função importante na transmissão dos
movimentos às rodas.
4ª parte
O diferencial
Entendendo o diferencial
• O diferencial é um conjunto de engrenagens
que combinam entre si por movimentos
rotativos e têm a função de reduzir, através da
coroa e do pinhão, a velocidade da árvore de
transmissão para a velocidade exigida pelas
rodas.
• Nos veículos em que a caixa de mudanças é
longitudinal ao chassi, as rodas motrizes não
giram no mesmo plano ao da rotação de saída
da caixa de mudanças.
• O diferencial faz essa mudança de direção do
movimento. Além disso, em uma curva, as
rodas não giram com a mesma velocidade. Se
as árvores fossem fixas, a roda que imprimisse
menor velocidade se arrastaria a fim de
acompanhar o trajeto da curva.
• Atua a partir de duas semi-árvores de maneira
que uma roda gire independente da outra,
recebendo o movimento da árvore secundária
que está acoplada por uma coroa. Dessa
forma a árvore secundária funciona como um
pinhão.
• Esse componente é constituído de
engrenagens planetárias, paralelas à coroa, e
de satélites que estão a 90°, de maneira que,
quando as semi-árvores giram na mesma
velocidade, as satélites giram em volta das
planetárias.
• Quando uma das árvores é imobilizada, a
outra continua a girar em torno de seu eixo e
da planetária móvel, fazendo a outra girar,
proporcionalmente, mais depressa.
• O diferencial, quando constituído do conjunto
pinhão-coroa, exige uma folga no
engrenamento dos dentes.
As semi-árvores
• A semi-árvore é uma barra de aço cilíndrica
com as extremidades sujeitas a acoplamentos.
• São utilizadas para transmitir o torque
recebido do diferencial aos cubos das rodas.
Suas extremidades estão ligadas às planetárias
do diferencial.
As semi-árvores, direita e esquerda, compõem a
árvore motriz juntamente com coifas, massa
amortecedora, junta tripóide, junta
homocinética, rolamentos e anéis retentores.
A massa amortecedora tem a finalidade de
balancear a semi-árvore, portanto, quando for
retirada para a manutenção, deve ser
reposicionada respeitando as medidas
estabelecidas pelo fabricante.
• O lado da semi-árvore que
está acoplado ao cubo da
roda possui uma junta
homocinética que é muito
importante na
transmissão.
A junta homocinética
• Quando o veículo está em
movimento, em um terreno
acidentado ou em uma
curva, os eixos das rodas
deslizam ou oscilam (sobem
e descem) com rapidez
devido à suspensão.
• As juntas homocinéticas
têm a finalidade de
compensar essas oscilações
além de possibilitar o
esterçamento (virada) das
rodas dianteiras em função
da mudança da direção
imposta pelo motorista.
São construídas para
suportar as solicitações de
aceleração e desaceleração
do veículo, transmitindo o
movimento de rotação às
rodas motrizes.
• Para melhor entender a sua função é bom
lembrar que o termo “homocinética” significa
velocidade igual.
• Elas são compostas de anel interno, sino,
esferas e gaiolas.
• São utilizadas entre duas árvores para permitir
que ambas girem juntas e com a mesma
velocidade, não importando o ângulo que
formem. As esferas localizadas dentro do sino
permitem que as juntas trabalhem em
ângulos.
• As juntas homocinéticas podem ser fixas ou
deslizantes, sendo as primeiras, localizadas
próximas ao cubo da roda, e as segundas,
próximas à transmissão.
• Alguns veículos FIAT utilizam, do lado do câmbio,
a junta tripóide. Essa junta está alojada dentro da
caixa de câmbio e funciona compensando a
mudança de ângulos e as variações axiais
provenientes das mudanças angulares.
• A junta tripóide permite as oscilações das
rodas e das semi-árvores, eliminando a
rumorosidade provocada pela transmissão.
• A junta homocinética fixa tem um único
movimento que é o angular e tem a finalidade de
compensar as mudanças angulares descritas pela
suspensão e pela direção. São elas que permitem
a tração suave sem flutuações nos veículos.
Até a próxima!