Samba jazz: diferenças entre revisões
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Edição atual tal como às 08h09min de 9 de outubro de 2023
Samba jazz | |
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Origens estilísticas | Samba e jazz (especialmente o bebop e o hard bop) |
Contexto cultural | Final da década de 1950 até meados da década de 1960 |
Instrumentos típicos | Piano, contrabaixo e Bateria; instrumentos de sopro, como saxofone e trompete, em menor escala |
Samba jazz (ou samba-jazz), também conhecido como Jazz samba (especialmente, nos Estados Unidos) ou Hard bossa nova, é um subgênero musical sobremodo instrumental do samba que emergiu no âmbito da bossa nova entre o final da década de 1950 e início da década de 1960.[1][2]
O estilo consolidou a aproximação do samba brasileiro com o jazz estadunidense,[3] especialmente do bebop e do hard bop, vertentes jazzísticas então muito experimentadas por músicos brasileiros em ambientes de gafieiras e boates especialmente no Rio de Janeiro.[2][4] Tendo sua formação inicial baseada no piano, no contrabaixo e na bateria, aos poucos o samba-jazz foi absorvendo agrupamentos instrumentais mais amplos.[2]
Diferentemente da bossa nova, que é um estilo de samba caracterizado pelo seu espírito intimista, seu som suave e seu comedimento de elementos sonoros, o samba-jazz tem na improvisação e na estridência componentes muitos presentes.[5] Contudo, conforme a bossa nova tornava-se conhecida, o próprio samba-jazz foi favorecido pelo repertório bossa-novista,[6] e toda uma geração de instrumentistas influenciados pelo jazz estadunidense, como foram os casos de Sérgio Mendes, J.T. Meirelles, Edison Machado, Dom Um Romão, Zimbo Trio, Tamba Trio, Milton Banana Trio, Jongo Trio, entre outros, passou a envolver com o novo jeito de fazer samba liderado por João Gilberto.[7][8]
Ver Também
[editar | editar código-fonte]- Turma da Gafieira - banda considerada precursora do Samba-jazz.
Referências
- ↑ Silva 2017, pp. 91, 94.
- ↑ a b c Lopes & Simas 2015, p. 268.
- ↑ Silva 2017, p. 94.
- ↑ Silva 2017, p. 92.
- ↑ Barsalini 2014, p. 7.
- ↑ Silva 2017, pp. 92, 95.
- ↑ Silva 2017, p. 98.
- ↑ Ronaldo Evangelista (6 de janeiro de 2005). «Relançamento de CD reaviva samba-jazz». Folha de S.Paulo. Consultado em 13 de dezembro de 2018
Bibliografia consultada
[editar | editar código-fonte]- Lopes, Nei; Simas, Luiz Antonio (2015). Dicionário da História Social do Samba 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
- Silva, Rafael Mariano Camilo da (2017). Desafinado: dissonâncias nos discursos acerca da influência do Jazz na Bossa Nova (PDF) (Master). Uberlândia: Federal University of Uberlândia. Consultado em 7 de agosto de 2020
- Barsalini, Lorenzo (2014). «A Turma da Gafieira: os conflitos entre a tradição e a modernidade nos precursores do samba jazz». São Paulo: XXIV Congresso da ANPPOM. ANAIS do XXIV Congresso da ANPPOM. 1
Outras leituras
[editar | editar código-fonte]- FERREIRA PINTO, Márcio da Costa. No olho da rua: bossa nova, samba-jazz e a paisagem musical carioca. Dissertação de mestrado. Florianópolis: UDESC, 2013.
- GOMES, Marcelo Silva. Samba-Jazz aquém e além da bossa nova: três arranjos para Céu e Mar de Johnny Alf. Tese de Doutorado. Campinas: UNICAMP, 2010.
- RAFFAELLI, José Domingos. A história do samba jazz. In: Músicos do Brasil, Uma Enciclopédia Instrumental, 2008.
- SOUZA, Tárik de. Tem mais samba: das raízes à eletrônica. São Paulo: Editora 34, 2003. ISBN: 9788573262872.