Estádio Mâs Monumental
Más Monumental Estádio Monumental Antonio Vespucio Liberti | |
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Nomes | |
Nome | Estádio Monumental Antonio Vespucio Liberti |
Apelido | Estádio Monumental de Núñez |
Características | |
Local | Belgrano, Buenos Aires |
Gramado | grama natural (105 x 68 m) |
Capacidade | 84 567 espectadores[1] |
Construção | |
Data | 1936 a 1938 |
Custo | 4.000.000 (aprox. USD 1.000.000, 1938) |
Inauguração | |
Data | 25 de maio de 1938 (86 anos) |
Partida inaugural | River Plate 3–1 Peñarol |
Recordes | |
Público recorde | 85 780 pessoas |
Data recorde | 7 de junho de 2023 |
Partida com mais público | River Plate 2–0 Fluminense |
Outras informações | |
Remodelado | 1978, 2020, 2021 |
Expandido | 2020–2022 |
Proprietário | River Plate |
Administrador | River Plate |
Arquiteto | José Aslan Héctor Ezcurra |
O Estádio Monumental Antonio Vespucio Liberti, chamado comercialmente de Estádio Más Monumental por questões de patrocínio[2] e conhecido popularmente como Monumental de Núñez, é um estádio de futebol localizado em Buenos Aires, Argentina, próximo ao Rio da Prata. Casa do River Plate e de jogos da Seleção Argentina,[1] é o maior estádio da Argentina e da América do Sul, com 84 567 lugares.[3]
O nome do estádio é uma homenagem ao presidente do clube na época da construção, Antonio Vespucio Liberti. Apesar do apelido, o Monumental não fica no bairro de Núñez, e sim em Belgrano, bairro vizinho e também nobre como Núñez.
História
[editar | editar código-fonte]No início da década de 1930, o River Plate estava cansado de ser nômade. Desde sua fundação em 1901, no bairro de La Boca, o clube já havia perambulado pela Dársena Sud, Sarandí, alugado o campo do Ferrocarril Oeste, e construído o famoso estádio Alvear y Tagle, na Recoleta.[4] Em 1933, o então presidente Antonio Vespucio Liberti (no primeiro mandato a frente do clube) deixou bem clara a intenção de mudar novamente a sede do clube, dessa vez em definitivo. Crescendo a cada ano e com boa saúde financeira, o River precisava de um estádio que refletisse sua popularidade e também abrigasse sua fanática torcida, que sempre se espremia no Alvear y Tagle e clamava por mais espaço. Liberti queria construir o maior estádio da Argentina em algum lugar muito bem localizado e perto da elite portenha, ao norte da cidade.[1][4]
Em 1934, o River Plate tinha 31 anos de criação. Tinha um título amador e um título profissional no futebol. Era conhecido como Los Millonarios (em português: Os Milionários) devido as contratações caras. Assim, em 31 de outubro de 1934, 83 950 metros quadrados na região de Belgrano com Núñez, a apenas nove quilômetros de distância do Alvear y Tagle, ao custo de 569 403 pesos, são adquiridos pelo clube para a construção do estádio.[1]
Em 25 de maio de 1935, além de mais um aniversário do clube, foi colocada a pedra fundamental do futuro estádio. No dia 1 de dezembro, foi apresentado os planos da construção e apenas em 27 de setembro de 1936 se iniciou a construção, sob a supervisão dos arquitetos José Aslan e Hector Ezcurra.[1][4]
Após dois anos de construção, tínhamos três grandes arquibancadas concluídas — Oficial (atual San Martín), destinada a autoridades, convidados e sócios), Centenario (em alusão à avenida homônima da época, hoje conhecida como Figueroa Alcorta) e Río de La Plata (atual Belgrano), e o campo envolto a uma pista de atletismo.[1][4] No dia 25 de maio de 1938, cerca de 8 mil pessoas presenciaram a entrega de uma bandeira argentina e outra do clube, cercadas pelos sócios, que entoaram o hino argentino e do River Plate.[carece de fontes] No dia seguinte, uma festa com cerca de 70 mil espectadores e, após diversas atividades, a primeira partida do estádio, um jogo amistoso contra o Peñarol, do Uruguai. Vitória do River, por 3–1.[1] Carlos Peucelle, justamente o jogador que inspirou o apelido de Millonario do clube portenho, após sua contratação junto ao Sportivo Buenos Aires, em 1931, ter sido a então mais cara da história do futebol argentino (10 mil pesos) foi o responsável pelo primeiro gol do novo palco.[4]
Na década de 1950, o Monumental passou por momentos importantes. Foi o estádio que recebeu as cerimônias de abertura e encerramento, além da final do futebol e das competições de atletismo nos Jogos Pan-Americanos de 1951 sediados em Buenos Aires.[4]
Em 1958, sob a presidência de Enrique Pardo, graças à venda de Omar Sívori para a Juventus, da Itália, por 10 milhões de pesos, valor astronômico na época, as arquibancadas em forma de ferradura do estádio foram fechadas, formando o oval.[1][4] O estádio poderia suporta cerca de 100 mil torcedores naquela época.[5] Com a Copa do Mundo de 1978, o estádio passou por reformas e teve sua capacidade reduzida para 76 600 espectadores,[5] sendo um dos melhores estádios do mundo na época. Foram disputadas nove jogos no Monumental de Núñez, incluindo a abertura (1 de junho, Alemanha Ocidental e Polônia, 0 a 0) e a grande final entre Argentina e Holanda, com vitória argentina por 3–1.
O estádio foi palco dos três títulos do River Plate na Copa Libertadores da América: em 1986 e em 1996, ambos contra o América de Cali, e em 2015 contra o Tigres.
Em 29 de novembro de 1986, o estádio recebeu o nome do ex-presidente Antonio Vespucio Liberti.[1]
Foi utilizado pela banda de hard rock australiana AC/DC para as gravações do DVD Live at River Plate,[6] e pela cantora norte-americana Madonna para as gravações do DVD Sticky & Sweet Tour.
Copa do Mundo de 1978
[editar | editar código-fonte]O Monumental de Nuñez recebeu nove partidas da Copa do Mundo de 1978.
Data | 1ª equipe | Placar | 2ª equipe | Fase | Público |
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1 de junho | Alemanha Ocidental | 0–0 | Polónia | Grupo 2 | 67 579 |
2 de junho | Argentina | 2–1 | Hungria | Grupo 1 | 71 615 |
6 de junho | Argentina | 2–1 | França | Grupo 1 | 71 666 |
10 de junho | Argentina | 0–1 | Itália | Grupo 1 | 71 712 |
14 de junho | Alemanha Ocidental | 0–0 | Itália | Grupo A | 67 547 |
18 de junho | Itália | 1–0 | Áustria | Grupo A | 66 695 |
21 de junho | Países Baixos | 2–1 | Itália | Grupo A | 67 433 |
24 de junho | Brasil | 2–1 | Itália | 3º lugar | 69 659 |
25 de junho | Argentina | 3–1 (pro) | Países Baixos | Final | 71 483 |
Referências
- ↑ a b c d e f g h i Plate, Club Atletico River. «El Monumental». caRiverPlate.com.ar (em espanhol). Consultado em 27 de agosto de 2019
- ↑ «River Plate fecha naming rights do Monumental de Núñez com Grupo GDN». MKT Esportivo. 6 de abril de 2022. Consultado em 25 de maio de 2022
- ↑ «River Plate inaugura renovado Monumental: "Maior da América do Sul"». ge. Consultado em 12 de fevereiro de 2023
- ↑ a b c d e f g «Monumental - El Más Grande». Imortais do Futebol. 19 de novembro de 2018. Consultado em 29 de março de 2019
- ↑ a b «El Monumental - River Plate - Buenos Aires - The Stadium Guide» (em inglês). Consultado em 29 de março de 2019
- ↑ «WebCite query result». www.webcitation.org. Consultado em 11 de outubro de 2016
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «História do Monumental no Site do River Plate»
- «Stade Mysthiques»
- «Foto por Satélite - Google Maps»
Precedido por Olympiastadion 1974 |
Palco da final da Copa do Mundo FIFA 1978 |
Sucedido por Santiago Bernabéu 1982 |