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Helena Carolina da Baviera

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Helena Carolina
Duquesa da Baviera
Helena Carolina da Baviera
Princesa Herdeira de Thurn e Taxis
Período 24 de agosto de 1858
a 26 de junho de 1867
Antecessora Teresa de Meclemburgo-Strelitz
Secessora Isabel Maria de Bragança
Nascimento 4 de abril de 1834
  Munique, Baviera
Morte 16 de maio de 1890 (56 anos)
  Ratisbona, Baviera, Império Alemão
Sepultado em Gruftkapelle, Abadia de St. Emmeram, Ratisbona
Cônjuge Maximiliano Antônio, Príncipe Herdeiro de Thurn e Taxis
Descendência Luísa de Thurn e Taxis
Isabel de Thurn e Taxis
Maximiliano, 7.º Príncipe de Thurn e Taxis
Alberto, 8.º Príncipe de Thurn e Taxis
Casa Wittelsbach (por nascimento)
Thurn Taxis (por casamento)
Pai Maximiliano José, Duque na Baviera
Mãe Luísa Guilhermina da Baviera
Religião Catolicismo

Helena Carolina Teresa (em alemão: Helene Caroline Therese; Munique, 4 de abril de 1834Ratisbona, 16 de maio de 1890), apelidada de Néné, foi uma Duquesa da Baviera, filha de Maximiliano José, Duque na Baviera e de sua esposa, a princesa Luísa Guilhermina da Baviera. Após quase nove anos de casamento, com Maximiliano Antônio, Príncipe Herdeiro de Thurn e Taxis, ele morreu devido a uma doença renal crônica, deixando o trono de Thrun e Taxis nas mãos de Helena até que seu filho atingisse a maioridade.

Sua tia, a arquiduquesa Sofia, viu Helena como uma boa candidata para casar-se com seu filho, o futuro imperador austríaco Francisco José, e em 1853, Helena, sua mãe e sua irmã mais nova Isabel o visitaram em Bad Ischl. Já se presumia que Francisco José se casaria com Helena, e quando ele decidiu se casar com sua irmã mais nova Isabel, Helena ficou perturbada.[1]

Helena era a filha mais velha do Duque Maximiliano José da Baviera e de sua prima, a Princesa Luísa Guilhermina da Baviera, nasceu em Munique, em 4 de abril de 1834. Seus avós paternos foram o Duque Pio Augusto da Baviera e a Princesa Amélia Luísa de Arenberg; enquanto seus avós maternos foram o Rei Maximiliano I José da Baviera e sua segunda esposa, a Princesa Carolina de Baden. Entre seus irmãos encontram-se a Imperatriz Isabel "Sissi" da Áustria, a Rainha Maria Sofia das Duas Sicílias e Sofia Carlota, duquesa d'Alençon.

Maximiliano de Thurn e Taxis, marido de Helena.

Em 1853, viajou com sua mãe e sua irmã mais nova Isabel ao balneário de Bad Ischl, na Alta Áustria. A viagem, um convite da Arquiduquesa Sofia da Baviera, irmã da Princesa Luísa e mãe do Imperador Francisco José I da Áustria, tinha um objetivo de iniciar conversações para o noivado entre Helena e seu primo. Porém ao conhecer as irmãs, Francisco José encantou-se por "Sissi", com quem casou-se em 24 de abril de 1854. Helena era extremamente religiosa, qualidade que se encaixaria perfeitamente à corte dos Habsburgo. Um outro hábito seu, entretanto, não seria bem aceito em Viena, ou seja, a duquesa não era pontual e perdia trens e compromissos com frequência.

Após o noivado fracassado, Helena ficou deprimida e sua mãe chegou a temer que ela se recolhesse a um convento. O tempo passou e não se encontrou nenhum pretendente para a duquesa. Aos 22 anos ela já era considerada uma "solteirona", mas a princesa Luísa resolveu apresentar-lhe ao rico Maximiliano Antonio Lamoral, príncipe hereditário de Thurn e Taxis. Seu pai, então, convidou a família ao Castelo de Possenhofen para uma caçada, ocasião em que o príncipe Maximiliano foi formalmente apresentado à Helena.

Helena (à esquerda) com "Sissi", sua irmã mais nova, em 1853.

Enquanto o príncipe esteve de férias em Possenhofen, informou seus pais sobre os planos de casamento, e eles imediatamente concordaram. Entretanto, apesar da família Thurn e Taxis estar entre as mais ricas da Europa, seus membros não pertenciam à realeza, o que constituía um impedimento ao casamento de Maximiliano com uma princesa de sangue real pertencente à Casa de Wittelsbach, o que levou o rei Maximiliano II da Baviera a inicialmente discordar da união. A proibição real só foi revertida graças à intervenção da imperatriz Isabel da Áustria em favor da irmã. A cerimônia de casamento foi realizada em 24 de agosto de 1858, no Castelo de Possenhofen. Para marcar a ocasião, os sogros deram à noiva um colar avaliado em 160.000 florins. Ironicamente, apesar das objeções iniciais, Helena teria sido a única a protagonizar uma união feliz entre as cinco irmãs Wittelsbach.

Sua filha Luísa nasceu em 1859, seguida por uma segunda filha, Isabel de Thurn e Taxis, em 1860. Logo após o nascimento desta, Helena viajou para Corfu para visitar sua irmã "Sissi", que estava muito doente. Quando retornou, ela passou por Viena, onde relatou a Francisco José I sobre o mau estado de sua esposa.

O desejado filho varão, Maximiliano Maria, naseceu em 1862 e, em 1867, nasceria seu último filho, Alberto.

Viuvez e últimos anos

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Helena.

Apesar da convivência feliz, o casal era constantemente abalado pelo estado de saúde do príncipe Maximiliano, que sofria de insuficiência renal crônica. Nem um severo tratamento em Karlsbad, nem os melhores médicos puderam salvá-lo e ele morreu em 1867, com apenas 36 anos de idade.

Com a viuvez, Helena passou a dedicar-se às obras de caridade. Seus filhos receberam a tutela de seu cunhado, o Imperador da Áustria e seu sogro, vendo nela uma auxiliar e sucessora, passou a familiarizá-la com os negócios da Casa de Thurn e Taxis. Desta forma, ela tornou-se chefe da família até que seu filho mais velho atingisse a maioridade.

Em 1877, Isabel, sua filha mais nova, casou-se com o Príncipe Miguel II de Bragança, pretendente miguelista ao trono de Portugal. Sua saúde deteriorou-se após o nascimento de seu primeiro filho, e Isabel morreu em 1881.

Em 1879, sua filha mais velha, Luísa, casou-se com o jovem príncipe Frederick of Hohenzollern-Sigmaringen. O casal não teve filhos.

Em 1883, seu filho Maximiliano assumiu a liderança dos negócios da família, mas o jovem adoeceu. Seu coração estava enfraquecido devido à escarlatina contraída na infância e ele sofria de espasmos cardíacos graves. Em 1885, ele morreu de embolia pulmonar. Helena, então, tornou-se chefe da família novamente até 1888, quando seu filho Alberto atingiu a maioridade. Neste ano, Helena aposentou-se e passou a se dedicar à devoção religiosa.

Helena adoeceu gravemente, com câncer de estômago, em 1890, e sua irmã Isabel correu para o seu lado. A imperatriz austríaca foi a última pessoa a falar com Helena, conforme registrado pela Arquiduquesa Maria Valéria da Áustria - filha de "Sissi" em seu diário: :"(Tia "Néné")... ficou feliz em ver minha mãe e disse-lhe: "Old Sisi". Ela e a mamãe quase sempre falavam inglês quando estavam juntas: :"We two have had hard puffs in our lives," disse-lhe mamãe. "Yes, but we had hearts," respondeu tia "Néné".

Helena morreu em Ratisbona, em 16 de maio de 1890, sendo seu corpo sepultado na Reichsabtei Sankt Emmeram, a "Imperial Abadia de Sankt Emmeram".

Títulos, estilos e honras

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  • 4 de abril de 1834 – 24 de agosto de 1858: Sua Alteza Real, a Duquesa Helena na Baviera
  • 24 de agosto de 1858 – 26 de junho de 1867: Sua Alteza Real, a Princesa Heredeira de Thurn e Taxis
  • 26 de junho de 1867 – 16 de maio de 1890: Sua Alteza Real, a Princesa Herdeira Viúva de Thurn e Taxis

Referências

  1. «Duchess Helene in Bavaria 1834-1890 : Sisi In England». sisi-in-england.com. Consultado em 27 de dezembro de 2022 

Ligações externas

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