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Luiz Bonfá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Luís Bonfá)
Luiz Bonfá
Luiz Bonfá
Luiz Bonfá (1962).
Informação geral
Nome completo Luiz Floriano Bonfá
Também conhecido(a) como Bonfá
Nascimento 17 de outubro de 1922
Local de nascimento Rio de Janeiro, DF
Brasil
Morte 12 de janeiro de 2001 (78 anos)
Local de morte Rio de Janeiro, RJ
Gênero(s) Bossa Nova
Samba
Jazz
Instrumental
Country rock
Instrumento(s) violão, guitarra, craviola
Período em atividade 1955 – 2000
Outras ocupações compositor, instrumentista, músico
Afiliação(ões) Antônio Carlos Jobim, Antônio Maria, Maria Helena Toledo, Stan Getz

Luiz Floriano Bonfá (Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1922 — Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2001) foi um cantor, violonista e compositor brasileiro.[1][2]

Foi incluído na lista 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão (Categoria: "Mestres Acústicos") da revista Rolling Stone Brasil, em 2012.[3]

Carioca de nascimento e filho de imigrantes italianos,[4] aprendeu sozinho, quando criança, a tocar violão. Aos 13 anos passou a ter aulas com o uruguaio Isaías Sávio. Essas aulas se tornaram muitos cansativas, pois tinha de sair de sua casa na periferia do Rio, andar uma grande porção do caminho a pé e depois pegar um bonde para Santa Teresa, onde morava o professor. Devido à extraordinária dedicação, Isaías não lhe cobrava pelas aulas.[2]

Um dos integrantes do primeiro grupo de músicos da bossa nova, compositor de clássicos como "Manhã de Carnaval" e "Samba do Orfeu" (ambas com Antônio Maria). Na década de 1940 tocou na Rádio Nacional, ao lado de Garoto e participou de alguns conjuntos, como o Quitandinha Serenaders, até começar a carreira solo, como violonista. Teve atuação destacada como compositor e seus primeiros sucessos foram gravados por Dick Farney, em 1953. A peça "Orfeu da Conceição", de Vinicius de Moraes, foi um marco em sua carreira. Tocou violão na gravação do disco da peça em 1956 e, três anos depois, compôs algumas das faixas que compunham a trilha sonora do filme de Marcel Camus ("Orfeu do Carnaval") inspirado na peça. Participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall em Nova Iorque, em 1962. Sempre respeitado como compositor refinado e exímio violonista, uma de suas características era tocar fazendo amplo uso do recurso das cordas soltas, o que conferia uma sonoridade ampla e grandiosa. Gravou diversos discos nos Estados Unidos que não foram lançados no Brasil. O último deles, "Jacarandá", lançado em 1973, fechou um ciclo na carreira do violonista nos EUA, as vésperas de sua volta ao Brasil.[5] Lançado pela gravadora americana Ranwood, Jacarandá teve arranjos e orquestração a cargo do pupilo Eumir Deodato.[5] Voltou a gravar no Brasil no fim dos anos 1980 e anos 1990, lançando discos bem-sucedidos também nos Estados Unidos. "Almost In Love", composição sua, foi a única música brasileira gravada por Elvis Presley. Frank Sinatra, Sarah Vaughan, George Benson, Tony Bennett, Julio Iglesias, Diana Krall e Luciano Pavarotti são outros intérpretes que já cantaram suas músicas. Outros sucessos são "De Cigarro em Cigarro", "Correnteza" (em parceria com Tom Jobim), "The Gentle Rain", "Menina Flor", "Mania de Maria" e "Sem Esse Céu".[1][2]

Gotye (nome artístico de Wally DeBecker) usou um trecho de "Seville", lançada pelo jazzista brasileiro em 1967, na faixa "Somebody That I Used To Know", single do álbum "Making Mirrors" e que já entrou para a história da música australiana pelos seus números inéditos e bem sucedidos nas paradas da "Billboard" norte-americana. Um ano após seu lançamento, a faixa ainda é uma das 50 mais ouvidas no país[carece de fontes?], além de ter recebido um Grammy de melhor gravação, e discos de ouro e platina em mais de dez países. O artista concordou em colocar Bonfá como co-criador da faixa e o crédito já faz parte da APRA (Australasian Performing Right Association). O caso não é tratado como plágio, uma vez que Gotye já assumia o uso de sample, música criada a partir de amostras. No mesmo disco ainda há notas de "Aquarela do Brasil" em "I Fell Better". A faixa do australiano foi lançada dez anos após a morte do brasileiro, vítima de um câncer na próstata.[6][2]

  • 1955 "luiz bonfá" (Continental LPP-21)[1]
  • 1956 "de cigarro em cigarro" (Continental LPP-53)
  • 1956 "Noite e Dia" (Continental LPP-3018)
  • 1956 "Meia-Noite em Copacabana" (Polydor LPNG 4004)
  • 1956 "Edu N.2" (Rádio 0036-V)
  • 1956 "Orfeu da Conceição" (Odeon MODB-3056)
  • 1957 "Alta Versatilidade" (Odeon MOFB-3003)
  • 1957 "Violão Boêmio" (Odeon MOFB-3014)
  • 1958 "Ritmo Continentais" (Odeon MOFB-3020)
  • 1958 "Bonfafá" (MOFB-3047)
  • 1958 "Luiz Bonfá e Silvia Telles" (BWB-1040)
  • 1958 "Meu Querido Vioão" (Odeon MOFB-3076)
  • 1959 "!Amor!" (Atlantic SD 8028)
  • 1959 Black Orpheus (Philips 432.387 BE)
  • 1959 "O Violão de Luiz Bonfá (Cook 1134)
  • 1960 "A Voz e o Violão" (Odeon MOFB 3144)
  • 1960 "Passeio no Rio" (Odeon BWB 1151)
  • 1961 "Pery Ribeiro" (Odeon 7BD-1011)
  • 1961 "luiz bonfá (Odeon 7BD-1017)
  • 1961 "Pery Ribeiro e Seu Mundo de Canções Românticas (Odeon MOFB-3272)
  • 1961 "Sócio de Alcova" (RCA LCD-1007)
  • 1962 O Violão e o Samba (Odeon MOFB 3295)
  • 1962 Le Roi de la Bossa Nova (Fontana 680.228ML)
  • 1962 "Bossa Nova no Carnegie Hall" (Audio Fidelity AFLP 2101)
  • 1962 "Luiz Bonfá Composer of Black Orpheus Plays and Sings Bossa Nova" (Verve V6-8522)
  • 1962 "Le Ore Dell"Amore" (C.A.M.CEP.45-102)
  • 1963 "Caterina Valente e Luiz Bonfá" (London LLN 7090)
  • 1963 Jazz Samba Encore! (Verve V6-8523)
  • 1963 "Recado Novo de Luiz Bonfá" (Odeon MOFB 3310)
  • 1963 "Violão Boêmio vol. 2 (Odeon SMOFB 3360)
  • 1964 Rio (Columbia CS 9115)
  • 1965 "The Gentle Rain" (Mercury SR 61016)
  • 1965 "Quincy Plays for Pussycats (Mercury SR 61050)
  • 1965 "The Shadow of Your Smile" (Verve V6-8629)
  • 1965 Braziliana (Philips PHS 600-199)
  • 1965 "The New Sound of Brazil" (RCA LSP-3473)
  • 1965 "The Movie Song Album" (Columbia CS 9272)
  • 1965 The Brazilian Scene (Philips PHS 600-208)
  • 1967 "Pour Un Amour Lointain" (United Artist 36.123 UAE)
  • 1967 "Maria Toledo Sings the Best of Luiz Bonfa (United Artists UAS 6584)
  • 1967 "Luiz Bonfá" (Dot DLP 25804)
  • 1967 "Stevie & Eydie, Bonfá & Brazil (Columbia CS 9530)
  • 1967 "Luiz Bonfa Plays Great Songs" (Dot DLP 25825)
  • 1968 Black Orpheus Impressions (Dot DLP 25848)
  • 1968 "Bonfá" (Dot DLP 25881)
  • 1969 "My Way" (Reprise FS 1029)
  • 1969 "I Got a Woman and Some Blues" (A&M SP-9-3025)
  • 1970 The New Face of Bonfa (RCA LSP-4376)
  • 1971 sanctuary (RCA LSP-4591)
  • 1972 Introspection (RCA FSP-297)
  • 1973 "Jacarandá" (Ranwood R-8112)
  • 1978 Bonfá Burrows Brazil (Cherry Pie CPF 1045)
  • 1989 Non-Stop to Brazil (Chesky JD29)
  • 1992 The Bonfá Magic (Caju 511.404-2)
  • 1992 "The Brazil Project" (Private Music 82101)
  • 1992 "The Brazil Project" 2 (Private Music 82110)
  • 2005 "Solo in Rio 1959" (Smithsonian Folkways SFW CD 40483)
  • 2015 "Strange Message" (iTunes)

Referências

  1. a b c «Luiz Floriano Bonfá». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 26 de março de 2021 
  2. a b c d «Luiz Bonfá». Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. Consultado em 26 de março de 2021 
  3. Redação (14 de fevereiro de 2012). «Os 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão». Rolling Stone Brasil. Consultado em 20 de junho de 2024 
  4. Nassif, Luis (25 de setembro de 2012). «O Violão Universal de Luiz Bonfá». Jornal GGN. Consultado em 16 de março de 2022 
  5. a b PINHEIRO, Marcelo. Luiz Bonfá: nobre, como madeira de lei Arquivado em 23 de janeiro de 2015, no Wayback Machine.. Publicado em Revista Brasileiros em 17 de outubro de 2013. Página visitada em 23 de janeiro de 2015.
  6. Pagamento de Gotye à família de Luiz Bonfá é devida, comenta Maestro Billy Musica OUL

Ligações externas

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