Forésia
Forésia (ou forese) é a associação entre indivíduos de espécies diferentes (relação ecológica inter-específica), na qual um transporta outro, sem se prejudicarem. A forésia também pode ser definida como um caso específico do comensalismo.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Forésia é o comportamento desempenhado por alguns organismos, onde estes se prendem a um hospedeiro com o objetivo de serem transportados por distâncias curtas ou longas. Os exemplos mais comuns de forésia envolvem carrapatos e ácaros, os quais possuem morfologia corporal adaptada para se prenderem no hospedeiro. No entanto, o comportamento de forésia pode ser observado em plantas, que utilizam este mecanismo para dispersar suas sementes. O uso da forésia é comum por espécies migratórias ou que estão a procura de um novo ambiente, o que indiretamente favorece a diversidade genética, visto que animais com distância geográfica considerada podem se reproduzir.
A definição de forésia exclui casos onde o indivíduo forético estabelece uma relação permanente com seu hospedeiro ou quando há vantagens adquiridas por alguma das partes, ou ambas[1]. Nos casos onde estas situações ocorrem, a forésia pode ser interpretada como um comensalismo. Variações nestas relações podem resultar em casos de mutualismo ou parasitismo, esta última quando o indivíduo forético causa algum tipo de prejuízo ao seu hospedeiro.
Relações foréticas
[editar | editar código-fonte]Um exemplo de forésia é a dispersão do ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus), que além de se dispersar pelo vento através de partes de plantas infestadas, ou pelo contato entre a folhagem de plantas diferentes, também é dispersado pela relação forética com o piolho-verde-do-pessegueiro (Myzus persicae) e com as moscas-brancas (Aleyrodidae) dos gêneros Bemisia e Trialeurodes.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Houck, M. (1 de janeiro de 1991). «Ecological And Evolutionary Significance Of Phoresy In The Astigmata». Annual Review of Entomology. 36 (1): 611–636. ISSN 0066-4170. doi:10.1146/annurev.ento.36.1.611