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Cinematográfica Araújo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cinematográfica Araújo
Cinematográfica Araújo
Razão social Empresa Cinematográfica Araçatuba Ltda.
Sociedade limitada
Atividade Cinematográfica
Fundação 1926 (98 anos)
Fundador(es) Azor de Araújo
Sede Botucatu, São Paulo, Brasil
Área(s) servida(s)
Presidente Marcos Silva Araújo
Produtos Exibição de produções cinematográficas
Website oficial www.cinearaujo.com.br

A Cinematográfica Araújo, também conhecia como Cine Araújo, é uma empresa privada, operadora de uma rede brasileira de cinemas, sediada na cidade de Botucatu.[1] Seu parque exibidor é formado por 163 salas de exibição e 31 complexos, média de 5,26 salas por complexo, espalhadas em 29 cidades de dez unidades da federação de quase todas as regiões do país, com exceção da Região Nordeste.[2] Suas 37 976 poltronas perfazem uma média de 232,98 assentos por sala.

Desde 2003 vem disputando com o Grupo Severiano Ribeiro o título de maior exibidor brasileiro de capital exclusivamente nacional, tendo superado em público no ano de 2018, galgando o terceiro lugar no ranking geral, conforme dados do Observatório do Cinema e do Audiovisual (OCA) da ANCINE.[3]

Foi fundada em 1926 pelo exibidor Azor de Araújo[4] e está sediada na cidade de Botucatu, interior de São Paulo. Inicialmente chamava-se Empresa exibidora Araújo Passos. Na década de 70 chegou a deter 220 salas em diversas cidades do país,[5] sendo que em 1998 houve uma divisão que originou as empresas Cinematográfica Passos, conhecida pelo nome de Moviecom[6] e a Cinematográfica Araújo, mais conhecida como Cine Araújo.[7]

Entrada das salas 1 e 2 do Multiplex Campo Limpo de São Paulo, SP

A partir de 1998, a empresa iniciou um amplo processo de modernização e ampliação da rede, tendo sido inaugurados 23 complexos e 63 salas num período de cinco anos. Inspirado em Lee Roy Mitchell, fundador da Cinemark, o presidente da Cinematográfica Araújo, Marcos Araújo, principiou um périplo pelas cidades do interior do país, em especial aquelas localizadas no centro-sul, como Londrina, Maringá, Bauru, São José do Rio Preto e Sorocaba, a fim de avaliar a possibilidade de negócios.[5] Além disso, estudou o mercado americano e procurou implantar nos novos complexos as novidades do setor, como o sistema multiplex e salas confortáveis a preços populares.[5]

Em novembro de 2007 inovou ao abrir as primeiras salas VIPs do país, localizadas no Riopreto Shopping Center.[8] Quando da inauguração destas salas, foi exibido o filme Edith Piaf – Um Hino ao Amor. Àquela época, já contava com 81 salas de cinema, localizadas em 19 cidades. Em setembro de 2013, inaugurou no Shopping Cidade Sorocaba a maior tela de exibição em 3D do Brasil, com 299m2.[9]

Rankings e Market Share

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Vista do foyer do Multiplex Campo Limpo de São Paulo, SP

De acordo com o site especializado em cinema FilmeB, o Cine Araújo ocupou o sexto lugar nos anos de 2004 e 2005,[4] entre as maiores empresas exibidoras brasileiras, por número de salas. No primeiro trimestre de 2015, a empresa alcançou o quarto, de acordo com a ANCINE.[10] Dentre os destaques da rede, está a primeira sala com exibição 3D no interior de São Paulo[11] e as maiores telas de cinema do país, superando as dimensões tecnologia IMAX, denominadas Max Screen.[12]

Com relação à digitalização (processo de substituição dos projetores de película 35mm por equipamentos digitais), a empresa atingiu 100% de suas salas, conforme informe de acompanhamento de mercado da Agência Nacional de Cinema - ANCINE.[10][13] Para viabilizar sua modernização, firmou contrato com a empresa Quanta DGT/AAM, responsável pela integração digital entre distribuidores e exibidores da maioria dos cinemas do país.[14]

A empresa encerrou o ano de 2015 ocupando o quarto lugar entre os maiores exibidores do país por número de salas (perde apenas para a Cinemark, Cinépolis e Grupo Severiano Ribeiro, respectivamente), detendo um market de 3,6%. Na ocasião gerenciava 138 salas distribuídas em 27 complexos.[15] A empresa é de gestão familiar e o seu atual presidente, Marcos Silva Araújo, é da terceira geração da mesma família do seu fundador.[16]

Até a chegada e consolidação da Cinépolis no país, a Cine Araujo ocupava a terceira posição (com Cinemark em primeiro e Kinoplex/Severiano Ribeiro em segundo) entre os maiores exibidores do país por público, passado ao quarto lugar a partir de 2013. Abaixo a tabela de público e sua evolução de 2002 a 2019, considerando o somatório de todas as suas salas a cada ano. A despeito do aumento da participação estrangeira no mercado nacional, o crescimento dos frequentadores da rede no período elencado foi considerável, da ordem de 503,25%, graças à instalação de novos complexos e modernização das existentes. A redução do público de cinema brasileiro em 2017 e 2018 afetou pouco a empresa[17] [18], que aumentou a sua fatia de mercado e superou a rede Kinoplex em número de frequentadores. Entretanto, em 2019 ela voltou a ocupar a quarta posição do ranking nacional.

A variação mencionada se refere à comparação com os números do ano imediatamente anterior. Os dados de 2008 até 2013 foram extraídos do banco de dados Box Office do portal de cinema Filme B,[19][20] sendo que os números de 2002 à 2007 e 2014 à 2015 têm como origem o Database Brasil.[21] Já os dados de 2016 em diante procedem do Relatório "Informe Anual Distribuição em Salas Detalhado", do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA) da ANCINE.[22]

Ano Público

total

Ranking

no país

Market

Share

Variação
2002 2 639 829 2,91% ano-base
2003 5 660 982 5,50% Aumento114,45%
2004 5 969 923 5,20% Aumento5,46%
2005 5 362 376 5,97% Baixa10,18%
2006 5 100 128 5,65% Baixa4,89%
2007 5 250 633 5,88% Aumento2,95%
2008 5 263 517 6,15% Aumento0,25%
2009 7 081 600 6,27% Aumento34,54%
2010 8 246 724 6,11% Aumento16,45%
2011 8 533 686 6,02% Aumento3,48%
2012 9 952 429 6,68% Aumento16,63%
2013 11 032 570 7,30% Aumento10,85%
2014 10 957 289 7,00% Baixa0,68%
2015 12 367 254 7,24% Aumento12,87%
2016 13 445 023 7,33% Aumento8,71%
2017 14 223 759 7,94% Aumento5,79%
2018 13 292 007 8,22% Baixa6,55%
2019 13 909 199 7,89% Aumento4,64%

Referências

  1. «Filme B - Revista» (PDF). Setembro de 2014. Consultado em 5 de agosto de 2015 
  2. «Cinematografica Araujo». www.cinearaujo.com.br. Consultado em 26 de julho de 2015 
  3. «Cinema | Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual». oca.ancine.gov.br. Consultado em 12 de maio de 2019 
  4. a b «Marcos Silva Araújo | Filme B - o maior portal sobre o mercado de cinema no Brasil». www.filmeb.com.br. Consultado em 26 de julho de 2015 
  5. a b c «PROJEÇÃO NACIONAL - ISTOÉ DINHEIRO». www.istoedinheiro.com.br. Consultado em 23 de setembro de 2016 
  6. «Corporativo | Moviecom: viva o cinema». www.moviecom.com.br. Consultado em 26 de julho de 2015 
  7. «Cinema do Pátio Roraima Shopping inaugura nesta quinta-feira». www.bvnews.com.br. Consultado em 29 de julho de 2015 
  8. «Surpresa no Filo: poltronas numeradas». SINOPSE - A UEL NOS JORNAIS. FOLHA DE LONDRINA. 20 de maio de 2008. Consultado em 23 de setembro de 2016 
  9. «Shopping de Sorocaba tem tela de cinema gigante». www.sorocaba-sp.com. Consultado em 23 de setembro de 2016 
  10. a b Luciana Buchala e Luana Maíra R. A. da Silva (Maio de 2015). «ANCINE - INFORME DE ACOMPANHAMENTO DO MERCADO» (PDF). Consultado em 7 de agosto de 2015 
  11. «Cópia arquivada». Consultado em 12 de junho de 2010. Arquivado do original em 23 de julho de 2010 
  12. http://correio.rac.com.br/_conteudo/2012/12/entretenimento/17192-parque-das-bandeiras-inaugura-suas-salas-de-cinema.html
  13. Thiago Stivaletti (7 de maio de 2015). «Filme B - Notícias». Consultado em 7 de agosto de 2015 
  14. «Quanta DGT/AAM fecha com Cine Araújo». Notícias. TELEM. 29 de julho de 2014. Consultado em 23 de setembro de 2016 
  15. «Ranking das Empresas Exibidoras - 2015» (PDF). Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual – OCA. ANCINE. Janeiro de 2016. Consultado em 23 de setembro de 2016 
  16. «Marcos Silva Araújo | Filme B - o maior portal sobre o mercado de cinema no Brasil». www.filmeb.com.br. Consultado em 26 de julho de 2015 
  17. «Público nas salas de cinema do Brasil cai pelo segundo ano consecutivo». Revista Fórum. 5 de fevereiro de 2019. Consultado em 12 de maio de 2019 
  18. «Público nas salas de cinema diminui em 2018 – Meio & Mensagem». Consultado em 12 de maio de 2019 
  19. «Filme B - o maior portal sobre o mercado de cinema no Brasil». www.filmeb.com.br. Consultado em 19 de setembro de 2015 
  20. «Identificação - Box Office Brasil». www.filmebboxofficebrasil.com. Consultado em 17 de outubro de 2015 
  21. «Ranking exibidores de 2014 (público) - top 50». Data base Brasil 2014. Filme B. Janeiro de 2015. Consultado em 16 de outubro de 2016 
  22. «Cinema | Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual». oca.ancine.gov.br. Consultado em 16 de novembro de 2017 

Ligações externas

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