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Ana de Hohenstaufen

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Não confundir com sua sobrinha Constança de Hohenstaufen, que tinha o mesmo nome.
Ana de Hohenstaufen
Imperatriz-consorte de Niceia
Reinado 12443 de novembro de 1254
Consorte João III Ducas Vatatzes
Antecessor(a) Irene Lascarina
Sucessor(a) Helena Asenina
Nascimento 1230
  Reino da Sicília
Morte abril de 1307 (77 anos)
  Valência
Nome completo Constança de Hohenstaufen
Dinastia Hohenstaufen (nasc.)
Láscaris (matr.)
Pai Frederico II
Mãe Bianca Lancia

Ana de Hohenstaufen, nascida Constança de Hohenstaufen, também conhecida como Constança da Sicília ou Ana da Sicília, era filha de Frederico II, imperador do Sacro Império Romano-Germânico, e Bianca Lancia. Casou muito jovem com o imperador bizantino João III Ducas Vatatzes, para selar uma aliança entre seu pai e o Império de Niceia.

Imperatriz bizantina

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Nascida Constança, da casa de Hohenstaufen, mudou o seu nome para Ana ao casar com o imperador bizantino João III Ducas Vatatzes. O casamento fez parte de uma aliança entre seu pai e marido e está registado nas crónicas de Jorge Acropolita e Jorge Paquimeres.[1]

O casamento ocorreu em 1244 e Constança adotou então o nome Ana. Ao chegar a Niceia acompanhava-a uma dama de companhia, a Marchesa della Fricca, que segundo Jorge Acropolita tornou-se amante do imperador e rivalizou com Ana em suas atenções. Com o tempo a marquesa ganhou influência na corte, sendo apelidada de "imperatriz rival", acabando contudo por ser afastada.

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Ana seria imperatriz até à morte do seu marido a 3 de novembro de 1254, quando o seu enteado Teodoro II Láscaris sucedeu ao trono. Por esta altura já Frederico II havia falecido. Segundo as crônicas permaneceu em Niceia durante os reinados de Teodoro e do seu sucessor João IV Láscaris (1259–1261).Segundo Alice Gardner, por ser útil como refém para os restantes membros dos Hohenstaufen, particularmente o seu irmão, Manfredo da Sicília.

João IV permaneceu menor de idade durante todo o seu breve reinado. Seu regente e coimperador era Miguel VIII Paleólogo, que manobrou para tirar o poder de João IV e, depois que Aleixo Estrategópulo recapturou Constantinopla, a capital do Império Latino e também do antigo Império Bizantino, Miguel depôs João IV e depois mandou cegá-lo. De acordo com Paquimeres, por volta da mesma época, Miguel se apaixonou por Ana e tentou se casar com ela, mas a imperatriz viúva o rejeitou. Deno Geanakoplos lembra que "o que atesta contra a afirmação de Paquimeres, porém, é a questão do motivo de Miguel, meramente pelo amor de Ana, estar disposto a arriscar uma quase certa excomunhão pelo patriarca Arsênio sem nenhum ganho político de maior importância". O objetivo de Miguel era assegurar uma aliança com o irmão dela, Manfredo, mas, depois da recusa, a raiva da esposa de Miguel e a ameaça de uma censura por Arsênio convenceram Miguel a abandonar o assunto. Ela recebeu presentes magníficos e permissão para criar sua própria corte no Reino da Sicília em 1263. Este gesto assegurou a libertação do general Estrategópulo, que havia sido capturado pelo déspota do Epiro Miguel II Comneno Ducas.[2]

Novamente chamada de Constança, a ex-imperatriz se juntou à corte de Manfredo. Quando ele morreu, em 25 de fevereiro de 1266 na Batalha de Benevento, e foi sucedido por seu adversário, Carlos de Anjou, Constança fugiu da corte siciliana para a de Jaime I de Aragão, onde se juntou à sobrinha, Constança da Sicília, que era filha de Manfredo e rainha consorte de Pedro III de Aragão.

Constança passou um tempo na corte em Saragoça, mas terminou seus dias num mosteiro em Valência como freira.

Ana de Hohenstaufen
Nascimento: 1230 Morte: 1307
Títulos reais
Precedido por:
Irene Lascarina
Imperatriz-consorte de Niceia
1244–1254
Sucedido por:
Helena da Bulgária

Referências

  1. Em "The Lascarids of Nicaea: the Story of an Empire in Exile" (1912 - 1913) Alice Gardner considera esta aliança o resultado do anti-clericalismo e hostilidade em relação ao papa partilhado tanto por Frederico II como por João Vatatzes.
  2. Geanakoplos, Emperor Michael Palaeologus and the West (Cambridge: Harvard University Press, 1959), pp. 144f