A editar Minas Gerais

{{Coord|display=title|latd=-18.55|longd=-44.55|type=adm1st}}
{{Ver desambig|redir=MG|outras acepções de "MG"|MG (desambiguação)|ou=Minas Gerais (desambiguação)}}
{{Info/Estado do Brasil
 |nome                        = Minas Gerais
 |descrição_bandeira          = Bandeira de Minas Gerais
 |leg_bandeira                = Bandeira de Minas Gerais
 |descrição_brasão            = Brasão de Armas de Minas Gerais
 |leg_brasão                  = Brasão de Minas Gerais
 |lema                        = ''[[Liberdade ainda que tardia|LIBERTAS QUÆ SERA TAMEN]]''<br /><small>(Liberdade ainda que tardia)</small>
 |hino                        = [[Hino de Minas Gerais]]
 |localização                 = Minas Gerais in Brazil.svg
 |região                      = Sudeste
 |vizinhos                    = [[São Paulo (estado)|São Paulo]] (S e SO), [[Mato Grosso do Sul]] (O), [[Goiás]] e [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]] (NO), [[Bahia]] (N e NE), [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] (L) e [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] (SE)
 |regiões_intermediárias      = 13
 |regiões_imediatas           = 70
 |municípios                  = 853
 |mapa                        = Brazil Minas Gerais location map.svg
 |gentílico                   = mineiro
 |capital                     = [[Imagem:Brasão-Belo-Horizonte.svg|16px|Brasão do município de Belo Horizonte, Minas Gerais (Brasil)]]&nbsp;[[Belo Horizonte]]
 |latitude                    =
 |longitude                   =
 |governador                  = [[Romeu Zema]]
 |partido_gov                 = [[Partido Novo|NOVO]]
 |vice_governador             = [[Mateus Simões]]
 |partido_vice                = [[Partido Novo|NOVO]]
 |área_total                  = 586513.983
 |área_pos                    = 4
 |dep_federais                = 53
 |dep_estaduais               = [[Assembleia Legislativa de Minas Gerais|77]]
 |senador1                    = [[Carlos Viana]] ([[Podemos (Brasil)|PODE]])
 |senador2                     = [[Cleitinho Azevedo]] ([[Republicanos (partido político)|Republicanos]])
 |senador3                    = [[Rodrigo Pacheco]] ([[Partido Social Democrático (2011)|PSD]])
 |água_pc                     =
 |população_estimada_ano      = 2024
 |população_estimada          = 21322691
 |população_estimada_pos      = 2

 | população_estimada_ref = <ref name="IBGE_POP">{{Citar web|url=https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?edicao=41105&t=resultados|título=Estimativas da população residente para os municípios e para as unidades da federação - IBGE|publicado=www.ibge.gov.br|acessodata=16 de setembro de 2024}}</ref>

 |densidade_pos               = 14
 |PIB_ano                     = 2022
 |PIB_total                   = {{fmtn|906.731}} bilhões
 |PIB_ref                     = <ref>{{citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/contas-nacionais/9054-contas-regionais-do-brasil.html?edicao=41862&t=resultados|título=Sistema de Contas Regionais: Brasil 2022|data=|acessodata=15-11-2024|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)}}</ref>
 |PIB_pos                     = 3
 |PIB_per_capita              = {{fmtn|44147}}
 |PIB_per_capita_pos          = 11
 |IDH_ano                     = 2021
 |IDH                         = 0.774
 |IDH_ref                     =<ref name="PNUD_2021">{{Citar web |url=http://www.atlasbrasil.org.br/ranking |título=Atlas Brasil: Ranking |autor=Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP |acessodata=27-3-2023}}</ref>
 |IDH_pos                     = 4
 |indicador_ano               = 2010/2015
 |indicador_ref               = <ref name="EVN_TMI">{{citar web|url=ftp://ftp.ibge.gov.br/Tabuas_Completas_de_Mortalidade/Tabuas_Completas_de_Mortalidade_2015/tabua_de_mortalidade_analise.pdf|título=Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015|publicado=IBGE|acessodata=2 de dezembro de 2016}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=P6&uf=00|título=Sinopse do Censo Demográfico 2010|publicado=IBGE|acessodata=2 de dezembro de 2016}}</ref>
 |esp_vida_ano                = 2015
 |esp_vida                    = 77,0
 |esp_vida_pos                = 6
 |mort_infantil_ano           = 2015
 |mort_infantil               = 11,4
 |mort_infantil_pos           = 21
 |alfabetização_ano           = 2010
 |alfabetização               = 92,3
 |alfabetização_pos           = 10
 |fuso_horário_DST            = UTC-2
 |clima                       = [[Clima tropical|Tropical]] e [[Clima tropical de altitude|tropical de altitude]]
 |classificação_clima         = Aw, Cwa, Cwb
 |preposição                  = de
 |rodapé                      =
|maior_cidade=Belo Horizonte|população_censo_ano=2022|população_censo=20539989|população_censo_ref=<ref name="IBGE_POP_2022">{{Citar web|url=https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mg.html |título=Cidades e Estados - Minas Gerais |publicado=www.ibge.gov.br|acessodata=2024-09-21}}</ref>}}
'''Minas Gerais''' é uma das 27 [[Unidades federativas do Brasil|unidades federativas]] do [[Brasil]], sendo o [[Lista de unidades federativas do Brasil por área|quarto estado]] com a maior área territorial e [[Lista de unidades federativas do Brasil por população|o segundo]] em quantidade de habitantes, com uma população estimada de 21.322.691 em 2024.<ref name=ibge_cidades>{{Citar web|primeiro=|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/panorama|titulo=Panorama do Estado de Minas Gerais|data=2024-07-01|acessodata=2024-09-16|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref> Localizada na [[Região Sudeste do Brasil|Região Sudeste]] do país, Limita-se ao sul e sudoeste com [[São Paulo (estado)|São Paulo]], a oeste com [[Mato Grosso do Sul]], a noroeste com [[Goiás]] e [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]], a norte e nordeste com a [[Bahia]], a leste com o [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] e a sudeste com o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]. Seu território é subdividido em [[Lista de municípios de Minas Gerais|853 municípios]], [[Lista de unidades federativas do Brasil por número de municípios|a maior quantidade dentre os estados brasileiros]].

A [[Geografia de Minas Gerais#Relevo|topografia mineira]] é bastante acidentada, sendo que alguns dos [[Lista de picos ultraproeminentes do Brasil|picos mais altos do país]] encontram-se em seu território. O estado também abriga a nascente de alguns dos principais rios do Brasil, o que o coloca em posição estratégica no que se refere aos recursos hídricos nacionais. Possui [[clima tropical]], que varia de [[Clima subtropical úmido|mais frio e úmido]] no sul até [[Clima semiárido|semiárido]] em sua porção setentrional. Todos esses fatores aliados propiciam a existência de uma rica fauna e flora distribuídas nos [[bioma]]s que cobrem o estado, especialmente o [[cerrado]] e a ameaçada [[Mata Atlântica]].

O território de Minas Gerais era habitado por [[Povos indígenas do Brasil|indígenas]] quando os [[Descoberta do Brasil|portugueses chegaram ao Brasil]]. Contudo, ocorreu uma grande migração para o estado a partir do momento em que foi anunciada a existência de [[ouro]]. A [[Ciclo do ouro|extração do metal]] trouxe riqueza e desenvolvimento para a então [[Província de Minas Gerais|província]], proporcionando seu desenvolvimento econômico e cultural. Mas o ouro logo se tornou escasso, provocando a emigração de grande parte da população, até que um novo ciclo (o do [[café]]) novamente traria a Minas projeção nacional e cujo fim levou ao processo de [[industrialização]] relativamente tardio. Minas Gerais atualmente possui o [[Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|terceiro maior]] [[produto interno bruto]] do Brasil, sendo que grande parte do total produzido no estado ainda se deve a [[Mineração|atividades mineradoras]]. Tal desenvolvimento também advém de sua notável infraestrutura, como a grande quantidade de usinas hidrelétricas e a maior malha rodoviária do país.

A economia de Minas Gerais é a [[Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|terceira maior do país]] e da região Sudeste e representa 9% da economia nacional.<ref name=":6">{{Citar web|url=https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/contas-nacionais/9054-contas-regionais-do-brasil.html?edicao=41862&t=resultados|titulo=Contas Regionais do Brasil (2022)|acessodata=2024-11-15|website=IBGE}}</ref> Em virtude de suas belezas naturais e de seu [[patrimônio histórico]], o estado é um importante [[Turismo|destino turístico brasileiro]]. O povo mineiro possui uma cultura peculiar, marcada por manifestações religiosas tradicionais e culinária típica do interior,<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2012/06/frango-caipira-preserva-tradicao-da-culinaria-do-interior-paulista-e-mineiro.html|título=Frango caipira preserva tradição da culinária do interior paulista e mineiro|autor=G1 |acessodata=9 de fevereiro de 2014}}</ref> além de importância nacional nas produções artísticas contemporâneas e também no cenário esportivo.

== Etimologia ==
Minas Gerais se relaciona literalmente por abrigar campos de extração de inúmeros minérios, principalmente [[ouro]],<ref name=unesp>{{citar web|url=http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/brc/33004137004P0/2009/berg_tj_me_rcla.pdf|título=Território, cultura e regionalismo: aspectos geográficos em símbolos estaduais brasileiros|último=BERG|primeiro=Tiago José|ano=2009|acessodata=3 de janeiro de 2016}}</ref> denominadas "minas gerais", em oposição às minas particulares ou por sua variedade de tipos de minério.<ref name=galileu>{{citar web|url=http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT498531-1716-5,00.html|título=Qual é a origem dos nomes dos Estados brasileiros?|último=GIRARDI|primeiro=Giovana|data=fevereiro de 2007|acessodata=3 de janeiro de 2016}}</ref> No início do século XVIII, a região era simplesmente denominada Minas.<ref name="unesp" /> Em 1710, surge a [[capitania de São Paulo e Minas de Ouro]] e, em 1720, desmembra-se dela a [[capitania de Minas Gerais]].<ref name="unesp" />

== História ==
{{Artigo principal|História de Minas Gerais}}
Uma parte da história do atual estado de Minas Gerais foi determinada pela exploração da grande riqueza mineral que se encontra em seu território. Seu nome, inclusive, provém da larga quantidade e variedade das [[Mina (mineração)|minas]] presentes, que passaram a ser exploradas desde o século XVII e até os dias atuais movimentam uma fração importante da economia do estado.<ref>{{citar web|url=http://www.famamg.com/2010/10/origem-do-nome-minas-gerais.html|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MNQ5oZoG?url=http://www.famamg.com/2010/10/origem-do-nome-minas-gerais.html#|arquivodata=4 de janeiro de 2014|título=Origem do nome Minas Gerais|autor=Jornal Fama|data=6 de outubro de 2010|acessodata=4 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref>

=== Pré-história e povos indígenas ===
Em meados do século XIX, o paleontólogo dinamarquês [[Peter Wilhelm Lund]] descobriu, na região de [[Lagoa Santa (Minas Gerais)|Lagoa Santa]], fósseis humanos de milhares de anos atrás, pertencentes a uma população que ali viveu há milhares de anos, apelidada de “[[Homem de Lagoa Santa|Povo de Lagoa Santa]]”<ref name="FazCiência_Pré" />, ao qual pertenceu [[Luzia (fóssil)|Luzia]], crânio pertencente a uma jovem mulher que viveu há 11,3 mil anos, sendo o fóssil humano mais antigo já encontrado na [[América do Sul]], achado em 1974 na [[Lapa Vermelha]], uma gruta entre os municípios de Lagoa Santa e [[Pedro Leopoldo]].<ref>Feathers, James; R. Kipnis; L. Piló; M. Arroyo & D. Coblentz (2010) "How old is Luzia? Luminescence dating and stratigraphic integrity at Lapa Vermelha, Lagoa Santa, Brazil"; ''Geoarchaeology'' 25 (4): 395–436.</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.comciencia.br/reportagens/arqueologia/arq12.shtml |título=A colonização da América do Sul |autor=Renato Kipnis |data=9 de setembro de 2003 |publicado=ComCiência |acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref><ref name="Veja_Luzia">{{citar web|URL=http://veja.abril.com.br/250899/p_080.html |título=A primeira brasileira |autor=Daniel Hessel Teich |data=25 de agosto de 1999 |publicado=Veja |acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref><ref name=":0">{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/portuguese/geral-46098327 |título=DNA de fósseis do Brasil desafia teorias de 'descoberta' da América |data=2018-11-08 |acessodata=2023-07-25 |periódico=BBC News Brasil |ultimo=Silveira |primeiro=Evanildo da |lingua=}}</ref>

Com base na análise da morfologia craniana de Luzia e de seu povo, foi formulada a teoria de que tinham traços [[Australo-melanésios|australoides]], tendo pertencido a uma população que chegou às [[América|Américas]] antes dos ancestrais dos [[Povos ameríndios|ameríndios]].<ref>{{Citar web|ultimo=Maciel|primeiro=Camila|url=https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-11/novo-rosto-de-luzia-pesquisa-desmonta-teoria-sobre-migracao-ancestral|titulo=Novo rosto de Luzia: estudo desmonta teoria de migração para América|data=2018-11-08|acessodata=2023-07-25|website=Agência Brasil|lingua=}}</ref> No entanto, com a análise do material genético dos restos humanos do Povo de Lagoa Santa, constatou-se que essa população pré-histórica tinha o DNA totalmente ameríndio, sendo, portanto, descartada qualquer relação com populações da [[Australásia]] e a teoria de que o [[povoamento das Américas]] se deu por uma onda de indivíduos de traços australoides e outra de indivíduos [[Amarelos|mongoloides]].<ref name=":0" /><ref>{{Citar web|ultimo=Menezes|primeiro=César|url=https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2018/11/08/estudo-contradiz-teoria-de-povoamento-da-america-e-sugere-que-rosto-de-luzia-era-diferente-do-que-se-pensava.ghtml|titulo=Estudo contradiz teoria de povoamento da América e sugere que rosto de Luzia era diferente do que se pensava|data=2018-11-08|acessodata=2023-07-25|website=G1|lingua=}}</ref>

Na região dos municípios de [[Januária]], [[Montalvânia]], [[Itacarambi]] e [[Juvenília]], no norte do estado, escavações arqueológicas levaram a estimativas de que a ocupação inicial teria ocorrido na época de Luzia. Desse período, herdaram-se características culturais como o uso de peças de pedra ou osso, fogueiras extintas, criação de cemitérios, pequenos silos com sementes e pinturas rupestres. Mais tarde, há cerca de 4 mil anos, especula-se que tenha ocorrido o cultivo de vegetais, em especial do milho, e há dois mil anos já existia importante manufatura de produtos cerâmicos.<ref name="FazCiência_Pré">{{citar web|URL=http://revista.fapemig.br/materia.php?id=175 |título=A fascinante pré-história de Minas Gerais |autor=Minas faz Ciência |data=agosto de 2002 |acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref>

Mais de cem grupos indígenas habitavam o atual território de Minas Gerais na época da chegada dos portugueses.<ref name="CRV">{{citar web|URL=http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/banco_objetos_crv/%7B584204C0-DBBD-49A9-A78A-16308219535D%7D_Indio.pdf |título=A população Indígena de Minas Gerais |autor=Descubra Minas |data=16 de abril de 2009 |acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref> Nos vales dos rios [[Vale do Rio Doce|Doce]], [[Vale do Jequitinhonha|Jequitinhonha]] e [[Vale do Mucuri|Mucuri]], habitavam os povos genericamente conhecidos como "[[botocudos]]”, como os [[maxacalis]], [[maconis]], [[Nacnenuques|naquenuques]], [[aranãs]], [[crenaques]] e [[pataxós]]. O [[Norte de Minas Gerais|Norte de Minas]] era dominado pelos [[cariris]] e [[xacriabás]]. O centro, oeste e sul de Minas eram habitados pelos [[cataguás]], que eram o grupo indígena mais numeroso do território mineiro na época colonial, tanto que a região era conhecida como “Campos Gerais dos Cataguases” na época dos [[bandeirantes]]. As regiões do [[Triângulo Mineiro]] e [[Alto Paranaíba]] eram habitadas pelos [[caiapós]] e [[araxás]], enquanto que a [[Zona da Mata Mineira]] era povoada pelos [[puris]]. A região de Minas Gerais próxima à divisa com São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás era ocupada pelos [[bororós]].<ref>{{citar livro|url=http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Ajose-1965-indigenas/JoseOiliam_1965_IndigenasMG.pdf|título=Indígenas de Minas Gerais: Aspectos sociais, políticos, etnológicos|ultimo=José|primeiro=Oiliam|editora=Edições Movimento - Perspectiva|ano=1965|local=Belo Horizonte|páginas=13-37}}</ref> Entretanto, durante os primeiros séculos de colonização do Brasil, os indígenas dessa região foram capturados pelos bandeirantes para serem escravizados e os grupos que se revoltaram eram exterminados,<ref>{{citar web|URL=http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/bandeirantes-destruir-dominar-435260.shtml |título=Bandeirantes: destruir para dominar |autor=Reinaldo José Lopes e Luís Augusto |data=1 de abril de 2007 |publicado=Guia do Estudante |acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref> o que provocou uma grande redução na população indígena, restando atualmente cinco grupos: xacriabás, crenaques, maxacalis, [[pataxós]] e [[Pancararus|pankararus]], este último sendo oriundo do interior de [[Pernambuco]].<ref name="CRV" /><ref>{{citar web|ultimo=Camargo|primeiro=Pablo Matos|url=https://www.cedefes.org.br/artigo-povos-indigenas-em-minas-gerais/|titulo=Povos indígenas em Minas Gerais|data=2020-12-26|acessodata=2023-02-13|website=Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva}}</ref>

=== A corrida do ouro ===
[[Imagem:Rugendas - Vila Rica 1.jpg|thumb|esquerda|Pintura retratando a lavra do ouro em primeiro plano e Vila Rica ao fundo. ([[Johann Moritz Rugendas|Rugendas]], 1820-1825)]]
A primeira penetração europeia no território mineiro foi com a expedição dos espanhóis [[Francisco Bruza Espinosa]] e [[João de Azpilcueta Navarro]] entre 1553 e 1555, que partiu do [[litoral da Bahia]] e percorreu o Norte de Minas. Nas décadas seguintes, outras expedições conhecidas como “[[Entradas e bandeiras|entradas]]”, vindas do litoral nordestino, percorreram essa mesma região, como a de [[Sebastião Fernandes Tourinho]] em 1573.<ref>{{citar livro|url=http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Ajose-1965-indigenas/JoseOiliam_1965_IndigenasMG.pdf|título=Indígenas de Minas Gerais: Aspectos sociais, políticos, etnológicos|ultimo=José|primeiro=Oiliam|editora=Edições Movimento - Perspectiva|ano=1965|local=Belo Horizonte|páginas=47-49}}</ref><ref name=":1">{{citar web|url=http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=5|titulo=Minas Gerais - história|acessodata=2023-06-08|website=Descubra Minas|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160306061627/http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=5|arquivodata=2016-03-06|urlmorta=sim}}</ref>

A partir do final do século XVI, os bandeirantes percorreram o território de Minas Gerais à procura de [[ouro]] e pedras preciosas. Muitas de suas expedições foram apoiadas pela Coroa Portuguesa, dentre as quais se destacam a de [[Fernão Dias Pais Leme|Fernão Dias]] e de seu genro [[Borba Gato]], que partiu da vila de [[São Paulo]] em 1674.<ref name=":2">{{citar web|url=http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=313|titulo=Minas Gerais - história: Período Colonial|acessodata=2023-06-08|website=Descubra Minas|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160306122035/http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=313|arquivodata=2016-03-06|urlmorta=sim}}</ref>

No século XVII, iniciou-se a colonização do [[Norte de Minas]], com a fixação de vaqueiros sertanejos, devido à expansão da [[Ciclo do gado|pecuária]] do [[Sertão nordestino]], e de bandeirantes, à procura de pedras preciosas e indígenas para escravizar.<ref>{{citar web|ultimo=Moura|primeiro=Antônio de Paiva|url=http://www.asminasgerais.com.br/?item=CONTEUDO&codConteudoRaiz=91&codConteudoAtual=163|titulo=Norte de Minas: formação histórica|acessodata=2023-06-08|website=As Minas Gerais|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160319112536/http://www.asminasgerais.com.br/?item=CONTEUDO&codConteudoRaiz=91&codConteudoAtual=163|arquivodata=2016-03-19|urlmorta=sim}}</ref>

Entre 1692 e 1693, o bandeirante [[Antônio Rodrigues Arzão]] descobriu as primeiras jazidas de ouro no território de Minas Gerais. Nos anos seguintes, bandeirantes vindos das vilas de [[São Paulo]] e [[Taubaté]] percorreram a região do [[Rio das Velhas]] à procura de ouro. Em 1696, [[Salvador Fernandes Furtado]] descobriu ouro nas margens do [[Rio do Carmo (Minas Gerais)|Rio do Carmo]] e ali ergueu o seu acampamento, que originou a Vila de Nossa Senhora do Carmo (atual [[Mariana]]). Dois anos depois, [[Antônio Dias de Oliveira]] descobriu o metal amarelo no sopé do [[Pico do Itacolomi]] e ali funda seu assentamento, embrião de Vila Rica (atual [[Ouro Preto]]). Em 1702, [[João de Siqueira Afonso]] descobriu essas pedras preciosas no vale do [[Rio das Mortes (Minas Gerais)|Rio das Mortes]].<ref name=":1" /><ref name=":2" /> Inicialmente, o ouro era extraído do leito dos rios, o que obrigava os garimpeiros a se mudar conforme o esgotamento do metal. Após algum tempo, a exploração passou a ser feita também nas encostas de montanhas, o que obrigava o assentamento permanente dos mineradores, proporcionando o surgimento dos primeiros povoados.<ref name="ciclo do ouro">{{citar web|url=http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/geral/port/ouro.asp|título=A corrida do ouro|autor=Idas Brasil|acessodata=19 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.abmbrasil.com.br/quem-somos/historico/os-bandeirantes-descobrem-ouro/|título=E os bandeirantes descobrem o ouro|autor=Associação Brasileira de Metais|acessodata=9 de janeiro de 2014|arquivourl=https://www.webcitation.org/6My5uXTAA?url=http://www.abmbrasil.com.br/quem-somos/historico/os-bandeirantes-descobrem-ouro/#|arquivodata=28 de janeiro de 2014|urlmorta=yes}}</ref>

A notícia descoberta de ouro logo se espalhou e, nas décadas seguintes, centenas de milhares de pessoas ávidas por riqueza, sobretudo [[portugueses]] (o que inclui [[Judeus na América portuguesa|cristãos novos]]), mas também brasileiros oriundos de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], [[Bahia]], [[Pernambuco]] e do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], se fixaram em Minas Gerais. A chegada de um grande número de pessoas em pouco tempo levou a epidemias e falta de alimentos.<ref name=":2" />

Os paulistas se julgavam proprietários do ouro retirado das minas, alegando direito de descoberta e conquista, e não queriam que outros se apossassem dessa riqueza. Com isso, em 1707, entraram em conflito com os portugueses e brasileiros não paulistas (apelidados de "emboabas", termo [[Língua tupi|tupi]] que significa "aquele que ofende"), ocasionando a [[Guerra dos Emboabas]], encerrada em 1709. Os paulistas foram derrotados e muitos deles tiveram que abandonar as jazidas de ouro de Minas Gerais, tendo que procurar o metal na [[Região Centro-Oeste do Brasil]], encontrando-o anos depois em [[Goiás]] e [[Mato Grosso]].<ref name=":2" /><ref>{{Citar web|url=https://www.academia.edu/23155128/Um_Governo_de_Engon%25C3%25A7os_Metr%25C3%25B3pole_e_Sertanistas_na_Expans%25C3%25A3o_dos_Dom%25C3%25ADnios_Portugueses_aos_Sert%25C3%25B5es_do_Cuiab%25C3%25A1_1721-1728_|titulo=Um Governo de Engonços: Metrópole e Sertanistas na Expansão dos Domínios Portugueses aos Sertões do Cuiabá (1721-1728)|acessodata=2016-04-28|obra=www.academia.edu}}</ref> A imposição da autoridade da [[Coroa Portuguesa]] também contribuiu para o fim do conflito, a partir da criação da [[Capitania de São Paulo e Minas de Ouro]] em 1709.<ref>{{citar web|url=http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/emboabas_na_terra_dos_bandeirantes.html|título=Emboabas na terra dos banddeirantes|autor=Bruno Fiuza|publicado=Revista História Viva|acessodata=19 de dezembro de 2013}}</ref>

Em 1711, as primeiras vilas foram criadas em Minas Gerais, sendo elas [[Sabará]], Vila Rica e Vila do Nossa Senhora do Carmo.<ref>{{citar web|url=http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=2775|titulo=1711 - 2011 - Mariana, Ouro Preto e Sabará - 300 anos de história|acessodata=2023-06-08|website=Descubra Minas|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160306114441/http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=2775|arquivodata=2016-03-06|urlmorta=sim}}</ref> Em 1720, ocorreu a [[Revolta de Vila Rica]] contra as taxações sobre o ouro e, com isso, nesse mesmo ano foi criada a [[Capitania de Minas Gerais]].<ref name=":2" />
[[Imagem:Brazil (1709).svg|thumb|direita|Mapa do [[Brasil]] no início do século XVIII.]]

A [[Coroa Portuguesa]], então, passou a controlar com rigor a exploração de ouro nas minas, recolhendo 20% de tudo o que era produzido, o que ficou conhecido como ''[[Quinto do ouro|quinto]]''. A população da capitania continuava a crescer, mas existiam até então somente pequenos cultivos agropecuários de subsistência, o que demandava a importação de produtos de outras regiões da colônia. Novos acessos a região passaram a ser criados e o fluxo de pessoas e mercadorias aumentou intensamente surgindo, assim, o primeiro grande mercado consumidor do Brasil. Ao longo desses acessos apareciam povoados, tendo, portanto, papel fundamental no povoamento da capitania. Dentre esses trajetos destaca-se o [[Caminho Novo]], que ligava as regiões mineradoras ao [[Rio de Janeiro]]. A intensa mistura de pessoas associada a riqueza oriunda do ouro e a vida urbana proporcionaram a formação de uma nova sociedade culturalmente diversa, com vários músicos, artistas, escultores e artesãos. Dentre os movimentos culturais destacam-se o trabalho de [[Aleijadinho]] e [[Mestre Ataíde]], dentre outros, que permitiram o florescimento do [[Barroco no Brasil|Barroco Mineiro]].<ref name="ciclo do ouro" />

[[Imagem:Autor desconhecido - Les laveurs de diamants.jpg|thumb|Lavra dos diamantes feita por escravos (autor desconhecido).]]
[[Imagem:Two cars away from a classic postcard.jpg|thumb|[[Igreja São Francisco de Assis (Mariana)|Igreja São Francisco de Assis]] e [[Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Mariana)|Igreja Nossa Senhora do Carmo]] na Praça de Minas Gerais, no centro histórico de [[Mariana]]]]

Na década de 1720, na região do [[vale do Jequitinhonha]], ocorreu a descoberta do [[diamante]], embora seus descobridores por décadas não reconheceram o valor desta pedra preciosa. Contudo, a Coroa Portuguesa, ao reconhecer a produção mineral da região, logo estabeleceu uma forma de cobrar impostos sobre a produção, de forma similar ao quinto do ouro. O principal núcleo de exploração dos diamantes era próximo de onde surgiu o Arraial do Tijuco (hoje [[Diamantina]]).<ref name="diamantes">{{citar web|url=http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=302|título=Mineração no Brasil colonial|autor=Histórianet|acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref>

No auge da exploração do ouro, a [[escravidão|mão de obra escravizada]] era essencial para os grandes proprietários. Desta forma, intensificou-se o comércio de negros trazidos do [[África|continente africano]] para trabalhar nas minas. Muitos dos negros tentavam e conseguiam fugir, o que provocou o intenso surgimento de [[quilombo]]s por todo o atual estado. Estima-se que durante o século XVIII surgiram mais de 120 destas comunidades por toda a capitania. Contudo, tais assentamentos não se encontravam tão afastados dos centros mineradores, o que facilitava a fuga de mais negros. Existia, ainda, o comércio de produtos de subsistência entre os negros e comerciantes, que tiravam vantagem do preço mais baixo oferecido pelos quilombolas.<ref>{{citar web|url=http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/brasil/mg/mg_historia.html|título=Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais|autor=Comissão Pró-Índio de São Paulo|acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref>

==== Inconfidência Mineira ====
{{Artigo principal|Inconfidência Mineira}}
No entanto, a partir da segunda metade do século XVIII a produção aurífera dava sinais claros de declínio. Para manter a arrecadação, a Coroa Portuguesa passou a aumentar os impostos e a fiscalização na colônia, além de criar a [[derrama]], uma nova forma de imposto que garantiria seus lucros. As regiões auríferas passaram a ficar cada vez mais escassas, e os colonos não mais podiam arcar com tais impostos, levando o governo lusitano ao confisco de suas propriedades.<ref name="Inconfidencia">{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/historiab/inconfidencia-mineira.htm|título=A Inconfidência Mineira|autor=Brasil Escola|acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref>

[[Imagem:Pedro Américo - A mais importante das reuniões dos conjurados.jpg|thumb|Reunião secreta dos participantes do movimento ([[Pedro Américo]], 1892-93).]]
Tais ações consideradas abusivas trouxeram profunda insatisfação entre a população mineira. Então, influenciados pelos ideais do [[Iluminismo]] que surgira na [[Europa]] e se espalhavam pelo mundo ocidental, as elites mineradoras passaram a conjecturar um plano com o objetivo de criar uma nova república na região de Minas Gerais. A revolução estava marcada para acontecer em 1789, quando ocorreria uma nova cobrança da derrama. Dentre os líderes do movimento estavam os poetas [[Cláudio Manoel da Costa]] e [[Tomás Antônio Gonzaga]], o padre [[Carlos Correia de Toledo e Melo]], o coronel [[Joaquim Silvério dos Reis]] e o [[alferes]] [[Joaquim José da Silva Xavier|Tiradentes]]. Contudo, a cobrança da derrama foi revogada pelas autoridades lusitanas. Ao mesmo tempo, tinha-se a investigação por parte da coroa sobre o movimento de insurreição que estaria para acontecer. Em troca do perdão de suas dívidas, Joaquim Silvério dos Reis delatou todo o plano dos inconfidentes, o que levou à prisão de vários de seus companheiros antes que a insurreição acontecesse. Como boa parte dos membros dos movimentos tinham forte ligação com a elite, poucos foram de fato condenados. Como Tiradentes era de origem popular, toda a responsabilidade do movimento foi atribuída a ele. Como forma de reprimir outros movimentos, a Coroa Portuguesa realizou o enforcamento e o esquartejamento do alferes, e partes de seu corpo foram espalhadas por vias de acesso da capitania.<ref name="Inconfidencia" /><ref>{{citar web|url=http://www.minas-gerais.info/inconfidencia.htm|título=A Inconfidência Mineira|autor=Guia Geográfico de Minas Gerais|acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/inconfidencia-mineira-movimento-foi-resposta-ao-excesso-de-impostos.htm|título=Inconfidência Mineira:Movimento foi resposta ao excesso de impostos|autor=Vitor Amorim de Angelo|publicado=UOL Educação|data=31 de julho de 2005|acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref>

==== Decadência da produção mineral ====
[[Ficheiro:Rugendas - Habitans de Minas.jpg|thumb|Habitantes de Minas Gerais c. 1820]]
Até então a maior parte da população da capitania concentrava-se nos núcleos urbanos e nas proximidades da região mineradora. Contudo, o esgotamento das jazidas auríferas e de diamantes levou à diáspora da população urbana, que se deslocou para outras regiões. Os desbravadores passaram a criar novas fazendas por outras regiões do atual estado, erguiam capelas onde posteriormente surgiam arraiais e vilas. No início do século XIX, houve uma intensa criação de vilas, freguesias, distritos e municípios. Isto contribuiu para a expansão e povoamento do território mineiro, expandido suas fronteiras para o norte (adquirindo partes da província de Pernambuco), para leste (adquirindo áreas do Espírito Santo), para o oeste (anexando a região do [[Triângulo Mineiro]], antes pertencente a Goiás). A população mineira passou a ser predominantemente rural, e as cidades do ouro ficaram cada vez mais vazias, o que teve grande influência na cultura e na política da província.<ref name="diamantes" /><ref>{{citar web|url=http://www.asminasgerais.com.br/frame.asp?urlconteudo=http%3A%2F%2Fwww%2Easminasgerais%2Ecom%2Ebr%2Fdiamantina%2Fmetamorfose%2Findex%2Ehtm|título=A metamorfose de Minas|autor=Antônio de Paiva Moura|publicado=As Minas Gerais|acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref>
[[Imagem:Minas Geraes. Gotha, 1865.jpg|thumb|Mapa de Minas Gerais em 1865.]]

=== O período imperial ===
{{Artigo principal|Província de Minas Gerais}}
Em 1820, ocorreu a [[Revolução liberal do Porto|Revolução Liberal do Porto]] em Portugal. O rei [[João VI de Portugal|Dom João VI]] e os governadores das capitanias do Brasil tiveram que jurar lealdade à nova constituição portuguesa, o que constrangeu governadores que eram aliados do absolutismo, o que incluía o da Capitania de Minas Gerais, [[Manuel de Portugal e Castro]], que a governou de 1814 a 1821. A partir de 1823, a província de Minas Gerais passou a ser governada por um presidente, nomeado pelo poder central.<ref name=":3">{{citar livro|título=Nova Enciclopédia Barsa|editora=Barsa Planeta Internacional Ltda.|ano=2004|volume=10|local=São Paulo|páginas=40-56}}</ref>

Se, durante o período colonial, a Capitania de Minas Gerais apresentava certas peculiaridades, ao longo do Império a província tornou-se semelhante às demais tanto política quanto economicamente, o que se deve à organização do tipo estado unitário imposta pela [[Constituição brasileira de 1824|Constituição de 1824]]. Mesmo assim, os mineiros continuaram influindo em acontecimentos que marcaram a nação, como a abdicação do imperador Pedro I em 1831.<ref name=":3" />

Durante o [[Império do Brasil|período imperial]], Minas teve duas mobilizações importantes da população. A primeira delas foi a [[Revolta do Ano da Fumaça|Sedição Militar de 1833]], um movimento sem consistência que queria o retorno de [[Dom Pedro I]] ao país, mas foi logo abafado pelo governo provincial. Outro grande movimento foi a [[Revoltas Liberais|Revolução Liberal de 1842]]. No [[Brasil Império]] as forças políticas estavam divididas essencialmente entre [[Partido Liberal (Brasil Império)|liberais]] e [[Partido Conservador (Brasil Império)|conservadores]]. Quando [[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]] [[Golpe da Maioridade|atingiu a maioridade em 1840]], o Partido Conservador assumiu o poder, o que provocou a revolta dos liberais. Tiveram início, então, conflitos armados na [[província de São Paulo]], que ganharam adesão dos liberais mineiros em 1842, com a participação inicial de quinze dos quarenta e dois municípios existentes na época. Para conter os revoltosos, o governo imperial enviou [[Guarda Nacional (Brasil)|guardas nacionais]] e unidades do exército, que deveriam prender os líderes do partido liberal. Transcorreram vários conflitos durante mais de dois meses até que o movimento foi finalmente abafado por completo. Os líderes foram julgados e absolvidos seis anos depois.<ref name="imperio">{{citar web|url=http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=546|título=Período Imperial|autor=Descubra Minas|acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://historiademinas.com.br/MinRev42.htm|título=A revolução de 1842|autor=História de Minas|acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref>
[[Ficheiro:Índios em uma fazenda.jpg|thumb|Índios em uma fazenda c. 1824]]

Durante a segunda metade do século XIX, surgiram os primeiros avanços no setor industrial em Minas. No campo [[siderurgia|siderúrgico]], começava a aumentar a produção e manufatura do [[ferro]]. Surgiram ainda várias fábricas de produtos têxteis, laticínios, vinhos, alimentos, cerâmicas e louças. Contudo, as atividades agropecuárias dominavam a economia da época, sendo voltadas principalmente para subsistência, desfavorecendo o crescimento econômico da província. A mão de obra era predominantemente escrava, provenientes dos que restaram das atividades mineradoras. A [[Produção de café no Brasil|produção de café]] voltada para a exportação chegou à província no início do período imperial e aumentou substancialmente até o fim do século, tendo esse grão como principais regiões de cultivo em Minas a Zona da Mata e o sul. Porém, a produção paulista sempre foi expressivamente maior e fatores administrativos, naturais e econômicos desfavoreceram o desenvolvimento da cafeicultura mineira na época.<ref name=":3" /><ref name="imperio" />

=== República ===
Em 1889, a República foi [[Proclamação da República do Brasil|proclamada]] no Brasil e Minas Gerais se tornou um Estado da Federação. No entanto, a adaptação ao novo regime político não foi fácil: nos 19 primeiros meses de República (15 de novembro de 1889 a 15 de junho de 1891), Minas teve 14 períodos administrativos e sete autoridades se revezaram no poder.<ref name=":3" />

Com a República, surgiam os primeiros grandes barões do café em Minas Gerais, responsáveis por aumentar significativamente a produção do estado. Esses cafeicultores possuíam bastante influência na política do estado.<ref name="café" /><ref name=":4" /> [[Imagem:Planta BH.jpg|thumb|Planta de Belo Horizonte, uma das primeiras cidades planejadas do país.]]
O [[ciclo do café]] no estado teve certas características particulares que desfavoreceram o crescimento econômico do estado. O lucro gerado pela cultura era em parte destinado aos portos de exportação nos estados vizinhos. Além disso, findo o período da escravidão, não houve a transição direta para o trabalho livre e assalariado nas lavouras, o que levou à menor circulação monetária. Outro agravante era a desarticulação entre as regiões do estado, que tinham mais relações econômicas com os estados vizinhos. Em reconhecimento a esta situação, as elites mineiras iniciaram uma tentativa de centralizar a economia estadual a partir de diversas iniciativas, dentre elas a criação de uma nova capital, [[Belo Horizonte]], em 1897.<ref name="industrialização">{{citar web|url=http://www.eco.unicamp.br/docdownload/publicacoes/instituto/revistas/leituras-de-economia-politica/V9-F1-S12/LEP127GarciaAndrade.pdf|título=Panorama geral da industrialização de Minas Gerais (1970-2000)|data=dezembro de 2007|acessodata=23 de dezembro de 2013|publicado=Leituras de Economia Política|autor=Júnior R. Garcia; Daniel C. Andrade|local=Campinas|formato=PDF|arquivourl=https://www.webcitation.org/6M6UE3ZPe?url=http://www.eco.unicamp.br/docdownload/publicacoes/instituto/revistas/leituras-de-economia-politica/V9-F1-S12/LEP127GarciaAndrade.pdf|arquivodata=2013-12-24|urlmorta=yes}}</ref> Uma exceção ao atraso industrial de Minas Gerais na República Velha foi a cidade de [[Juiz de Fora]], que apresentou um surto de desenvolvimento industrial sustentado pela economia cafeeira aliado à proximidade com o [[Rio de Janeiro]]. Contudo, tal desenvolvimento durou até 1930, quando a competição com os outros grandes centros industriais do país levou à estagnação e posterior declínio do parque industrial da cidade.<ref name="industrialização2">{{citar web|url=http://www.cedeplar.ufmg.br/diamantina2002/textos/D13.PDF|título=Indústria em Minas Gerais: origem e desenvolvimento|acessodata=24 de dezembro de 2013|publicado=X Seminário sobre a economia mineira|autor=Ricardo Zimbrão Affonso de Paula|formato=PDF|arquivourl=https://www.webcitation.org/6M6Tzz4AR?url=http://www.cedeplar.ufmg.br/diamantina2002/textos/D13.PDF#|arquivodata=24 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref> 

Com a capital já transferida para Belo Horizonte e o governo estadual organizado, a partir de 1898 Minas Gerais, na época o estado mais populoso do Brasil, já estava preparado para entrar para entrar no cenário político brasileiro. Com isso, as oligarquias mineiras firmaram com as elites paulistas a chamada [[Política do café com leite]], na qual os presidentes eleitos seriam alternados entre paulistas e mineiros. Os mineiros [[Afonso Pena]], [[Venceslau Brás]], [[Delfim Moreira]] e Artur Bernardes passaram pela presidência do Brasil na política do café com leite.<ref name=":3" /><ref name="café">{{citar web|url=http://sindicafe-mg.com.br/plus/modulos/conteudo/?tac=historia-do-cafe|título=História do Café|autor=Sindicato da indústria do café do estado de Minas Gerais|acessodata=22 de dezembro de 2013}}</ref><ref name=":4">{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/republica-velha-1889-1930-2-coronelismo-e-oligarquias.htm|título=República Velha (1889-1930) (2): Coronelismo e oligarquias|autor=Renato Cancian|data=29 de novembro de 2005|publicado=UOL Educação|acessodata=22 de dezembro de 2013}}</ref><ref name=":5">{{citar web|url=http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=577|titulo=História de Minas Gerais - República|acessodata=2024-09-21|website=Descubra Minas|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160306063305/http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=577|arquivodata=2016-03-06|urlmorta=sim}}</ref>

Durante a [[Primeira República Brasileira|República Velha]], o principal partido político em Minas era o [[Partido Republicano Mineiro]] (PRM), que tinha como nomes fortes [[Chrispim Jacques Bias Fortes|Bias Fortes]], [[Silviano Brandão]], [[Francisco Antônio de Sales]], [[Artur Bernardes]] e [[Raul Soares de Moura|Raul Soares]], todos os quais já foram governadores do estado. O partido tinha bastante poder, controlava as nomeações políticas, cooptava clubes cívicos e cafeicultores e intimidava a imprensa.<ref name=":5" />

Apesar de algumas divergências na política do café com leite entre São Paulo e Minas Gerais, o que permitiu a eleição de presidentes de outros estados, ambos os estados nunca deixaram de exercer influência sobre o processo eleitoral. Na década de 1920, vários fatores aceleraram o declínio do domínio oligárquico, como revoltas populares, movimentos tenentistas e a crise econômica do café, que se agravou ainda mais com a [[Grande Depressão|grande depressão]]. Mas a política do café-com-leite terminou de fato quando o então presidente paulista [[Washington Luís]] deveria indicar um mineiro para sucessão, mas indicou outro paulista, [[Júlio Prestes]]. Em oposição ao episódio, Minas Gerais se uniu à [[Aliança Liberal]], que realizou um [[Revolução de 1930|golpe de Estado em 1930]] e instaurou uma nova república no Brasil, sob o comando de [[Getúlio Vargas]].<ref name="café" /><ref>{{citar web |url=http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/politica-do-cafe-com-leite.jhtm |título=Acordo marcou a República Velha |autor=Vitor Amorim de Angelo |publicado=Uol Educação |acessodata=22 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://www.webcitation.org/618SnAPRo?url=http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/politica-do-cafe-com-leite.jhtm# |arquivodata=22 de agosto de 2011 |urlmorta=no }}</ref>

Durante a [[Era Vargas]], Minas Gerais perdeu seu poder político e foi o agente garantidor da ordem, a base de apoio de Getúlio Vargas, principalmente durante o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]]. Uma das primeiras manifestações na luta contra o Estado Novo foi o [[Manifesto dos Mineiros]], de 24 de outubro de 1943, pedindo a democratização do país.<ref name=":3" />

==== Industrialização e desenvolvimento ====
O projeto de desenvolvimento mineiro estava pautado por duas orientações. A primeira delas incluía a diversificação produtiva, em que se pretendia a criação de uma forte agricultura capaz de sustentar o desenvolvimento industrial. A outra estratégia envolvia o aproveitamento dos recursos naturais do estado para realizar a especialização produtiva, com a produção de bens intermediários. Ao longo da primeira metade do século XX, o plano foi sendo gradualmente implementado com diversas iniciativas, como a criação da [[Cidade Industrial de Contagem]] em 1941. Contudo, o avanço foi prejudicado por conta de problemas logísticos como a falta de energia e de uma rede eficiente de transportes.<ref name="industrialização" /><ref name="industrialização2" />

[[Imagem:Usina de Furnas-Tubulação.jpg|thumb|esquerda|Tubulação utilizada para construção da [[Usina Hidrelétrica de Furnas]].]]
A partir do fim da década de 1940 e ao longo da década de 1950, no entanto, Minas Gerais passa por um importante processo de transformação, que visa sanar os problemas que barravam o desenvolvimento mineiro, principalmente durante o período do mandato de [[Juscelino Kubitschek]] como governador (1951-1955) e presidente da república (1956-1961). Foram criadas a [[Companhia Energética de Minas Gerais]] (Cemig), várias [[usina hidroelétrica|usinas hidroelétricas]] e milhares de quilômetros de rodovias.<ref name="industrialização" /> Um importante setor industrial que se desenvolveu neste período foi o [[metalurgia|metalúrgico]], sustentado pela exploração do [[ferro]] na região central do estado.<ref>{{citar web|url=http://www.igc.ufmg.br/geonomos/PDFs/3_1_77_86_Silva.pdf|arquivourl=https://www.webcitation.org/6M6UHUdVh?url=http://www.igc.ufmg.br/geonomos/PDFs/3_1_77_86_Silva.pdf#|arquivodata=24 de dezembro de 2013|título=A mineração em Minas Gerais: passado, presente e futuro|autor=Olintho Pereira da Silva|publicado=Geonomos|formato=PDF|acessodata=24 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref> Contudo, a instabilidade econômica que se sucedeu durante a década de 1960 afetou a continuidade de tal crescimento, deixando o estado em defasagem.<ref name="industrialização" /> Durante a [[Ditadura militar brasileira|ditadura militar]], as federações de indústrias de Minas Gerais e importantes industriais mineiros apoiaram o regime.<ref>{{citar web|url=http://www.istoedinheiro.com.br/entrevistas/117277_EMPRESAS+QUE+APOIARAM+A+DITADURA+PODERAO+SER+PROCESSADAS|título="Empresas que apoiaram a ditadura poderão ser processadas" |autor=ISTOÉ Dinheiro |acessodata=7 de fevereiro de 2014}}</ref>

Na década de 1970, porém, Minas retoma sua trajetória de crescimento econômico beneficiado, sobretudo, pelo processo de descentralização industrial. Como resultado, o crescimento do [[produto interno bruto]] mineiro foi superior à média nacional por vários anos. Tal processo deveu-se ao incremento da produção industrial e fortalecimento da agricultura. Tal processo provocou ainda o aumento da porcentagem da população que vivia nas cidades, embora boa parte deste êxodo rural tenha motivado a emigração da população para os grandes centros urbanos de outros estados. Na década de 1980, o crescimento econômico mineiro sofre uma nova descontinuidade por conta da crise econômica generalizada pela qual o país passava. Mesmo assim, o crescimento mineiro ainda foi superior à média nacional. A partir da década de 1990, o estado apresentou baixo dinamismo econômico, seguindo a tendência nacional. A partir de então, Minas se consolida na economia nacional com o terceiro maior PIB do país, e se mantém na posição até hoje.<ref name="industrialização" /><ref>{{citar web|url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/invista-em-minas/invista-em-minas/12017-economia/11972/5042|arquivourl=https://www.webcitation.org/6M6UimEkC?url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/invista-em-minas/invista-em-minas/12017-economia/11972/5042#|arquivodata=24 de dezembro de 2013|título=Economia robusta e diversificada|publicado=Portal Minas Gerais|acessodata=24 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref>

== Geografia ==
[[Imagem:CURVA DO RIO.jpg|thumb|[[Cânion]] do [[rio Piumhi]] no município de [[Capitólio (Minas Gerais)|Capitólio]].]]

{{Artigo principal|Geografia de Minas Gerais}}
Minas Gerais é uma das [[Unidades federativas do Brasil|27 unidades federativas]] do Brasil, localizada na [[Região Sudeste do Brasil|Região Sudeste]] do país, limitando-se com os estados de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] a sul e sudeste, [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] a sudeste, [[Mato Grosso do Sul]] a oeste, [[Goiás]] e [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]] a noroeste, [[Bahia]] (a norte e nordeste) e [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] a norte e leste, tendo um total de {{fmtn|4727|km}} de linha fronteiriça.<ref name="Sobre MG">{{citar web |url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/geografia/5669-localizacao-geografica/69551-a-localizacao-geografica/5146/5044 |arquivourl=https://www.webcitation.org/6M0KvMaCT?url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/geografia/5669-localizacao-geografica/69551-a-localizacao-geografica/5146/5044# |arquivodata=20 de dezembro de 2013 |título=Localização Geográfica |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=20 de dezembro de 2013 |urlmorta=no }}</ref> A área do estado, segundo o [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE), é de {{fmtn|586513.983|km²}}<ref name=ibge_cidades/> (um pouco menor que a soma das áreas ocupadas por [[Portugal]] e [[Espanha]] juntos, de 596 994&nbsp;km²<ref>{{Citar web|titulo=Espanha. Aspectos geográficos da Espanha|url=https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/espanha.htm|obra=Mundo Educação|acessodata=2020-06-22|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Portugal tem 92.212 quilómetros quadrados, por enquanto...|url=https://www.publico.pt/2012/07/01/sociedade/noticia/portugal-tem-92212-quilometros-quadrados-por-enquanto-1552831|obra=PÚBLICO|acessodata=2020-06-22|lingua=pt|ultimo=Lusa}}</ref>) e equivale a 6,89% do território brasileiro, sendo o [[Lista de unidades federativas do Brasil por área|quarto maior estado em tamanho territorial]] (depois de [[Amazonas]], [[Pará]] e [[Mato Grosso]]),<ref name="IBGE_Área"/> dos quais {{fmtn|2525.8|km²}} estão em [[perímetro urbano]].<ref name="Embrapa_MG">{{citar web |url=http://www.urbanizacao.cnpm.embrapa.br/conteudo/uf/mg.html |arquivourl=https://www.webcitation.org/62GUc3ErH?url=http://www.urbanizacao.cnpm.embrapa.br/conteudo/uf/mg.html# |arquivodata=7 de outubro de 2011 |titulo=Minas Gerais |autor=Embrapa Monitoramento por Satélite |acessodata=20 de dezembro de 2013 |urlmorta=no }}</ref> A distância linear entre os pontos extremos estaduais é de {{fmtn|1248|km}} no sentido leste–oeste e 986 no sentido norte–sul.<ref name="Sobre MG"/>

=== Relevo ===
{{ver artigo principal|Lista de unidades geomorfológicas de Minas Gerais por altitude}}
[[Imagem:Cruzeiro no Pico da Bandeira.jpg|thumb|esquerda|[[Pico da Bandeira]], o ponto mais alto do estado,<ref name="ICMBio_Caparaó"/> com a [[Serra do Caparaó]] ao fundo.]]
Mais de 90% do território mineiro está acima de 300 m de altitude, quase 60% do mesmo acima dos 600 m e 20% entre 900 e 1500 m de altitude,<ref name=":3" /><ref name="MGG">{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/brasil/aspectos-naturais-minas-gerais.htm |título=Aspectos naturais de Minas Gerais |autor=Eduardo de Freitas |publicado=Brasil Escola |acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref> tendo predominância de [[planalto]]s com [[escarpa]]s e [[Depressão (geografia)|depressões]], mais notáveis na região central.<ref>{{citar web|URL=http://www.suapesquisa.com/geografia/minas_gerais.htm |título=Geografia de Minas Gerais  |autor=Sua Pesquisa |data=23 de novembro de 2012 |acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref> O ponto mais alto do estado é o [[Pico da Bandeira]], situado na divisa com o [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], com {{fmtn|2891}} metros de [[altitude]] (o terceiro maior do país), seguido pelo [[Pico do Cristal]] com {{fmtn|2780}} metros.<ref name="ICMBio_Caparaó">{{citar web|URL=http://www.icmbio.gov.br/parnacaparao/ |título=Parque Nacional do Caparaó |autor=Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) |acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref> Além da [[Serra do Caparaó]], onde está o pico da Bandeira, outros maciços montanhosos merecem destaque no território mineiro, dentre eles a [[Serra do Espinhaço]], que segue do centro em direção ao norte do estado até o limite com a Bahia. Ao sul, delimitando a fronteira com os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, está a [[Serra da Mantiqueira]] na qual se situam [[Lista de picos do Brasil|alguns dos mais altos picos do país]], como o [[Pico das Agulhas Negras|Agulhas Negras]] com {{fmtn|2787}} metros de altitude. Outras cadeias montanhosas de menor porte espalham-se por todo o estado, dentre as mais notáveis a [[Serra da Canastra]] e [[Serra do Lenheiro|do Lenheiro]].<ref>{{citar web|url=http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=1801|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MFwEJ57F?url=http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=1801#|arquivodata=30 de dezembro de 2013|título=Relevo|autor=Descubra Minas|acessodata=30 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref>

Oficialmente, as formas de relevo existentes no estado de Minas Gerais podem ser divididas nos seguintes tipos de unidades geomorfológicas: ''planalto Cristalino'', ''serra do Espinhaço'', ''depressão do rio São Francisco'', ''planalto do São Francisco'' e ''planalto do Paraná''.<ref name="MGG"/> O planalto cristalino possui altitudes médias de 800 metros — sendo reduzida ao aproximar-se da [[Zona da Mata Mineira|Zona da Mata]] —, apresentando depressões onde originam-se os vales dos rios [[Vale do Jequitinhonha|Jequitinhonha]] e [[Vale do Rio Doce|Doce]].<ref name="MGG"/> A [[serra do Espinhaço]] possui altitude média de {{fmtn|1300}} metros,<ref name="MGG"/> relevando-se por dividir a [[bacia do rio São Francisco]] com as bacias hidrográficas costeiras.<ref>{{citar web|URL=http://citrus.uspnet.usp.br/geousp/ojs-2.2.4/index.php/geousp/article/viewFile/450/262 |título=Mapeamento de unidades de relevo na Serra do Espinhaço meridional |autor=Éric Andrade Rezende e André Augusto Rodrigues Salgado |data=9 de setembro de 2011 |publicado=Universidade de São Paulo (USP) |acessodata=20 de dezembro de 2013}}</ref> A depressão do rio São Francisco tem altitude média de 500 metros e está presente na parte oeste de Minas, em sentido norte-sul.<ref name="MGG"/> O planalto do São Francisco tem altitude média de mil metros e é composto por chapadões acidentados entrelaçados por vales.<ref name="MGG"/> Por fim, o planalto do Paraná tem altitude média de 600 metros e corresponde ao sudoeste mineiro, sendo cortado por rios como o [[Rio da Prata (Minas Gerais)|da Prata]], Tijuco e o [[Rio Araguari (Minas Gerais)|Araguari]].<ref name="MGG"/>

=== Hidrografia ===
{{VT|Lista de rios de Minas Gerais}}
[[Imagem:RioSaoFrancisco.jpg|thumb|direita|Trecho do [[rio São Francisco]] entre os [[município]]s de [[Ponto Chique]] e [[Várzea da Palma]].]]
[[Imagem:MedioParanaiba-AraporaXItumbia-MGxGO.jpg|thumb|direita|Fotografia aérea do [[rio Paranaíba]], na divisa de [[Itumbiara]] (GO) e [[Araporã]] (MG).]]
Na rede hidrográfica, entre os principais rios do estado de Minas Gerais estão o [[Rio Doce|Doce]], que nasce entre as encostas das serras da Mantiqueira e Espinhaço e percorre 853&nbsp;km até desaguar no [[Oceano Atlântico]], no Espírito Santo;<ref>{{citar web|URL=http://www.riodoce.cbh.gov.br/bacia_caracterizacao.asp |título=Caracterização da Bacia Hidrográfica |autor=Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Doce |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> o [[Rio Grande (Minas Gerais)|Grande]], cuja nascente está na Serra da Mantiqueira, no município de [[Bocaina de Minas]], percorrendo {{fmtn|1360}} km até o [[Rio Paranaíba]], formando assim o [[Rio Paraná]] (no estado de São Paulo);<ref>{{citar web|URL=http://www.nascentesdasgerais.com.br/rio-grande-minas-gerais/ |título=Rio Grande |autor=Nascentes das Gerais  |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.grande.cbh.gov.br/Bacia.aspx |título=O Rio Grande |autor=Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Grande |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> o Paranaíba, que nasce na [[Mata da Corda]], em Paranaíba, e tem aproximadamente {{fmtn|1070}} km;<ref name="Governo_Hidrografia">{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/geografia/5667-bacias-hidrograficas/69546-bacias-hidrograficas/5146/5044 |título=Bacias Hidrográficas |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> o [[Rio São Francisco|São Francisco]], que nasce na Serra da Canastra, percorre {{fmtn|2830}} km, cortando a Bahia e passando por [[Pernambuco]], [[Sergipe]] e [[Alagoas]] até desaguar no oceano, sendo suas águas essenciais para o turismo, lazer, irrigação e transporte em várias cidades, especialmente no norte mineiro<ref>{{citar web|URL=http://www.brasilescola.com/brasil/rio-sao-francisco.htm |título=Rio São Francisco |autor=Eduardo de Freitas |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> e, por fim, o [[Rio Jequitinhonha|Jequitinhonha]], que nasce na serra do Espinhaço, em [[Serro]], e percorre 920&nbsp;km até sua foz no Atlântico.<ref>{{citar web|URL=http://g1.globo.com/mg/grande-minas/noticia/2013/08/rio-jequitinhonha-sustenta-e-inspira-moradores-mineiros-e-baianos.html |título=Rio Jequitinhonha sustenta e inspira moradores mineiros e baianos |autor=Marina Pereira |data=22 de agosto de 2013 |publicado=G1 |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> Outros rios importantes do estado são o [[Rio Mucuri|Mucuri]], [[Rio Pardo (Minas Gerais)|Pardo]], [[Rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]], [[Rio São Mateus (Minas Gerais)|São Mateus]] e [[Rio das Velhas|das Velhas]].<ref>{{citar web|URL=http://www.cbhvelhas.org.br/index.php/more-about-joomla/a-bacia.html |título=A Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas |autor=Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> O [[Parque Estadual do Rio Doce]] abriga o maior [[lago|sistema lacustre]] do estado. Contudo, existem importantes reservatórios de usinas hidrelétricas, como a [[Represa de Furnas]] no sul e a [[Represa de Três Marias|Três Marias]] no centro do estado.<ref>{{citar web|url=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/planobiodiversidade/rascunho%20panorama%201%20atualizao.pdf|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MNwLaI6m?url=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/planobiodiversidade/rascunho%20panorama%201%20atualizao.pdf#|arquivodata=4 de janeiro de 2014|título=Panorama da Biodiversidade em Minas Gerais|autor=Insituto Estadual de Florestas|acessodata=4 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref>

Devido à grande quantidade de nascentes, o estado é conhecido como a caixa-d'água do Brasil, tendo muitos desses rios relevância energética, agrícola e turística, com grande presença de usinas hidrelétricas, canais para irrigação e atividades de lazer.<ref name="Descubra_Hidrografia"/> Dezesseis bacias hidrográficas compõem o estado de Minas Gerais, sendo a maior delas a do [[Bacia do rio São Francisco|São Francisco]], que abrange uma área de 2,3 milhões de km² no território nacional.<ref name="Governo_Hidrografia"/> Quatro [[Regiões hidrográficas do Brasil|regiões hidrográficas]] abrangem o território mineiro, sendo elas a do [[Região hidrográfica do São Francisco|São Francisco]] (tendo como principais componentes, em Minas, os rios São Francisco, das Velhas e [[Rio Paracatu|Paracatu]]), do [[Região hidrográfica do Atlântico Leste|Atlântico Leste]] (rios como São Mateus, Doce, [[Rio Itaúnas|Itaúnas]] e [[Rio Itabapoana|Itabapoana]]), do [[Região hidrográfica do Atlântico Sudeste|Atlântico Sudeste]] e do [[Região hidrográfica do Paraná|Paraná]] (composta pelas sub-bacias dos rios Paranaíba e Grande).<ref name="Descubra_Hidrografia">{{citar web|URL=http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=1804 |título=Hidrografia |autor=Descubra Minas |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/regioes_hidrograficas/regioes_hidrograficas.html |título=Regiões Hidrográficas |autor=Ambiente Brasil |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> Na estação das secas é observado um menor volume das águas, sendo que no norte mineiro alguns cursos chegam a secar nos períodos de estiagem. Já na [[estação das chuvas]] ocorre a cheia dos rios e, por vezes, enchentes.<ref name="Descubra_Hidrografia"/>

=== Clima ===
[[Ficheiro:Clima de Minas Gerais (Köppen).svg|miniaturadaimagem|esquerda|Minas Gerais na [[classificação climática de Köppen]].]]

No estado de Minas Gerais, predominam quatro tipos distintos de clima: o clima subtropical de altitude (Cwb, segundo a [[Classificação climática de Köppen-Geiger]]), que ocorre nas regiões mais elevadas das serras da [[Serra da Canastra|Canastra]], Espinhaço e [[Serra da Mantiqueira|Mantiqueira]] e em pequenas áreas próximas às cidades de [[Araguari]] e [[Carmo do Paranaíba]], tendo [[estiagem|estiagens]] no inverno e temperaturas amenas durante o ano e cuja temperatura média do mês mais quente é inferior a 22&nbsp;°C; o clima subtropical de inverno seco — e com temperaturas inferiores a 18&nbsp;°C — e verão quente — temperaturas maiores de 22&nbsp;°C — (Cwa), observado a norte das serras do Espinhaço e [[Serra do Cabral|do Cabral]]; clima tropical com inverno seco (Aw), que predomina no [[Triângulo Mineiro]], na Zona da Mata, Vale do Rio Doce e em quase toda a metade norte do estado, tendo estação seca no inverno e chuvas abundantes no verão, com precipitações anuais entre 750&nbsp;mm a {{fmtn|1800}} mm; e o [[Clima tropical com estação seca|clima tropical semiúmido]] com chuvas no verão (As), que ocorre no norte mineiro, com precipitações anuais sempre inferiores a {{fmtn|1000}} mm e por vezes menores que 750&nbsp;mm.<ref>{{citar web|URL=http://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/efb/clima.htm |título=Clima |autor=Embrapa |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> Segundo a [[Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste]] (Sudene), o [[clima semiárido]] está presente em 88 municípios mineiros, todos no norte do estado,<ref>{{citar web|URL=http://www.sudene.gov.br/system/resources/BAhbBlsHOgZmSSIuMjAxMi8wNC8xMi8wOS8zNC8yMi82MTIvU2VtaV9hcmlkb19NRy5wZGYGOgZFVA/Semi-arido-MG.pdf |título=Municípios da área de atuação da SUDENE - Semi-árido - Minas Gerais |autor=Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> muitos dos quais estão em processo de [[desertificação]].<ref>{{citar web|URL=http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/09/17/interna_gerais,449734/avanco-da-desertificacao-aumenta-drama-dos-agricultores-que-ja-sofrem-com-estiagem.shtml |título=Avanço da desertificação aumenta drama dos agricultores que já sofrem com estiagem |autor=Luiz Ribeiro |data=17 de setembro de 2013 |publicado=Estado de Minas |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref>

O estado sofre influência de [[frente fria|frentes frias]] durante todo o ano,<ref name="UFMG_Clima">{{citar web|url=http://www.igc.ufmg.br/geonomos/PDFs/6_2_17_22_Abreu.pdf |título=Climatologia da estação chuvosa de Minas Gerais |autor=Magda Luzimar de Abreu |publicado=Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> no entanto, no [[inverno]], a presença do [[anticiclone do Atlântico Sul]] impede o avanço da umidade, mantendo os dias secos e ensolarados, e favorece a influência de [[massa de ar|massas de ar]] frio, configurando-se a [[estação seca]].<ref>{{citar web |URL=http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/inverno-chove-norte-sudeste-fica-seco-647784.shtml |título=Por que no inverno chove no Norte e o Sudeste fica seco? |autor=Beatriz Santomauro |data=12 de outubro de 2011 |publicado=Nova Escola |acessodata=21 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://www.webcitation.org/6NPfmGOew?url=http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/inverno-chove-norte-sudeste-fica-seco-647784.shtml |arquivodata=2014-02-15 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/MPBB-7VQH45/corpo_do_texto.pdf?sequence=2 |título=Anticiclones e umidade |autor=Rafael Rodrigues da Franca |data=9 de junho de 2009 |publicado=Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> Entre o final da [[primavera]] e começo do [[verão]] (principalmente entre novembro e março), com o afastamento do anticiclone, as frentes frias atuam com maior intensidade e há uma intensa organização da [[Convecção atmosférica|convecção]] tropical, manifestada por uma banda de nebulosidade convectiva, as chamadas [[Zona de convergência (meteorologia)|zonas de convergência]] — dentre as quais a [[zona de convergência do Atlântico Sul]] (ZCAS) é a que mais afeta o estado, provocando dias seguidos de chuvas intensas em algumas regiões.<ref name="UFMG_Clima"/> Devido à nebulosidade, as chuvas causadas pelas ZCAS e por frentes frias são capazes de provocar quedas de temperatura,<ref name="UFMG_Clima"/> que normalmente fica elevada nessa época, devido à atuação de massas de ar quente continentais.<ref>{{citar web|URL=http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/11/12/interna_gerais,469914/chuva-pode-diminuir-a-temperatura-nas-proximas-horas-na-grande-bh.shtml |título=Chuva pode baixar temperatura nas próximas horas na Grande BH |autor=João Henrique do Vale |data=12 de novembro de 2013 |publicado=Estado de Minas |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref>

=== Ecologia e meio ambiente ===
[[Imagem:PERD2.jpg|thumb|direita|O [[Parque Estadual do Rio Doce]], no [[Vale do Rio Doce]], abriga a maior reserva de [[Mata Atlântica]] do estado.<ref>{{citar web |URL=http://www.ief.mg.gov.br/component/content/195?task=view |título=Parque Estadual do Rio Doce |autor=Instituto Estadual de Florestas (IEF) |acessodata=22 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://www.webcitation.org/6HxrYRywQ?url=http://www.ief.mg.gov.br/component/content/195?task=view# |arquivodata=8 de julho de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> Na imagem, a [[Lagoa Dom Helvécio]].]]
[[Imagem:Serra da Canstra, parte alta 02.jpg|thumb|[[Parque Nacional da Serra da Canastra]].]]
[[Imagem:Montanhas da Serra da mantiqueira.jpg|thumb|Vista da [[Serra da Mantiqueira]] próxima a [[Aiuruoca]].]]

{{VT|Vegetação de Minas Gerais}}

Originalmente, a cobertura vegetal de Minas Gerais era constituída por quatro [[biomas]] principais: [[Cerrado]], [[Mata Atlântica]], [[campos rupestres|Campos Rupestres]] e a [[mata seca]].<ref name="Governo_Vegetação">{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/geografia/5668-clima-vegetacao-e-relevo/27208-vegetacao/5146/5044 |título=Clima, vegetação e relevo   |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> O cerrado é o bioma predominante, sendo observado em 50% do território mineiro, mais presente na porção oeste do estado. A vegetação é predominantemente rasteira, composta por gramíneas, arbustos e árvores, tendo como representantes da fauna [[tamanduá]], [[Dasipodídeos|tatu]], [[Anta-brasileira|anta]], [[jiboia]], [[cascavel]] e o [[Cerdocyon thous|cachorro-do-mato]], além de espécies ameaçadas de extinção, como o [[lobo-guará]], o [[veado-campeiro]] e o [[pato-mergulhão]].<ref name="Governo_Vegetação"/>

A Mata Atlântica ocupa a segunda maior área de ocorrência em Minas Gerais, predominando nas regiões da Zona da Mata, Campos das Vertentes, Sul, Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Rio Doce e [[Vale do Mucuri]], no entanto foi fortemente devastada, ocorrendo atualmente em áreas restritas. A vegetação é densa e, devido ao elevado índice pluviométrico, bastante verde, sendo possível encontrar [[bromélia]]s, [[Liana|cipó]]s, [[samambaia]]s, [[orquídea]]s e [[líquen]]s e, na fauna, [[macaco]]s, [[folivora|preguiça]]s, [[capivara]]s, [[Panthera onca|onça]]s, [[arara]]s, [[papagaio]]s e [[beija-flor]]es. Os campos rupestres possuem cobertura vegetal de menor porte e são típicos das terras altas do estado, tendo vegetação herbácea e poucas árvores, apresentando [[raposa]]s, [[veado]]s, [[Cebidae|mico]]s, capivaras e [[cobra]]s.<ref name="Governo_Vegetação"/> Já a mata seca é uma fitocenose do cerrado e ocorre no norte do estado, no vale do rio São Francisco, apresentando plantas espinhosas e com galhos secos, dentre as quais destacam-se as [[barriguda]]s, os [[Tabebuia|ipê]]s e os [[Caesalpinia leiostachya|pau-ferro]]s na flora e a [[ariranha]], a onça, a anta, a capivara e a [[Pandion haliaetus|águia-pescadora]] na fauna.<ref name="Governo_Vegetação"/>

Segundo o [[Instituto Estadual de Florestas (Minas Gerais)|Instituto Estadual de Florestas]] (IEF), o estado contava, em 2012, com onze [[Estação ecológica|estações ecológicas]] (que protegiam um total de {{fmtn|12528.9812|ha.}}),<ref>{{citar web|URL=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/quadrosUCs/2012/estacoes_ecologicas.pdf |título=EEE - Estação Ecológica Estadual |autor=Instituto Estadual de Florestas (IEF) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> nove [[Reserva biológica|reservas biológicas]] ({{fmtn|16977.35|ha.}}),<ref>{{citar web|URL=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/quadrosUCs/2012/reservas_biologicas.pdf |título=Reservas biológicas |autor=Instituto Estadual de Florestas (IEF) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> onze [[monumento natural|monumentos naturais]] ({{fmtn|8581.8|ha.}}),<ref>{{citar web|URL=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/quadrosUCs/2012/monumento_natural_redes.pdf |título=Monumentos natural |autor=Instituto Estadual de Florestas (IEF) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> quatro [[refúgio de vida silvestre|refúgios de vida silvestre]] ({{fmtn|22292.76|ha.}}),<ref>{{citar web|URL=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/quadrosUCs/2012/refugio_estadual_de_vida_silvestre.pdf |título=Refúgio estadual de vida silvestre |autor=Instituto Estadual de Florestas (IEF) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> 16 [[Área de proteção ambiental|áreas de proteção ambiental]] (APA — {{fmtn|2154705.71|ha.}}),<ref>{{citar web|URL=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/quadrosUCs/2012/apa-estadual.pdf |título=APA - Áreas de Proteção Ambiental |autor=Instituto Estadual de Florestas (IEF) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> duas florestas estaduais ({{fmtn|4538.87|ha.}}),<ref>{{citar web|URL=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/quadrosUCs/2012/florestas_estaduais.pdf |título=Floresta estadual |autor=Instituto Estadual de Florestas (IEF) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> uma [[reserva de desenvolvimento sustentável]] ({{fmtn|4538.87|ha.}}),<ref>{{citar web|URL=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/ucs_abril2008/reservadesenvsustentavel_0408.pdf |título=Reserva Estadual de Desenvolvimento Sustentável |autor=Instituto Estadual de Florestas (IEF) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> 182 [[reserva particular do patrimônio natural|reservas particulares do patrimônio natural]] (RPPN — {{fmtn|90148.39|ha.}}),<ref>{{citar web|URL=http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/quadrosUCs/2012/rppns%20criadas.xls |título=RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural |autor=Instituto Estadual de Florestas (IEF) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> e 23 [[parque estadual|parques estaduais]].<ref>{{citar web|URL=http://www.ief.mg.gov.br/areas-protegidas/parques-estaduais |título=Parque Estadual |autor=Instituto Estadual de Florestas (IEF) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> Sete [[parque nacional|parques nacionais]] também estão situados em Minas Gerais: [[Parque Nacional do Caparaó|Caparaó]], [[Parque Nacional Grande Sertão Veredas|Grande Sertão Veredas]], [[Parque Nacional de Itatiaia|Itatiaia]], [[Parque Nacional Cavernas do Peruaçu|Cavernas do Peruaçu]], [[Parque Nacional das Sempre-Vivas|Sempre-Vivas]], [[Parque Nacional da Serra da Canastra|Serra da Canastra]] e [[Parque Nacional Serra do Cipó|Serra do Cipó]], de acordo com o [[Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]] (ICMBio).<ref>{{citar web|URL=http://mapas.icmbio.gov.br/i3geo/icmbio/mapa/externo/home.html?dmhm77dm7oba7udc034l559p85 |título=Mapa temático - Unidades de Conservação Federais |autor=Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> A Serra do Cipó é inclusive a maior comunidade vegetal em espécies por metro quadrado do mundo.<ref>{{citar web|url=http://super.abril.com.br/ecologia/serra-cipo-jardim-rochoso-minas-440371.shtml|título=O jardim rochoso de Minas|autor=Marcelo Affini e Cadu Ladeira|data=agosto de 1992|publicado=Superinteressante|acessodata=7 de fevereiro de 2014}}</ref>

Apesar da existência das áreas de preservação, o estado ainda apresenta consideráveis índices de [[desmatamento]],<ref name="OTempo_Atlântica"/> encontrando-se com 9,84% de seu território dentro do [[polígono das secas]], segundo dados da [[Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação]] (FAO).<ref>{{citar web|URL=http://www.fao.org/docrep/008/ad772s/AD772S05.htm |título=Sobre a produção de pescado dos açudes do semi-árido nordestino brasileiro |autor=J. Jarbas S. Gurgel |publicado=Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> Outra situação grave é a da Mata Atlântica, cujo bioma perdeu um espaço de {{fmtn|10572|ha.}} entre 2011 e 2012 em Minas Gerais, o que representa 44% do total desmatado em todo país.<ref name="OTempo_Atlântica">{{citar web|URL=http://www.otempo.com.br/cidades/minas-gerais-%C3%A9-catalogada-como-tetracampe%C3%A3-no-desmatamento-da-mata-atl%C3%A2ntica-no-brasil-1.658301 |título=Minas Gerais é catalogada como tetracampeã no desmatamento da Mata Atlântica no Brasil |autor=Juliana Baeta |data=5 de junho de 2013 |publicado=O Tempo |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref>

A Mata Atlântica, que já chegou a se estender do [[Rio Grande do Sul]] ao [[Rio Grande do Norte]] de hoje, foi quase totalmente devastada, restando atualmente apenas 5% de sua vegetação original (cerca de {{fmtn|52000|km²}});<ref>{{citar web |url=http://educar.sc.usp.br/licenciatura/trabalhos/mataatl.htm |título=Mata Atlântica |autor=Mauro Sérgio Martins, Alessandra Luzia da Róz e Gilmara de Oliveira Machado |publicado=Universidade de São Paulo (USP) |acessodata=21 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120122135138/http://educar.sc.usp.br/licenciatura/trabalhos/mataatl.htm# |arquivodata=22 de janeiro de 2012 |urlmorta=yes }}</ref> em Minas Gerais, cobria cerca de 81,8% da área que corresponde ao atual estado, mas hoje esse percentual é de apenas de 7%,<ref>{{citar web|URL=http://www.rbma.org.br/rbma/rbma_fase_vi_06_estados_mg.asp |título=Revisão da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica |autor=Conselho Nacional Reserva da Biosfera da Mata Atlântica |data=9 de fevereiro de 2008 |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> sendo os principais responsáveis pelo desflorestamento, no período colonial, a extração do [[Caesalpinia echinata|pau-brasil]] e as plantações de [[cana-de-açúcar]] e [[café]] e, mais recentemente, a mineração e a agropecuária.<ref name="Globo_Atlântica">{{citar web|URL=http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2013/08/hoje-so-restam-85-da-cobertura-original-da-mata-atlantica-no-pais.html |título=Hoje, só restam 8,5% da cobertura original da Mata Atlântica no país |autor=Globo Ecologia |data=17 de agosto de 2013 |acessodata=21 de dezembro de 2013}}</ref> Por outro lado, muitos projetos do governo e iniciativas privadas estão tentando reverter este quadro.<ref name="Globo_Atlântica"/>
{{panorama|Parque Nacional da Serra do Cipó-Edit (32901946496).jpg|1000px|Panorama do [[Parque Nacional Serra do Cipó]]}}

== Demografia ==
{{Artigo principal|Demografia de Minas Gerais}}

[[Imagem:MG DensidadePopulacional.svg|350px|thumb|Estimativa da densidade populacional dos municípios de Minas Gerais em 2012.<small>
{{Div col|cols=3}}
{{legend|#FFFFFF|0-25 hab/km²}}
{{legend|#E3E3FF|25-50 hab/km²}}
{{legend|#C7C7FF|50-100 hab/km²}}
{{legend|#ABABFF|100-150 hab/km²}}
{{legend|#8F8FFF|150-200 hab/km²}}
{{legend|#7373FF|200-300 hab/km²}}
{{legend|#5757FF|300-400 hab/km²}}
{{legend|#3B3BFF|400-500 hab/km²}}
{{legend|#1F1FFF|> 500 hab/km²}}
{{Div col fim}}
</small>
]]

Minas Gerais é o [[Lista de unidades federativas do Brasil por população|segundo estado mais populoso do Brasil]], com uma população de {{fmtn|20539989}} habitantes em [[Censo demográfico do Brasil de 2022|2022]] e uma [[densidade demográfica]] de {{fmtn|35.02}} habitantes por quilômetro quadrado.<ref name=ibge_cidades/> Ao longo do século passado, Minas tem sempre apresentado um crescimento populacional inferior à media nacional. O movimento da população rural em direção às zonas urbanas observado durante o mesmo período também foi acentuado, contudo bem abaixo da média nacional. Ainda durante o mesmo período, observou-se o intenso movimento emigratório da população mineira em direção a outros estados que se mostravam promissores durante seu desenvolvimento industrial, especialmente São Paulo e Rio de Janeiro. Especialmente durante a década de sessenta, mais de dois milhões de mineiros deixaram o estado. Ao longo das décadas seguintes, a população continuou a emigrar para outras regiões mas, devido às novas oportunidades que surgiam em Minas, essa taxa foi gradualmente diminuindo. Somente na década de 1990 o saldo migratório tornou-se favorável para Minas, ou seja, o estado possuía mais imigrantes do que emigrantes.<ref name="web.face.ufmg.br"/>

A região central do estado, em especial a região metropolitana de Belo Horizonte, é a mais populosa e a que apresenta maior crescimento populacional em todo o estado. Logo a seguir encontram-se as regiões do Alto Parnaíba, Centro-Oeste, Sul e Triângulo. A região nordeste do estado, por sua vez, possui o menor contingente populacional do estado em virtude da pobreza e estagnação econômica da região.<ref name="web.face.ufmg.br">{{citar web|url=http://web.face.ufmg.br/cedeplar/site/diamantina2002/textos/D56.PDF|arquivourl=https://www.webcitation.org/6M6a5Heyt?url=http://web.face.ufmg.br/cedeplar/site/diamantina2002/textos/D56.PDF#|arquivodata=24 de dezembro de 2013|título=Minas Gerais:Crescimento demográfico, migrações e distribuição espacial da população|autor=Fausto Brito; Cláudia J. G. Horta|publicado=X Seminário sobre a Economia Mineira|formato=PDF|acessodata=24 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref>

A população mineira era composta em 2012 por 49,2% de homens e 50,8% de mulheres. A [[taxa de fecundidade]] em 2012, ou seja, a quantidade média de filhos que uma mulher teria em média é de 1,7, pouco abaixo da média nacional que é 1,8. A [[mortalidade infantil]] no mesmo ano, por sua vez, ficou em 13,2 mortes por mil nascidos vivos, também abaixo da média brasileira de 15,7 mortes. Por fim, a [[esperança de vida]] ao nascer em Minas ficou em torno de 76 anos, sendo que para as mulheres esta expectativa é de 79 anos e para os homens é de aproximadamente 73 anos.<ref name="Social2013" />

=== Urbanização ===
{{Municípios mais populosos de Minas Gerais}}

=== Etnias ===
[[Imagem:Formatura CMRR.JPG|thumb|esquerda|Imagem de um grupo de estudantes de escolas públicas da cidade de Belo Horizonte.]]
O IBGE pesquisa a cor ou raça da população brasileira com base na autodeclaração. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2022, a população de Minas Gerais é composta por:

• '''Pardos''' = 9.605.151 (46,76%)

• '''Brancos''' = 8.437.697 (41,07%)

• '''Pretos''' = 2.432.877 (11,84%)

• '''Indígenas''' = 31.885 (0,15%)

• '''Amarelos''' = 31.681 (0,15%)

A maior parte da população mineira é descendente de colonos [[portugueses]] originários do [[Norte de Portugal]] (particularmente do [[Minho (província)|Minho]])<ref>{{citar web|url=http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/acervo/rapm_pdf/RAPM%2006%202008_do%20minho%20a%20minas.pdf|publicado=Revista do Arquivo Publico Mineiro|formato=PDF|titulo=Do Minho a Minas|língua=|autor=Donald Ramos|data= |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref> e de [[escravo]]s [[áfrica|africanos]], sobretudo [[Costa da Mina|oeste-africanos]] e [[banto]]s, vindos durante a época da [[mineração]], no século XVIII e, após a decadência desta no século XIX, para trabalharem na produção agrícola.<ref>{{citar web|url=http://www.ichs.ufop.br/memorial/trab/h7_2.pdf|título=As nossas“Áfricas”: um estudo comparativo sobre a composição étnica dos escravos nas Minas Gerais dos séculos XVIII E XIX|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MFqZQhqN?url=http://www.ichs.ufop.br/memorial/trab/h7_2.pdf#|arquivodata=30 de dezembro de 2013|autor=Rodrigo Castro Rezende|publicado=Universidade Federal de Ouro Preto|acessodata=30 de dezembro de 2013|formato=PDF|urlmorta=no}}</ref> Além desses dois povos principais, contribuíram para a diversidade da população mineira os [[bandeirantes]] [[paulistas]], descobridores das jazidas de ouro, e, no final do século XIX e início do XX, [[imigrante]]s não-portugueses, sobretudo [[Imigração italiana em Minas Gerais|italianos]].<ref>{{citar web|url=http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=1812|titulo=Minas Gerais - Geografia: O povo|acessodata=2023-06-08|website=Descubra Minas|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160306114350/http://descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=1812|arquivodata=2016-03-06|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://imigrantes-pioneiros.tripod.com/|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MFqsLtnH?url=http://imigrantes-pioneiros.tripod.com/#|arquivodata=30 de dezembro de 2013|publicado=Imigrantes-pioneiros.tripod.com|titulo=A Imigração Estrangeira em Minas Gerais|língua=|autor=Teodoro Magni|data=|acessodata=30 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref> Dos pouco mais de trinta mil indígenas que habitam o estado atualmente, pouco mais de onze mil estão distribuídos entre doze etnias que pertencem ao tronco linguístico [[macro-jê]]. A maior reserva indígena do estado pertence aos [[Xacriabá]]s, localizados nos municípios de [[Itacarambi]] e [[São João das Missões]], com mais de oito mil integrantes.<ref>{{citar web|url=http://www.anai.org.br/povos_mg.asp|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MFp9BRYf?url=http://www.anai.org.br/povos_mg.asp#|arquivodata=30 de dezembro de 2013|título=Povos indígenas de Minas Gerais|autor=Associação Nacional de Ação Indigenista|acessodata=30 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref>

Em um estudo genético, 13,8% dos mineiros portadores de anemia falciforme testados tinham mais de 85% de ancestralidade europeia e 11,05% dos portadores de anemia falciforme tinham mais de 85% de ancestralidade africana. A maioria deles, 73,37%, apresentou níveis intermediários de mistura (entre 15 e 85%).<ref>{{citar web|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3204916/|arquivourl=http://archive.is/fiDr8|arquivodata=30 de dezembro de 2013|título=Extensive admixture in Brazilian sickle cell patients: implications for the mapping of genetic modifiers|autor=Maria Clara F. da Silva ''et al''|publicado=National Center for Biotechnology Information|língua=inglês|data=20 de outubro de 2011|acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref> De acordo com um estudo genético autossômico realizado em 2013, a composição da população mineira é a seguinte: 59,20% europeia, 28,90% africana e 11,90% indígena.<ref>{{citar web |url=http://www.plosone.org/article/fetchObject.action?uri=info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0075145&representation=PDF |título=Revisiting the Genetic Ancestry of Brazilians Using Autosomal AIM-Indels |autor=Fernanda Saloum de Neves Manta, Rui Pereira, Romulo Vianna, Alfredo Rodolfo Beuttenmüller de Araújo, Daniel Leite Góes Gitaí, Dayse Aparecida da Silva, Eldamária de Vargas Wolfgramm, Isabel da Mota Pontes, José Ivan Aguiar, Milton Ozório Moraes, Elizeu Fagundes de Carvalho e Leonor Gusmão |editor= Dennis O'Rourke, [[Universidade de Utah]] |data=Setembro de 2013 |acessodata=15 de abril de 2015}}</ref>

=== Habitação ===
Em 2012, cerca de 84,5% da população mineira, o que representa mais de 16,7 milhões de pessoas, viviam nas cidades, sendo que a taxa de urbanização era ligeiramente menor que a brasileira (84,8%). Outros 2,9 milhões viviam nas áreas rurais do estado.<ref name="Social2013">{{citar web|url=ftp://ftp.ibge.gov.br/Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_Sociais_2013/SIS_2013.pdf |título=Síntese de Indicadores Sociais |subtítulo=Uma análise das condições de vida da população brasileira |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |ano=2013 |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref>

[[Imagem:Cidade de Teofilo Otoni.jpg|thumb|Vista de [[Teófilo Otoni]], onde pode-se identificar diversos tipos de imóveis.]]
O estado de Minas Gerais possuía, segundo o censo de 2010, {{fmtn|6028223}} domicílios, sendo {{fmtn|5187234}} na [[zona urbana]] (86,05%) e {{fmtn|840989}} na [[zona rural]] (13,95%).<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=3219&i=P&orc63=6&nome=on&qtu8=137&digt102=&qtu14=3&notarodape=on&tab=3219&orc68=3&opc63=1&sec299=0&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&sec68=0&opc1=2&OpcTipoNivt=1&opn1=0&qtu11=658&nivt=0&opc68=1&poc1=2&orc125=5&orp=8&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&sec1=0&poc125=1&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&poc68=1&qtu2=5&opn10=0&qtu15=3&sev=96&opc125=1&opp=f1&opn3=u28&qtu6=5565&qtu102=14208&opn13=0&orc1=4&sec63=0&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&sec125=0&orc299=7&sep=25630&orn=1&digt10=&opn11=0&qtu7=36&poc63=1&opc299=1&qtu10=10282&digt11=&opn7=0&decm=99&poc299=1&pon=1&qtu9=558&opn6=0&digt6=&opn102=0&OpcCara=44&proc=1 |título=Domicílios particulares permanentes por situação |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2010 |publicado=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDA) |acessodata=27 de dezembro de 2013}}</ref> Desse total, {{fmtn|5358704}} eram [[casa]]s (88,89%), {{fmtn|588530}} eram [[apartamento]]s (9,76%), {{fmtn|51837}} eram casas de vila ou em [[condomínio]] (0,86%), {{fmtn|28988}} eram habitações em casa de cômodos ou [[cortiço]]s (0,48%) e 164 eram [[oca]]s ou [[maloca]]s.<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=3219&i=P&orc63=6&nome=on&qtu8=137&digt102=&qtu14=3&notarodape=on&tab=3219&orc68=3&opc63=1&sec299=0&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&sec68=0&opc1=1&OpcTipoNivt=1&opn1=0&qtu11=658&nivt=0&opc68=1&poc1=1&orc125=5&orp=8&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&sec1=0&poc125=2&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&poc68=1&qtu2=5&opn10=0&qtu15=3&sev=96&opc125=2&opp=f1&opn3=u28&qtu6=5565&qtu102=14208&opn13=0&orc1=4&sec63=0&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&sec125=0&orc299=7&sep=25630&orn=1&digt10=&opn11=0&qtu7=36&poc63=1&opc299=1&qtu10=10282&digt11=&opn7=0&decm=99&poc299=1&pon=1&qtu9=558&opn6=0&digt6=&opn102=0&OpcCara=44&proc=1 |título=Domicílios particulares permanentes por tipo |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2010 |publicado=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDA) |acessodata=27 de dezembro de 2013}}</ref> Quanto à forma de ocupação, {{fmtn|4358203}} domicílios eram próprios (72,30%), sendo {{fmtn|4067375}} próprios já quitados (67,47%) e {{fmtn|290828}} em processo de aquisição (4,82%); {{fmtn|1106769}} eram alugados (18,36%); {{fmtn|538529}} eram cedidos (8,93%), sendo {{fmtn|171537}} por empregador (2,85%) e {{fmtn|366992}} cedidos de outra forma (6,09%) e os {{fmtn|24722}} restantes eram ocupados sob outras condições (0,41%).<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?i=P&c=3219&poc299=1&pon=1&qtu9=558&opn6=0&digt6=&opn102=0&OpcCara=44&proc=1&orc1=4&sec63=0&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&unit=0&pov=3&sec68=0&opc1=1&OpcTipoNivt=1&opn1=0&qtu11=658&sec125=0&orc299=7&sep=25630&orn=1&digt10=&opn11=0&qtu7=36&orc63=6&nome=on&qtu8=137&digt102=&qtu14=3&notarodape=on&tab=3219&orc68=3&opc63=2&sec299=0&opn8=0&opn14=0&nivt=0&opc68=1&poc1=1&orc125=5&orp=8&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&sec1=0&poc125=1&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&poc68=1&qtu2=5&opn10=0&qtu15=3&sev=96&opc125=1&opp=f1&opn3=u28&qtu6=5565&qtu102=14208&opn13=0&poc63=2&opc299=1&qtu10=10282&digt11=&opn7=0&decm=99 |título=Domicílios particulares permanentes por condição de ocupação |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2010 |publicado=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDA) |acessodata=27 de dezembro de 2013}}</ref>

Ainda no ano de 2010, segundo os critérios elaborados pela [[Fundação João Pinheiro]], o [[déficit habitacional]] ultrapassava 557 mil pessoas, dos quais mais de 507 mil estavam situados na zona urbana. Este indicador representa a parcela da população cujas moradias não apresentam o mínimo de infraestrutura necessária ou que pagam aluguel que compromete a renda familiar ou que moram em locais com uma quantidade elevada de pessoas.<ref>{{citar web|url=http://www.fjp.mg.gov.br/index.php/docman/cei/deficit-habitacional/216-deficit-habitacional-municipal-no-brasil-2010/file|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MGIlBh99?url=http://www.fjp.gov.br/index.php/component/docman/doc_download/1026-deficit-habitacional-municipal-no-brasil-2010#|arquivodata=30 de dezembro de 2013|título=Déficit Habitacional Municipal no Brasil em 2010|autor=Fundação João Pinheiro|data=Novembro de 2013|local=Belo Horizonte|acessodata=30 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref>

=== Língua ===
A língua portuguesa falado em Minas Gerais possui três falares, segundo uma pesquisa.<ref>{{citar web|ultimo=Mendes|primeiro=Gláucia|url=https://ufla.br/noticias/pesquisa/12378-diversidade-da-fala-mineira-e-tema-de-pesquisa-na-ufla|titulo=Diversidade da fala mineira é tema de pesquisa na UFLA|data=2018-10-23|acessodata=2023-02-23|website=UFLA}}</ref> O ''Esboço de um Atlas Linguístico de Minas Gerais'' (EALMG) foi o primeiro mapeamento linguístico do estado de Minas Gerais, realizado por pesquisadores dialetologistas da [[Universidade Federal de Juiz de Fora|UFJF]] e publicado em 1977, e o segundo atlas linguístico realizado no Brasil. O estudo identificou três regiões dialetais em Minas: no norte do estado, o falar [[Geraizeiros|geraizeiro]], caracterizado pela abertura das vogais pretônicas. No oeste e sul do estado, o falar [[Dialeto caipira|caipira]], com o principal traço fonético o chamado [[Aproximante retroflexa|R retroflexo]]. Por fim, nas regiões central e leste, o falar [[Dialeto mineiro|mineiro]] propriamente, caracterizado por alongamento das vogais, nasalização e fala mais pontuada.<ref>{{citar web|ultimo=Mendes|primeiro=Gláucia|url=https://ufla.br/noticias/pesquisa/12378-diversidade-da-fala-mineira-e-tema-de-pesquisa-na-ufla|titulo=Diversidade da fala mineira é tema de pesquisa na UFLA|data=2018-10-23|website=UFLA}}</ref>

=== Renda e desigualdade ===
[[Imagem:Favelas às margens da Av. Presidente Antônio Carlos, Belo Horizonte MG.jpg|thumb|esquerda|Favela em Belo Horizonte.]]
O rendimento médio ''per capita'' de Minas Gerais é de 733 reais, de acordo com o censo realizado em 2010 pelo IBGE, encontrando-se [[Lista de unidades federativas do Brasil por renda per capita|abaixo da média nacional]].<ref>{{citar web | url =http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?idb2011/b08a.def |titulo=Renda média domiciliar per capita segundo Unidade da Federação - 2010 |autor=DATASUS | acessodata = 29 de dezembro de 2013 | formato = }}</ref> Contudo, o estado apresenta uma grande disparidade entre suas regiões no que se refere ao desenvolvimento econômico e social. As regiões mais ricas do estado, como a Central e o Triângulo Mineiro, possuem renda ''per capita'' de mais de 900 reais, enquanto as áreas mais pobres localizadas no norte do estado, especialmente nos vales do Jequitinhonha e do Mucuri, este valor não ultrapassa 500 reais. Contudo, verifica-se o crescimento maior da renda das regiões mais pobres, motivados sobretudo pelo aumento do [[salário mínimo]] e pelos programas de transferência de renda do governo federal.<ref name="desigualdade">{{citar web|url=http://www.aninter.com.br/ANAIS%20I%20CONITER/GT10%20Estudos%20do%20desenvolvimento/DESIGUALDADES%20SOCAIS%20E%20DESENVOLVIMENTO%20ENTRE%20AS%20MACRORREGI%D5ES%20DE%20PLANEJAMENTO%20DE%20MINAS%20GERAIS-%20Trabalho%20completo.pdf|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MEFqGwYm?url=http://www.aninter.com.br/ANAIS%20I%20CONITER/GT10%20Estudos%20do%20desenvolvimento/DESIGUALDADES%20SOCAIS%20E%20DESENVOLVIMENTO%20ENTRE%20AS%20MACRORREGI%D5ES%20DE%20PLANEJAMENTO%20DE%20MINAS%20GERAIS-%20Trabalho%20completo.pdf#|arquivodata=29 de dezembro de 2013|título=Desigualdades sociais e desenvolvimento entre as macrorregiões de planejamento de Minas Gerais|autor=Gilmar Ribeiro dos Santos; Raíssa Cota|publicado=Congresso Internacional Interdisciplinar em Socais e Humanidades|formato=PDF|local=Niterói|data=setembro de 2012|acessodata=29 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref>

O [[Índice de Desenvolvimento Humano]], baseados em fatores como saúde, educação e qualidade de vida, revelam de forma ainda mais acentuada a desigualdade entre as regiões de Minas Gerais. O norte e nordeste do estado concentram a maioria dos municípios com baixo IDH, enquanto a região Sul, Triângulo e Alto Paranaíba que a situação é oposta. A região central do estado, embora seja rica, possui alto índice de desigualdade, ou seja, a renda não é igualmente distribuída entre a população.<ref name="desigualdade" /> Cerca de seiscentos mil pessoas moram em [[aglomerado subnormal|aglomerados subnormais]], dos quais pouco mais da metade estão na capital mineira. O maior aglomerado, contudo, localiza-se em [[Betim]] e possui mais de vinte e três mil habitantes. [[Coronel Fabriciano]] e [[Vespasiano]] são os que apresentam maior porcentagem da população vivendo nessas áreas (mais de 20%).<ref>{{citar web|url=http://www.lavras24horas.com.br/portal/em-minas-gerais-quase-600-mil-pessoas-vivem-em-favelas-afirma-ibge/|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MEOG6o7P?url=http://www.lavras24horas.com.br/portal/em-minas-gerais-quase-600-mil-pessoas-vivem-em-favelas-afirma-ibge/#|arquivodata=29 de dezembro de 2013|título=Em Minas Gerais, quase 600 mil pessoas vivem em favelas, afirma IBGE|publicado=Lavras 24 horas|data=21 de dezembro de 2011|acessodata=29 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref>

=== Religião ===
[[Imagem:Vista da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Matias Cardoso MG.jpg|thumb|[[Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição|Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição]] em [[Matias Cardoso]], a mais antiga de Minas Gerais, erguida entre 1670 e 1673.<ref name=Iphan>{{citar web |publicado=Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional |url=http://portal.iphan.gov.br/ans.net/tema_consulta.asp?Linha=tc_hist.gif&Cod=1321 |titulo=Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição |acessodata=9 de janeiro de 2019}}</ref>]]

De acordo com o Censo 2010, a maior parte da população (13,8 milhões de pessoas) se consideram [[Igreja Católica|católicos]], o que coloca o estado em nono lugar quando se considera a porcentagem da população pertencente a esta religião (73,32%).<ref>{{citar web|url=http://www.cps.fgv.br/cps/bd/rel3/REN_texto_FGV_CPS_Neri.pdf|arquivourl=https://www.webcitation.org/6ME893wwn?url=http://www.cps.fgv.br/cps/bd/rel3/REN_texto_FGV_CPS_Neri.pdf#|arquivodata=29 de dezembro de 2013|título=Novo Mapa das Religiões|autor=Marcelo Cortes Neri (coord.)|ano=2011|formato=PDF|publicado=Fundação Getúlio Vargas|local=Rio de Janeiro|acessodata=29 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref><ref name="IBGE religião">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=mg&tema=censodemog2010_relig|arquivourl=http://www.webcitation.org/6ME8babUA|arquivodata=29 de dezembro de 2013|título=Censo Demográfico 2010 - Religião|autor= Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> Embora o número de católicos venha apresentando gradual queda nos últimos anos, a religião ainda está fortemente enraizada na cultura mineira, especialmente nas áreas rurais e nas cidades do interior, onde são comuns celebrações e festejos organizados pelas [[paróquia]]s das comunidades.<ref>{{citar web|url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/conheca-minas/5660-nossa-gente/5146/5044|arquivourl=https://www.webcitation.org/6ME9YZ6uh?url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/conheca-minas/5660-nossa-gente/5146/5044#|arquivodata=29 de dezembro de 2013|título=Nossa Gente|autor=Portal do Governo de Minas Gerais|acessodata=29 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref>

Quase quatro milhões de mineiros pertencem a [[Evangelismo|igrejas evangélicas]] das quais destacam-se, de acordo com o número de adeptos, a [[Assembleia de Deus (Brasil)|Assembleia de Deus]] (mais de setecentos mil seguidores), [[Igreja Batista]] (mais de quinhentos mil seguidores) e a [[Igreja do Evangelho Quadrangular]] (quase trezentos e cinquenta mil adeptos).<ref name="IBGE religião" /> Cerca de 420 mil pessoas no estado são adeptas do [[espiritismo]], que teve como importante divulgador o [[médium]] mineiro [[Chico Xavier]].<ref name="IBGE religião" /><ref>{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/mg/minas-vai-ganhar-seu-1-templo-budista-e-nova-catedral-catolica/n1597306862119.html|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MEAtrcsH?url=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/mg/minas-vai-ganhar-seu-1-templo-budista-e-nova-catedral-catolica/n1597306862119.html#|arquivodata=29 de dezembro de 2013|título=Minas vai ganhar seu 1º templo budista e nova catedral católica|autor=Denise Motta|publicado=Portal iG|data=23 de outubro de 2011|acessodata=29 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref> Existem ainda várias outras minorias religiosas no estado, dentre elas a [[umbanda]] e o [[candomblé]] que juntas possuem menos de vinte mil adeptos e cujos rituais por vezes são confundidos com tradições folclóricas.<ref>{{citar web|url=http://www.descubraminas.com.br/Cultura/Pagina.aspx?cod_pgi=2587|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MEBE63bJ?url=http://www.descubraminas.com.br/Cultura/Pagina.aspx?cod_pgi=2587#|arquivodata=29 de dezembro de 2013|título=Manifestações Culturais Tradicionais|autor=Descubra Minas|acessodata=29 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref> Quase um milhão de mineiros, por sua vez, consideram-se [[Irreligião|sem religião]] dos quais cerca de setenta mil são [[ateu]]s e pouco mais de sete mil são [[agnóstico]]s.<ref name="IBGE religião" />

== Política ==
{{AP|Governo do Estado de Minas Gerais}}

[[Imagem:Cidade Administrativa MG 1.jpg|thumb|[[Cidade Administrativa de Minas Gerais#Palácio Tiradentes|Palácio Tiradentes]], sede do governo mineiro, e parte do complexo da [[Cidade Administrativa de Minas Gerais]]]]

Sendo um estado da Federação, Minas Gerais é governado por três poderes, independentes e harmônicos entre si: o [[executivo]], representado pelo [[governador]]; o [[legislativo]], representado pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) e o [[judiciário]], representado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e outros tribunais e juízes. Por vezes, o estado também permite a participação popular nas decisões do governo através de [[referendo]]s e [[plebiscito]]s. A atual [[constituição]] mineira foi promulgada em 1989, acrescida das alterações resultantes de posteriores [[Emenda constitucional|emendas constitucionais]]. São símbolos estaduais a [[Bandeira de Minas Gerais|bandeira]], o [[Brasão de Minas Gerais|brasão]] e o [[Hino de Minas Gerais|hino]].<ref name="Legislação de Minas">{{citar web|url=http://www.almg.gov.br/opencms/export/sites/default/consulte/legislacao/Downloads/pdfs/ConstituicaoEstadual.pdf |título=Constituição do Estado de Minas Gerais |autor=Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) |data=17 de julho de 2013 |acessodata=23 de dezembro de 2013}}</ref>

[[Imagem:Assembleia.JPG|thumb|[[Palácio da Inconfidência]], sede da Assembleia Legislativa de Minas Gerais]]

O [[poder executivo]] está centralizado no [[Lista de governadores de Minas Gerais|governador do estado]], que é eleito em [[sufrágio universal]] e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato.<ref name="Legislação de Minas"/> [[Ouro Preto]] foi a [[capital]] mineira entre 1721 e o final do século XIX, no entanto em 1897 a sede do governo fora transferida para a recém-criada cidade de [[Belo Horizonte]], devido à antiga Vila Rica não comportar o crescimento econômico e populacional. Nesta mesma ocasião foi construído o [[Palácio da Liberdade]], primeira sede do governo mineiro em Belo Horizonte,<ref>{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/turismo/5677-a-capital/25817-a-cidade-de-belo-horizonte/5146/5044 |título=A cidade |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=23 de dezembro de 2013}}</ref> que desde 2010 funciona no [[Cidade Administrativa de Minas Gerais#Palácio Tiradentes|Palácio Tiradentes]], localizado na [[Cidade Administrativa de Minas Gerais]].<ref>{{citar web |URL=http://www.codemig.com.br/site/content/parcerias/projetos.asp?id=25 |título=Cidade Administrativa |autor=Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) |data=23 de novembro de 2011 |acessodata=1 de junho de 2012 |wayb=20131205200508 |urlmorta=yes}}</ref>

O [[poder legislativo]] mineiro é [[unicameral]], constituído pela [[Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais]], que funciona no ''[[Palácio da Inconfidência]]'' e é constituída por 77 [[deputado]]s, que são eleitos a cada quatro anos. No [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]], a representação mineira é de três senadores e 55 deputados federais.<ref>{{citar web |url=http://www.votebrasil.com/noticia/politica/numero-de-deputados-pode-aumentar-nas-proximas-eleicoes |arquivourl=https://www.webcitation.org/5ysLlK0s4?url=http://www.votebrasil.com/noticia/politica/numero-de-deputados-pode-aumentar-nas-proximas-eleicoes# |arquivodata=22 de maio de 2011 |título=Número de deputados pode aumentar nas próximas eleições |autor=Marília Rocha |data=18 de fevereiro de 2010 |publicado=Vote Brasil |acessodata=22 de março de 2011 |urlmorta=no }}</ref> No [[poder judiciário]], a mais alta instância é o [[Tribunal de Justiça de Minas Gerais]] (TJMG), constituído por [[desembargador]]es.<ref>{{citar web|url=http://www.tjmg.jus.br/portal/conheca-o-tjmg/a-justica/competencias/#.UrhAFdJDsTk |título=Competência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais |autor=Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) |acessodata=23 de dezembro de 2013}}</ref> Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, com mais de dezesseis milhões de eleitores aptos a votar, distribuídos em pouco mais de trezentas zonas eleitorais.<ref>{{citar web|url=https://sig.tse.jus.br/ords/dwapr/seai/r/sig-eleicao-eleitorado/home?session=4953999606682|título=Consulta Quantitativo |autor=Tribunal Superior Eleitoral (TSE) |acessodata=12/11/2022}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.tse.jus.br/eleitor/cartorios-e-zonas-eleitorais/pesquisa-a-zonas-eleitorais|título=Consulta a zonas eleitorais|autor=TSE|acessodata=12/11/2022}}</ref>

== Subdivisões ==
{{VT|Lista de regiões geográficas intermediárias de Minas Gerais|Lista de municípios de Minas Gerais|l3=Municípios de Minas Gerais}}

A primeira divisão feita no território mineiro foi feita em 1711, a pedido do então governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, após a área do atual estado desmembrar-se da [[Capitania de São Paulo e Minas de Ouro]]. Neste ano, foram criadas a Vila Ribeirão do Carmo (atual [[Mariana]], em 8 de abril), Vila Rica (atual [[Ouro Preto]], em 8 de julho) e Vila Real de Nossa Senhora da Conceição de Sabará (atual [[Sabará]], em 17 de julho). Atualmente, Minas Gerais possui várias subdivisões, baseadas em aspectos socioeconômicos, com fins estatísticos, principalmente.<ref name="IBGE_DTB_2017"/>
[[File:Regiões Imediatas e Intermediárias de Minas Gerais.svg|miniaturadaimagem|esquerda|upright=1.7|Divisão das [[Região geográfica intermediária|Regiões Geográficas Intermediárias]] em traço espesso, suas [[Região geográfica imediata|Regiões Imediatas]] em traço preto fino, com os [[Lista de municípios de Minas Gerais por população|limites municipais]] em traço cinza fino.]]

O estado é dividido em 853 [[Unidades federativas do Brasil|municípios]], que estão distribuídos em 70 [[Região geográfica imediata|regiões geográficas imediatas]], que por sua vez estão agrupadas em 13 [[Região geográfica intermediária|regiões geográficas intermediárias]], segundo a nova divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vigente desde 2017. São as regiões intermediárias: de Barbacena, Belo Horizonte, Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora, Montes Claros, Patos de Minas, Pouso Alegre, Uberaba, Uberlândia, Teófilo Otoni e Varginha.<ref name="IBGE_DTB_2017">{{citar web |url=ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/divisao_regional/divisao_regional_do_brasil/divisao_regional_do_brasil_em_regioes_geograficas_2017/tabelas/regioes_geograficas_composicao_por_municipios_2017_20180911.xls |título=Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2017 |acessodata=6 de setembro de 2017}}</ref>

O estado também é dividido a partir da regionalização da Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG; antiga Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral — SEPLAN), que vinha sendo elaborada desde a década de 1970 e hoje segue a divisão adotada em dezembro de 1995. Segundo a SEPLAG, Minas Gerais se divide em dez regiões de planejamento, a saber: Alto Paranaíba (31 municípios), Central (158), Centro-Oeste de Minas (56), Jequitinhonha/Mucuri (66), Mata (142), Noroeste de Minas (19), Norte de Minas (89), Rio Doce (102), Sul de Minas (155) e Triângulo (35).<ref>{{citar web |URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/geografia/5671-regioes-de-planejamento/69548-as-regioes-de-planejamento/5146/5044 |título=Regiões de Planejamento |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=23 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131228112652/http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/geografia/5671-regioes-de-planejamento/69548-as-regioes-de-planejamento/5146/5044# |arquivodata=28 de dezembro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> O governo mineiro realizou uma redivisão em 2015, desta vez em 17 territórios, sendo estes: Alto Jequitinhonha, Caparaó, Central, Mata, Médio e Baixo Jequitinhonha, Metropolitano, Mucuri, Noroeste, Norte, Oeste, Sudoeste, Sul, Triângulo Norte, Triângulo Sul, Vale do Aço, Vale do Rio Doce e Vertentes.<ref>{{citar web|URL=http://www.forunsregionais.mg.gov.br/index.php/territorios/ |título=Territórios |autor=Governo de Minas Gerais |publicado=Fóruns Regionais |acessodata=6 de setembro de 2017 |wayb=20170906222107}}</ref>

Oficialmente, também existem duas regiões metropolitanas no estado de Minas Gerais, sendo elas a de [[Região Metropolitana de Belo Horizonte|Belo Horizonte]] e do [[Região Metropolitana do Vale do Aço|Vale do Aço]],<ref>{{citar web|URL=http://www.metropolitana.mg.gov.br/regioes-metropolitanas/o-que-sao-as-regioes-metropolitanas |título=O que são as regiões metropolitanas |autor=Secretaria de Estado Extraordinária de Gestão Metropolitana (SEGEM) |data=27 de outubro de 2011 |acessodata=23 de dezembro de 2013}}</ref> além da [[Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno]], que tem sede em [[Brasília]], mas envolve os municípios mineiros de [[Buritis (Minas Gerais)|Buritis]], [[Cabeceira Grande]] e [[Unaí]].<ref>{{citar web|URL=http://www.integracao.gov.br/web/guest/regioes_integradas_df_rides |título=Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE-DF |autor=Ministério da Integração Nacional |acessodata=23 de dezembro de 2013}}</ref> Uma [[região metropolitana]] ou área metropolitana é um grande centro populacional, que consiste em uma (ou, às vezes, duas ou até mais) grande cidade central, e sua zona adjacente de influência. Geralmente, regiões metropolitanas formam aglomerações urbanas, uma grande área urbanizada formada pela cidade núcleo e cidades adjacentes, formando uma [[conurbação]], a qual faz com que as cidades percam seus limites físicos entre si.<ref>{{citar web|URL=http://www.brasilescola.com/brasil/regioes-metropolitanas-brasil.htm |título=Regiões Metropolitanas do Brasil |autor=Wagner Cerqueira e Francisco |publicado=Brasil Escola |acessodata=23 de dezembro de 2013}}</ref>

== Economia ==
[[Ficheiro:Tree Map-Exportacoes de Minas Gerais (2012).png|thumb|esquerda|upright=1.7|Exportações de Minas]]
Minas Gerais é o estado brasileiro que possui o [[Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|terceiro maior]] [[produto interno bruto]], que totalizava 906,731 bilhões de reais em 2022.<ref name=":6" /> Ao longo dos últimos anos, a economia mineira apresentou crescimento praticamente contínuo, interrompido somente durante a [[Grande Recessão|grande recessão]] entre os anos de 2008 e 2009 quando houve o decréscimo significativo do PIB mineiro. Contudo, posteriormente, a economia voltou a crescer em ritmo superior à media nacional. Das regiões mineiras, a Região Metropolitana de Belo Horizonte concentra 45% das atividades econômicas do estado, e é também uma das regiões que apresenta maior crescimento. A capital mineira, por si só, possui 43% das atividades econômicas da região, seguida pelos municípios de [[Betim]] e [[Contagem]]. A seguir estão o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, o Sul e Sudoeste de Minas, Zona da Mata e Vale do Rio Doce que juntas correspondem a cerca de 40% do PIB mineiro. As regiões menos desenvolvidas são os vales do Jequitinhonha e do Mucuri, que juntas possuem 2,1% de participação no PIB estadual.<ref name="economia">{{citar web|url=http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2013/01/br201301b3p.pdf|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MHQGm8Gi?url=http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2013/01/br201301b3p.pdf#|arquivodata=31 de dezembro de 2013|título=Economia Mineira: estrutura produtiva e desempenho recente|autor=Banco Central do Brasil|publicado=Boletim Regional|data=Janeiro de 2013|acessodata=31 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/brasil/economia-minas-gerais.htm|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MHQSBtbp?url=http://www.brasilescola.com/brasil/economia-minas-gerais.htm#|arquivodata=31 de dezembro de 2013|título=Economia de Minas Gerais|autor=Brasil Escola|acessodata=31 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref>

O estado, segundo dados de 2012, é o terceiro que mais exporta no país, sendo responsável por 12,78% dos produtos vendidos ao exterior, ficando atrás apenas de São Paulo (26,55%) e Rio de Janeiro (12,88%).<ref>{{citar web |url=http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/all/all/all/bra/?controls=true&year=2012&value_var=val_usd&depth=bra_2&color_var=color |título=Exportações do Brasil por estado (2012) |autor=Plataforma DataViva |acessodata=13 de janeiro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141010034427/http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/all/all/all/bra/?controls=true&year=2012&value_var=val_usd&depth=bra_2&color_var=color# |arquivodata=10 de outubro de 2014 |urlmorta=yes }}</ref> A pauta de exportação do estado, no entanto, é muito concentrada e baseada em produtos primários, principalmente minério de ferro (43,15%), café (11,29%), ferro-ligas (5,86%) e ouro (5,15%).<ref>{{citar web|url=http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/mg/all/all/hs/?controls=true&year=2012&value_var=val_usd&depth=hs_6&color_var=color |título=Exportações de Minas Gerais (2012) |autor=Plataforma DataViva |acessodata=13 de janeiro de 2014}}</ref> O volume total de exportações em 2012 foi de cerca US$ {{fmtn|33000000000.00}} (trinta e três bilhões de dólares).<ref>{{citar web| url=http://dataviva.info/apps/builder/stacked/secex/mg/all/all/hs/?controls=true&value_var=val_usd&sort=color&depth=hs_2&layout=value&order=asc |título=Evolução das exportações de Minas Gerais (2012) |autor=Plataforma DataViva |acessodata=13 de janeiro de 2014}}</ref>

=== Agropecuária ===
[[Imagem:Agricultural Fields near Perdizes, Minas Gerais, Brazil.JPG|thumb|Campos agrícolas com [[irrigação por gotejamento]] perto da cidade de [[Perdizes]].]]
O [[setor primário]] da economia mineira correspondeu a cerca de 8,7% da soma de tudo o que foi produzido no estado durante o ano de 2012. Das culturas do estado, o [[café]] foi o que teve a maior participação no que se refere ao valor da produção agrícola estadual, chegando a 40% em 2011. Em 2017, Minas respondia por 54,3% da produção nacional total de café, sendo, portanto, o maior produtor do país.<ref name="economia" /><ref>[https://www.crea-pr.org.br/ws/wp-content/uploads/2018/09/GA_Jacarezinho_0111.pdf A Reivenção da cafeicultura no Paraná]</ref> A região sul do estado é a principal origem do café mineiro, onde é cultivado em sua maioria a variedade [[café arábica|arábica]].<ref>{{citar web|url=http://sindicafe-mg.com.br/plus/modulos/conteudo/?tac=tipos-de-cafe|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MHT1oUBX?url=http://sindicafe-mg.com.br/plus/modulos/conteudo/?tac=tipos-de-cafe#|arquivodata=31 de dezembro de 2013|título=Tipos de Café|autor=Sindicato da Indústria de Café de Minas Gerais|acessodata=31 de dezembro de 2013|urlmorta=no}}</ref> A produção de cana-de-açúcar, por sua vez, representa quase 20% do valor da produção agrícola de Minas, seguido pelo milho, soja e feijão. Em 2019, Minas era o 3º maior produtor de [[cana-de-açúcar]] do país (11% do total), com 74,3 milhões de toneladas.<ref name="agenciadenoticias.ibge.gov.br">[https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/26537-ibge-preve-safra-recorde-de-graos-em-2020 IBGE prevê safra recorde de grãos em 2020]</ref> Na safra 2018/2019, Minas Gerais colheu 5 milhões de toneladas de [[soja]], sendo o 7º lugar no país.<ref>[https://www.canalrural.com.br/sites-e-especiais/projeto-soja-brasil/confira-como-esta-a-colheita-da-soja-em-cada-estado-do-pais/ Confira como está a colheita da soja em cada estado do país]</ref> Minas Gerais era o 2º maior produtor de [[feijão]] do Brasil em 2019, com 17,2% da produção nacional.<ref name="agenciadenoticias.ibge.gov.br"/> Em 2019, o estado foi o 2º maior produtor de [[laranja]] (989 mil toneladas)<ref>[http://www.cnpmf.embrapa.br/Base_de_Dados/index_pdf/dados/brasil/laranja/b1_laranja.pdf Produção brasileira de laranja em 2019]</ref>, 3º maior produtor de [[banana]] (825 mil toneladas) <ref>[http://www.cnpmf.embrapa.br/Base_de_Dados/index_pdf/dados/brasil/banana/b1_banana.pdf Produção brasileira de banana em 2019]</ref>, o 2º maior produtor de [[tangerina]] (210 mil toneladas)<ref>[http://www.cnpmf.embrapa.br/Base_de_Dados/index_pdf/dados/brasil/tangerina/b1_tangerina.pdf Produção brasileira de tangerina em 2019]</ref> e o 3º maior produtor de [[abacaxi]] (179 milhões de frutos) do país.<ref>[http://www.cnpmf.embrapa.br/Base_de_Dados/index_pdf/dados/brasil/abacaxi/b1_abacaxi.pdf Produção brasileira de abacaxi em 2019]</ref> Minas produz cerca de 30% do [[sorgo]] do país, atrás apenas de Goiás.<ref name="agenciadenoticias.ibge.gov.br"/> Sobre a [[cenoura]], o Brasil ocupava em 2016 o 5º lugar no ranking mundial, com uma produção anual próxima de 760 mil toneladas. Minas Gerais e São Paulo são os 2 maiores produtores do Brasil. Entre os polos de produção em Minas Gerais, estão os municípios de São Gotardo, Santa Juliana e Carandaí.<ref>[http://www.ceasa.pr.gov.br/arquivos/File/BOLETIM/Boletim_Tecnico_Cenoura.pdf CENOURA:Produção, mercado e preços]</ref> Já a [[batata]] tem como principal produtor nacional o estado de Minas Gerais, com 32% do total produzido no país. Minas Gerais colheu, em 2017, cerca de 1,3 milhão de toneladas do produto.<ref>[http://www.coopercitrus.com.br/index.php?pag=revista&p=materia&codigo=5579 É batata]</ref><ref>[http://g1.globo.com/economia/agronegocios/globo-rural/noticia/2017/07/produtores-de-batata-vivem-realidades-distintas-em-minas-gerais.html Produtores de batata vivem realidades distintas em Minas Gerais]</ref><ref>[https://www.cnabrasil.org.br/noticias/aumento-da-demanda-elevara-a-colheita-de-batata-em-minas Aumento da demanda elevará a colheita de batata em Minas]</ref> Em 2019, no Brasil, havia uma área total produtora em torno de 4 mil hectares de [[morango]]. O maior produtor é Minas Gerais, com aproximadamente 1 500 hectares, cultivado na maioria dos municípios do extremo sul do Estado, na região da Serra da Mantiqueira, sendo Pouso Alegre e Estiva os maiores produtores.<ref>[https://revistacampoenegocios.com.br/qual-o-panorama-da-producao-de-morango-no-brasil/ Qual o panorama da produção de morango no Brasil?]</ref> Minas também se destaca no cenário nacional na produção de [[tomate]], onde é o 3º maior produtor nacional (572 mil toneladas em 2019). <ref>{{citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pam/tabelas|título=IGBE - Produção Agrícola Municipal (PAM)|acessodata=2020-03-12|obra=www.ibge.gov.br}}</ref>  

No município de [[Jaíba]], no norte de estado, um projeto implantou a maior área de agricultura irrigada da América do Sul, onde são cultivadas mais de trinta variedades de frutas, dentre elas a banana-prata, da qual o município é o maior produtor.<ref name="economia" /><ref name="agronegócio">{{citar web |url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/invista-em-minas/invista-em-minas/11987-agronegocio/11972/5042 |arquivourl=https://www.webcitation.org/6MHUJqExn?url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/invista-em-minas/invista-em-minas/11987-agronegocio/11972/5042# |arquivodata=31 de dezembro de 2013 |título=Agronegócio vigoroso e promissor |autor=Portal do Governo de Minas |acessodata=31 de dezembro de 2013 |urlmorta=no }}</ref>

Em relação à [[pecuária]], Minas Gerais lidera a produção nacional de [[leite]], com uma produção de 8,4 bilhões de litros em 2010, o que equivaleu a um quarto da produção brasileira. O estado também possui uma importante participação nacional nas criações de corte de [[Gado bovino|bovino]]s, [[suíno]]s e [[frango]]s. A produção mineira de [[ovo]]s também foi a segunda maior do país, com cerca de 375 milhões de dúzias.<ref name="agronegócio" />

=== Indústria ===
[[Imagem:Itabira MG Brasil - Mineração Vale - panoramio.jpg|thumb|direita|Campo de extração de [[minério de ferro]] em [[Itabira]]]]
[[Imagem:Refinaria Petrobras - panoramio (1).jpg|thumb|Vista aérea da [[Refinaria Gabriel Passos]] em [[Betim]].]]

Minas Gerais tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 142,8 bilhões, equivalente a 10,9% da indústria nacional. Emprega 1 141 944 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais são: Construção (17%), Extração de Minerais Metálicos (16,2%), Metalurgia (12,9%), Alimentos (11,4%) e Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Energia Elétrica e Água (11%). Estes 5 setores concentram 68,5% da indústria do estado. Outros setores relevantes são os de Derivados de petróleo e biocombustíveis (5,4%), Químicos (3,7%), Veículos automotores (3,6%), Produtos de metal (2,2%) e Bebidas (1,8%). <ref>[http://perfildaindustria.portaldaindustria.com.br/estado/mg Perfil da Indústria de Minas Gerais]</ref>

A atividade de [[Mineração|extração de minerais metálicos]] é a que possui maior participação no [[setor secundário]] mineiro, com aproximadamente um quarto de representação na indústria estadual e responde por mais de quarenta por cento da produção mineral nacional. Dentre os principais minérios extraídos destacam-se o [[ferro]], [[manganês]] (explorados sobretudo na região conhecida como [[Quadrilátero Ferrífero]]), [[ouro]], [[níquel]], [[nióbio]], [[zinco]], [[quartzo]], [[enxofre]], [[fosfato]] e [[bauxita]]. Três quartos da indústria mineira, por sua vez, correspondem a [[Indústria de transformação|atividades de transformação]] dos quais o mais participativo é o setor de [[metalurgia]], sendo que, no âmbito da indústria [[siderurgia|siderúrgica]] o estado foi responsável por um terço da produção nacional. Em Minas estão instaladas unidades produtivas de alguns dos maiores grupos ligados ao setor do país, como a [[Gerdau]], [[Usiminas]] e [[ArcelorMittal]]. O estado possui, ainda, significativa participação no setor de [[fundição]], com atividades concentradas sobretudo no centro-oeste do estado e cuja metade da produção é destinada ao setor de automobilísticos.<ref name="economia" /><ref name="indústria">{{citar web|url=http://www.indi.mg.gov.br/category/por-que-minas-gerais/dinamismo-economico/|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MJOVBZMS?url=http://www.indi.mg.gov.br/category/por-que-minas-gerais/dinamismo-economico/#|arquivodata=1 de janeiro de 2014|título=Por que Minas Gerais?|autor=Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais|acessodata=1 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.cprm.gov.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1300&sid=129|arquivourl=http://www.webcitation.org/6MJOgpQpo|arquivodata=1 de janeiro de 2014|título=A produção mineral brasileira|autor=Pércio de Moraes Branco|publicado=Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref><ref name="indicadores economia" />

A seguir, destaca-se o [[Indústria alimentícia|setor de produtos alimentícios]], que corresponde a 13% das atividades industriais de Minas. Em seguida, com participação praticamente semelhante, está o [[Indústria automobilística|setor automobilístico]], responsável pela produção de quase um quarto da produção nacional de veículos a parti da presença de unidades produtivas de empresas como [[Iveco]], [[Fiat]] e [[Mercedes Benz]]. Destaca-se, ainda, a produção de [[cimento]], sendo que o estado é o maior produtor nacional, fato que é favorecido pelas grandes reservas de [[calcário]] em território mineiro. Outro setor importante é a [[indústria química]], especialmente o setor de [[plástico]]s, cuja produção destina-se principalmente a atender outras cadeias produtivas.<ref name="economia" /><ref name="indústria" /> Na [[indústria do calçado]], o estado tem um polo especializado em tênis e calçados baratos em [[Nova Serrana]]. Na [[indústria eletroeletrônica]], o estado tem um pequeno pólo em [[Santa Rita do Sapucaí]], com produção de equipamentos para o ramo das telecomunicações, como conversores (set-top Box), incluindo os utilizados na transmissão do sistema de TV digital.<ref>[https://reporterbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/05/Mapa_Eletr%C3%B4nicos2015.pdf A indústria eletroeletrônica do Brasil – Levantamento de dados]</ref> Na produção de celulares e outros eletrônicos, a [[Multilaser]] produz em [[Extrema]].<ref>{{Citar web|ultimo=Canaltech|url=https://canaltech.com.br/smartphone/fabricantes-de-celulares-no-brasil-dao-ferias-coletivas-a-funcionarios-162518/|titulo=Fábricas de celulares no Brasil adotam medidas para não parar em meio a pandemia|data=2020-03-27|acessodata=2022-11-04|website=Canaltech|lingua=pt-BR}}</ref>

=== Serviços ===
O [[setor terciário]] é o mais importante da economia mineira, pois corresponde a mais da metade das atividades econômicas do estado. Neste setor, o [[comércio varejista]] tem acompanhado o crescimento do setor no país, que foi de 8,3% no período de 2009 a 2012. Contudo, alguns segmentos apresentaram comportamentos distintos como a venda de móveis e eletrodomésticos que evoluiu acima da média nacional, ao contrário do segmento de super e hipermercados, que foi abaixo da média brasileira no mesmo período.
[[Imagem:Belo Horizonte - Avenida Afonso Pena.jpg|thumb|upright|esquerda|Vista da [[Avenida Afonso Pena]], em [[Belo Horizonte]].]]

No entanto, a participação do comércio no setor terciário é superada somente pelo segmento de [[administração pública]], responsável por movimentar 13,7% de todo o PIB estadual. Em 2010, foram arrecadados no estado aproximadamente 43,5 bilhões de reais em [[imposto]]s, o que corresponde a doze por cento do PIB mineiro. Destacam-se ainda, as atividades ligadas ao setor imobiliário e de aluguéis (8,6% do [[valor agregado bruto]] mineiro), [[intermediação financeira]] (5,2%) e de transportes (5,1%).<ref name="economia" /><ref name="indicadores economia">{{citar web|url=http://www.fjp.gov.br/index.php/component/docman/doc_download/987-perfil-2012completofjp|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MKChPupC?url=http://www.fjp.gov.br/index.php/component/docman/doc_download/987-perfil-2012completofjp#|arquivodata=2 de janeiro de 2014|título=Perfil de Minas Gerais 2012|autor=Fundação João Pinheiro|acessodata=2 de janeiro de 2014|formato=PDF|urlmorta=no}}</ref>

O [[comércio exterior]] de Minas Gerais tem apresentado um crescimento contínuo acima da média nacional, o que fez sua participação em vendas externas nacionais aumentarem de 10,5% em 2002 para 13,4% em 2012 e consolidar-se como o segundo maior estado exportador do país. Mais da metade do total exportado compõe-se de produtos da extração mineral bruta ou processados pela indústria metalúrgica. Cerca de um quinto desse total compõe-se de produtos da agropecuária, em especial o café. Destaca-se, ainda, o crescimento na exportação de medicamentos, soja e ouro não monetário nas exportações mineiras. Os principais destinos dos produtos exportados são a [[China]], o [[Japão]], [[Alemanha]], [[Estados Unidos]] e [[Argentina]]. De forma similar, a [[importação]] de produtos no estado manteve-se crescendo com taxas similares às nacionais. Destaca-se nesse contexto a compra de veículos automotores, produtos químicos e farmacêuticos, produtos minerais e maquinaria industrial. O resultado da [[balança comercial]] mineira manteve-se positivo ao longo nos últimos dez anos, o que significa que o estado exportou mais do que importou. Em 2011, o [[superávit]] mineiro chegou a 28,4 bilhões de reais, muito próximo ao superávit brasileiro de 29,8 bilhões, evidenciando, portanto, a relevância do estado no comércio internacional brasileiro.<ref name="economia" /><ref>{{citar web|url=http://www2.apexbrasil.com.br/media/estudo/MinasGerais_20130523162845.pdf|título=Perfil do Estado de Minas Gerais|ano=2010|autor=Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos|formato=PDF|acessodata=2 de janeiro de 2014}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/invista-em-minas/invista-em-minas/11988-comercio-exterior/11972/5042|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MKDwXfxy?url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/invista-em-minas/invista-em-minas/11988-comercio-exterior/11972/5042#|arquivodata=2 de janeiro de 2014|título=Relações comerciais com todo o mundo|autor=Portal do Governo de Minas Gerais|acessodata=2 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref>

No ano de 2011, 10,635 milhões de pessoas se enquadravam na categoria de [[população economicamente ativa]], dos quais aproximadamente dez milhões se encontravam ocupadas. Desses, 3,8 milhões de pessoas possuíam [[carteira assinada]]. A [[taxa de desemprego]] no estado apresentou contínua queda desde 2009, passando de 7,2% para 3,9% no fim de 2012. Dentre as principais ocupações da população economicamente ativa, destacam-se as atividades de comércio (16,3%), agropecuária (16,2%) e da indústria de transformação (11,8%), seguidas por serviços de saúde, educação e serviços sociais, construção civil e serviços domésticos. Todos os setores de atividade econômica<ref group="nota">Esses setores de atividade econômica são: extrativa mineral, indústria de transformação, serviços industriais de utilidade pública, construção civil, comércio, serviços, administração pública e agropecuária.</ref> apresentam maior quantidade de empregados na região central do estado, com exceção das atividades agropecuárias, na qual o Sul de Minas possui maior quantidade de trabalhadores formais.<ref name="economia" /><ref name="indicadores economia" />

== Infraestrutura ==
O estado de Minas Gerais é dotado de uma notável infraestrutura que permite seu desenvolvimento econômico. No estado, encontra-se a maior rede rodoviária dentre as unidades da federação, além de uma importante parcela das ferrovias do país. Minas Gerais conta ainda com 92 aeroportos e cinco [[porto seco|portos secos]] distribuídos em várias regiões do estado. Minas conta ainda com várias [[Usina hidroelétrica|usinas hidroelétricas]] e possui inclusive um quarto das [[Pequena Central Hidrelétrica|pequenas centrais hidrelétricas]] do país. O estado possui ainda mais de oitocentos quilômetros de [[gasoduto]]s administrados pela [[Companhia de Gás de Minas Gerais]].<ref>{{citar web|url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/invista-em-minas/invista-em-minas/11993-infraestrutura/11972/5042|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MNjfKDfC?url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/invista-em-minas/invista-em-minas/11993-infraestrutura/11972/5042#|arquivodata=4 de janeiro de 2014|título=Excelente infraestrutura de transporte, energia e telecomunicações|autor=Governo do Estado de Minas Gerais|acessodata=4 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref>

=== Serviços básicos ===
[[Imagem:Estação de tratamento de água de Coronel Fabriciano MG.jpg|thumb|[[Estação de tratamento de água]] da Copasa em Coronel Fabriciano, onde é extraída e tratada a água fornecida a boa parte da [[Região Metropolitana do Vale do Aço]].]]
Dos {{fmtn|6028223}} domicílios, {{fmtn|5200911}} eram abastecidos pela rede geral (86,28%) de abastecimento de água, {{fmtn|501492}} por meio de poços ou nascentes fora da propriedade (8,32%), {{fmtn|237349}} por meio de poços ou nascentes situados dentro da propriedade (3,94%), {{fmtn|46354}} através de [[rio]]s, [[açude]]s, [[lago]]s ou [[igarapé]]s (0,77%), 908 em poço ou nascente situado dentro ou fora da aldeia (0,01%) e {{fmtn|41209}} eram abastecidos de outras maneiras (0,68%).<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=3218&i=P&poc67=1&nome=on&qtu8=137&digt102=&qtu14=3&notarodape=on&tab=3218&poc61=2&sec299=0&sec309=0&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&OpcTipoNivt=1&opn1=0&qtu11=658&nivt=0&orp=7&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&sec61=0&qtu2=5&opn10=0&qtu15=3&sev=96&orc67=5&opp=f1&opn3=u28&qtu6=5565&qtu102=14208&opn13=0&opc61=2&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&orc61=3&poc299=1&opc67=1&poc309=1&pon=1&qtu9=558&opn6=0&digt6=&opn102=0&OpcCara=44&proc=1&opc299=1&sec67=0&opc309=1&qtu10=10282&digt11=&opn7=0&decm=99&orc299=4&orc309=6&sep=25629&orn=1&digt10=&opn11=0&qtu7=36 |título=Domicílios particulares permanentes por abastecimento de água |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2010 |publicado=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |acessodata=27 de dezembro de 2013}}</ref> {{fmtn|5985392}} domicílios eram abastecidos pela rede de fornecimento de energia elétrica (99,29%)<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=3218&i=P&poc67=1&nome=on&qtu8=137&digt102=&qtu14=3&notarodape=on&tab=3218&poc61=1&sec299=0&sec309=0&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&OpcTipoNivt=1&opn1=0&qtu11=658&nivt=0&orp=7&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&sec61=0&qtu2=5&opn10=0&qtu15=3&sev=96&orc67=5&opp=f1&opn3=u28&qtu6=5565&qtu102=14208&opn13=0&opc61=1&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&orc61=3&poc299=1&opc67=1&poc309=2&pon=1&qtu9=558&opn6=0&digt6=&opn102=0&OpcCara=44&proc=1&opc299=1&sec67=0&opc309=2&qtu10=10282&digt11=&opn7=0&decm=99&orc299=4&orc309=6&sep=25629&orn=1&digt10=&opn11=0&qtu7=36 |título=Domicílios particulares permanentes por existência de energia elétrica |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2010 |publicado=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |acessodata=27 de dezembro de 2013}}</ref> e {{fmtn|5282287}} domicílios destinavam seu [[lixo]] à coleta (87,63%), sendo {{fmtn|5039259}} por meio de serviço de limpeza (83,59%) e {{fmtn|243028}} por meio de caçambas (4,03%).<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=3218&i=P&poc67=2&nome=on&qtu8=137&digt102=&qtu14=3&notarodape=on&tab=3218&poc61=1&sec299=0&sec309=0&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&OpcTipoNivt=1&opn1=0&qtu11=658&nivt=0&orp=7&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&sec61=0&qtu2=5&opn10=0&qtu15=3&sev=96&orc67=5&opp=f1&opn3=u28&qtu6=5565&qtu102=14208&opn13=0&opc61=1&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&orc61=3&poc299=1&opc67=2&poc309=1&pon=1&qtu9=558&opn6=0&digt6=&opn102=0&OpcCara=44&proc=1&opc299=1&sec67=0&opc309=1&qtu10=10282&digt11=&opn7=0&decm=99&orc299=4&orc309=6&sep=25629&orn=1&digt10=&opn11=0&qtu7=36 |título=Domicílios particulares permanentes por destino do lixo |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2010 |publicado=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |acessodata=27 de dezembro de 2013}}</ref> E, por último, na questão de existência de banheiros e esgotamento sanitário, dos {{fmtn|5862312}} domicílios que tinham banheiros de uso exclusivo do próprio domicílio (97,25%), {{fmtn|4701155}} eram atendidos pela rede geral de esgoto ou pluvial ou fossa séptica (77,99%) e {{fmtn|1161157}} tinham o esgoto coletado de outra maneira (19,26%). Havia ainda {{fmtn|90183}} domicílios com banheiro de uso comum a mais de um domicílio (1,50%), sendo {{fmtn|37541}} por meio da rede geral de esgoto ou pluvial ou fossa séptica (0,62%) e {{fmtn|52642}} possuíam outro escoadouro (0,87%); outros {{fmtn|75728}} domicílios não tinham banheiros nem sanitários (1,26%).<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=3218&i=P&poc67=1&nome=on&qtu8=137&digt102=&qtu14=3&notarodape=on&tab=3218&poc61=1&sec299=0&sec309=0&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&OpcTipoNivt=1&opn1=0&qtu11=658&nivt=0&orp=7&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&sec61=0&qtu2=5&opn10=0&qtu15=3&sev=96&orc67=5&opp=f1&opn3=u28&qtu6=5565&qtu102=14208&opn13=0&opc61=1&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&orc61=3&poc299=2&opc67=1&poc309=1&pon=1&qtu9=558&opn6=0&digt6=&opn102=0&OpcCara=44&proc=1&opc299=2&sec67=0&opc309=1&qtu10=10282&digt11=&opn7=0&decm=99&orc299=4&orc309=6&sep=25629&orn=1&digt10=&opn11=0&qtu7=36 |título=Domicílios particulares permanentes, por forma de abastecimento de água, segundo a existência de banheiro ou sanitário e esgotamento sanitário, o destino do lixo e a existência de energia elétrica |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2010 |publicado=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |acessodata=27 de dezembro de 2013}}</ref>

Existem várias empresas responsáveis pelo [[saneamento básico]]. No entanto, em 615 dos 853 municípios mineiros a empresa encarregada do fornecimento de água é a [[Companhia de Saneamento de Minas Gerais]] (Copasa), que também se responsabiliza pela coleta de esgoto em outros 220.<ref>{{citar web |URL=http://www.copasa.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23 |título=Dados Gerais de Atendimento |autor=Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) |data=27 de setembro de 2013 |acessodata=29 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://www.webcitation.org/6N0uEuqwk?url=http://www.copasa.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23# |arquivodata=30 de janeiro de 2014 |urlmorta=yes }}</ref> Os demais municípios são abastecidos por outras companhias, por empresas locais ou pelos chamados [[Serviço Autônomo de Água e Esgoto|serviços autônomos de água e esgoto]] (SAAEs; criados a partir do extinto [[Serviço Especial de Saúde Pública]]) — um exemplo ocorre em [[Governador Valadares]], na região do [[Vale do Rio Doce]], onde o saneamento básico é feito pelo SAAE de Governador Valadares.<ref>{{citar web|url=http://www.saaegoval.com.br/v3/conteudoLinks.php?id=TVRVd09USTRPVGczTVRBME1qTTROQT09 |título=História do SAAE |autor=SAAE de Governador Valadares |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref>

Ainda há serviços de [[internet]] discada e [[banda larga]] ([[Asymmetric Digital Subscriber Line|ADSL]]) sendo oferecidos por diversos [[Provedor de acesso à Internet|provedores de acesso]] gratuitos ou pagos,<ref>{{citar web|URL=http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2013/06/internet-banda-larga-preco-popular-chega-divinopolis-mg.html |título=Internet banda larga a preço popular chega a Divinópolis, MG |autor=G1 |data=3 de junho de 2013 |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.viacomercial.com.br/2013/02/internet-discada-rende-us174-milhoes-a-aol/ |título=Internet discada rende US$174 milhões à AOL |autor=Via Comercial |data=11 de fevereiro de 2013 |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> além de cobertura pela rede ''[[Comunicação sem fio|wireless]]'' (internet sem fio) nos principais centros urbanos.<ref>{{citar web|url=https://prodabel.pbh.gov.br/content/prefeitura-amplia-pontos-de-internet-gratuita-e-tempo-de-utiliza%C3%A7%C3%A3o|título=Prefeitura amplia pontos de internet gratuita e tempo de utilização|autor=Prodabel|data=12 de fevereiro de 2010 |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> O serviço de telefonia é oferecido por operadoras como a [[Vivo]], [[Oi (empresa)|Oi]], [[TIM Brasil|TIM]], [[Claro]], [[Algar Telecom|Algar]], entre outras.<ref>{{citar web|URL=http://www.teleco.com.br/cel_ddd.asp |título=Market Share das Operadoras de Celular no Brasil |autor=Teleco |data=23 de abril de 2019 |publicado=Teleco |acessodata=9 de maio de 2019}}</ref> sendo que o código de área ([[Discagem direta a distância|DDD]]) das cidades do estado pode ser 31, 32, 33, 34, 35, 37, 38 e 39.<ref name="Códigos DDD">{{citar web|url=https://www.codigosddd.com.br/minas-gerais/ |titulo=DDD das cidades no estado Minas Gerais |autor=Códigos DDD |acessodata=9 de maio de 2019}}</ref>

=== Energia ===
[[Imagem:Furnas 02.jpg|thumb|esquerda|Vista da Usina Hidrelétrica de Furnas no sul do estado.]]
Minas Gerais é um dos estados com maior demanda de energia, sendo que em 2010 o consumo total chegou a 35,8 milhões de [[Tonelada equivalente de petróleo|toneladas equivalentes de petróleo]], o que correspondeu a 13,2% da demanda nacional, a maior parte destinada ao setor industrial. Minas Gerais é um dos maiores produtores de [[energia hidroelétrica]] do país, com grandes geradores dos quais destacam-se a [[Usina Hidrelétrica de Furnas]], [[Usina Hidrelétrica de Itumbiara|Itumbiara]] e [[Usina Hidrelétrica de São Simão|São Simão]]. Contudo, embora o estado exporte parte da energia elétrica gerada, boa parte da energia utilizada é importada, sobretudo na forma de lenha, carvão mineral e derivados, utilizados sobretudo nas indústrias siderúrgicas. Dentre os principais componentes da matriz energética mineira em 2010 foram o petróleo e gás (33,7%), seguido por lenha e derivados (21,4%), derivados de cana-de-açúcar (15,4%) e energia hidroelétrica (14,6%).<ref name="energia">{{citar web|url=http://www.cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Alternativas_Energeticas/Documents/26BEEMGcc.pdf|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MS0iCRhA?url=http://www.cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Alternativas_Energeticas/Documents/26BEEMGcc.pdf#|arquivodata=7 de janeiro de 2014|título=26° Balanço Energético do Estado de Minas Gerais|autor=Companhia Energética de Minas Gerais|ano=2011|acessodata=4 de janeiro de 2014|formato=PDF|urlmorta=no}}</ref><ref name="atlas energia">{{citar web|url=http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/atlas_eolico/atlas_eolico_MG.pdf |título=Atlas Eólico - Minas Gerais|autor=Odilon A. C. Amarante ''et al.''|publicado=Companhia Energética de Minas Gerais|ano=2010|formato=PDF|acessodata=7 de janeiro de 2014}}</ref>

No mesmo ano, 53,6% da energia utilizada no estado provinha de fontes renováveis, das quais a maior participação era da lenha e seus derivados.<ref name="energia" /> O estado possui potencial de produção de [[energia eólica]] que chega a ter a mesma ordem de grandeza que a energia hidrelétrica produzida atualmente. A Serra do Espinhaço é a região mais promissora para a implantação desse tipo de empreendimento.<ref name="atlas energia" /> Minas Gerais possui condições climáticas favoráveis, sobretudo nos meses de inverno, que permitem o aproveitamento da [[energia solar]], utilizada principalmente para o [[Aquecimento solar|aquecimento]]. No que se refere à produção de energia elétrica a partir da radiação solar, os locais mais promissores para a instalação encontram-se no norte e noroeste do estado.<ref>{{citar web|url=http://www.cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Alternativas_Energeticas/Documents/Atlas_Solarimetrico_CEMIG_12_09_menor.pdf|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MS2utO4u?url=http://www.cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Alternativas_Energeticas/Documents/Atlas_Solarimetrico_CEMIG_12_09_menor.pdf#|arquivodata=7 de janeiro de 2014|título=Atlas Solarimétrico de Minas Gerais|autor=Companhia Energética de Minas Gerais|ano=2012|formato=PDF|acessodata=7 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref>

A [[Companhia Energética de Minas Gerais]] (Cemig) é a encarregada do fornecimento de [[energia elétrica]] em 774 municípios mineiros, ou seja, 96% da área de concessão, sendo a responsável pela operação de 65 usinas (situadas dentro e fora do estado). A companhia possui ainda ações de várias outras empresas de energia espalhadas pelo Brasil, dentre elas a [[Light (Rio de Janeiro)|Light]], do Rio de Janeiro, e suas ações são negociadas em [[Bolsa de Valores de São Paulo|São Paulo]] e [[Bolsa de Valores de Nova Iorque|Nova Iorque]].<ref>{{citar web|URL=http://www.cemig.com.br/pt-br/a_cemig/quem_somos/Paginas/default.aspx |título=Quem Somos |autor=Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> Os demais 79 municípios do estado são atendidos por outras concessionárias, sendo a maior delas a [[Grupo Energisa|Energisa]], que atende a 66 cidades da [[Zona da Mata Mineira|Zona da Mata]].<ref>{{citar web|URL=http://www.energisa.com.br/minasgerais/Energisa%20Minas%20Gerais/IndicadoresMG.aspx |título=Indicadores |autor=Grupo Energisa |data=23 de novembro de 2013 |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref>

=== Saúde ===

Em 2009, existiam {{fmtn|12460}} estabelecimentos hospitalares no estado, com {{fmtn|44012}} leitos. Do total de estabelecimentos, {{fmtn|7222}} eram públicos, sendo {{fmtn|7092}} de caráter municipal, 84 de caráter estadual e 46 de caráter federal. {{fmtn|5238}} estabelecimentos eram privados, sendo {{fmtn|4472}} com fins lucrativos e 766 sem fins lucrativos. 257 unidades de saúde possuíam especializações com internação e {{fmtn|8973}} unidades eram providas de atendimento ambulatorial.<ref>{{citar web|URL=http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=mg&tema=servicossaude2009 |título=Serviços de saúde 2009 |data=2009 |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |acessodata=28 de dezembro de 2013}}</ref>

De acordo com uma pesquisa realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em 2008, 79,1% da população mineira avaliou sua saúde como boa ou muito boa, 69,6% afirmaram ter realizado consulta médica nos últimos doze meses anteriores à data da entrevista, 41,0% dos habitantes consultaram o dentista no mesmo período e 7,6% da população estiveram internados em leito hospitalar. 35,1% dos habitantes declararam ter alguma doença crônica e 29,3% dos residentes tinham cobertura de plano de saúde. No mesmo ano, 63,1% dos domicílios particulares permanentes estavam cadastrados no programa [[Unidade de Saúde Familiar]].<ref name="Saúde_PNAD">{{citar web|URL=http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=mg&tema=pnad_saude_2008 |título=PNAD - Acesso e Utilização dos Serviços, Condições de Saúde e Fatores de Risco e Proteção à Saúde 2008 |autor=Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios |data=2008 |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |acessodata=28 de dezembro de 2013}}</ref><ref name="Dados do Portal Brasil sobre saneamento básico">{{citar web|url=http://www.portalbrasil.net/estados_mg.htm |titulo=Portal Brasil - Minas Gerais |autor=TOSCANO, Fernando |publicado=Portal Brasil |acessodata=28 de dezembro de 2013}}</ref>

De acordo com a mesma pesquisa, na questão de saúde feminina, 42,0% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze meses, 56,7% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos dois anos e 77,9% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo do útero nos últimos três anos.<ref name="Saúde_PNAD"/>

=== Educação ===
{{VT|Educação superior em Minas Gerais}}
[[Imagem:Laguinhoreitoria.JPG|thumb|esquerda|Vista parcial do prédio da [[reitoria]] da [[Universidade Federal de Minas Gerais]] (UFMG), uma das melhores universidades federais do Brasil, segundo o [[Índice Geral de Cursos]] do [[Ministério da Educação (Brasil)|Ministério da Educação]].<ref name="Uol_27"/>]]
O fator "educação" do [[Índice de Desenvolvimento Humano|IDH]] no estado atingiu em 2010 a marca de 0,638 — a oitava maior do país, estando em conformidade aos padrões mínimos do [[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento]] (PNUD) — ao passo que a [[Taxa de alfabetização|taxa de analfabetismo]] indicada pelo último [[censo demográfico]] do [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|IBGE]] foi de 7,66%, a décima melhor porcentagem nacional, porém a segunda pior do Sudeste brasileiro, à frente apenas do [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]].<ref name="Educação-MG">{{citar web |url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf |formato=PDF |arquivourl=https://www.webcitation.org/618PsSSA4?url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf# |arquivodata=22 de agosto de 2011 |título=Síntese dos Indicadores Sociais 2010 |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2009 |trabalho=Tabela 8.2 - Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor ou raça, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas - 2009 |acessodata=28 de dezembro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> Tomando-se por base o relatório do [[Índice de Desenvolvimento da Educação Básica]] (IDEB) de 2011, Minas Gerais obteve o maior índice dentre os alunos do 5º ano do [[ensino fundamental]] entre os estados brasileiros — 5,9 —, o terceiro maior valor do 9º ano — 4,6, perdendo apenas para [[Santa Catarina]] e [[São Paulo (estado)|São Paulo]] — e o quarto maior dentre os alunos do 3º ano do [[ensino médio]] — 3,9, perdendo para Santa Catarina, Paraná e São Paulo.<ref>{{citar web|URL=http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado/|título=IDEB - Resultados e Metas |autor=Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) |data=14 de agosto de 2012 |acessodata=28 de dezembro de 2013}}</ref> Na classificação geral do [[Exame Nacional do Ensino Médio]] (ENEM) de 2013, cinco [[escola]]s do ente federativo figuraram entre as dez melhores do ''[[ranking]]'' nacional, inclusive sendo o único estado que possui uma escola com esta excelência localizada em uma cidade fora da capital.<ref>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cinco-das-dez-melhores-escolas-por-area-no-enem-sao-de-minas-gerais,1100759,0.htm |título=Cinco das dez melhores escolas por área no Enem são de Minas Gerais |autor=Estadão |data=26 de novembro de 2013 |acessodata=28 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2016/10/escola-de-ipatinga-esta-entre-10-com-melhor-media-no-enem-no-pais.html|título=Escola de Ipatinga está entre as 10 com melhor média no Enem no país|autor=G1|data=5 de outubro de 2016 |acessodata=25 de setembro de 2020}}</ref>

Com {{fmtn|11831}} [[Ensino fundamental|estabelecimentos de ensino fundamental]], {{fmtn|7431}} [[Educação infantil|unidades pré-escolares]] e {{fmtn|2979}} [[Ensino secundário|escolas de nível médio]], a rede de [[ensino]] do estado é uma das mais extensas do Brasil.<ref name="Educação">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=mg&tema=educacao2012 |título=Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2012 |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2012 |acessodata=28 de dezembro de 2013}}</ref> De acordo com dados da amostra do censo demográfico de 2010, da população total, {{fmtn|5681163}} habitantes frequentavam [[creche]]s e/ou escolas. Desse total, {{fmtn|179819}} frequentavam creches, {{fmtn|492875}} estavam no ensino pré-escolar, {{fmtn|325115}} na classe de [[alfabetização]], {{fmtn|74319}} na alfabetização de jovens e adultos, {{fmtn|2682189}} no ensino fundamental, {{fmtn|176379}} na educação de jovens e adultos do ensino fundamental, {{fmtn|859491}} no [[ensino médio]], {{fmtn|177395}} na educação de jovens e adultos do ensino médio, {{fmtn|624707}} em cursos superiores de [[graduação]], {{fmtn|63263}} em especializações de [[nível superior]], {{fmtn|17514}} no [[mestrado]] e {{fmtn|8096}} no [[doutorado]]. {{fmtn|12080382}} pessoas não frequentavam unidades escolares, sendo que {{fmtn|1835785}} nunca haviam frequentado e {{fmtn|10244597}} haviam frequentado alguma vez.<ref>{{citar web|URL=http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=mg&tema=censodemog2010_educ |título=Censo Demográfico 2010: Educação - Amostra |data=2010 |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref>

Entre as muitas instituições de ensino superior, destaca-se a [[Universidade Federal de Minas Gerais]] (UFMG), classificada como a 478ª melhor universidade do mundo<ref name="Ranking">{{citar web |url=http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL199904-5604,00-USP%2BE%2BNO%2BRANKING%2BDAS%2BMELHORES%2BUNIVERSIDADES%2BDO%2BMUNDO.html |arquivourl=https://www.webcitation.org/618QPiWwT?url=http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL199904-5604,00-USP+E+NO+RANKING+DAS+MELHORES+UNIVERSIDADES+DO+MUNDO.html# |arquivodata=22 de agosto de 2011 |título=USP é 94ª no ranking das melhores universidades do mundo |autor=G1 |data=30 de novembro de 2007 |acessodata=29 de dezembro de 2013 |urlmorta=no }}</ref> e, juntamente com a [[Universidade Federal de Viçosa]] (UFV), [[Universidade Federal do Triângulo Mineiro]] (UFTM) e [[Universidade Federal de Lavras]] (UFLA), está entre as melhores do Brasil segundo o [[Índice Geral de Cursos]], do [[Ministério da Educação (Brasil)|Ministério da Educação]].<ref name="Uol_27">{{citar web|URL=http://educacao.uol.com.br/noticias/mobile/2012/12/06/apenas-27-instituicoes-de-ensino-superior-recebem-nota-maxima-do-mec-veja-quais-sao.htm |título=Apenas 27 instituições de ensino superior recebem "nota máxima" do MEC; veja quais são |autor=Uol Educação |data=6 de dezembro de 2012 |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> A [[Universidade Federal de Uberlândia]] (UFU) também se destaca no estado, ela ficou em 4º melhor lugar em Minas, e em 28º no Brasil, na frente da [[Universidade Federal de Lavras|UFLA]] (Lavras), [[Universidade Federal de Ouro Preto|UFOP]] (Ouro Preto) e [[Universidade Federal do Triângulo Mineiro|UFTM]] (Uberaba), segundo dados do ranking das universidades brasileiras da Folha de S. Paulo, em 2016.<ref>{{citar web|url=http://ruf.folha.uol.com.br/2016/ranking-de-universidades/|titulo=Ranking de universidades|data=2016|acessodata=4 de outubro de 2016|obra=RUF - Ranking Universitário Folha|publicado=Folha de S. Paulo|ultimo=|primeiro=}}</ref> Minas Gerais é o estado com o maior número de instituições federais de ensino superior do país, abrigando 20 instituições, sendo 8 [[Instituto federal de educação, ciência e tecnologia|Institutos Federais]], 1 [[Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais|Centro Federal]] e 11 [[Lista de universidades federais do Brasil|Universidades Federais]].<ref>{{citar web|URL=http://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/2012/07/27/internas_educacao,308447/ano-letivo-so-vai-acabar-em-2013-nas-universidades-federais.shtml |título=Ano letivo só vai acabar em 2013 nas universidades federais |autor=Guilherme Paranaiba |data=27 de julho de 2012 |publicado=Estado de Minas |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> Conta ainda com duas instituições estaduais: a [[Universidade do Estado de Minas Gerais]] e a [[Universidade Estadual de Montes Claros]].<ref>{{citar web|URL=http://vestibular.brasilescola.com/universidades/universidades-minas-gerais.htm |título=Minas Gerais |autor=Brasil Escola |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> Além de cerca de 350 faculdades e universidades particulares e filantrópicas presentes em mais de 240 municípios.<ref>{{citar web|URL=http://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/2013/12/03/internas_educacao,475658/numero-de-instituicoes-particulares-volta-a-crescer-em-minas.shtml |título=Número de instituições particulares volta a crescer em Minas |autor=Tiago de Holanda e Patrícia Giudice |data=2 de dezembro de 2013 |publicado=Estado de Minas |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web |URL=http://emec.mec.gov.br/ |título=Instituições de Educação Superior e Cursos Cadastrados |autor=e-Mec |acessodata=29 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150511050432/http://emec.mec.gov.br/# |arquivodata=11 de maio de 2015 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Ciência e tecnologia ===
[[Imagem:LNA - Telescópio IAG 0,6 m - panoramio.jpg|thumb|direita|Cúpula do [[Observatório do Pico dos Dias]], situado em [[Brazópolis]] e mantido pelo [[Laboratório Nacional de Astrofísica]].]]
Minas Gerais é sede de importantes institutos de pesquisa, no entanto 40% dos grupos de pesquisa mineiros estavam concentrados na UFMG, que abrigava ainda 46% do total de projetos do conjunto de instituições do estado. A UFV mantinha 19% do total de equipes.<ref>{{citar web|URL=https://www.ufmg.br/online/arquivos/015550.shtml |título=UFMG lidera produção científica em Minas Gerais |autor=Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |data=24 de maio de 2010 |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> As universidades ainda não formam um grupo homogêneo e cerca de 87% dos professores do ensino superior dedicam-se exclusivamente à entidade. A maior parte dos estudos científicos oriundos das universidades estão voltados às [[engenharia]]s, [[saúde]], [[Biologia|ciências biológicas]] e [[ciências exatas]], sendo que muitas vezes estão voltados às necessidades econômicas e sociais regionais — na UFV e na UFTM, situadas respectivamente na Zona da Mata e no Triângulo Mineiro, grande parte das pesquisas está voltada às [[ciências agrárias]], por exemplo.<ref name="UFMG_UFMG">{{citar web|URL=http://web.face.ufmg.br/face/revista/index.php/novaeconomia/article/view/1811/1011 |título=Universidades federais mineiras: análise da produção de pesquisa científica e conhecimento no contexto do sistema mineiro de inovação |autor=Tulio Chiarini, Karina Pereira Vieira e Paola La Guardia Zorzin |data=15 de julho de 2012 |publicado=Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref>

São alguns dos principais institutos subordinados às instituições de ensino e que visam o aprimoramento científico e tecnológico o [[Centro de Estudos Aeronáuticos da Universidade Federal de Minas Gerais]] (CEA), com ênfase em pesquisas da área de [[engenharia aeronáutica]];<ref>{{citar web|URL=http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2010/12/aviao-projetado-na-ufmg-bate-quarto-recorde-em-mundial-em-24h.html |título=Avião projetado na UFMG bate quarto recorde mundial em 24h |autor=G1 |data=2 de dezembro de 2010 |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> o [[Laboratório de Alta Tensão da Universidade Federal de Itajubá]] (LAT-[[Universidade Federal de Itajubá|UNIFEI]]), um dos poucos laboratórios de [[alta tensão]] do Brasil;<ref>{{citar web|URL=http://www.unifei.edu.br/isee/isee-lat-laboratorio-alta-tensao |título=ISEE - LAT - Laboratório de Alta Tensão |autor=Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> o [[Laboratório Nacional de Astrofísica]];<ref>{{citar web|URL=http://www.lna.br/lna/lna.html |título=Laboratório Nacional de Astrofísica - LNA |autor=Laboratório Nacional de Astrofísica |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> a [[Fundação Christiano Ottoni]] (FCO), que promove programas acadêmicos de ensino, pesquisa e extensão da UFMG;<ref>{{citar web|URL=http://www.fco.eng.ufmg.br/fco/jsp/geral/fco.jsp |título=O que é a Fundação Christiano Ottoni |autor=Fundação Christiano Ottoni (FCO) |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref> e o [[Centro de Pesquisa Manuel Teixeira da Costa]] (CPMTC), órgão complementar do [[Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais|Instituto de Geociências da UFMG]] que promove a realização de pesquisas ligadas à [[geologia]] e áreas afins das [[Ciências da Terra|geociências]].<ref>{{citar web |url=http://www.igc.ufmg.br/orgaoscomplementares/cppmtc.htm |título=Histórico |autor=Centro de Pesquisa Manuel Teixeira da Costa (CPMTC) |acessodata=30 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140109114116/http://www.igc.ufmg.br/orgaoscomplementares/cppmtc.htm# |arquivodata=9 de janeiro de 2014 |urlmorta=yes }}</ref>

Fora do campo universitário, destacam-se o [[Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais]] (IPEAD), que realiza pesquisas aplicadas às [[Economia|ciências econômicas]] e [[ciências contábeis|contábeis]];<ref>{{citar web |url=http://www.ipead.face.ufmg.br/site/siteipead/html/index.php?page=ipead |título=Institucional: O IPEAD |autor=Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD) |acessodata=30 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140109114116/http://www.ipead.face.ufmg.br/site/siteipead/html/index.php?page=ipead# |arquivodata=9 de janeiro de 2014 |urlmorta=yes }}</ref> a [[Fundação João Pinheiro]] (FJP), referência nacional em diversos setores das [[ciências sociais]];<ref>{{citar web |url=http://www.fjp.gov.br/index.php/biblioteca/sobre-a-biblioteca |titulo=Histórico |autor=Fundação João Pinheiro (FJP) |acessodata=30 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120709014907/http://www.fjp.gov.br/index.php/biblioteca/sobre-a-biblioteca |arquivodata=2012-07-09 |urlmorta=yes }}</ref> a [[Fundação Ezequiel Dias]] (FUNED), referência na produção de medicamentos e soros, em estudos em saúde pública e nas ações de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental;<ref>{{citar web|url=http://funed.mg.gov.br/institucional/historia-da-fundacao/ |titulo=História da Fundação |autor=Fundação Ezequiel Dias (FUNED) |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref> o [[Centro de Pesquisas René Rachou]] (CPqRR), unidade regional da [[Fiocruz]] onde são realizadas pesquisas ligadas à saúde e à [[epidemiologia]];<ref>{{citar web|URL=http://www.cpqrr.fiocruz.br/pg/quem-somos/historia/ |título=História da Fiocruz Minas |autor=Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR) |data=29 de janeiro de 2013 |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref> o [[Centro Tecnológico de Minas Gerais]] (CETEC), com vistas à aplicação tecnológica ao desenvolvimento social e econômico<ref>{{citar web|URL=http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/apresentacao/apresentacaoUnidades.php?id2=5 |título=CETEC - Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais |autor=Biblioteca Digital de Minas Gerais |acessodata=29 de dezembro de 2013}}</ref> e, por fim, a [[Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais]], que possui diversos centros de pesquisas espalhados por todo o estado.<ref>{{citar web|url=http://www.epamig.br/index.php?option=com_content&task=view&id=12&Itemid=51|arquivourl=http://www.webcitation.org/6MKQK4SPP|arquivodata=2 de janeiro de 2014|título=Instituição|autor=Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais|acessodata=2 de janeiro de 2014}}</ref>

=== Comunicações ===
[[Imagem:Imprensa official.JPG|thumb|esquerda|Sede da [[Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais]], em [[Belo Horizonte]].]]
A [[Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais]] é o órgão oficial responsável pelas comunicações em todo o estado, atuando tanto na assessoria da imprensa, quanto no ''[[marketing]]'' e na [[Internet]].<ref>{{citar web|URL=http://www.iof.mg.gov.br/index.php?/institucional/institucional/objetivo-operacional-e-competencias-legais.html |título=Objetivo Operacional e Competências legais |autor=Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref> Existem diversos jornais presentes em vários municípios mineiros, como por exemplo ''[[Diário do Aço]]'' (em [[Ipatinga]] e [[Região Metropolitana do Vale do Aço|Vale do Aço]]), ''[[Hoje em Dia (jornal)|Hoje em Dia]]'', ''[[Estado de Minas]]'', ''[[Diário da Tarde (Belo Horizonte)|Diário da Tarde]]'', ''[[O Tempo (jornal)|O Tempo]]'' ([[Belo Horizonte]]), ''Jornal Correio de Uberlândia'' ([[Uberlândia]]), ''Jornal da Manhã'' (em [[Uberaba]]), ''O Mantiqueira'' (em [[Poços de Caldas]]), ''[[Tribuna de Minas]]'' (em [[Juiz de Fora]]), ''[[Folha do Sul]]'' (em [[Três Corações]]), ''Diário de Caratinga'' (em [[Caratinga]]), ''[[Jornal de Minas]]'' (em [[São João del-Rei]]) e ''[[O Norte (Montes Claros)|O Norte]]'' (em [[Montes Claros]]).<ref>{{citar web|URL=http://www.ejornais.com.br/jornais_minas_gerais.html |título=Jornais do Estado de Minas Gerais |autor=eJornais |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref> O ''[[Super Notícia]]'', com sede em Belo Horizonte, estava entre os dez de maior circulação no país em 2008, segundo dados do [[Instituto Verificador de Circulação]], ocupando a terceira colocação, com {{fmtn|282213|mil}} exemplares/dia, após a ''[[Folha de S. Paulo]]'' e ''[[O Globo]]''.<ref>{{citar web|url=http://www.direitoacomunicacao.org.br/content.php?option=com_content&task=view&id=4640 |título=Circulação de jornais cresce 5% no Brasil em 2008 |autor=Bárbara Sacchitiello |data=29 de janeiro de 2009 |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref>

O estado também possui uma grande quantidade de emissoras de rádio, tanto [[Rádio AM|AM]] quanto [[Rádio FM|FM]], sendo algumas das principais a [[BH FM]], [[Rádio Globo Minas|Globo Minas]], [[Rádio América (Belo Horizonte)|América]], [[Rádio Itatiaia|Itatiaia]], [[98 FM (Belo Horizonte)|98 FM]], [[Nativa FM]], [[Alvorada FM (Belo Horizonte)|Alvorada]], [[Jovem Pan FM]] e [[BandNews FM Belo Horizonte|BandNews]] — a maioria sediada em Belo Horizonte, mas com retransmissoras em outros municípios.<ref>{{citar web|URL=http://www.radios.com.br/cnt/resultado/13/uf/AM-e-FM |título=MG - Minas Gerais |autor=Rádios.com |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref> A primeira rádio mineira foi a Rádio Sociedade de Juiz de Fora, que foi ao ar em 1° de janeiro de 1926, e em 1927 surge a [[Rádio Mineira]], a primeira da capital mineira. No entanto, a primeira emissora do estado a ter reconhecimento nacional foi a [[Rádio Inconfidência]], criada em 3 de setembro de 1936, notória por suas sessões de auditório e programação diversificada, voltada à população. Também obteve destaque a Rádio Itatiaia, que foi criada em 1951 e é considerada a líder de audiência em sua frequência AM no estado desde a década de 1970, com programação voltada ao jornalismo, esporte e prestação de serviço.<ref>{{citar web|URL=http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2003/www/pdf/2003_NP06_prata_2.pdf |título=A história do rádio em Minas Gerais |autor=Nair Prata |data=9 de setembro de 2003 |publicado=Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://vejabh.abril.com.br/edicoes/radio-itatiaia-se-destaca-nacionalmente-sua-grandiosa-audiencia-cobertura-futebol-736834.shtml |título=Rádio Itatiaia se destaca nacionalmente por sua grandiosa audiência na cobertura do futebol |autor=João Renato Faria |data=27 de março de 2013 |publicado=Veja BH |acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref>

No campo da televisão, a primeira emissora do estado a ter projeção nacional foi a [[TV Itacolomi]], criada na capital mineira em 8 de novembro de 1955. Nesta época, poucos habitantes possuíam aparelho televisor em Minas Gerais, devido ao preço, mas à medida que a emissora aumentava seu raio de transmissão as vendas de telerreceptores cresciam, o que proporcionou o estabelecimento de novas emissoras no estado.<ref name="PUCRS_Itacolomi">{{citar web|URL=http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/10387/7287 |título=Itacolomi – uma TV para Minas Gerais |autor=Cristina Brandão, Flávio Lins e Aline Maia |data=23 de novembro de 2011 |publicado=Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref> Até seu fechamento, em 1980, a Itacolomi fazia parte dos [[Diários Associados]], conglomerado de empresas de mídia do Brasil fundado por [[Assis Chateaubriand]], que também foi o criador da paulista [[TV Tupi São Paulo|TV Tupi]], primeira emissora de televisão do país. Assim como já vinha ocorrendo em São Paulo e no Rio de Janeiro com a Tupi, a TV Itacolomi passa a ter como concorrentes em Minas Gerais, a partir da década de 1960, a [[Rede Excelsior]] (extinta), a [[Rede Globo]] e a [[Rede Record]].<ref name="PUCRS_Itacolomi"/> Atualmente há várias emissoras sediadas no estado, tais como a [[TV Record Minas|Record Minas]], [[TV Paranaíba|Paranaíba]], [[TV Leste]] (afiliadas à Record),<ref>{{citar web|URL=http://comercial.rederecord.com.br/AtlasdeCobertura/EmissorasdaRede/tabid/62/Default.aspx |título=Emissoras da Mede |autor=Rede Record |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref> [[TV Globo Minas]], [[InterTV dos Vales]], [[EPTV Sul de Minas]] (afiliadas à Globo),<ref>{{citar web |URL=http://donosdamidia.com.br/rede/4023 |título=Globo (Rede Globo de Televisão) |autor=Donos da Mídia |acessodata=31 de dezembro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100515005616/http://donosdamidia.com.br/rede/4023# |arquivodata=15 de maio de 2010 |urlmorta=yes }}</ref> [[TV Alterosa Belo Horizonte]] e [[TV Alterosa Leste]] (afiliadas ao [[Sistema Brasileiro de Televisão|SBT]]).<ref>{{citar web|URL=http://rd1.ig.com.br/televisao/sbt-inaugura-mais-uma-afiliada-em-minas-gerais/52741 |título=SBT inaugura mais uma afiliada em Minas Gerais |autor=Renato Moreira |data=3 de agosto de 2011 |publicado=RD1 |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref>

=== Segurança pública e criminalidade ===

As principais unidades das [[Forças Armadas do Brasil|forças armadas]] presentes em Minas Gerais são o [[Exército Brasileiro]], sendo que o estado é integrante do [[Comando Militar do Leste]] (exceto o Triângulo, que pertence ao [[Comando Militar do Planalto]]), com sedes em Belo Horizonte e no [[Rio de Janeiro]];<ref>{{citar web|URL=http://www.exercito.gov.br/web/guest/quarteis;jsessionid=F664F55FA200915650356E34008215FC.lr2 |título=Quartéis por Estado |autor=Exército Brasileiro |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref> a [[Marinha do Brasil]], segundo a qual Minas situa-se no 1º Distrito Naval, com sede no Rio de Janeiro (exceto o sul mineiro, que está jurisdiciado ao 8º Distrito Naval da Marinha do Brasil);<ref>{{citar web|URL=http://www.mar.mil.br/8dn/oms.htm |título=Área de Jurisdição do 8º Distrito Naval |autor=8º Distrito Naval da Marinha do Brasil |publicado=Marinha do Brasil |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref> e a [[Força Aérea Brasileira]], segundo a qual o estado faz parte do [[3º Esquadrão de Transporte Aéreo]].<ref>{{citar web|URL=http://www.decea.gov.br/o-decea/direcao-geral-2/ |título=Direção-Geral |autor=Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref> Assim como os demais estados do Brasil, há dois tipos de corporações policiais que possuem a finalidade de realizar a segurança pública em seu território. São elas: a [[Polícia Militar de Minas Gerais]] (PMMG), que tem função de defesa social,<ref name="PMMG">{{citar web |url=https://www.policiamilitar.mg.gov.br/portal-pm/conteudo.action?conteudo=1286&tipoConteudo=itemMenu |autor=Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) |titulo=Objetivo operacional e Competências legais |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref> e a [[Polícia Civil do Estado de Minas Gerais]], que exerce a função de polícia judiciária e é subordinada ao governo estadual.<ref>{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/s/governomg/8718-orgaos-autonomos/1511-1511/5794/5040 |título=Polícia Civil do Estado de Minas Gerais - PCMG |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref>
[[Ficheiro:Viatura da PMMG em Coronel Fabriciano MG.JPG|thumb|[[Viatura]] da [[Polícia Militar do Estado de Minas Gerais ]] em [[Coronel Fabriciano]], no [[Região Metropolitana do Vale do Aço|Vale do Aço]].]]

De acordo com dados do "[[Mapa da Violência]] 2011", publicado pelo [[Instituto Sangari]] e pelo [[Ministério da Justiça (Brasil)|Ministério da Justiça]], a taxa de homicídios por 100 mil habitantes em Minas Gerais é a terceira menor do Brasil. No entanto, o número de [[homicídio]]s saltou de 8,6 para 19,5 por 100 mil habitantes no período entre 1998 e 2008, fazendo com que o estado permanecesse na 23ª posição, apresentando um aumento de 126,6% no número de assassinatos durante o período pesquisado.<ref name="Mapa da violência">{{citar web |url=http://www.sangari.com/mapadaviolencia/pdf2011/MapaViolencia2011.pdf |arquivourl=https://www.webcitation.org/619lUv1Ph?url=http://www.sangari.com/mapadaviolencia/pdf2011/MapaViolencia2011.pdf# |arquivodata=23 de agosto de 2011 |título=Mapa da Violência 2011 |autor=WAISELFISZ, Julio Jacobo |data=29 de janeiro de 2011 |publicado=Instituto Sangari |acessodata=31 de dezembro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,sp-cai-do-5-para-o-25-mais-violento-e-e-exemplo-de-contencao-de-mortes,683968,0.htm |título=SP cai do 5.º para o 25.º mais violento e é exemplo de contenção de mortes |autor=O Estado de S. Paulo |data=24 de fevereiro de 2011 |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref> Em 2010, de acordo com dados do [[Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada|IPEA]], Minas alcançou a taxa de 18,5 homicídios por 100 mil habitantes, um aumento de 61,4% em relação ao número registrado em 2000, que foi de 11,5 homicídios a cada 100 mil habitantes, sendo que o suportável pela [[Organização Mundial da Saúde]] é de 10 homicídios por 100 mil habitantes.<ref>{{citar web|URL=http://www.otempo.com.br/homic%C3%ADdios-sobem-em-cidades-pequenas-e-estados-do-nordeste-1.764266 |título=Homicídios sobem em cidades pequenas e Estados do Nordeste  |autor=O Tempo |data=21 de dezembro de 2013 |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref> Apesar da pequena queda do número de homicídios entre 2008 e 2010, entre janeiro e setembro de 2013 houve um crescimento de 21% da ocorrência de crimes violentos, como [[sequestro]] e [[estupro]], em relação ao mesmo período de 2012.<ref>{{citar web|URL=http://noticias.r7.com/minas-gerais/crimes-violentos-sobem-21-em-intervalo-de-um-ano-em-minas-gerais-03102013 |título=Crimes violentos sobem 21% em intervalo de um ano em Minas Gerais |autor=R7.com |data=3 de outubro de 2013 |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref>

De acordo com dados do "Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2014", também publicado pelo Instituto Sangari, os dez municípios mineiros com as maiores taxas de homicídios por grupo de 100 mil habitantes são [[São Joaquim de Bicas]] (71,3), [[Mateus Leme]] (63,3), [[Teixeiras]] (61,5), [[Governador Valadares]] (59,0), [[Esmeraldas (Minas Gerais)|Esmeraldas]] (57,8), [[Juatuba]] (56,3), [[Betim]] (55,5), [[Sarzedo (Minas Gerais)|Sarzedo]] (55,3), [[Itaobim]] (52,5) e [[Buritizeiro]] (51,7). São Joaquim de Bicas apareceu na lista das 100 cidades mais violentas do Brasil, ocupando a 80ª posição.<ref name="Violência">{{citar web|url=http://www.mapadaviolencia.org.br/tabelas2014/2014_Homicidio_total.xlsx |título=Número e taxas (por 100 mil) de homicídio em municípios com mais de 20.000 habitantes |autor=Julio Jacobo Waiselfisz |data=2 de julho de 2014 |publicado=Mapa da Violência |acessodata=15 de agosto de 2014 |formato=xls}}</ref> Para reduzir as taxas, diversas medidas vêm sendo tomadas pelo poder público, como a ampliação do efetivo de policiais civis, militares e bombeiros e a implantação de unidades do [[Instituto Médico Legal]] (IML) e batalhões da PM.<ref>{{citar web|URL=http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/08/23/interna_gerais,438519/minas-tera-mais-r-600-milhoes-para-seguranca-publica.shtml |título=Minas terá mais R$ 600 milhões para segurança pública |autor=Pedro Ferreira |data=23 de agosto de 2013 |publicado=Estado de Minas |acessodata=31 de dezembro de 2013}}</ref> O estado também foi o pioneiro na criação de um presídio em [[Parceria público-privada|parceria com a inciativa privada]].<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/11/28/presidio-privado-em-minas-gerais-registra-a-1-fuga.htm|título=Presídio privado em Minas Gerais registra a 1ª fuga |autor=Rayder Bragon|publicado=UOL Notícias|data=28 de novembro de 2013|acessodata=7 de fevereiro de 2014}}</ref>

=== Transportes ===
{{VT|Rodovias de Minas Gerais}}
[[Imagem:3_-_Aeroporto_Internacional_de_BH_-_Foto_Aérea.jpg|thumb|esquerda|[[Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins]]]]
[[Imagem:Rodovia Fernão Dias.jpg|thumb|esquerda|Trecho da [[Rodovia Fernão Dias]] próximo a [[Pouso Alegre]].]]
Em novembro de 2020, o estado de Minas Gerais possuía, além das rodovias municipais, 39.738 km de rodovias estaduais e federais, sendo 29.255 km pavimentados e 2.505 km de rodovias duplicadas. O estado possui rodovias duplicadas que saem da capital [[Belo Horizonte]] e a conectam com São Paulo ([[BR-381]]) e Rio de Janeiro ([[BR-040]]), e em sua parte oeste ([[BR-050]], [[BR-153]] e [[BR-365]] na área conhecida como [[Triângulo Mineiro]], entre os estados de São Paulo e Goiás, próximo a [[Uberaba]] e [[Uberlândia]]). Algumas partes do [[BR-262]] também estão duplicadas. O estado, no entanto, apresenta, em geral, um déficit de duplicações, com trechos de pista única com circulação acima do limite de saturação. Recentemente, em 2022, foi criado um projeto para conceder [[BR-381]] à iniciativa privada, com a intenção de duplicar 215 km entre [[Belo Horizonte]], [[Ipatinga]] e [[Novo Oriente de Minas]].<ref>[http://www.der.mg.gov.br/transportes/rodovias#malha-do-estado DER-MG resumo da malha]</ref><ref>[https://www.itatiaia.com.br/editorias/politica/2022/08/03/antt-apresenta-novo-projeto-da-br-381-com-cinco-pracas-de-pedagio-veja-precos-e-locais?fbclid=IwAR3nYFBlwtA54CfnZHqyko9R-PrBJBZ9_tZwcgHbOZQ29938CC6nXgAAYbo ANTT apresenta novo projeto da BR-381 com cinco praças de pedágio; veja preços e locais]</ref><ref>[https://www.kas.de/documents/265553/265602/KA+Cad+2019.2.pdf/eda7b688-9ae3-2f99-29f1-a8006f777abc?version=1.0&t=1567528762159 Proposta para uma rede brasileira de autoestradas]</ref><ref>[https://www.bain.com/contentassets/7e48e0824a0e4f2ba4542d36c130cef1/infraestrutura-rodoviaria-no-brasil-para-onde-vamos_pt.pdf INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA NO BRASIL: PARA ONDE VAMOS?]</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.der.mg.gov.br/saiba-sobre/rede-rodoviaria/52-malha-do-estado |título=Malha do Estado |autor=Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) |data=6 de janeiro de 2014 |acessodata=14 de janeiro de 2014}}</ref> A grande extensão da malha viária associada ao relevo predominantemente montanhoso — que faz com que haja uma grande quantidade de curvas sinuosas nas estradas — e às condições climáticas típicas do estado faz com que Minas tenha uma considerável taxa de acidentes em relação ao restante do Brasil; situações agravadas pelo fato do estado possuir apenas 31,6% das estradas em condições classificadas como "boa" ou "ótima", segundo informações do [[Confederação Nacional do Transporte|CNT]] de 2010.<ref>{{citar web|URL=http://www.revistaentrevias.com.br/pmateria_capa93.php |título=Estradas de Minas em alerta |autor=Entre Vias |data=23 de novembro de 2011 |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/revista.php?recid=858 |título=Zona de perigo |autor=Daniela Giopato |publicado=O Carreteiro |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref> A frota estadual em 2012 era de {{fmtn|8295192}} veículos, sendo {{fmtn|4602143}} [[Automóvel|automóveis]], {{fmtn|285123}} [[Camião|caminhões]], {{fmtn|52301}} caminhões-trator, {{fmtn|613155}} [[caminhonete]]s, {{fmtn|215545}} caminhonetas, {{fmtn|36174}} [[micro-ônibus]], {{fmtn|1992166}} [[motocicletas]], {{fmtn|205390}} [[motoneta]]s, {{fmtn|63685}} [[ônibus]], {{fmtn|31292}} utilitários, {{fmtn|1843}} [[trator]]es de rodas e outros {{fmtn|196375}} classificados como outros tipos de veículos.<ref>{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=mg&tema=frota2012 |titulo=Frota 2012 |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2012 |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref>

No estado, existem seis aeroportos administrados pelo [[Infraero]]. São eles: o [[Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins]] (em [[Confins]]), o [[Aeroporto da Pampulha - Carlos Drummond de Andrade]] (em [[Belo Horizonte]]), o [[Aeroporto de Belo Horizonte-Carlos Prates]] (em Belo Horizonte), o [[Aeroporto de Uberlândia]] (em [[Uberlândia]]), o [[Aeroporto de Montes Claros]] (em [[Montes Claros]]), e o [[Aeroporto de Uberaba]] (em [[Uberaba]]).<ref>{{citar web|url=http://www.infraero.gov.br/index.php/aeroportos/minas-gerais.html |título=Estado MG |autor=Infraero |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref> Há também outros aeroportos menores, como os de [[Aeroporto de Alfenas|Alfenas]], [[Aeroporto de Araxá|Araxá]], [[Aeroporto de Caxambu|Caxambu]], [[Aeroporto de Diamantina|Diamantina]], [[Aeroporto de Divinópolis|Divinópolis]], Espinosa, [[Aeroporto de Frutal|Frutal]], [[Aeroporto de Governador Valadares|Governador Valadares]], [[Aeroporto de Ipatinga|Ipatinga]], Ituiutaba, [[Aeroporto de Juiz de Fora|Juiz de Fora]], [[Aeroporto de Leopoldina|Leopoldina]], [[Aeroporto de Monte Verde|Monte Verde]], [[Aeroporto de Patos de Minas|Patos de Minas]], [[Aeroporto de Poços de Caldas|Poços de Caldas]], Pouso Alegre, [[Aeroporto de São João del-Rei|São João del-Rei]], [[Aeroporto de Unaí|Unaí]], [[Aeroporto de Varginha|Varginha]], entre outros.<ref>{{citar web|url=http://www.aeroportosdobrasil.com.br/minas_gerais_mg/aeroportos_estado_minas_gerais_mg_brasil.php |título=Aeroportos do Estado de Minas Gerais MG |autor=Aeroportos do Brasil |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref>

Também há transporte hidroviário, sendo que a principal [[hidrovia]] contida no estado é a [[Hidrovia do São Francisco]], cujo curso d'água é navegável desde o município de [[Pirapora]] até [[Juazeiro (Bahia)|Juazeiro]], na [[Bahia]].<ref>{{citar web|URL=http://www.infoescola.com/transporte/hidrovia/ |título=Hidrovia |autor=Marina Martinez |publicado=Info Escola |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref>

O transporte ferroviário, por sua vez, faz-se presente desde o século XIX, quando da construção da [[Estrada de Ferro Central do Brasil]], na década de 1860. Em 1874, foi inaugurada a [[Estrada de Ferro Leopoldina]]. Em 1880, foi fundada a [[Estrada de Ferro Oeste de Minas]] e nas décadas seguintes foram abertas várias outras ferrovias em território mineiro.<ref>{{citar web|URL=http://www.descubraminas.com/Upload/Biblioteca/0000238.pdf |título=As ferrovias em Minas Gerais |autor=Dermeval José Pimenta, Arysbure Batista Eleutério e Hugo Caramuru |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref> A partir da década de 1960, as ferrovias passaram a ser substituídas pelas rodovias, devido à demanda do crescimento da frota automobilística, levando ao fechamento de algumas estradas de ferro e [[Ramal ferroviário|ramais]].<ref>{{citar web|URL=http://www.brasilescola.com/brasil/industrializacao-regiao-sudeste.htm  |título=Industrialização da Região Sudeste |autor=Eduardo de Freitas |publicado=Brasil Escola |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://360graus.terra.com.br/ecoturismo/default.asp?did=31234&action=geral |título=Estrada de ferro Leopoldina: você verá paisagens de tirar o fôlego |autor=360 Graus |data=2 de outubro de 2013 |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.antf.org.br/historico/|titulo=Histórico|acessodata=2022-03-09|website=ANTF|lingua=pt-BR}}</ref> Na década de 1990, ocorre a privatização de todo o sistema ferroviário nacional, desativando os serviços de passageiros restantes em algumas linhas locais.<ref>{{Citar web|url=https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/62554/noticia.htm?sequence=1&isAllowed=y|acessodata=2022-03-09|website=www2.senado.leg.br}}</ref> No entanto, ainda há caminhos de ferro ativos cortando Minas Gerais, sendo hoje utilizados somente para o transporte de carga, como as antigas Estrada de Ferro Central do Brasil, Estrada de Ferro Leopoldina, Estrada de Ferro Oeste de Minas e a [[Ferrovia do Aço]], administradas pelas concessionárias [[MRS Logística]] e [[Ferrovia Centro Atlântica]].<ref>{{citar web|URL=http://www.crea-mg.org.br/03_Gab_GCM_publicaes/Cargas%20e%20passageiros%20Jos%C3%A9%20Ant%C3%B4nio%20Coutinho.ppt. |título=Cargas e passageiros: compartilhamento desafiante para o desenvolvimento sócio-econômico |autor=José Antonio Silva Coutinho |data=23 de novembro de 2010 |publicado=Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref> A [[Estrada de Ferro Vitória a Minas]] (EFVM) é a responsável por escoar a produção da [[Vale S.A.|Vale]] e de outras empresas do estado em direção ao [[Porto de Tubarão]], em [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], no [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], e também opera o único trem de passageiros diário do Brasil que percorre longas distâncias, entre Vitória e Belo Horizonte, interligando outras cidades que também contam com estações.<ref>{{citar web|URL=http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2013/08/ferrovia-vitoria-minas-movimenta-68-milhoes-de-toneladas-em-2013.html |título=Ferrovia Vitória a Minas movimenta 68,5 milhões de toneladas em 2013 |autor=G1 |data=12 de agosto de 2013 |acessodata=1 de janeiro de 2014}}</ref>

== Cultura ==
[[Imagem:Instituto_Inhotim_(7).jpg|thumb|[[Instituto Inhotim]], o maior centro de arte ao ar livre da [[América Latina]].<ref name="estadao">MEDEIROS, Jotabê (25 de março de 2010). ''Inhotim é um trabalho para a posteridade''. Caderno ''Negócios''. Jornal ''[[O Estado de S.Paulo]]''</ref>]]

A ''Secretaria Estadual de Cultura'' (SEC), que foi criada em 1983, durante o governo de [[Tancredo Neves]], e estruturada em 1996, é o órgão vinculado ao [[Governo do Estado de Minas Gerais]] responsável por atuar no setor de cultura do estado, desde seu planejamento financeiro até a execução de projetos e manutenção de [[biblioteca]]s, [[museu]]s e do [[Arquivo Público Mineiro]].<ref>{{citar web|URL=http://www.cultura.mg.gov.br/institucional/2013-08-14-13-03-56/apresentacao |título=A Secretaria |autor=Secretaria Estadual de Cultura (SEC) |data=19 de agosto de 2013 |acessodata=2 de janeiro de 2014}}</ref> A SEC atua em parceria com diversas outras instituições e entidades culturais, diretamente subordinadas ou não ao órgão público, como a [[Palácio das Artes|Fundação Clóvis Salgado]] (FCS), a [[Rede Minas|Fundação TV Minas Cultural e Educativa]], a [[Fundação de Arte de Ouro Preto]] (FAOP), o [[Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais]] (IEPHA-MG) e a [[Rádio Inconfidência]].<ref>{{citar web|URL=http://www.cultura.mg.gov.br/images/2013/institucional/ORGANOGRAMA_geral.jpg |título=Organograma |autor=Secretaria Estadual de Cultura (SEC) |data=19 de agosto de 2013 |acessodata=2 de janeiro de 2014}}</ref>

=== Artes cênicas ===
[[Imagem:Th M Ouro Preto Int.jpg|thumb|direita|Interior do [[Teatro Municipal de Ouro Preto]], que foi inaugurado no século XVIII e é o mais antigo do Brasil.]]
[[Imagem:Palácio das Artes, Belo Horizonte, Brasil (cropped).jpg|thumb|direita|Fachada do [[Palácio das Artes]] de Belo Horizonte, um dos maiores núcleos culturais da [[América Latina]].]]
Minas Gerais conta com vários espaços, projetos e eventos dedicados ao fomento das áreas teatral e de dança. O estado é berço de uma considerável gama de grupos teatrais de sucesso nacional ou mesmo internacional, tais como o [[Grupo Galpão]],<ref>VILAS BÔAS, C. A.; SILVA, P. F. C. ''Do clássico às ruas:o Grupo Galpão sob o olhar do espectador''. PUC Minas – Revista de Turismo, Belo Horizonte, v. 3, n. 4, nov. 2008.</ref> o [[Grupo Giramundo|Giramundo Teatro de Bonecos]],<ref name="em">REIS, Sérgio Rodrigo Reis. (1º de abril de 2010). ''Sonho e realidade''. Caderno ''EM Cultura''. Jornal ''[[Estado de Minas]]''</ref> o [[Grupo Corpo]]<ref>{{citar web|URL=http://www.grupocorpo.com.br/companhia/historico |título=Histórico |autor=Grupo Corpo |acessodata=3 de janeiro de 2014}}</ref> e [[Grupo Ponto de Partida|Ponto de Partida]].<ref name="Governo_Cultura">{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/5653-artes-cenicas/60841-teatro/5146/5240 |título=Teatro |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=3 de janeiro de 2014}}</ref> Muitos deles têm suas origens e manutenção ligadas à formação artística profissional e a mecanismos municipais e estaduais de incentivo cultural; o [[Grupo Divulgação]], de [[Juiz de Fora]], por exemplo, nasceu na Faculdade de Filosofia e Letras da [[Universidade Federal de Juiz de Fora]] (UFJF).<ref name="Governo_Cultura"/> A Companhia de Dança Palácio das Artes, fundada em Belo Horizonte em 1971, é um dos grupos profissionais mantidos pela [[Fundação Clóvis Salgado]] e ocasionalmente está presente em palcos nacionais e internacionais.<ref>{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/artes-cenicas/5673-danca/8202-danca/5146/5044 |título=Dança |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=3 de janeiro de 2014}}</ref>

Em Minas Gerais, situam-se alguns dos maiores espaços teatrais do Brasil, tais como o [[Teatro Municipal de Ouro Preto]], que também é o teatro mais antigo das [[América]]s, inaugurado no século XVIII;<ref>{{citar web|URL=http://defender.org.br/noticias/minas-gerais-teatro-mais-antigo-das-americas-ganha-homenagem-em-ouro-preto/ |título=Minas Gerais – Teatro mais antigo das Américas ganha homenagem em Ouro Preto |autor=Defender.org |acessodata=3 de janeiro de 2014}}</ref> o [[Cine-Theatro Central]], em Juiz de Fora, cuja importância arquitetônica e histórica culminou no tombamento pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional|IPHAN]];<ref>{{citar web|URL=http://www.theatrocentral.com.br/historia/tombamento |título=Tombamento |autor=Cine-Theatro Central |acessodata=3 de janeiro de 2014}}</ref> o [[Palácio das Artes]] de Belo Horizonte, que é considerado como o maior centro de produção, formação e difusão cultural do estado e um dos maiores da [[América Latina]], sendo mantido pela Fundação Clóvis Salgado, que oferece à população uma série de programações artísticas e de atividades educativas;<ref>{{citar web|URL=http://fcs.mg.gov.br/espacos-culturais/apresentacao/ |título=Apresentação |autor=Fundação Clóvis Salgado |acessodata=3 de janeiro de 2014}}</ref> o [[Centro Cultural Usiminas]], em Ipatinga, considerado como um dos mais modernos do país e mantido pelo Instituto Cultural [[Usiminas]];<ref>{{citar web |URL=http://www.institutoculturalusiminas.com/irj/portal?NavigationTarget=navurl://3ffb50d3702b3712cb4c81387dde0d79 |título=Centro Cultural Usiminas |autor=Instituto Cultural Usiminas |acessodata=3 de janeiro de 2014 |arquivourl=https://www.webcitation.org/6NPFm2vUt?url=http://www.institutoculturalusiminas.com/irj/portal?NavigationTarget=navurl%3A%2F%2F3ffb50d3702b3712cb4c81387dde0d79# |arquivodata=15 de fevereiro de 2014 |urlmorta=yes }}</ref> e o [[Centro Cultural Banco do Brasil]], em Belo Horizonte, mantido pelo [[Banco do Brasil]].<ref>{{citar web|URL=http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2013/08/centro-cultural-banco-do-brasil-e-inaugurado-em-belo-horizonte.html |título=Centro Cultural Banco do Brasil é inaugurado em Belo Horizonte |autor=G1 |data=27 de agosto de 2013 |acessodata=3 de janeiro de 2014}}</ref>

São vários os eventos artísticos do estado em que os grupos e artistas demonstram suas atividades, sendo realizados tanto nos espaços culturais quanto ao ar livre. Na capital mineira, são alguns exemplos o [[Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua]] (FIT-BH), o [[Festival Internacional de Teatro de Bonecos]], o Festival Internacional de Dança (FID), o [[Festival Internacional de Corais]] (FIC), o [[Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte|Festival Internacional de Curtas]], o [[Festival Mundial de Circo do Brasil]] e o [[Festival Internacional de Quadrinhos]].<ref>{{citar web |url=http://fr.pbh.gov.br/?q=pt-br/content/bh-cidade-dos-festivais-0 |arquivourl=https://www.webcitation.org/5wkOZIImE?url=http://fr.pbh.gov.br/?q=pt-br%2Fcontent%2Fbh-cidade-dos-festivais-0# |arquivodata=24 de fevereiro de 2011 |título=BH: cidade dos festivais |autor=Prefeitura de Belo Horizonte |acessodata=3 de janeiro de 2014 |urlmorta=no }}</ref><ref>{{citar web |url=http://bhol.com.br/10-edicao-fit-belo-horizonte |arquivourl=https://www.webcitation.org/5wkOakp81?url=http://bhol.com.br/10-edicao-fit-belo-horizonte# |arquivodata=24 de fevereiro de 2011 |título=10ª edição do FIT em Belo Horizonte |autor=BH OnLine |data=9 de julho de 2010 |acessodata=19 de fevereiro de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> No interior do estado, destaca-se a realização da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, com espetáculos teatrais em Juiz de Fora e no [[Região Metropolitana do Vale do Aço|Vale do Aço]];<ref>{{citar web|URL=http://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2013/02/ipatinga-recebe-10-campanha-de-popularizacao-do-teatro-e-da-danca.html |título=Ipatinga recebe a 10ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança |autor=G1 |data=21 de fevereiro de 2013 |acessodata=3 de janeiro de 2014}}</ref> e o [[Festival de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais]], com oficinas de iniciação e atualização, espetáculos, peças de teatro e exposições em vários municípios do estado, como [[Diamantina]] e [[Cataguases]].<ref>Magioli, Ailton. (20 de junho de 2010). ''Eterno laboratório''. Jornal ''[[Estado de Minas]]''. Caderno ''EM Cultura''</ref>

=== Música, cinema e literatura ===
[[Imagem:Skank (2007) A.jpg|thumb|esquerda|Banda mineira [[Skank]] durante uma apresentação em 2007.]]
[[Imagem:Selton Mello.jpg|thumb|esquerda|O ator mineiro [[Selton Mello]] na 5ª edição do [[Prêmio Bravo! Prime de Cultura]], em 2009.]]
A música se faz presente em Minas Gerais desde o período colonial. Os primeiros instrumentos musicais a adentrarem o estado foram trazidos pela [[Companhia de Jesus]] na segunda metade do século XVI, com objetivo de converterem os indígenas aos costumes europeus, difundindo a [[música barroca]]. Por décadas, os jesuítas foram responsáveis tanto pelo ensinamento da gramática e do latim quanto pela alfabetização musical nas escolas.<ref>{{citar web|URL=http://www.fumec.br/revistas/index.php/pretexto/article/download/410/406 |título=Breve histórico da música antiga em Minas Gerais |autor=Renato Somberg Pfeffer e Moisés Luna |data=9 de junho de 2005 |publicado=Universidade FUMEC |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref> No século XVIII destacou-se a obra sacra de [[Lobo de Mesquita]]<ref>{{citar web|URL=http://www.cidadeshistoricas.art.br/hac/artmus_05_p.php |título=Lobo de Mesquita |autor=Cidades Históricas |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref> e, no XIX, a de [[João de Deus de Castro Lobo]],<ref>[https://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/174 CASTAGNA, Paulo. Produção musical e atuação profissional de João de Deus de Castro Lobo (1794-1832): do desaparecimento de seus autógrafos à transmissão de sua música pelas redes sociais. ''Opus: Revista Eletrônica da ANPPOM'', v.18, n.1, jun. 2012, p.9-40. ISSN: 1517-7017.]</ref> cujas obras estão disponibilizadas, dentre outras, nas séries [[Acervo da Música Brasileira]] e [[Patrimônio Arquivístico-Musical Mineiro]]. A partir do século XIX, as bandas de música se desenvolvem a ponto de serem hoje um dos marcos de identidade cultural do estado. Na primeira metade do [[século XX]], destacam-se o [[samba]], a [[bossa nova]], o [[choro|chorinho]] e as [[marchinhas]] com os compositores [[Ary Barroso]], de [[Ubá]], e [[Ataulfo Alves]], de [[Miraí]].<ref>{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/conheca-minas/5659-musica/5146/5044 |título=Música |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.sambademinas.com.br/place/cachaca-com-arnica/ |título=Cachaça com Arnica |autor=Samba de Minas |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref> Na década de 1970, surge em Belo Horizonte o movimento [[Clube da Esquina]], cujas maiores influências eram a bossa nova e os [[The Beatles|Beatles]].<ref>{{citar web|URL=http://www.revistas.usp.br/revusp/article/download/13827/15645 |título=Nada ficou como antes |autor=Ivan Vilela|autorlink=Ivan Vilela |data=23 de novembro de 2010 |publicado=Universidade de São Paulo (USP) |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref> Na década de 80, destacaram-se mundialmente [[Sepultura (banda)|Sepultura]] e [[Sarcófago (banda)|Sarcófago]]<ref>{{citar web|URL=http://www.portalsucesso.com.br/noticias/polysom-relanca-classicos-do-metal-brasileiro |título=Polysom relança clássicos do metal brasileiro |autor=Portal Sucesso |data=18 de setembro de 2013 |acessodata=7 de janeiro de 2014}}</ref> e na década de 90, surgem [[Skank]], [[Jota Quest]], [[Pato Fu]] e [[Tianastácia]].<ref>{{citar web|URL=http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2000/not20001010p3892.htm |título=Tianastácia quer firmar-se no mercado nacional |autor=O Estado de S. Paulo |data=10 de outubro de 2000 |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref> Às primeiras décadas do século XXI, surgem artistas musicais como [[César Menotti & Fabiano]], [[Paula Fernandes]] e [[Marina Sena]].<ref>{{citar web|url=https://novabrasilfm.com.br/notas-musicais/marina-sena-a-estrela-mineira-que-conquistou-o-brasil-e-a-internet|titulo=Marina Sena: A estrela mineira que conquistou o Brasil e a internet|data=10 de dezembro de 2022|acessodata=3 de agosto de 2024|website=novabrasilfm}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://redeglobo.globo.com/globominas/noticia/2011/03/globo-minas-exibe-clipes-de-artistas-mineiros-na-programacao.html |título=Globo Minas exibe clipes de artistas mineiros na programação |autor=Globo Minas |data=11 de março de 2011 |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref>

No cinema mineiro, os nomes de [[Humberto Mauro]] e [[João Carriço]] se destacam por serem os pioneiros do cinema nacional. Humberto Mauro iniciou suas primeiras filmagens em 1925 em [[Cataguases]], mudando-se para o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]. Seu contemporâneo João Carriço, com o lema "Cinema para o povo", lançou a Carriço Filmes, em Juiz de Fora, produzindo cinejornais e documentários no início do século XX.<ref>{{citar web|url=http://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=2952 |título=Livro sobre João Carriço retrata a trajetória de um dos pioneiros do cinema em Minas Gerais |autor=Prefeitura de Juiz de Fora |acessodata=19 de outubro de 2007}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.tribunademinas.com.br/nosso-cinema-n-o-falhara-1.1293304 |título='Nosso cinema não falhará' |autor=Mauro Morais |data=12 de junho de 2013 |publicado=Tribuna de Minas |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref> No período do [[Cinema Novo]] e do [[Cinema Marginal]], desponta o nome de [[Carlos Alberto Prates Correia]], um dos principais realizadores da história do estado, autor de filmes evocadores da paisagem, da cultura e do povo mineiro, como os inventivos ''[[Perdida]]'', ''[[Cabaret Mineiro]]'' e ''[[Noites do Sertão (filme)|Noites do Sertão]]''.<ref>{{citar web|URL=http://filmespolvo.com.br/site/artigos/cinetoscopio/493 |título=Por uma estética sertaneja, ou, sobretudo, por um projeto estético mineiro |autor=Leonardo Amaral |publicado=Filmes Povo |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref> Finalmente, no cinema contemporâneo, ressaltam-se [[Cao Guimarães]] produtor de curtas premiados no mundo inteiro;<ref>{{citar web|URL=http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1321&cd_idioma=28555 |título=Guimarães, Cao (1965) |autor=Itaú Cultural |data=1 de outubro de 2013 |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref> [[Helvécio Ratton]], diretor de entre outros filmes ''[[Menino Maluquinho - O Filme|Menino Maluquinho]]'' e ''[[Pequenas Histórias]]'';<ref>{{citar web|URL=http://guia.folha.uol.com.br/cinema/ult10044u421620.shtml |título="Pequenas Histórias" reúne contos que valorizam a tradição oral |autor=Folha de S. Paulo |data=12 de julho de 2013 |publicado=Folha Online |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref> e [[Selton Mello]], que atuou em filmes como ''[[Guerra de Canudos (filme)|Guerra de Canudos]]'', ''[[O Que É Isso, Companheiro? (filme)|O Que É Isso, Companheiro?]]'', ''[[O Palhaço]]'', ''[[O Cheiro do Ralo (filme)|O Cheiro do Ralo]]'' e ''[[Meu Nome Não é Johnny]]''.<ref>{{citar web|URL=http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/espaco-de-cinema/platb/2012/09/24/o-palhaco-e-uma-grande-homenagem-a-minha-profissao-afirma-selton-mello/ |título=Jonatas Oliveira |autor=“’O Palhaço’ é uma grande homenagem à minha profissão”, afirma Selton Mello |data=24 de setembro de 2012 |publicado=G1 |acessodata=6 de janeiro de 2014}}</ref>

A [[literatura]] mineira, por sua vez, teve bastante contribuição para a primeira geração literária brasileira, ainda no século XVIII. As obras oriundas do estado tinham ideais [[Bucolismo|bucólicos]], visando a representar paisagens locais, sendo os principais autores da época [[Tomás Antônio Gonzaga]], [[Alvarenga Peixoto]] e [[Cláudio Manoel da Costa]]. Com o [[Romantismo]] e o [[Simbolismo]], no século XIX, ganham destaque as obras de [[Bernardo Guimarães]] e [[Alphonsus de Guimaraens]]. No século XX, Minas conquista grande espaço no cenário literário brasileiro, revelando nomes como [[Carlos Drummond de Andrade]], [[Emílio Moura]] e [[João Guimarães Rosa]], que contribuíram para o auge do [[Modernismo no Brasil]]. Entre a segunda metade do século XX e a contemporaneidade, ressaltam-se [[Abgar Renault]], [[Cyro dos Anjos]], [[Murilo Rubião]], [[Luiz Vilela]],<ref>{{citar web|URL=http://www.em.com.br/app/noticia/pensar/2021/08/27/interna_pensar,1299871/novo-livro-reune-contos-de-luiz-vilela.shtml |título=Novo livro reúne contos de Luiz Vilela |autor=Estado de Minas Gerais |acessodata=19 de outubro de 2021}}</ref> [[Affonso Romano de Sant'Anna]], [[Murilo Mendes]], [[Otto Lara Resende]], [[Paulo Mendes Campos]], [[Fernando Sabino]], [[Henriqueta Lisboa]], [[Affonso Ávila]], [[Oswaldo França Júnior]], [[Roberto Drummond]], [[Bartolomeu Campos de Queirós]] e [[Ziraldo]].<ref>{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/5658-literatura/60828-literatura/5146/5044 |título=Literatura |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=7 de janeiro de 2014}}</ref>

=== Folclore, artesanato e culinária ===
{{Artigo principal|Folclore em Minas Gerais|Culinária de Minas Gerais}}
[[Imagem:Namoradeira.jpg|thumb|direita|A "[[Namoradeira]]", escultura artesanal típica de Minas Gerais.]]
[[Imagem:Pão de queijo.jpg|thumb|direita|O [[pão de queijo]] é um prato típico da culinária mineira.]]
A religiosidade tem influência marcante nas principais manifestações culturais do povo mineiro, principalmente nas festas folclóricas. Dentre as tradições presentes no estado, destacam-se o [[Congado]], que reúne danças herdadas dos costumes [[África|africanos]], difundidos pelos escravos, com as tradições católicas dos colonizadores; as comemorações da [[Folia de Reis]], que celebram desde o nascimento de [[Jesus]] até a visita dos [[Três Reis Magos]] através de procissões e visitas a casas; as "Pastorinhas", que são meninos e meninas que visitam os [[presépio]]s nas casas, assim como se fazia em [[Belém (Palestina)|Belém]] na época do nascimento de Jesus; o [[bumba meu boi]], que simboliza a morte e renascimento do boi; a Festa do Divino, em homenagem ao [[Espírito Santo|Divino Espírito Santo]]; as [[Cavalhadas]], representando os combates e guerras travadas entre [[mouros]] e [[cristão]]s; a [[Dança de São Gonçalo]]; e as [[quadrilha (dança)|quadrilhas]], nas [[Festa junina|festas juninas]].<ref>{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/conheca-minas/5941-folclore/5146/5044 |título=Folclore e Folguedos de Minas |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=8 de janeiro de 2014}}</ref>

Boa parte da produção artesanal mineira tem ligação às tradições culturais do estado, como na representação de imagens de santos ou personagens históricos.<ref name="Governo_Artesanato"/> O artesanato está presente em diversas regiões de Minas Gerais, com produção baseada em [[Esteatito|pedra-sabão]], [[cerâmica]], [[madeira]] e fibras vegetais, [[argila]], [[prata]] e [[estanho]]. Em [[Tiradentes (Minas Gerais)|Tiradentes]] destacam-se os objetos em prata; na região do [[Vale do Jequitinhonha]] são feitas peças em madeira e principalmente cerâmica; em [[Ouro Preto]], [[Congonhas]], [[Mariana]] e [[Serro]] há considerável presença dos trabalhos em pedra-sabão; em Ouro Preto e [[Viçosa (Minas Gerais)|Viçosa]] são produzidos utensílios com cobre e outros metais; e em todo o estado são encontrados [[bordado]]s, trançados em talas, bambu e fibras têxteis, [[crochê]]s e [[tricô]]s, além da madeira.<ref name="Governo_Artesanato">{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/conheca-minas/5654-artesanato/5146/5044 |título=Artesanato |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=9 de janeiro de 2014}}</ref>

Na cozinha mineira, por sua vez, a [[carne de porco]] é muito presente, sendo famosos o [[Tutu de feijão|tutu]] com [[Lombo (gastronomia)|lombo]] de porco, a costelinha de porco e o leitão à [[pururuca]]. Também são apreciados a [[vaca atolada]], o [[feijão tropeiro]] com [[torresmo]], a [[canjiquinha]] com carne (de boi ou porco), [[linguiça]] e [[couve]], o [[frango ao molho pardo]] com [[angu]] de [[fubá]], o frango com [[quiabo]] ensopado e arroz com [[pequi]]. São famosos os doces mineiros, especialmente o [[doce de leite]], a [[goiabada]] e a [[paçoca]]. O [[pão de queijo]], os [[queijo]]s  (e seu [[Modo artesanal de fazer queijo em Minas Gerais|modo artesanal de preparo]]) e o [[café]] também estão entre as principais referências da cozinha mineira. Muitos pratos têm origens indígenas, cuja culinária era predominantemente à base de mandioca e milho e teve incremento dos costumes europeus, com a introdução dos ovos, do vinho, dos quentes e dos doces.<ref>{{citar web |URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/conheca-minas/5655-cozinha-mineira/5146/5044 |título=Cozinha Mineira |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=9 de janeiro de 2014 |arquivourl=https://www.webcitation.org/6Mzan1AyI?url=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/conheca-minas/5655-cozinha-mineira/5146/5044# |arquivodata=29 de janeiro de 2014 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Arquitetura ===
[[Imagem:Conjunto arquitetônico e urbanístico de Ouro Preto.JPG|thumb|esquerda|[[Museu da Inconfidência]] e [[Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Ouro Preto)|Igreja de Nossa Senhora do Carmo]], na [[Cidade Histórica de Ouro Preto]], considerada um [[Patrimônio da Humanidade]] pela [[UNESCO]].]]
Durante o período colonial, a riqueza oriunda do ouro e dos diamantes propiciou o surgimento de cidades que tinham como característica o dinamismo cultural. Nesse contexto, desenvolveram-se as cidades e a [[Arquitetura colonial do Brasil|arquitetura colonial]], cujas obras permanecem como sendo alguns dos conjuntos mais notáveis deste período da história brasileira. As casas das cidades mineiras eram construídas com aspectos uniformes entre si e, usualmente, ocupavam todo o terreno. As ruas estreitas se adaptavam à topografia acidentada do território mineiro. Dada a influência da Igreja Católica, muitas igrejas foram erguidas nas cidades e vilas da época, com características arquitetônicas notáveis típicas do período [[Barroco mineiro|barroco]]. Merecem destaque, especialmente, as obras de [[Antônio Francisco Lisboa]], o Aleijadinho, notável por seu estilo peculiar refletido nas esculturas, obras arquitetônicas e entalhes do final do período colonial. Os principais remanescentes desta fase da arquitetura mineira são o [[Santuário de Bom Jesus de Matosinhos]] (em [[Congonhas]], com obras de Aleijadinho), o [[Cidade Histórica de Ouro Preto|centro histórico de Ouro Preto]] e de [[Centro Histórico de Diamantina|de Diamantina]] (todos declarados [[patrimônio da humanidade|patrimônios da humanidade]] pela [[UNESCO]]), além da [[Igreja de São Francisco de Assis (São João del-Rei)|Igreja de São Francisco de Assis]] em [[São João del-Rei]].<ref>{{citar web|url=http://archiinbrazil.wordpress.com/colonial/|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MKqvqvGM?url=http://archiinbrazil.wordpress.com/colonial/#|arquivodata=2 de janeiro de 2014|título=Arquitetura Colonial|autor=Archi in Brazil|acessodata=2 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://portal.iphan.gov.br/files/johnbury.pdf|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MKr1pBh7?url=http://portal.iphan.gov.br/files/johnbury.pdf#|arquivodata=2 de janeiro de 2014|título=Arquitetura e Arte no Brasil Colonial|autor=John Bury|publicado=Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional|formato=PDF|acessodata=2 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://ufpa.br/forumlandi/PT/Contesto/ArchitetturaColoniale.html|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MKrdfIob?url=http://ufpa.br/forumlandi/PT/Contesto/ArchitetturaColoniale.html#|arquivodata=2 de janeiro de 2014|título=A arquitetura colonial|autor=Universidade Federal do Pará|acessodata=2 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref> Já no fim do período colonial, houve a transição para o [[Neoclassicismo no Brasil|período neoclássico]]. Contudo, tal estilo não foi tão marcante em território mineiro, deixando traços em algumas construções como na [[Museu da Inconfidência#O prédio histórico|Casa da Câmara e Cadeia de Ouro Preto]] e na fachada da [[Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar (Nova Lima)|Igreja de Nossa Senhora do Pilar]] em [[Nova Lima]].<ref name="arquitetura">{{citar web|url=http://descubraminas.com.br/Cultura/Pagina.aspx?cod_pgi=1345|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MLmwi46p?url=http://descubraminas.com.br/Cultura/Pagina.aspx?cod_pgi=1345#|arquivodata=3 de janeiro de 2014|título=Arquitetura Civil - Século 19|autor=Descubra Minas|acessodata=3 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref>

[[Imagem:Olhar sobre a Lagoa da Pampulha.jpg|thumb|direita|[[Conjunto Arquitetônico da Pampulha]], criado por [[Oscar Niemeyer]], e [[Mineirão]]]]Posteriormente, a partir das últimas décadas do século XIX, o [[ecletismo]] europeu passa a influenciar as obras arquitetônicas do estado, que passava por um surto de desenvolvimento graças à atividade cafeeira e à pecuária. Em um primeiro momento, tal estilo ainda sofre influência do neoclassicismo, apresentando contornos suaves. Somente a partir do século XX, o ecletismo passa a apresentar uma estética rebuscada, além de permitir uma vasta gama de combinações estilísticas influenciada sobretudo pela arte europeia, que se estendem até a década de 1940. No [[período entreguerras]] chega ao estado a tendência mundial do ''[[art déco]]'', que valorizava em sua estética a abstração, a linha, a forma, o volume e a cor e que se beneficiou pelas inovações construtivas, como a utilização do concreto armado. Contudo, uma grande revolução viria com os projetos de [[Oscar Niemeyer]] que, ao conceber o [[Conjunto Arquitetônico da Pampulha]], buscou a criação de formas simples e úteis, com suas características curvas. Na década de 50, o arquiteto concebeu outras obras notáveis, como o [[Edifício Niemeyer]]. Ao mesmo tempo chegam a Minas novos conceitos do nascente [[International style (arquitetura)|Estilo Internacional]], além do surgimento da [[arquitetura modernista no Brasil]]. Desde então, as construções passaram a integrar como princípios a funcionalidade e integração com seus arredores. Um dos mais recentes e notáveis projetos arquitetônicos no estado é a [[Cidade Administrativa de Minas Gerais]], projetada por Oscar Niemeyer e concluída em 2010.<ref name="arquitetura" /><ref>{{citar web|url=http://descubraminas.com.br/Cultura/Pagina.aspx?cod_pgi=1358|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MLn5kyRF?url=http://descubraminas.com.br/Cultura/Pagina.aspx?cod_pgi=1358#|arquivodata=3 de janeiro de 2014|título=Arquitetura Civil - Século 20|autor=Descubra Minas|acessodata=3 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref>

=== Turismo ===
{{AP|Turismo em Minas Gerais}}
[[Imagem:Cachoeira Grande - Serra do Cipó.jpg|thumb|esquerda|upright|Cachoeira na [[Serra do Cipó]].]]

Um dos mais importantes [[circuito turístico|circuitos turísticos]] de Minas Gerais é a [[Estrada Real (turismo)|Estrada Real]], que passa pelos antigos caminhos utilizados para transportar o ouro das minas, que liga a região central do estado às cidades do [[Rio de Janeiro]] e [[Parati]]. Os diferentes roteiros deste circuito apresentam atrativos históricos, culturais e naturais para seus visitantes.<ref>{{citar web|url=http://www.descubraminas.com.br/Turismo/EstradaReal.aspx|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MMQEiDb2?url=http://www.descubraminas.com.br/Turismo/EstradaReal.aspx#|arquivodata=3 de janeiro de 2014|título=Estrada Real|autor=Descubra Minas|acessodata=3 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref> Outro aspecto notável do turismo mineiro inclui a visitação às cidades históricas, as quais conservam as construções do museu colonial além de incluírem museus e espaços culturais que revelam o passado dessas localidades. Destas cidades, destaca-se [[Ouro Preto]], onde encontra-se o [[Museu da Inconfidência]].<ref name="turismo">{{citar web|url=http://www.turismo.mg.gov.br/duvidas-frequentes/210-quais-sao-os-principais-segmentos-turisticos-de-minas-gerais|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MMRWr1ZY?url=http://www.turismo.mg.gov.br/duvidas-frequentes/210-quais-sao-os-principais-segmentos-turisticos-de-minas-gerais#|arquivodata=3 de janeiro de 2014|título=Os principais segmentos turísticos de Minas Gerais|autor=Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais|acessodata=3 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref>

O relevo do estado, com abundância de picos e serras (especialmente os grandes picos), além da grande quantidade de [[gruta]]s e [[caverna]]s, rios e lagos naturais e artificiais e a riqueza da fauna e flora estadual atraem praticantes do [[ecoturismo]] e também do [[turismo de aventura]]. Outro segmento relevante é o [[turismo rural]], já que Minas é um dos estados que mais possuem empreendimentos voltados para esta finalidade.<ref name="turismo" /> Na região central do estado, além das cidades históricas e da capital, encontram-se parques nacionais como o [[Parque Nacional da Serra do Cipó|Serra do Cipó]], além do [[Centro de Arte Contemporânea Inhotim|Museu de Inhotim]], que possui um dos maiores acervos de [[arte contemporânea]] do país.<ref>{{citar web|url=http://www.descubraminas.com.br/Turismo/RegiaoTuristicaDetalhe.aspx?cod_regiaoturistica=1|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MNHtx7Bz?url=http://www.descubraminas.com.br/Turismo/RegiaoTuristicaDetalhe.aspx?cod_regiaoturistica=1#|arquivodata=4 de janeiro de 2014|título=Região Central|autor=Descubra Minas|acessodata=4 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref> No sul do estado, encontra-se o [[Circuito das Águas (Minas Gerais)|Circuito das águas]], conhecido por suas estâncias minerais.<ref>{{citar web|url=http://www.descubraminas.com.br/Turismo/RegiaoTuristicaDetalhe.aspx?cod_regiaoturistica=3|título=Sul de Minas|autor=Descubra Minas|acessodata=4 de janeiro de 2014}}</ref>

Destaca-se ainda o [[turismo de negócios]] que está em franca expansão, uma vez que nos últimos anos grandes eventos de projeção internacional foram realizados no estado. Em especial, destaca-se nesse segmento a cidade de Belo Horizonte, que atrai cada vez mais feiras, congressos e reuniões, o que pode ser atribuído à infraestrutura e à importante rede hoteleira da cidade. Outras cidades do interior (como Juiz de Fora, Uberaba e Uberlândia) também oferecem opções para a realização de eventos de negócios de grande porte.<ref name="turismo" />

=== Esportes ===
[[Imagem:Mineirão (Top View).jpg|thumb|Vista aérea do [[Mineirão]] em Belo Horizonte.]]
O [[futebol]] é um dos esportes mais populares no estado de Minas Gerais, tendo como principais equipes [[Clube Atlético Mineiro|Atlético]], [[Cruzeiro Esporte Clube|Cruzeiro]], [[América Futebol Clube (Belo Horizonte)|América]], [[Villa Nova Atlético Clube|Villa Nova]], [[Tupi Football Club|Tupi]], [[Ipatinga Futebol Clube|Ipatinga]], [[Boa Esporte Clube|Boa Esporte]] e [[Associação Atlética Caldense|Caldense]]. A [[Federação Mineira de Futebol]] é a entidade responsável por organizar a competição mais tradicional do estado, o [[Campeonato Mineiro de Futebol|Campeonato Mineiro]], cuja primeira edição foi realizada em 1915.<ref>{{citar web|url=http://www.fmfnet.com.br/novoportal/menu-central-ultimas-noticias/6343-campeonato-mineiro-modulo-i-2014-01-14t19-12-48-851z.html|título=Campeonato Mineiro - Módulo I|autor=Federação Mineira de Futebol|acessodata=8 de fevereiro de 2014}}</ref> Outra competição tradicional é a Taça Minas Gerais que, por falta de interesse das agremiações mineiras, não foi realizada no ano de 2013.<ref>{{citar web|url=http://www.fmfnet.com.br/novoportal/menu-central-ultimas-noticias/6241-campeonato-mineiro-2014-2013-11-07t21-36-58-406z.html|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MLxAVYk8?url=http://www.fmfnet.com.br/novoportal/menu-central-ultimas-noticias/6241-campeonato-mineiro-2014-2013-11-07t21-36-58-406z.html#|arquivodata=3 de janeiro de 2014|título=Campeonato Mineiro 2014|autor=Federação Mineira de Futebol|data=8 de novembro de 2013|acessodata=3 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2013/09/sem-clubes-interessados-taca-minas-gerais-2013-e-cancelada-oficialmente.html|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MLxJ8aOO?url=http://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2013/09/sem-clubes-interessados-taca-minas-gerais-2013-e-cancelada-oficialmente.html#|arquivodata=3 de janeiro de 2014|título=Sem clubes interessados, Taça Minas Gerais 2013 é cancelada oficialmente|autor=Gullit Pacielle|local=Uberlândia|data=13 de setembro de 2013|publicado=GloboEsporte.com|acessodata=3 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref> Dentre os maiores estádios de futebol do estado, destacam-se o [[Estádio Independência|Independência]] na capital, [[Estádio Municipal João Havelange|Parque do Sabiá]] em [[Uberlândia]], [[Estádio Municipal Radialista Mario Helênio|Mário Helênio]] em [[Juiz de Fora]], [[Estádio Municipal Prefeito Dilzon Luiz de Melo|Melão]] em [[Varginha]], [[Estádio Joaquim Henrique Nogueira|Arena do Jacaré]] em [[Sete Lagoas]] e o [[Estádio Municipal João Lamego Netto|Ipatingão]], além do [[Estádio Governador Magalhães Pinto]], o Mineirão, que foi uma das arenas da [[Copa do Mundo FIFA de 2014]].<ref>{{citar web|url=http://cruzeiro.org/blog/os-melhores-estadios-de-minas/|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MLyyQtyl?url=http://cruzeiro.org/blog/os-melhores-estadios-de-minas/#|arquivodata=3 de janeiro de 2014|título=Os melhores estádios de Minas|autor=Cruzeiro.org|data=10 de fevereiro de 2007|acessodata=4 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref><ref>{{citar web|url=http://pt.fifa.com/worldcup/destination/stadiums/stadium=771/index.html|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MLz6DMQh?url=http://pt.fifa.com/worldcup/destination/stadiums/stadium=771/index.html#|arquivodata=3 de janeiro de 2014|título=Estádio Mineirão - Belo Horizonte|autor=FIFA|acessodata=3 de janeiro de 2014|urlmorta=yes}}</ref>

A Federação Mineira de Voleibol é a responsável pela organização das competições de [[vôlei]] no estado que possui o maior número de atletas registrados como praticantes desse esporte.<ref>{{citar web|url=http://fmvolei.org.br/institucional|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MMLJz5cz?url=http://fmvolei.org.br/institucional#|arquivodata=3 de janeiro de 2014|título=Institucional|autor=Federação Mineira de Vôlei|acessodata=4 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref> Existe ainda a [[Federação Mineira de Basketball]], que organiza as competições do esporte, além de buscar difundi-lo pelo estado.<ref>{{citar web|url=http://www.basketmg.com.br/Site/Histórico.aspx|título=História|autor=Federação Mineira de Basketball|acessodata=4 de janeiro de 2014}}</ref> Anualmente são realizados os [[Jogos Escolares de Minas Gerais]], na qual competem escolas em vários níveis, desde etapas municipais até as finais estaduais.<ref>{{citar web|url=http://jogosescolares.esportes.mg.gov.br/jemg/organizacao/|arquivourl=https://www.webcitation.org/6MMNxQ5tf?url=http://jogosescolares.esportes.mg.gov.br/jemg/organizacao/#|arquivodata=3 de janeiro de 2014|título=Organização|autor=Jogos Escolares de Minas Gerais|acessodata=3 de janeiro de 2014|urlmorta=no}}</ref>

No estado nasceram os tenistas [[Marcelo Melo]] e [[Bruno Soares]], que foram respectivamente o nº1 e o nº2 do mundo em duplas;<ref>{{citar web | URL = https://www.atptour.com/en/players/marcelo-melo/m919/bio|título= Marcelo Melo| autor = ATP | acessodata = 19 de fevereiro de 2022}}</ref><ref>{{citar web | URL = https://www.atptour.com/en/players/bruno-soares/s938/bio|título= Bruno Soares| autor = ATP | acessodata = 19 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Ronaldo da Costa]], ex-recordista mundial da maratona;<ref>{{citar web | URL = https://esportes.r7.com/olimpiadas/ronaldo-da-costa-e-1-estrangeiro-no-hall-da-fama-da-maratona-de-berlim-23082021|título= Ronaldo da Costa é 1º estrangeiro no Hall da Fama da Maratona de Berlim| autor = R7 | acessodata = 19 de fevereiro de 2022}}</ref> medalhistas olímpicos como [[Maicon de Andrade]] no taekwondo,<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/maicon-de-andrade-siqueira/|título= Maicon Andrade| autor = COB | acessodata = 19 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Marcus Mattioli]] na natação,<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/marcus-laborne-mattioli/|título= Marcus Mattioli| autor = COB | acessodata = 19 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Moysés Blás]]<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/moyses-blas/|título= Moysés Blás| autor = COB | acessodata = 19 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[Cláudia Pastor]]<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/claudia-maria-pastor/|título= Cláudia Pastor| autor = COB | acessodata = 19 de fevereiro de 2022}}</ref> no basquete; [[Adenízia da Silva]], [[Ana Carolina da Silva]], [[Ana Flávia Sanglard]], [[Ana Paula Henkel]], [[Anderson Rodrigues]], [[Camila Brait]], [[Érika Coimbra]], [[Fabiana Claudino]], [[Gabriela Guimarães]], [[Giovane Gávio]], [[Hilma Caldeira|Hilma]], [[Márcia Fu]], [[Mário Xandó de Oliveira Neto|Xandó]], [[Maurício Souza]], [[Ricardo Lucarelli de Souza|Lucarelli]], [[Sassá]], [[Sheilla Castro]], [[Talmo Oliveira|Talmo]] e [[Walewska Oliveira|Walewska]] no vôlei;<ref>{{citar web|título = Event results General|obra = ''Olympic.org'' [[Comité Olímpico Internacional|Comitê Olímpico Internacional]]|data = 26 de março de 2003|url = https://www.olympic.org/olympic-results|acessodata = 5 de abril de 2016|arquivourl = http://web.archive.org/web/20151002012558/http://www.olympic.org/content/results-and-medalists/eventresultpagegeneral/?athletename=&country=&sport2=31407&games2=&event2=&mengender=true&womengender=true&mixedgender=false&goldmedal=true&silvermedal=true&bronzemedal=true&worldrecord=true&olympicrecord=false&teamclassification=true&individualclassification=true&winter=false&summer=true|arquivodata = 2022-02-19|urlmorta = yes}}</ref> além de medalhistas em Mundiais como [[André Cordeiro]], [[Henrique Barbosa]], [[Larissa Oliveira]], [[Nicolas Oliveira]], [[Rodrigo Castro]] e [[Teófilo Ferreira]] na natação.<ref>{{citar web | URL = https://swimswam.com/bio/larissa-oliveira/|título= Larissa bio| autor = Swim Swam | acessodata = 19 de fevereiro de 2022}}</ref><ref>{{citar web|título = O Brasil nos Mundiais|obra = CBDA|data = 26 de março de 2003|url = http://www.cbda.org.br/especiais/o-brasil-nos-mundiais-id-6785|acessodata = 14 de abril de 2013|arquivourl = https://archive.is/20130422220548/http://www.cbda.org.br/especiais/o-brasil-nos-mundiais-id-6785|arquivodata = 2013-04-22|urlmorta = yes}}</ref>

=== Feriados ===
Em Minas Gerais, existe apenas um feriado estadual: o dia [[21 de abril]], que é considerado como a Data Magna do Estado. Comemora-se juntamente ao feriado nacional em homenagem a [[Tiradentes]], por ocasião do aniversário de sua execução em 21 de abril de 1792.<ref>{{citar web|URL=http://www.feriadosmunicipais.com.br/tiradentes/ |título=Tiradentes: o mártir da Inconfidência Mineira. Feriado duplo em Minas Gerais. |autor=Feriados Municipais |acessodata=7 de janeiro de 2014}}</ref>

== Ver também ==
* [[Lista de municípios de Minas Gerais por área urbana]]
* [[Lista de municípios de Minas Gerais por população]]
* [[Dialeto mineiro]]
* [[Dialeto caipira]]
* [[Dialeto baiano]]

{{Notas}}
{{Referências}}

==Bibliografia==
* "As Minas Gerais". Miran de Barros Latif. Editora Itatiaia. 1991. 3ª edição.
* "Códice Costa Matoso. Coleção das noticias dos primeiros descobrimentos das minas na América que fez o doutor Caetano da Costa Matoso sendo ouvidor-geral das do Ouro Preto, de que tomou posse em fevereiro de 1749, & vários papéis". Coleção Mineiriana. Fundação João Pinheiro. 1999.

== Ligações externas ==
{{Correlatos
|commonscat      = Minas Gerais
|wikiquote       = Minas Gerais
|wikinoticiascat = Minas Gerais
}}
* [http://www.mg.gov.br/ Governo do Estado de Minas Gerais]
* [http://www.almg.gov.br/ Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais]
* [http://www.tjmg.jus.br/ Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais]
* [http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/ Arquivo Público Mineiro] Acervo histórico
* [https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mg/ Minas Gerais] Estatísticas oficiais do IBGE

{{bloco de navegação
|Tópicos sobre Minas Gerais
|Governo do Estado de Minas Gerais
|Subdivisões de Minas Gerais
|Regiões do Brasil
|Controle de autoridade}}
{{Portal3|Brasil|Região Sudeste do Brasil|Minas Gerais}}

{{Artigo destacado}}

[[Categoria:Minas Gerais| ]]
[[Categoria:Fundações no Brasil em 1720]]